Saltar para o conteúdo

Estação Tucuruvi

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Estação Tucuruvi - Linha 1)
Tucuruvi
Estação Tucuruvi
Estação Tucuruvi em 2012. Ao fundo, a construção do Shopping Metrô Tucuruvi
Uso atual Estação de metrô
Proprietário Governo do Estado de São Paulo
Administração Metrô de São Paulo
Linha Azul
Sigla TUC
Posição Subterrânea
Plataformas Laterais
Capacidade 30 000 passageiros/hora/pico[1]
Movimento em 65 000 passageiros (média/dia útil em 2013)[2]
Serviços Táxi Terminal rodoviário Escada rolante Elevador Venda de Bilhetes
Informações históricas
Inauguração 29 de abril de 1998 (26 anos)
Projeto arquitetônico Roberto McFadden[3]
Localização
Coordenadas 23° 28' 49,4" S 46° 36' 14,3" O
Endereço Av. Dr. Antonio Maria Laet, 100,
Tucuruvi
Município São Paulo
País Brasil
Próxima estação
Sentido Tucuruvi
Sentido Jabaquara
-
Tucuruvi

A Estação Tucuruvi é a estação terminal no sentido norte da Linha 1–Azul do Metrô de São Paulo. Foi inaugurada em 29 de abril de 1998,[1] tendo feito parte do plano de expansão norte da Linha 1. Até 1965, em local muito próximo, funcionava a Estação Tucuruvi do lendário Tramway da Cantareira, desativada naquele ano.[4]

O então governador Mário Covas posando ao lado do projeto original da Estação Tucuruvi durante visita ao canteiro de obras, 1995. O projeto original previa um shopping center e um terminal de ônibus intermunicipal
Região da Estação Tucuruvi em 2008. Quatro anos depois o gramado visto na imagem daria lugar ao shopping anexo à estação

O projeto da Estação Tucuruvi surgiu em 1978, durante a primeira atualização do plano HMD (originalmente contratado pelo Metrô em 1968), após receber os dados da pesquisa origem–destino de 1977.[5] Apesar da definição da diretriz de expansão para Tucuruvi, suas obras foram contratadas apenas em 1986, não sem antes serem alvo de duas controvérsias.

A primeira delas deu-se em razão de o Metrô escolher uma área na Avenida Dr. Antonio Maria de Laet. Em carta ao jornal Folha de S.Paulo, um morador da região realizou uma série de indagações, entre as quais que o local proposto pelo Metrô para a futura Estação Tucuruvi era de difícil acesso aos moradores do lado sul da avenida, e propôs a construção da estação na Avenida Tucuruvi. Em resposta, o presidente do Metrô, Walter Bernardes Mory, alegou que a estação no lugar proposto pelo cidadão traria um custo maior (com equipamentos de ventilação especiais, escadas rolantes e elevadores) e exigiria uma grande profundidade.[6]

A segunda controvérsia foi levantada pelo advogado e candidato a deputado federal pelo PTB Marco Antonio Perez Alves, que publicou um anúncio de um quarto de página na Folha denunciando um suposto esquema de direcionamento de licitação de obras (realizadas em setembro de 1986) para determinadas empresas. No caso da Estação Tucuruvi, a obra seria direcionada para a construtora CBPO.[7] De fato, o resultado da licitação foi a vitória da CBPO, embora a denúncia de direcionamento não tenha suscitado reação das autoridades.[8]

As obras da estação foram iniciadas, de fato, em maio de 1988, com previsão de abertura em 1990. No entanto, o Estado vivia o início de uma crise econômica que culminaria mais tarde na intervenção do Banespa e em um alto endividamento do Metrô com o BNDES.[9][10] Dessa forma, as obras foram paralisadas e retomadas diversas vezes, até ser paralisadas em meados de 1994 (quando foi novamente prevista a inauguração da estação) e retomadas em 1996 (por meio de uma concessão das receitas das bilheterias da estação aos construtores durante quinze anos, que financiou a construção das estações),[11] com a inauguração em 29 de abril de 1998.

Para comemorar a volta dos trilhos ao Tucuruvi, removidos em 1965, durante a desativação do Tramway da Cantareira, o Governo do Estado contratou um show da banda Demônios da Garoa.[12][13]

Desde a desapropriação das áreas para as obras da estação, em 1986, o Metrô previa a implantação de um grande terminal de ônibus intermunicipal para atender os moradores da Zona Norte de São Paulo e de Guarulhos. Suas obras foram adiadas para 2002, até ser canceladas. No lugar do terminal, o Metrô optou por construir um shopping center (Shopping Metrô Tucuruvi), com um pequeno terminal linear de ônibus, para ampliar suas receitas não-tarifárias.[14][15]

Localização

[editar | editar código-fonte]
Monumento Ogô, do artista Tatti Moreno, em aço, resina de polietileno, tinta epóxi com as dimensões: 7,00m x 3,30m, instalada na Estação Tucuruvi

É a última estação da Linha 1–Azul em seu sentido norte, sendo que, após a mesma, existe um terminal de manobras e estacionamento de trens. Localiza-se na Avenida Doutor Antonio Maria Laet, 100,[1] no distrito do Tucuruvi, na Zona Norte.

Características

[editar | editar código-fonte]
Plataforma da estação

Trata-se de uma estação semienterrada, com plataformas laterais revestidas por persianas horizontais amarelas que permitem a entrada natural de ar e luz em seu interior.[1]

Possui duas saídas: uma para a Avenida Doutor Antonio Maria Laet e outra na direção sul, junto a uma escadaria para os usuários que desejam acessar a Rua Paranabi e a Avenida Tucuruvi. Possui estrutura em concreto aparente, bloqueios eletrônicos e acesso para pessoas portadoras de deficiência física.

Tem 8 630 m² de área construída e sua capacidade é de trinta mil passageiros por hora, no horário de pico.[1]

A Estação Tucuruvi, juntamente com a Estação Jabaquara, foi uma das primeiras da Linha 1-Azul do Metrô a receber portas de plataforma. Elas foram construídas como parte do contrato do sistema de sinalização CBTC, e começaram a operar comercialmente em ambas as estações no dia 7 de julho de 2022.[16]

Demanda média da estação

[editar | editar código-fonte]

A média de entrada de passageiros nessa estação em 2013 foi de 65 mil passageiros por dia útil, ficando entre as cinco mais movimentadas da Linha 1.[2]

Obras de arte

[editar | editar código-fonte]
  • "Ogô" (escultura), Tatti Moreno, modelação em formas de madeira, estrutura inteira em aço (1999), aço, resina de polietileno, tinta epóxi (7,00 m x 3,30 m - 800 kg), instalada no jardim externo.[17]
  • "Semente" (escultura), Renato Brunello, talha (1999), mármore branco (1,70 x 1,35 x 0,40 m - 1500 kg), instalada no mezanino.[17]
Sigla Estação Inauguração Capacidade Integração Plataformas Posição Notas
TUC Tucuruvi 29 de abril de 1998 30 mil passageiros hora/pico Bilhete Único da SPTrans Laterais Semienterrada Estação com estrutura de concreto aparente

Precedido por
-
Linha 1–Azul do Metrô
Tucuruvi
Sucedido por
Parada Inglesa
Distância: 992 metros
Linha Terminais Inauguração Comprimento (km) Estações Duração das viagens (min) Funcionamento (*)
1
Azul
Tucuruvi ↔ Jabaquara 14 de setembro de 1974 20,2 23 47 Diariamente, das 4h40 à 0h32; sábados até a 1 hora de domingo

Referências

  1. a b c d e Metrô de São Paulo. «Estação Tucuruvi». Consultado em 21 de fevereiro de 2015 
  2. a b Metrô de São Paulo (2013). «Informações sobre a demanda». Consultado em 21 de fevereiro de 2015 
  3. Alexandre Seixas e Renato Anelli (janeiro de 2008). «Arquitetura, cidade e transportes». Revista AU, edição 166. Consultado em 8 de fevereiro de 2019 
  4. guias.jht@gmail.com, Informações:. «Metrô Estação Tucuruvi - São Paulo, SP». www.saopauloaqui.com.br. Consultado em 26 de maio de 2019 
  5. PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO (1979). Leste-Oeste: em busca de uma solução integrada. [S.l.]: Companhia do Metropolitano de São Paulo. 203 páginas 
  6. Folha Emergência (10 de abril de 1986). «Leitor diz que projeto do metrô para a linha norte contém falhas». Folha de S.Paulo, Ano 66, edição 20826,Seção Cidades, página 30. Consultado em 27 de março de 2019 
  7. Marco Antonio Pérez Alves (16 de setembro de 1986). «Anúncio publicitário». Folha de S.Paulo, Ano 66, edição 20985,Seção Negócios, página 27. Consultado em 27 de março de 2019 
  8. Prefeitura de São Paulo (7 de março de 1989). «Finanças-Departamento Municipal de Rendas Mobiliárias-Impostos sobre serviços-Despachos» (PDF). Diário Oficial do estado de São Paulo, Município, página 8. Consultado em 27 de março de 2019 
  9. «Sem verba, Metrô diz que vai começar obras». Folha de S.Paulo, Ano 68, edição 21596, página. 19 de maio de 1988. Consultado em 27 de março de 2019 
  10. «Governo apressa metrô na Paulista em prejuízo de linha na periferia». Folha de S.Paulo, Ano 70, edição 22304, Caderno Cidades, página C1. 27 de abril de 1990. Consultado em 27 de março de 2019 
  11. Fabio Schivartche (29 de abril de 1998). «Metrô de SP sai do buraco para crescer». Folha Online. Consultado em 27 de março de 2019 
  12. «Moradora pergunta por obras». Folha de S.Paulo, ano 74, edição 23900, Caderno São Paulo, seção A cidade é Sua, página 3-2. 9 de setembro de 1994. Consultado em 27 de março de 2019 
  13. Consórcio construtor das estações Jardim São Paulo, Parada Inglesa e Tucuruvi (29 de abril de 1998). «Informe publicitário». Folha de S.Paulo, ano 78, edição 25228, Caderno São Paulo, página 7. Consultado em 27 de março de 2019 
  14. Nathália Duarte (18 de abril de 2013). «Shopping Tucuruvi abre sem cinema e com obras de trânsito incompletas». G1-SP. Consultado em 27 de março de 2019 
  15. Rodrigo Russo (24 de agosto de 2016). «Metrô de SP aposta em shoppings nas estações para ampliar receita». Folha de S.Paulo. Consultado em 27 de março de 2019 
  16. Lobo, Renato (7 de julho de 2022). «Metrô entrega oficialmente portas de plataforma nas estações Jabaquara e Tucuruvi». Via Trolebus. Consultado em 21 de maio de 2024 
  17. a b «Roteiro de Arte do Metrô de São Paulo» 

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]