Quiabo
quiabeiro, quiabo Abelmoschus esculentus | |||||||||||||||||
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Fruto em seção longitudinal
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Classificação científica | |||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||
Abelmoschus esculentus (L.) Moench | |||||||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||||
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O quiabeiro (nome científico: Abelmoschus esculentus) é uma planta da família Malvaceae. Possui origem africana, precisamente na Etiópia.[1] Seu fruto, conhecido como quiabo, quingombô, gombô, quibombô, quigombó, quibombó, quimbombô, quingobó, quingombó e quingombô, é uma cápsula fibrosa cônica verde e peluda, cheia de sementes brancas redondas, muito usado em culinária antes da maturação, pois, próximos à maturação, endurecem. Suas folhas são lobadas. As flores são axilares, isto é, brotam a partir das gemas axilares.
Etimologia
[editar | editar código-fonte]Os termos da língua portuguesa, quiabo, quingombô, gombô, quibombô, quigombó, quibombó, quimbombô, quingobó, quingombó e quingombô são derivados do quimbundo.[1]
Fruto
[editar | editar código-fonte]No Brasil, o quiabo compõe pratos típicos regionais, como o caruru — quiabo cozido com camarão seco. Na culinária mineira, há o frango com quiabo e o refogado de carne com quiabo. Pode ser apreciado cozido com tempero no óleo, deixando-se bastante seco. É um fruto simples, seco, indeiscente, de cápsula loculicida (isto é, deiscência longitudinal, com cada lóculo se abrindo separadamente).[2] Os quiabos são verdes e peludos e apresentam uma goma viscosa. Rico em vitamina A, seu consumo pelo ser humano é importante para a visão, pele e mucosas em geral.
Segundo Balbach, Alfons, As Hortaliças na Medicina Doméstica, A Edificação no Lar, em 100 gramas de quiabo estão agrupados:
850 U.I. de vitamina A; 130 mcg de vitamina B1 (Tiamina); 75 mcg de vitamina B2 (riboflavina); 0,70 mg ou de vitamina B3 (niacina) ou de vitamina B5 (ácido pantoténico) — não especificado devido à incongruência da fonte — e 25,80 mg de vitamina C (ácido ascórbico). Além disso, contém 40,00 quilocalorias (em 100 gramas); 89,60% de água; 7,40 % de hidratos de carbono; 1,80% de proteínas; 0,20% de gorduras e 1,00% de sais.[3]
Se, por um lado, a vitamina A exerce as funções já mencionadas, além de proteger o fígado, a vitamina B1 é decisiva para o bom funcionamento do sistema nervoso, a vitamina B2 é importante para o crescimento, principalmente na adolescência.[4]
Fruto de fácil digestão, é recomendado para pessoas que sofrem de problemas digestivos, sendo eficaz contra infecções intestinais, bexiga e rins.
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Botões de flor
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Planta e flor
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Frutos
Propriedades curativas
[editar | editar código-fonte]De acordo com a literatura e diversas pesquisas científicas, o quiabo é um alimento:
- antiúlceras;[5]
- anticancerígeno, reduz ataques cardíacos, diminui o colesterol sanguíneo, alivia desordens intestinais, inflamações no cólon, diverticulite e úlceras estomacais;[6]
- neutralizador de ácidos, lubrificante do trato intestinal, auxilia na melhora de queimaduras, acalma psoríase e envenenamento e pode ser utilizado no tratamento de inflamações nos pulmões, síndrome do intestino irritável e dores de garganta.[7]
Influência no diabetes
[editar | editar código-fonte]Estudos realizados em camundongos, publicados em 2011[8] e 2012, mostraram que a ingestão de quiabo regula a expressão gênica de maneira a favorecer o controle do diabetes, além de reduzir de maneira significativa as taxas de glicose no sangue.
Em novembro de 2013, a imprensa brasileira divulgou os efeitos benéficos do consumo do quiabo também em seres humanos, podendo este chegar eventualmente até a substituir a insulina. Após investigações científicas, o quiabo poderá se confirmar como a principal forma de tratamento para os diabéticos.[9] Outro fator importante que deve ser levado em consideração, é que o quiabo é rico em fibras, e isso influencia diretamente na manutenção do peso e da boa forma. Além disso ele possui poucas calorias e sua ingestão ajuda na manutenção dos olhos, mucosas e do sistema nervoso.[10]
Referências
- ↑ a b PENDRE, N.K. et al. Effect of drying temperature and slice size on quality of dried okra (Abelmoschus esculentus (L.) Moench). Journal of Food Science and Technology, v.49, n.3, p.378-371,2011.
- ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 044.
- ↑ «Quiabo», Herbário, BR.
- ↑ Schneider, Ernest (1987). A Cura e a Saúde pelos Alimentos. [S.l.]: Casa Publicadora Brasileira
- ↑ H.K. Bakhru, Healing Through Natural Foods, 2000, Jaico Publishing House.
- ↑ P. A. Balch, Prescription for Dietary Wellness, 2003, Avery.
- ↑ B. Mars, Rawsome!: Maximizing Health, Energy, and Culinary Delight With the Raw Foods Diet, 2004, Basic Health Publications, Inc.
- ↑ V. Sabitha, S. Ramachandran, K. R. Naveen, and K. Panneerselvam. Antidiabetic and antihyperlipidemic potential of Abelmoschus esculentus (L.) Moench. in streptozotocin-induced diabetic rats. J Pharm Bioallied Sci. 2011 Jul-Sep; 3(3): 397–402.
- ↑ «Invenção de água de quiabo contra o diabetes rende R$30 mil a jovens». G1. 25 de novembro de 2013. Consultado em 20 de dezembro de 2021
- ↑ «Quiabo emagrece - Porque a água de quiabo emagrece?». Happy Fitness. Consultado em 1 de agosto de 2015. Arquivado do original em 31 de agosto de 2015