Turno
Turno | |
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Eneias vence Turno, por Luca Giordano | |
Pais | Dauno e Venília |
Irmão(s) | Juturna |
Turno é, na mitologia romana, rei dos rútulos, filho de Dauno e da ninfa Venília, irmão da ninfa Juturna e neto de Pilumno. É o comandante dos exércitos que se aliaram aos rútulos para expulsar Eneias e os troianos que, com a queda de Troia, seguiram o destino de fundar uma cidade no Lácio (região central da península Itálica) que mais tarde governaria o mundo, Roma[1][2][3][4][5][6][7].
Na Eneida de Virgílio, Turno é o pretendente principal de Lavínia, filha de Latino, rei dos latinos, antes da chegada de Eneias à Itália. Mas não consegue casar-se com ela, pois um oráculo aconselha Latino a aceitar como genro um estrangeiro, que trará glória ao seu povo. Esse estrangeiro é Eneias[1][2][3][4][5][6][7].
Indignado, e por influência da deusa Juno e da fúria Alecto, Turno declara guerra aos troianos. Não consegue o apoio do rei Latino, mas tem como aliado Mezêncio, ex-rei dos etruscos, que não vê com bons olhos o poder cada vez maior dos troianos[1][2][3][4][5][6][7].
Duas batalhas são travadas entre troianos e rútulos, e seus respectivos aliados, e as duas são vencidas pelo exército comandado por Eneias. Entre os aliados de Turno na luta contra o exército de Eneias estão também Amata, mulher do rei Latino, sua irmã a deusa Juturna e a rainha dos volscos Camila[1][2][3][4][5][6][7].
Durante as batalhas, Turno mata Palante, filho de Evandro e aliado de Eneias. Depois de muitas mortes nos dois exércitos, Turno se decide a enfrentar Eneias num duelo, única saída segundo ele para resolver o conflito. Num primeiro confronto, Turno tenta atingir a armadura de Eneias, mas vê sua espada voar em pedaços e procura salvar-se fugindo[1][2][3][4][5][6][7].
Num segundo confronto, Eneias traspassa o escudo de Turno e o fere na coxa. O rútulo reconhece sua derrota e suplica a Eneias que poupe sua vida. Eneias vai atender o pedido, quando vê no ombro do inimigo o cinturão de seu aliado mais querido, Palante. Muda de ideia e enfia a espada no coração de Turno. "E sua vida, indignada, foge, com um gemido, para o reino das sombras", conta a última linha do poema de Virgílio[1][2][3][4][5][6][7].
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b c d e f Bulfinch, Thomas (20 de dezembro de 2017). O livro de ouro da mitologia: Histórias de deuses e heróis. [S.l.]: HarperCollins Brasil. ISBN 9788595082755
- ↑ a b c d e f Sousa, Marcos Antônio De (11 de fevereiro de 2022). Deuses E Deusas. [S.l.]: Clube de Autores. ISBN 9786500398335
- ↑ a b c d e f Civilizações; Curiosidades; História; Editora, On Line (14 de julho de 2016). Guia Mitologia Romana: Edição 1 (em inglês). [S.l.]: On Line Editora. ISBN 9788543214177
- ↑ a b c d e f Sêneca (30 de março de 2023). Sobre os Benefícios: Um Tratado sobre a Gratidão. [S.l.]: Montecristo Editora Ltda. ISBN 9781619651647
- ↑ a b c d e f Soares, Lenin (12 de março de 2020). Dicionário De Mitologia Romana. [S.l.]: Clube de Autores. ISBN 978-65-5392-909-8
- ↑ a b c d e f Kury, Mario da Gama (julho de 1990). Dicion‡rio de Mitologia Grega e Romana. [S.l.]: Zahar. ISBN 9788571101289
- ↑ a b c d e f Sears, Kathleen (22 de março de 2016). Tudo o que você precisa saber sobre mitologia: Dos deuses e deusas aos monstros e mortais, seu guia sobre a mitologia antiga. [S.l.]: Editora Gente. ISBN 9788545200703