Sergey Gorlukovich

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Sergey Gorlukovich
Syarhey Harlukovich
Серге́й Горлукович
Informações pessoais
Nome completo Sergey Vadimovich Gorlukovich (russo)
Syarhey Vadzimavich Harlukovich (bielorrusso)
Data de nasc. 18 de novembro de 1961 (62 anos)
Local de nasc. Baruni, União Soviética
Nacionalidade Russo e bielorrusso
Altura 1,85 m
Apelido Avô
Informações profissionais
Clube atual Sem clube
Posição Treinador (Ex-defensor)
Clubes de juventude
SDYuShOR-7 Mogilev
Clubes profissionais
Anos Clubes Jogos (golos)
1980
1981-1984
1985-1986
1986-1989
1990-1992
1992-1995
1995
1996-1998
1999
2000
2001
2002
Torpedo Mohylev
Gomselmash Gomel
Dínamo Minsk
Lokomotiv Moscou
Borussia Dortmund
Bayer Uerdingen
Spartak-Alania
Spartak Moscou
Torpedo-ZIL Moscou
Chkalovets ON
Lokomotiv Nizhny
Mika Ashtarak
- (-)
112 (21)
22 (0)
114 (11)
44 (1)
80 (6)
5 (0)
83 (5)
42 (5)
22 (0)
18 (0)
2 (0)
Seleção nacional
1988-1991
1993-1996
União Soviética
Rússia
30 (1)
17 (0)
Times/clubes que treinou
2002-2004
2004
2005-2006
2007
2008
2009-2010
2013
Spartak Moscou (olheiro)
Saturn (auxiliar-técnico)
SKA Khabarovsk
Avangard Kursk
Vityaz Podolsk
SKA Khabarovsk
Baikal Irkutsk
Medalhas
Jogos Olímpicos
Ouro Seul 1988 Futebol

Sergey Vadimovich Gorlukovich ou Syarhey Vadzimavich Harlukovich - respectivamente, em russo, Сергей Вадимович Горлукович e, em bielorrusso, Сяргей Вадзімавiч Гарлуковіч (Baruni, oblast de Hrodna, 18 de novembro de 1961) - é um ex-futebolista e treinador de futebol bielorrusso, campeão olímpico em Seul 1988.[1]

Carreira[editar | editar código-fonte]

Início[editar | editar código-fonte]

Começou a sua carreira em 1980, no Torpedo Mohylev. Após cinco temporadas no Gomselmash Gomel, chegou ao principal clube da então RSS da Bielorrússia, o Dínamo Minsk, em 1985, mas saiu da equipe já no ano seguinte, para o Lokomotiv Moscou.

Quando atuava pelo clube moscovita, foi convocado para a Seleção Soviética que conquistou a medalha de ouro nas Olimpíadas de 1988, na final contra o Brasil.

Um dos primeiros soviéticos na Alemanha[editar | editar código-fonte]

No final dos anos 80, houve uma abertura na União Soviética que passou a permitir que jogadores do país se transferissem para clubes de outros países, inclusive capitalistas, o que levou várias estrelas e promessas da seleção da URSS a rumarem para a Europa Ocidental. No caso de Harlukovich, ele havia se transferido para o Borussia Dortmund, da então Alemanha Ocidental, em 1990. Em quatro temporadas, jogou 44 partidas, tendo marcado um único gol.

Ainda teve uma passagem um pouco mais bem-sucedida pelo Bayer Uerdingen (oitenta jogos, seis gols) antes de retornar à Rússia, para defender o Spartak-Alania Vladikavkaz.

Retorno à Rússia e final de carreira na Armênia[editar | editar código-fonte]

Em 1995, Harlukovich regressou à Rússia depois de sete anos na Alemanha. Entretanto, sua passagem pelo Spartak-Alania Vladikavkaz foi um fiasco: foram apenas cinco jogos, sem nenhum gol marcado.

No ano seguinte, assinaria contrato com o Spartak Moscou, onde conquistaria seus últimos títulos: a Copa da Rússia 1997-98 e o Campeonato Russo de 1998, este último já aos 36 anos.

Atuaria ainda por Torpedo-ZIL Moscou, Chkalovets-Olimpik Novosibirsk e Lokomotiv Nizhny Novgorod, tendo presenças modestas nos três times.

Em 2002, Harlukovich se muda para a Arménia depois de ser contratado pelo Mika Ashtarak. Jogaria mais duas partidas antes de encerrar sua carreira de jogador aos 40 anos.

Seleção Soviética[editar | editar código-fonte]

Convocado pela primeira vez para a Seleção Soviética em 1988, participou das Olimpíadas de Seul, realizadas no mesmo ano. Fez parte do elenco que conquistou a medalha de ouro no futebol, sendo este o último título obtido pela URSS.

Em 1990, seria chamado para a Copa daquele ano, que foi, curiosamente, o mundial para o qual a URSS mais chamou atletas bielorrussos: além dele, a estrela Syarhey Aleynikaw e Andrey Zyhmantovich. A União Soviética, entretanto, decepcionou, ficando na lanterna do grupo que continha Argentina, Romênia e a surpresa Camarões (contra quem obtiveram sua única vitória, por 4 a 0 - inclusive, a única derrota dos africanos na Copa no tempo normal).

Após a extinção da URSS, Harlukovich (que disputou 21 partidas pela Seleção, marcando um gol, contra a Síria, num amistoso em 1988) não foi convocado para a Seleção da CEI de Futebol que disputaria a Eurocopa de 1992.

Segunda Copa, agora pela Rússia[editar | editar código-fonte]

A URSS desmembrou-se em dezembro de 1991. Com a decisão da FIFA para que, das repúblicas independentes, apenas a Rússia pudesse pleitear vaga na Copa de 1994 (as demais só disputariam torneios oficiais a partir das Eliminatórias para a Eurocopa de 1996), Harlukovich e outros atletas não-russos decidiram jogar pela Seleção Russa, que obteve a classificação. Foi ao mundial como um dos únicos remanescentes da equipe soviética da edição anterior, ao lado do russo Aleksandr Borodyuk. A equipe herdeira, entretanto, fracassaria novamente na primeira fase - curiosamente, vencendo novamente na última partida e por goleada (agora por 6 a 1) Camarões, na partida marcada pelos recordes de Oleg Salenko e Roger Milla. Ainda na primeira rodada, na partida contra a Suécia, levou cartão amarelo com 55 segundos de jogo - o mais rápido da história das Copas até então, com o recorde negativo sendo ultrapassado somente em 2018.

Harlukovich vestiria a camisa da Rússia pela última vez na Eurocopa de 1996, mas a equipe cairia novamente na primeira fase. Entre 1993 e 1996, jogaria 17 partidas, não marcando nenhum gol.

Pós-aposentadoria[editar | editar código-fonte]

Após encerrar a carreira como jogador, Harlukovich assinou com o Spartak Moscou para ser olheiro do clube, função que exerceu até 2004, quando foi contratado pelo Saturn, onde trabalharia como auxiliar-técnico.

Sua estreia como treinador foi em 2005, no SKA Khabarovsk. Passou ainda por Avangard Kursk e Vityaz Podolsk, voltando a comandar o SKA Khabarovsk entre 2009 e 2010.

Após três anos desempregado, Harlukovich retomou a carreira de técnico em 2013, exercendo a função no Baikal Irkutsk, saindo no mesmo ano.

Referências

  1. «Perfil na Sports Reference». Consultado em 13 de fevereiro de 2016