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Eli Coimbra nasceu ELIUMAR ANTONIO DE MACEDO COIMBRA em São Paulo, Estado de São Paulo, em 30 de janeiro de 1942, filho de Lindolpho da Silveira Coimbra e de Nympha de Macedo Coimbra, o mais velho de três irmãos (Edílson Antonio, já falecido, e Eraldo Manuel). Recebeu o nome Eliumar em homenagem aos seus avós maternos, Eliud e Maria Francisca.

Iniciou seus estudos no Ateneu São Vicente, em São Vicente, SP, em seguida no Colégio São Paulo, em Santos, completando-os no Colégio Monte Serrat, também em Santos, no ano de 1960. Passou dois anos tentando o vestibular para Medicina, sem sucesso, ingressando depois no curso de Educação Física na Faculdade de Educação Física de Santos, tendo trancado sua matrícula no segundo ano.

Casou-se em 16 de novembro de 1965 com Maria do Carmo Di Fiore Coimbra (Belinha), com quem teve quatro filhos: Ely (1966), Ivã (1968), Andréa (1970) e Adriana (1971). Avô de quatro netos, tendo conhecido dois em vida: Lucas (1993) e Ely Filho (1995), Beatriz (2000) e Ana Carolina (2006).

Foi atleta do Santos FC nas categorias juvenil, júnior e aspirantes, onde jogava como meio campista, entre 1958 e 1962.


Rádio Bandeirantes, o início[editar | editar código-fonte]

Iniciou sua carreira como jornalista em 1962 na Rádio Bandeirantes São Paulo como auxiliar de plantão esportivo, logo em seguida tendo sido promovido e efetivado como repórter. Ressalte-se que apesar de existirem desde 1947, na década de 60 pouquíssimos jornalistas/radialistas frequentavam o curso superior de Jornalismo no Brasil.

Neste mesmo ano de 1962, Eli Coimbra foi selecionado para operar a maior novidade da época. Tratava-se do “PAINEL ELETRÔNICO” montado pela Rádio Bandeirantes na Praça da Sé, em São Paulo, por ocasião da Copa do Mundo de Futebol, realizada no Chile. Este PAINEL consistia em luzes coloridas que acompanhavam a trajetória da bola nos jogos do Brasil, de acordo com a narração da Rádio Bandeirantes, controlado técnica e mentalmente por Eli desde uma cabine especial. Foi um sucesso importante, lotando a Praça da Sé nos dias de jogos.

Passagem para a TV, na pioneira Tupi[editar | editar código-fonte]

Em 1963, Eli Coimbra transferiu-se para a então Rádio e TV Tupi São Paulo, a convite do titular de Esportes da Emissora, Pedro Luiz Paoliello, que formava à época a famosa “Equipe 1040” de Rádio e TV, conhecida e admirada por tantos anos. [1]

Já no fim daquele ano encontrava-se perfeitamente integrado na TV, formando com Mário Moraes a equipe principal da Tupi na função de repórter-comentarista, uma vez que o esquema da transmissão, puramente informal, permitia tal condição. Foram líderes de audiência até o ano de 1968, contribuindo para a Tupi se tornar a principal emissora de TV das décadas de 60/70. [2]


Em 1966 Eli Coimbra foi destacado para a cobertura, em território nacional, de todos os passos da Seleção Brasileira que se preparava para a Copa do Mundo da Inglaterra, acompanhando o escrete nacional desde a data da convocação até o embarque para Liverpool. Nesta ocasião realizou uma de suas mais importantes reportagens, uma entrevista de 2 horas com Pelé, com a produção de Estevam Sangirardi (que depois veio a ser, em 1969, um dos criadores e mentores de uma das maiores inovações da programação esportiva no Rádio, o humorístico-informativo Show de Rádio , transmitido durante as décadas de 60 a 80 pela Rádio Jovem Pan). [3]

Na entrevista Pelé confessa pela primeira vez seu amor por Rose, então sua noiva e que veio a ser sua primeira esposa, e canta pela primeira vez diante de uma câmera de TV, justamente uma canção dedicada à sua musa. Este material obteve enorme repercussão, tendo sido vendido a diversas emissoras de TV no Brasil e no Exterior.


No ano de 1968, atuando como repórter ao lado do narrador Walter Abrahão e do comentarista Rui Porto, Eli participa da primeira transmissão esportiva no Brasil a partir de um outro país, realizada então “via Embratel”, a partida entre o Santos e o Racing Club realizada em Mar del Plata na Argentina e reproduzida por uma cadeia de 21 emissoras através da Rede Associada de TV – Rede Tupi.

Ainda em 1968, a convite do então companheiro de emissora Roberto Petri, participa das transmissões do “CAMPEÕES MIRINS”, programa infantil que promovia corridas de tico-tico, velocípede, karts e mini-carros com motor a combustão, com pilotos-crianças de 6 a 15 anos, em pistas montadas no estacionamento frontal do Shopping Iguatemi São Paulo (o primeiro centro comercial da cidade de São Paulo).


Futebol Dente de Leite[editar | editar código-fonte]

O ano de 1969 marca uma das maiores realizações de sua carreira: a criação, produção, organização e transmissão do PRIMEIRO CAMPEONATO PAULISTA DE FUTEBOL DENTE DE LEITE, categoria e competição idealizadas por Eli Coimbra e Roberto Petri para garotos de 12 a 14 anos e disputado por 16 equipes dos quatro cantos da cidade de São Paulo. Importante situar que naquela época não existia a organização das categorias de futebol de base como hoje, e a faixa etária do Dente de Leite praticamente não era explorada pelos Clubes até então.

Petri e Eli tinham o desejo de formar uma nova mentalidade para o futebol profissional do futuro, com ênfase não só no lado esportivo como no educacional e cultural, e para isso criaram os lemas que viraram bordões “CRAQUE NA BOLA, CRAQUE NA ESCOLA” e “BOLA NO PÉ, LIVRO NA MÃO”. Alguns números que revelam o sucesso desta iniciativa: a partida final do 1.o Campeonato, reunindo o São Paulo FC e o Nacional AC, levou 25 mil espectadores para o estádio Nicolau Alayon, do Nacional, extrapolando e muito o limite de assistentes, recorde de afluência daquele estádio; a transmissão – então em vídeo tape, ou seja, gravada e colocada no ar em outro horário – foi veiculada pela TV Tupi das 15 às 17 horas de um sábado, sob o patrocínio da pasta dental Kolynos, e registrou segundo o IBOPE a expressiva audiência de 21%![4] “Territórios do torcer”, Bernardo Borges Buarque de Hollanda e José Paulo Florenzano, EDUC - Editora da PUC-SP, 11/02/2020, Depoimento 2, Nota 6; [5]


Petri e Eli receberam em 1969/1970 inúmeras moções de Câmaras Municipais por todo o Estado de São Paulo, tendo sido agraciados pela Assembleia Legislativa com a “Medalha de Mérito Esportivo”, honraria até então destinada apenas a grandes atletas, pela iniciativa do então Deputado Nabi Abi Chedid. O Futebol Dente de Leite foi oficializado pela então Secretaria de Turismo, Esportes e Cultura do Estado como “Atração Turística”, visto que todos os torneios, inclusive os posteriores nacionais, realizavam-se em São Paulo.


A atração permaneceu no ar por 9 anos na TV Tupi – tendo sido depois resgatada pelos próprios criadores e por Luciano do Valle na TV Bandeirantes na década de 1990. Alguns jogadores que passaram pelo Futebol Dente de Leite, entre muitos outros: Muricy Ramalho, Walter Casagrande, Toninho Cerezo, Paulo Isidoro de Jesus, Juninho Fonseca, Edino Nazareth Filho-Edinho, Éder Aleixo de Assis. O nome Dente de Leite virou sinônimo de categoria infantil e até hoje é utilizado por diversas Federações pelo Brasil, em que pese a marca ser registrada em nome das famílias de Petri e Eli. [6] (Revista PLACAR, 01/01/1970)

Esta iniciativa originou, além de jogadores, treinadores, jornalistas e profissionais do futebol, uma bola DENTE DE LEITE que se tornou famosa e que ainda permanece na memória de muitos - parceria com Brinquedos Estrela, e inúmeros prêmios para seus criadores, dentre eles destacando-se a Medalha Anchieta e o Diploma de Gratidão do Município de São Paulo, conferidos a personalidades nascidas na Capital por serviços prestados à Cidade, outorgadas a Eli e Petri pela Câmara Municipal em 1976, sob propositura do Vereador e colega Geraldo Blota. [7]

Primeiras Copas do Mundo na Tupi[editar | editar código-fonte]

1970, ano de Copa do Mundo, desta vez no México. Eli Coimbra foi designado repórter responsável pela cobertura da Seleção Brasileira, desde as Eliminatórias até a queda de João Saldanha e sua consequente substituição por Zagallo no comando técnico. Fez parte da equipe de retaguarda durante a competição vencida pelo Brasil pela terceira vez. [8]; [9]; [10]

De 1971 a 1973 seguiu como titular da equipe Tupi e responsável pela cobertura da Seleção, participando de inúmeras viagens ao exterior para cobrir os preparativos, na África (Argélia e Tunísia) e Europa (Itália, Suécia, Alemanhas Ocidental e Oriental, URSS, Escócia, Irlanda e Inglaterra), e por ocasião de uma destas viagens cobriu como repórter o Grande Prêmio da Bélgica de F1 na edição do ano de 1972, disputado no circuito de Nivelles-Baulers como quinta etapa do Mundial, vencido pelo brasileiro Emerson Fittipaldi com um Lotus-Ford.

No boxe, Eli cobriu os principais combates realizados no Brasil na década de 70, auge dos pugilistas Éder Jofre - campeão peso-pena pelo Conselho Mundial de Boxe (WBC), e campeão peso galo pelo Conselho Mundial de Boxe (WBC) e pela Associação Mundial de Boxe (WBA) - e João Henrique da Silva - Medalhista de prata nos Jogos Pan-Americanos de 1963 na categoria peso leve, e considerado o melhor pugilista brasileiro entre os que não se sagraram campeões mundiais. Tornou-se amigo de Éder, a ponto de participar como um dos narradores ao lado de Walter Abrahão, Pedro Luiz e Flávio Araújo de Quebrando a Cara, filme-documentário de 1983 do diretor Ugo Giorgietti sobre a carreira da maior figura do boxe nacional.

Em 1974 participou, como repórter da TV Tupi-Rede Associada de TV, da cobertura da primeira de suas 5 Copas do Mundo in loco, disputada na Alemanha e vencida pelo time da casa. [11]


Ainda em 1974, participou dos estúdios da Tupi da transmissão exclusiva para o Brasil do histórico combate The Rumble in the Jungle entre Muhammad Ali e George Foreman pelo título mundial dos pesos pesados, em 30 de outubro, no então Zaire (atual República Democrática do Congo), com narração de Mário Moraes. [12]

De 1975 a 1977, seguiu como repórter principal, sempre responsável pela cobertura da Seleção Brasileira em excursões e competições internacionais (EUA, Itália, França, Alemanha, Espanha, Argentina, Chile, Uruguai, entre outros), ocupando também esporadicamente o cargo de narrador e comentarista em coberturas de diversos esportes.

1978, Copa do Mundo na América do Sul, Eli Coimbra acompanhou mais uma vez a Seleção em todos seus preparativos e nas partidas na Argentina. [13]

Em breve resumo, Eli teve como companheiros no esporte da TV Tupi, além do sócio e amigo Petri, jornalistas do quilate de Mário Moraes, Pedro Luiz, Walter Abrahão, Geraldo Bretas, Joseval Peixoto, Gerdy Gomes, Milton Camargo, Sérgio Baklanos, Oduvaldo Cozzi, Walter Silva (Pica-Pau), José Roberto Ramos, José Góes, Milton Salles, Ary Silva, Ávila Machado, Lucas Neto, Antonio Euryco, entre muitos outros profissionais pioneiros da tela e dos bastidores. [14] Da época, e porque muitos não tiveram a oportunidade de vivenciá-la, citamos o comentário do amigo Reinaldo Polito em sua coluna no site UOL, em 2017: “Ely Coimbra dava uma aula de comunicação. Ele repetia a sequência inteira da jogada e adicionava alguns detalhes que enriqueciam ainda mais a narração de Walter Abraão. Sua emoção no comentário dava a impressão de que tudo ocorria novamente. Eu não tinha ideia de como eram --diferentemente do que ocorre hoje quando vemos os narradores o tempo todo nas mesas redondas esportivas.” [15]

Dificuldades com o fechamento da TV Tupi[editar | editar código-fonte]

Entre 1979 e 1980 – ano de extinção da Tupi por ordem do Governo Federal, em 18 de julho – Eli participava, em inédito desafio em sua carreira, de um dos últimos sucessos da pioneira emissora paulistana, como apresentador do “ISTO É SÃO PAULO”, posteriormente “AQUI E AGORA”, em companhia dos jornalistas Wilton Franco, Saulo Gomes, Arley Pereira, Marisa Leite de Barros e Felisberto Pinto Filho, sob a produção do jornalista Fernando D’Ávila.

Com o fim da emissora do canal 4, Eli Coimbra foi contratado brevemente pela então TVS São Paulo, atual SBT, como apresentador do sucessor daquele mesmo programa, agora denominado O Povo na TV, junto com os companheiros de Tupi Saulo Gomes, Wilton Franco e Felisberto Pinto Filho, e agora com os “reforços” de Consuelo Leandro, Clécio Ribeiro, Alfredo Borba e Gilmara Sanches.

Em meados de 81 transferiu-se para a TV Gazeta, retornando ao esporte como narrador, comentarista e repórter, e nesta época realizou mais uma reportagem marcante, desta feita em seu esporte favorito – o turfe – na cobertura do Grande Prêmio Derby Paulista em novembro daquele ano. Vencida por Del Garbo, no Hipódromo de Cidade Jardim, ocorreu nesta prova o lamentável acidente do supercampeão Boticão de Ouro (9 largadas, 8 vitórias, 1 segundo), que sofreu dupla fratura exposta e rompimento de todos os ligamentos das articulações da perna dianteira direita. A Gazeta e Eli tinham a exclusividade daquele evento, e a matéria foi cedida à Rede Globo e reproduzida em todo Brasil, com grande repercussão.

Record, primeira passagem[editar | editar código-fonte]

Em 1982 passou a integrar a equipe de Esportes da TV Record São Paulo, a tempo de passar por outra experiência inusitada – mas não inédita – na sua carreira: transmitir a Copa do Mundo da Espanha desde o Brasil, via rádio. A Rede Globo era a única detentora dos direitos de transmissão para a TV do Mundial de 82, mas a Record, com enorme audiência em São Paulo, contra-atacou com a compra dos direitos de rádio (AM e FM), potencializada pela campanha publicitária “Veja a Copa na TV, ouça com o coração na Rádio Record”. E Eli Coimbra acompanhou toda repercussão da competição com mais reportagens, tendo a seu lado outro personagem e grande amigo que logo seria visto como narrador: Luiz Alfredo. [16]


Na TV Record, quase imbatível na liderança de audiência das transmissões de futebol em São Paulo naquela década, além da famosa parceria com seu grande amigo Flávio Prado [17]; [18], Eli fez parte de memoráveis momentos, entre eles a criação e participação no Clube dos Esportistas, exibido entre agosto de 1982 e maio de 1986, sempre às terças feiras à meia noite. Apesar do nome, o programa não era totalmente “esportivo”, já que os convidados eram desde esportistas amadores até mulheres que desfilavam no estúdio, e a eles sempre se faziam sobre vários assuntos que não eram suas especialidades. Era apresentado por Silvio Luiz, Flávio Prado, ‘‘‘Eli Coimbra’’’, Ronny Hein e Luiz Alfredo, e ainda teve ao longo dos anos a presença de Fernando Solera, Luiz Andreoli, Israel Gimpel, Silvio Ruiz e Fábio Sormani. Nos créditos iniciais e finais do programa, cada integrante da equipe aparecia escrito seguido de seu respectivo apelido: ‘‘‘Eli Coimbra’’’ (Betting ou Momento), Flávio Prado (Frango ou Sabonete), Luiz Alfredo (Beijinho), Ronny Hein (Sócrates), Fernando Solera (Fujão), Fábio Sormani (Bonitinho) e Silvio Luiz (Iogurte) [19]. Obteve grande audiência do público masculino adulto, e até havia uma espécie de rivalidade para saber qual era o pior programa da televisão brasileira na época, se era o “Clube dos Esportistas” com Silvio Luiz ou o Perdidos na Noite com Fausto Silva.

Confirmando seu ecletismo no esporte, participou, de agosto de 1982 a dezembro de 1983, da maior parte das transmissões da parceria Promoação/TV Record, capitaneadas por Luciano do Valle, recém egresso da TV Globo, e que envolveram momentos históricos do vôlei nacional, tanto feminino como masculino - Mundialito de Vôlei Feminino, Ginásio do Ibirapuera; Mundialito de Vôlei Masculino, Maracanãzinho, e O Grande Desafio de Vôlei – Brasil X URSS no estádio do Maracanã, em 26 de julho de 1983, com Brasil e União Soviética fazendo um clássico mesmo sob pesada chuva, com vitória brasileira.

Tempo para Eli participar da primeira de suas coberturas nos Jogos Olímpicos de Verão, na edição de 1984, realizada em Los Angeles, com o Brasil chegando perto de sua primeira medalha de ouro em esportes coletivos, mas falhando em duas frentes, nas finais do vôlei masculino contra os Estados Unidos e do futebol contra a França.

Mais uma cobertura de Copa do Mundo, desta vez no México em 1986, pelo inédito e inovador consórcio SBT/Record, quando as emissoras uniram forças e compartilharam suas equipes e imagens. Participaram daquela empreitada os jornalistas Carlos Valadares, Jorge Kajuru, Ciro José, J. Hawilla, Rui Viotti, Fábio Sormani, Osmar de Oliveira, Silvio Luiz, Eli Coimbra e Flávio Prado, além de Marcelo Tas na pele de seu célebre personagem, o repórter Ernesto Varela. [20]; [21]

TV Band e sua programação esportiva de vanguarda[editar | editar código-fonte]

Com o encerramento do Departamento de Esportes da Record em fins de 1986, Eli Coimbra transfere-se com praticamente todos seus companheiros para a TV Bandeirantes São Paulo, voltando a estar sob o comando de Luciano do Valle, naquela que é considerada por muitos a maior equipe de jornalismo esportivo da história da TV brasileira. Luciano e a Band já detinham o “recorde” de programa de televisão mais longo do mundo com o Show do Esporte, no ar 10 horas seguidas aos domingos, das 10h00 às 20h00. [22]; [23] Na emissora da família Saad Eli cobriu os Jogos Olímpicos de Verão de 1988 em Seul, Coréia do Sul [24]; de 1992 em Barcelona, Espanha e de 1996 em Atlanta, Estados Unidos; e a Copa do Mundo de 1994, também nos Estados Unidos [25], após breve passagem pela Rede Manchete durante a Copa do Mundo de 1990. [26] Permaneceu na Band até 1997, e nessa época teve a companhia de grandes profissionais, a maioria fraternos amigos, entre os quais se destacam Mário Sérgio Pontes de Paiva, Olivério Júnior, Flávio Prado, Octávio Muniz, Osvaldo Pascoal, Gérson de Oliveira Nunes, Tostão, Rivellino, Luciano Júnior, Alexandre Santos, Álvaro José, José Luiz Datena, Luiz Ceará, Luiz Andreoli, Jota Júnior, Dr. Osmar de Oliveira, Juarez Soares, Silvio Lancellotti, Elia Júnior, Fábio Caetano, Mauricio Pollari, Ricardo Fontenelle, além é claro do próprio Luciano do Valle, que chefiava esta “equipe dos sonhos”. [27]; [28]


Record, segunda passagem[editar | editar código-fonte]

Volta a trabalhar na TV Record em fins de 1996, na companhia dos amigos Mário Sérgio, Luiz Alfredo, Carlos Alberto Torres, Carlos Valadares, Márcio Moron e José Luiz Datena, e naquela emissora faz sua última cobertura da Copa do Mundo, em 1998, na França, com imagens das partidas mas sem credenciais para entrarem nos estádios e nos treinos da Seleção. As transmissões seriam feitas a partir de um cenário virtual de 120 m², no centro internacional de transmissões em Paris. Mas Eli e Datena, mesmo privados de acesso oficial, davam seus “jeitinhos” e produziram material de excelência, em razão de suas extensas experiência e amizades, como contava este último ao repórter Paulo Pacheco, do site Notícias da TV: “Nós tínhamos que entrar escondidos porque não tínhamos os direitos. Os caras já tinham manjado a gente com a tal ‘credencial’ da Copa [cedida pela Coca-Cola]. Tinha visto em um shopping uma jaqueta vermelha que os seguranças usavam. Compramos a jaqueta e metemos um bonezinho para entrar no treino. Os caras batiam até continência para a gente”. [29] Permanece na equipe esportiva da Record até seu inesperado falecimento, vítima de um infarto, em 25 de novembro de 1998. [30]

Homenagens póstumas[editar | editar código-fonte]

A partir de 1998 foi e é homenageado pela ACEESP – Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo, com um prêmio anual que leva seu nome, o “Troféu Ford-ACEESP ELI COIMBRA”, destinado a reconhecer o conjunto da obra de profissionais do jornalismo esportivo. Seus amigos Vital Battaglia (2015), Geraldo Blota (2001), Sérgio Carvalho (2004), Dalmo Pessoa (2011), Wanderley Nogueira (1998), Roberto Carmona (2003), José Paulo de Andrade (2018), Roberto Avallone (2007), Michel Laurence – ‘’in memoriam’’ (2014) e Osmar Santos (2016) estão entre os já agraciados com a homenagem. [31]

Desde 1999, por iniciativa do Vereador Manoel Lopes dos Santos da Câmara Municipal de Mauá, Eli Coimbra dá nome a uma Rua no bairro Jardim Zaíra, naquela cidade da região metropolitana de São Paulo. [32]

Existem ainda três outros projetos de lei na Câmara Municipal de São Paulo, cidade onde Eli nasceu, viveu e veio a falecer, os PL’s 521/2006 e 018/2008, ambos de autoria de ninguém menos que o então Vereador Ademir da Guia – o Divino [33], e [34] [35]; e o PL 681/2006, de autoria do Vereador Gilberto Natalini [36], que pretendiam ver o nome de Eli Coimbra em um próprio municipal paulistano.

Coberturas internacionais em mais de 30 países pelo mundo; 5 Copas do Mundo FIFA in loco – 1974/1978 Tupi, 1986 SBT/Record, 1994 Bandeirantes e 1998 Record), e mais 5 em coberturas desde o Brasil (1962/1966/1970 Tupi, 1982 Record e 1990 Manchete); 4 Jogos Olímpicos de Verão; 2 Mundiais Interclubes no Japão; a “invenção” de uma categoria de futebol de base; trabalhos em diferentes modalidades esportivas notadamente Futebol, Vôlei, Basquete, Turfe, Boxe, Automobilismo: um pequeno resumo da eclética carreira de um dos pioneiros do jornalismo esportivo na TV brasileira, Eli Coimbra.


A vida fora da TV – Cidade Jardim[editar | editar código-fonte]

Em paralelo ao seu lado profissional, Eli Coimbra tinha uma outra grande paixão esportiva: o turfe. Desde muito jovem passou a frequentar o Jóquei Clube de São Paulo, no Hipódromo de Cidade Jardim, acompanhando seu avô Eliud. Neste ambiente foi cultivando amizades, aprendendo sobre criação e linhagem de puros sangues ingleses, e no fim da vida ainda era proprietário de dois cavalos de corrida, que foram “herdados” por seus amigos de turfe quando de seu falecimento precoce. Em seu tempo livre, Eli tornou-se um estudioso das árvores genealógicas dos PSI, distâncias e terrenos que favoreciam esta ou aquela criação, mas não só isso, estudava também as características de cada jóquei. Deixou uma coleção invejável de publicações, guias e livros a respeito, também doada.

A Brunella do Guarujá[editar | editar código-fonte]

No Jóquei conheceu Roberto Chamma e Mauro Hofmeister (ambos também falecidos), que viriam a ser seus sócios em uma empreitada pouco usual para aqueles tempos, mas que viria a ter grande êxito e marcar época. Os três sócios vieram a se tornar próximos de Ricardo Filizolla, filho de Mattia Filizzola, empreendedor italiano e fundador, em 1967, da mais famosa confeitaria e sorveteria de São Paulo, a Brunella. Com lojas próprias na Capital e uma fábrica-loja-restaurante no Ibirapuera, era a preferida dos paulistanos, e seus doces, bombons, salgados e sorvetes tinham sabor autêntico, com as receitas executadas por profissionais apaixonados, alguns deles trazidos diretamente da Europa. Brunella era sinônimo de ponto de encontro, enfatizando fortes vínculos emocionais com seus clientes. [37] Eli, Mauro e Roberto convenceram, em meados de 1974, o patriarca e fundador Mattia Filizzola a lhes confiar uma concessão – o termo franquia foi popularizado bastante depois, na década de 1980 – da confeitaria na cidade litorânea de Guarujá, SP.

A primeira loja, inaugurada em 1975 a meio quarteirão da orla da praia de Pitangueiras, em breve se tornou uma das mais rentáveis da empresa. Nos meses de verão eram comuns filas enormes nos finais de tarde e começos de noite, e justamente nesta época o Guarujá passou a receber com frequência turistas de outros estados. Um sucesso tão grande que gerou uma segunda loja, inaugurada em 1983 desta vez na praia da Enseada, a pouco mais de 50 metros da orla. Era um ponto de encontro tão importante na cidade que até hoje a Praça Abilio dos Santos, construída praticamente para a inauguração em frente ao imóvel que abrigou a Confeitaria de 1983 ao ano 2000 ainda é conhecida como Praça da Brunella. [38]; [39]


O que era negócio virou outra grande paixão de ‘‘‘Eli Coimbra’’’, que se dedicava pessoalmente nos finais de semana livres e em suas férias à confeitaria. Nos 25 anos em que detiveram a concessão, as famílias Coimbra, Chamma e Hofmeister partilharam muito trabalho, com muita alegria, e certamente contribuíram para a marca Brunella ter-se tornado o ícone que foi até o final dos 90, quando infelizmente enfrentou uma concordata e posterior falência. As franquias foram devolvidas à massa falida no princípio do ano 2000. [40] Mas ‘‘‘Eli Coimbra’’’, que viveu e trabalhou em uma época em que o salário de um jornalista não alcançava valores estratosféricos como os atuais, costumava comentar que foram estas franquias da Brunella que permitiram a ele formar seus quatro filhos na universidade.

== Ligações externas == (17)

  • [1] Biografia
  • [2] Biografia
  • [3] Biografia
  • [4] Biografia
  • [5] Quando o programa "Grandes Momentos do Esporte" da TV Cultura, fez uma série de dois programas homenageando os 60 anos de Pelé em outubro do ano 2000, a emissora encontrou na Cinemateca Brasileira trechos de um programa esportivo da TV Tupi de São Paulo de 1966, que possivelmente seria uma edição especial do semanal "Comendo a Bola", em que o jovem repórter Eli Coimbra entrevista nas imediações do bairro do Sumaré, sede da emissora pioneira, o maior camisa 10 do futebol mundial enquanto este se preparava para disputar a Copa do Mundo da Inglaterra naquele ano.
  • [6] Banco de Conteúdos Culturais, Eli Coimbra e Roberto Petri entrevistam Pelé, 24/02/1970. Imagens TV Tupi
  • [7] Eli Coimbra e Roberto Petri entrevistam João Saldanha, 24/02/1970. Imagens TV Tupi
  • [8] Banco de Conteúdos Culturais, Goleiros da Seleção concedem entrevista a Roberto Petri e Eli Coimbra, 25/02/1970. Imagens TV Tupi
  • [9] Trechos da partida masculina amistosa realizada em 26 de julho no Estádio Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ). Com 95.887 pagantes, esta é a partida de vôlei com maior público da história. Narração Luciano do Valle, comentários Paulo Russo, reportagens Eli Coimbra e Juarez Soares. Imagens TV Record
  • [10] Trecho do programa Clube dos Esportistas, exibido em 14 de agosto de 1984. Imagens TV Record
  • [11] SBT-Record, Unidos Venceremos - Chamada da Copa do Mundo 86
  • [12] Nota sobre a equipe SBT-Record em 1986
  • [13] Eli Coimbra em reportagem sobre Osni Franco, artista plástico que elaborou o troféu da Taça João Jorge Saad em 1989, Campeonato Paulista de Aspirantes. Imagens TV Bandeirantes
  • [14] Nota na Placar sobre transferência para a Rede Manchete em 1990
  • [15] Primeiro treino de Telê Santana no São Paulo, 1990, reportagem de Eli Coimbra. Imagens TV Manchete
  • [16] Final do Brasileirão 1992, Narração de Silvio Luiz, reportagem de Eli Coimbra. Imagens TV Bandeirantes
  • [17] Eli Coimbra entrevista Bebeto na concentração da Seleção Brasileira em Teresópolis (RJ), em 14/09/1993, semana que antecedeu a partida decisiva contra o Uruguai pelas Eliminatórias, que valeria uma vaga na Copa do Mundo 94. Imagens TV Bandeirantes

Referências

  1. https://books.google.pt/books?id=XNwid9zcNH0C&pg=PA12&lpg=PA12&dq=eli+coimbra+copa+do+mundo+94&source=bl&ots=h-nvBy1xJO&sig=ACfU3U0Wyoyyq2hePm5NfE5kC8BgdWsKpg&hl=pt-PT&sa=X&ved=2ahUKEwi65-zjqYvpAhXhzoUKHQGYCb8Q6AEwA3oECAkQAQ
  2. https://blogmiltonneves.uol.com.br/blog/2019/10/08/eli-coimbra-pele-e-o-narrador-mario-moraes-inesquecivel/
  3. https://www.youtube.com/watch?v=2WvU4njth6c
  4. https://books.google.pt/books?id=OH7PDwAAQBAJ&pg=PT152&lpg=PT152&dq=eli+coimbra+entrevista+pel%C3%A9&source=bl&ots=F6S4u8TdPK&sig=ACfU3U0mVna01qFJqtwEnFMcZls6SiJKzQ&hl=pt-PT&sa=X&ved=2ahUKEwiOxtDZwIvpAhXhzoUKHQGYCb84ChDoATADegQICBAB#v=onepage&q=eli%20coimbra%20entrevista%20pel%C3%A9&f=false
  5. https://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/entretenimento/2014/06/18/audio-da-copa-ja-espanta-tanto-quanto-imagens.htm
  6. https://books.google.pt/books?id=mEfpwaH3GuEC&pg=PA31&lpg=PA31&dq=eli+coimbra+boxe&source=bl&ots=33y-2knVMI&sig=ACfU3U1CZlwgQzsFZoiXQEChWBB70jxiTw&hl=pt-PT&sa=X&ved=2ahUKEwjXxamf84vpAhWPsBQKHYI2CZAQ6AEwCXoECAgQAQ#v=onepage&q=eli%20coimbra%20boxe&f=false
  7. https://uolesporte.blogosfera.uol.com.br/2014/12/12/8-bolas-de-futebol-famosas-na-infancia-como-dente-de-leite-e-da-copa-94/
  8. https://www.youtube.com/watch?v=g3I5BqyiS5o
  9. http://bcc.org.br/filmes/449339
  10. http://bcc.org.br/filmes/449342
  11. https://trivela.com.br/copa-na-televisao-brasileira-1974-quando-o-pais-viu-o-mundial-cores/
  12. https://esporte.ig.com.br/maisesportes/boxe/2014-10-30/dirigente-brasileiro-encarou-maratona-aerea-para-ver-o-duelo-ali-x-foreman.html
  13. https://trivela.com.br/copa-na-televisao-brasileira-1978-quando-os-teloes-reuniram-o-povo/
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Citações Wikipédia (81)