Martelo (osso)

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Martelo
Martelo (osso)
Esquerda do martelo. A. de trás. B. de dentro.

A membrana timpânica direita com o martelo e a corda do tímpano, vista de dentro, por trás, e de cima. (Martelo visível no centro.)
Latim Malleus
Recursos externos
Gray's subject #231 1044
MeSH A09.246.397.247.524

O martelo é um ossículo par do ouvido médio, presente apenas nos mamíferos, originado da porção ventral do primeiro par de arcos faríngeos que filogeneticamente corresponde a uma modificação do osso articular de répteis. Juntamente com os ossículos estribo e bigorna forma uma cadeia articulada responsável pela audição. A presença desses três ossículos possibilitou o melhoramento da audição dos mamíferos.

O martelo é exclusivo dos mamíferos, e evoluiu a partir de um osso da mandíbula inferior em amniotas basais chamado de articular, que ainda faz parte da articulação da mandíbula em répteis e aves.[1]

Significado clínico[editar | editar código-fonte]

O martelo pode ser palpado por cirurgiões durante a sirurgia de orelha.[2] Pode ficar fixo devido a complicações cirúrgicas, causando perda auditiva.[2] Isso pode ser corrigido com cirurgia adicional.[2]

História[editar | editar código-fonte]

Várias fontes atribuem a descoberta do martelo ao anatomista e filósofo Alessandro Achillini.[3][4] A primeira breve descrição escrita do martelo foi por Berengario da Carpi in his Commentaria super anatomia Mundini (1521).[5] Niccolo Massa's Liber introductorius anatomiae[6] described the malleus in slightly more detail and likened both it and the incus to little hammers terming them malleoli.[7]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Hildebrand, M. Análise da estrutura dos vertebrados. São Paulo: Atheneu, 1995. 700p.

Outros animais[editar | editar código-fonte]

O martelo é exclusivo dos mamíferos, e evoluiu de um osso da mandíbula em amniotes basais chamado de articular, que ainda faz parte da articulação da mandíbula em répteis e aves.[8][9]

imagens[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Ramachandran, V. S.; Blakeslee, S. (1999). Phantoms in the Brain. [S.l.]: Quill. 210 páginas. ISBN 9780688172176 
  2. a b c Lippy, William H.; Berenholz, Leonard P. (2010). «25 - Special Problems of Otosclerosis Surgery». Otologic surgery (em inglês) 3rd ed. Philadelphia: Saunders. pp. 293 – 303. ISBN 978-1-4377-1966-6. OCLC 489078311. doi:10.1016/B978-1-4160-4665-3.00025-1 
  3. Alidosi, GNP. I dottori Bolognesi di teologia, filosofia, medicina e d'arti liberali dall'anno 1000 per tutto marzo del 1623, Tebaldini, N., Bologna, 1623. http://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k51029z/f35.image#
  4. Lind, L. R. Studies in pre-Vesalian anatomy. Biography, translations, documents, American Philosophical Society, Philadelphia, 1975. p.40
  5. Jacopo Berengario da Carpi,Commentaria super anatomia Mundini, Bologna, 1521. https://archive.org/details/ita-bnc-mag-00001056-001
  6. Niccolo Massa, Liber introductorius anatomiae, Venice, 1536. p.166. http://reader.digitale-sammlungen.de/en/fs1/object/display/bsb10151904_00001.html
  7. O'Malley, C.D. Andreas Vesalius of Brussels, 1514-1564. Berkeley: University of California Press, 1964. p. 120
  8. Ramachandran, V. S.; Blakeslee, S. (1999). Phantoms in the Brain. [S.l.]: Quill. pp. 210. ISBN 9780688172176 
  9. Luo, Zhe-Xi (2021). «2.14 - Origins and Early Evolution of Mammalian Ears and Hearing Function». The Senses: A Comprehensive Reference (em inglês). 2. Bernd Fritzsch 2nd ed. Cambridge,Massachusetts: Academic Press. pp. 207 – 252. ISBN 978-0-12-805409-3. OCLC 1196340700. doi:10.1016/B978-0-12-805408-6.00033-6 
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