Usuário(a):Webestmaster200/Alexandre, o Grande

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Alexandre, o Grande
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Alexandre Magno e seu cavalo Bucéfalo, na Batalha de Isso. Mosaico encontrado em Pompeia, hoje no Museu Arqueológico Nacional, em Nápoles.
Rei da Macedônia
Reinado 336 a.C. - 323 a.C.
Antecessor(a) Filipe II
Sucessor(a) Filipe III

Alexandre IV

Faraó do Egito
Reinado 332 a.C. - 323 a.C.
Predecessor(a) Dario III
Sucessor(a) Filipe III

Alexandre IV

Rei da Pérsia
Reinado 330 a.C. - 323 a.C.
Predecessor(a) Dario III
Sucessor(a) Filipe III

Alexandre IV

 
Nascimento 20 de julho de 356 a.C.
  Pela, Macedônia
Morte 10 de junho de 323 a.C. (32 anos)
  Babilônia
Cônjuge Roxana de Báctria

Estatira II da Pérsia

Parisátide da Pérsia

Descendência Alexandre IV
Dinastia Argéada
Pai Filipe II
Mãe Olímpia do Epiro
Religião Politeísmo grego

Alexandre III da Macedônia (português brasileiro) ou Macedónia (português europeu) (20/21 de julho de 356 a.C.10 de junho de 323 a.C.), comumente conhecido como Alexandre, o Grande ou Alexandre Magno (em grego clássico: Ἀλέξανδρος ὁ Μέγας; romaniz.:Aléxandros ho Mégas), foi um dos maiores líderes da história e um dos maiores rei (basileu) do reino grego antigo da Macedônia e um membro da dinastia argéada. Alexandre, nasceu em Pela em meados de 356 a.C., o jovem príncipe sucedeu a seu pai, o rei Filipe II, no trono com vinte anos de idade. Ele passou a maior parte de seus anos no poder em uma série de campanhas militares sem precedentes através da Ásia e nordeste da África. Até os trinta anos havia criado um dos maiores impérios do mundo antigo, que se estendia da Grécia para o Egito e ao noroeste da Índia. Morreu invicto em batalhas e é considerado um dos comandantes militares mais bem sucedidos da história. Durante sua juventude, Alexandre foi orientado pelo filósofo Aristóteles até aos 16 anos. Depois que Filipe foi assassinado em 336 a.C., Alexandre sucedeu a seu pai no trono e herdou um reino forte e um exército experiente. Havia sido premiado com o generalato da Grécia e usou essa autoridade para lançar o projeto pan-helênico de seu pai liderando os gregos na conquista da Pérsia. Em 334 a.C., invadiu o Império Aquemênida, governando a Ásia Menor, e começou uma série de campanhas que durou dez anos. Quebrou o poder da Pérsia em uma série de batalhas decisivas, mais notavelmente as batalhas de Isso e Gaugamela. Em seguida, derrubou o rei persa Dario III e conquistou a Pérsia em sua totalidade. Nesse ponto, seu império se estendia do mar Adriático ao rio Indo. Buscando alcançar os "confins do mundo e do Grande Mar Exterior", invadiu a Índia em 326 a.C., mas foi forçado a voltar pela demanda de suas tropas. Alexandre morreu na Babilônia em 323 a.C., a cidade que planejava estabelecer como sua capital, sem executar uma série de campanhas planejadas que teria começado com uma invasão da Arábia. Nos anos seguintes à sua morte, uma série de guerras civis rasgou seu império em pedaços, resultando em vários estados governados pelos diádocos, sobreviventes e herdeiros generais de Alexandre. Seu legado inclui a difusão cultural que suas conquistas geraram, como o greco-budismo. Fundou cerca de vinte cidades que levavam o seu nome, principalmente Alexandria, no Egito. Seus assentamentos de colonos gregos e a propagação resultante da cultura grega no leste resultou em uma nova civilização helenística, aspectos que ainda eram evidentes nas tradições do Império Bizantino em meados do século XV e a presença de oradores gregos na região central e noroeste da Anatólia até a década de 1920. Alexandre se tornou lendário como um herói clássico no molde de Aquiles, e aparecendo com destaque na história e mito grego e culturas não gregas. Tornou-se a medida contra a qual os líderes militares se compararam, e academias militares em todo o mundo ainda ensinam suas táticas. É muitas vezes classificado entre as pessoas mais influentes do mundo em todos os tempos, junto com seu professor Aristóteles.

== Começo da vida == === Linhagem e infância ===

Alexandre Magno, quando jovem. Busto do período helenístico Museu Britânico

Alexandre nasceu na cidade de Pela, capital do Reino da Macedônia,[1] no sexto dia do mês hecatombeu do antigo calendário grego, o que provavelmente corresponde a 20 de julho de 356 a.C., apesar da data exata ainda não ser sabida com certeza.[2] Era filho do rei Filipe II e de sua quarta esposa, Olímpia, filha do rei Neoptólemo I do Epiro.[3][4] Apesar de Filipe ter sete ou oito esposas, Olímpia foi sua esposa principal por muito tempo, provavelmente devido ao fato dela ter sido aquela que lhe deu um filho homem.[5] Muitas lendas envolvem o nascimento e infância de Alexandre.[6] De acordo com o biógrafo grego Plutarco, Olímpia, na noite da consumação do seu casamento com Filipe, sonhou que seu útero fora atingido por um raio. É dito que Filipe, em um sonho um tempo após o casamento, viu-se segurando o útero de sua esposa marcando-o com um selo gravado com uma imagem de leão. Plutarco deu várias interpretações a este sonho: talvez que Olímpia estivesse grávida antes do casamento, indicado pelo selo gravado em seu útero; ou que Alexandre fosse filho do deus Zeus. Analistas antigos dizem que uma ambiciosa Olímpia pode ter propagado a história da origem divina de Alexandre ou talvez ela dispensasse essa sugestão como ímpia. No dia que Alexandre nasceu, Filipe estava preparando um cerco à cidade de Potideia, na península de Calcídica. No mesmo dia, Filipe recebeu notícias que o seu general Parménio tinha derrotado os exércitos combinados da Ilíria e da Peônia, e também que seu cavalo havia vencido uma competição nos Jogos Olímpicos. Também é dito que, neste dia, o Templo de Ártemis, em Éfeso, uma das sete maravilhas do mundo antigo, havia sido queimado. Isso levou Hegésias de Magnésia a dizer que o incêndio tinha ocorrido porque Ártemis estava longe, testemunhando o nascimento de Alexandre. [7] Tais lendas podem ter surgido após Alexandre ter se tornado rei e possivelmente foram instigadas pelo próprio para mostrar que era um super-humano e destinado à grandeza desde sua concepção. Nos seus primeiros anos de vida Alexandre foi criado por uma enfermeira, Lanice, irmã do futuro general Clito. Mais adiante na sua infância, Alexandre foi tutorado pelo rígido Leônidas de Epiro, um parente de sua mãe, e por Lisímaco, um general de Filipe.[8] Alexandre foi criado como todos os jovens nobres macedônios, aprendendo a lutar, a ler, a tocar lira, a cavalgar e a caçar.[9]

Aristóteles ensinando Alexandre. Por Jean Leon Gerome Ferris

Quando Alexandre tinha dez anos de idade um comerciante da Tessália trouxe um cavalo a Filipe, que procurou vender por treze talentos. O cavalo se recusava a ser montado e Filipe o dispensou. Alexandre, contudo, percebendo que o cavalo parecia ter medo da própria sombra, afirmou que poderia domar o animal, o que posteriormente conseguiu. Plutarco afirmou que Filipe ficou exacerbado pela coragem e ambição do filho, o beijou firmemente e declarou: "Meu filho, você deve encontrar um reino grande o suficiente para a sua ambição. A Macedônia é pequena demais para você". Ele acabou comprando o cavalo para o garoto. Alexandre deu ao animal o nome Bucéfalo, que significa "cabeça de boi". Bucéfalo tornou-se o cavalo principal de Alexandre, acompanhando-o até suas campanhas na Índia. Quando o animal morreu (devido à idade avançada, de acordo com Plutarco, aos 30 anos), nomeou uma cidade com seu nome, Bucéfala.[10][11][12] === Adolescência e educação === Quando Alexandre tinha treze anos, Filipe começou a buscar um tutor para seu filho e considerou acadêmicos como Isócrates e Espeusipo, sendo que este último queria o cargo. No final, Filipe escolheu Aristóteles e lhe ofereceu o Templo das Ninfas em Mieza para ser usado como sala de aula. Em retorno por educar seu filho, Filipe concordou em reconstruir a cidade natal de Aristóteles, Estagira, que o próprio Filipe havia destruído. Ele a repovoaria, libertaria seus cidadãos que haviam sido escravizados e perdoaria os que estavam no exílio.[13][14][15] Mieza era como um colégio interno para Alexandre e os filhos de outros nobres macedônios que o acompanharam, como Ptolemeu, Heféstio e Cassandro. Muitos destes outros estudantes acabaram se tornando amigos de Alexandre e mais tarde se tornariam generais em seu exército. Aristóteles ensinou a Alexandre e seus companheiros sobre medicina, filosofia, moral, religião, lógica e arte. Sob sua tutela, Alexandre desenvolveu muito interesse pelo autor Homero, em particular com a obra Ilíada; Aristóteles lhe deu uma cópia deste livro, que Alexandre levava em suas campanhas.[16][17][18]

  1. Green 1970, p. xxxiii.
  2. Plutarco 2000.
  3. McCarty 2004, p. 10.
  4. Renault 2001, p. 28.
  5. Roisman 2010, p. 171.
  6. Roisman 2010, p. 188.
  7. Bose 2003, p. 21.
  8. Renault 2001, p. 33–34.
  9. Roisman 2010, p. 186.
  10. Durant 1966, p. 538.
  11. Fox 1980, p. 64.
  12. Renault 2001, p. 39.
  13. Fox 1980, p. 65.
  14. Renault 2001, p. 44.
  15. McCarty 2004, p. 15.
  16. Fox 1980, p. 65–66.
  17. Renault 2001, p. 45–47.
  18. McCarty 2004, p. 16.