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O comércio de todo o mundo estava reunido nos armazéns de Tiro. Os mercadores desta cidade foram os primeiros a aventurar-se a navegar através das águas mediterrânicas, fundando [[colónia]]s na costa e ilhas vizinhas do [[Mar Egeu]], na [[Grécia]], na costa do norte de [[África]], em [[Cartago]], na [[Sicília]] e na [[Córsega]], na [[Península Ibérica]] e mesmo para além dos pilares de Hércules em Gadeira ([[Cádis]]. No tempo de [[David]], foi forjada uma aliança entre os Hebreus e o povo de Tiro, que foram governados durante muito tempo pelos seus reis nativos. |
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Tiro estava dividida em duas partes distintas: uma fortaleza rochosa, chamada "Antiga Tiro", e a cidade, construída numa pequena e rochosa ilha a cerca de 700 metros da costa. Estrategicamente, era um local muito bem posicionado. Foi cercada durante cinco anos por [[Shalmaneser III]], que contava com o auxílio dos [[Fenícios]] do continente. Em [[586 a.C.]] foi cercada por [[Nabucodonosor II da Babilónia|Nabucodonosor]] durante treze anos, aparentemente sem sucesso. Caiu depois sob o jugo de [[Alexandre, o Grande]] depois de um cerco de sete meses. Tiro continuou a manter muita da sua importância comercial até à era Cristã. |
Tiro estava dividida em duas partes distintas: uma fortaleza rochosa, chamada "Antiga Tiro", e a cidade, construída numa pequena e rochosa ilha a cerca de 700 metros da costa. Estrategicamente, era um local muito bem posicionado. Foi cercada durante cinco anos por [[Shalmaneser III]], que contava com o auxílio dos [[Fenícios]] do continente. Em [[586 a.C.]] foi cercada por [[Nabucodonosor II da Babilónia|Nabucodonosor]] durante treze anos, aparentemente sem sucesso. Caiu depois sob o jugo de [[Alexandre, o Grande]] depois de um cerco de sete meses. Tiro continuou a manter muita da sua importância comercial até à era Cristã. |
Revisão das 14h45min de 13 de setembro de 2008
Tiro é uma antiga cidade fenícia no Líbano na costa do Mar Mediterrâneo, a cerca de 30 quilómetros de Sídon. A cidade moderna continua a chamar-se hoje de Sur, sendo que o seu nome significa "rocha".
História
O comércio de todo o mundo estava reunido nos armazéns de Tiro. Os mercadores desta cidade foram os primeiros a aventurar-se a navegar através das águas mediterrânicas, fundando colónias na costa e ilhas vizinhas do Mar Egeu, na Grécia, na costa do norte de África, em Cartago, na Sicília e na Córsega, na Península Ibérica e mesmo para além dos pilares de Hércules em Gadeira (Cádis. No tempo de David, foi forjada uma aliança entre os Hebreus e o povo de Tiro, que foram governados durante muito tempo pelos seus reis nativos.
Tiro estava dividida em duas partes distintas: uma fortaleza rochosa, chamada "Antiga Tiro", e a cidade, construída numa pequena e rochosa ilha a cerca de 700 metros da costa. Estrategicamente, era um local muito bem posicionado. Foi cercada durante cinco anos por Shalmaneser III, que contava com o auxílio dos Fenícios do continente. Em 586 a.C. foi cercada por Nabucodonosor durante treze anos, aparentemente sem sucesso. Caiu depois sob o jugo de Alexandre, o Grande depois de um cerco de sete meses. Tiro continuou a manter muita da sua importância comercial até à era Cristã.
Foi aqui que se fundou uma igreja logo após a morte de Santo Estêvão, e São Paulo, ao regressar da sua terceira jornada missionária, passou uma semana em diálogo com os discípulos daquela cidade.
Após a Primeira Cruzada, foi capturada, tornando-se uma das cidades mais importantes do Reino de Jerusalém. Fazia parte do domínio real, embora houvesse colónias autónomas para as cidades mercantes da Itália. De resto, e enquanto Jerusalém não foi conquistada por Saladino em 1187, Tiro manteve-se uma cidade importante para o Cristianismo, acolhendo arcebispos e formando Patriarcas. As cruzadas capturaram a cidade no século XIII, mas em 1291 foi retomada pelos Mamelucos.
A cidade de Tiro foi particularmente conhecida pela produção de um tipo de tinta púrpura bastante raro. Esta cor era reservada, em muitas culturas dos tempos antigos, para a realeza ou nobreza.