Antiagregante plaquetar

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Antiagregante plaquetário)
Classificação dos antiplaquetários (em inglês)

Antiagregantes plaquetares, antiagreantes plaquetários ou antiplaquetários são fármacos usados para evitar a activação e agregação das plaquetas para prevenir trombose em pacientes de risco. Seu principal representante é o ácido acetilsalicílico (aspirina). Não confundir com anticoagulantes, também usados para prevenir trombose com outros mecanismos de ação, nem com trombolíticos, usados para romper trombos.

Classificação[editar | editar código-fonte]

Inibidores da ciclooxigenase

O ácido acetilsalicílico (aspirina) é um AINE (anti-inflamatório não esteroide) usado com frequência enquanto antiplaquetar e, hoje, o principal fármaco para essa função. Ao inibir a enzima COX-1 (ciclooxigenase), diminui a formação de tromboxanos A2, mediadores endógenos promotores da agregação plaquetária.

Inibidores da fosfodiesterase 5

Incluem o sildenafil (viagra), tadalafil, vardenafil e o dipiridamole são vasodilatadores que podem ser usados no tromboembolismo pulmonar e após AVC.[1]

Tienopiridinas

Atuam como inibidores do receptor de adenosina difosfato (ADP) e incluem o clopidogrel, o prasugrel, o ticagrelor e a ticlopidina. São frequentemente combinados com a aspirina para potenciar seu efeito ou usados para substituí-la em pacientes que não a toleram.[2]

Inibidores da glicoproteína IIb/IIIa

Incluem o abciximab, a tirofibana e o eptifibatide. De uso exclusivamente intravenoso em ambiente hospitalar depois de um infarto do miocardio.

Antagonista do receptor plaquetário de trombina

Vorapaxar (Zontividade) é um novo antagonista seletivo do receptor de plaquetas ativado por proteases encontrado nas trombinas, usado em pessoas com história de infarto do miocárdio ou com doença arterial periférica.[3]

Prostaciclina

O Eprostenol é uma prostaciclina injetável utilizada para inibir a agregação plaquetária durante a diálise renal (com ou sem heparina) e na hipertensão pulmonar primária. Estimula a adenilato ciclasa incrementando os níveis de AMPc.[4]

Indicações[editar | editar código-fonte]

São usados para prevenir tromboembolismo pulmonar, infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral isquêmico. Especialmente indicados em caso de[5]:

Contraindicações[editar | editar código-fonte]

Pacientes com hemorragia ativa, como úlcera gástrica ou sangramento intestinal, ou alto risco de hemorragia, como hipertensão não controlada ou antes de grandes cirurgias abertas.[6]

Descontinuar o tratamento antiplaquetário aumenta o risco de trombose, portanto só deve ser feito quando o risco de hemorragia severa é muito elevado. Em cirurgias pequenas ou pouco invasivas, recomenda-se manter a medicação.[7]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Wilkins MR1, Wharton J, Grimminger F, Ghofrani HA. Eur Respir J. Phosphodiesterase inhibitors for the treatment of pulmonary hypertension. 2008 Jul;32(1):198-209. doi: 10.1183/09031936.00124007.
  2. Dra. Gina Natalia Chacón Hernández. Fármacos más utilizados como antiagregantes. Agosto de 2012. Disponível em: http://www.fundaciondelcorazon.com/informacion-para-pacientes/tratamientos/antiagregantes.html
  3. Morrow, David A., and Mark J. Alberts. "Efficacy and Safety of Vorapaxar in Patients With Prior Ischemic Stroke." Journal of the American Heart Association (2013): 691-98. American Heart Association. Web. 2 Nov. 2014. <http://stroke.ahajournals.org/content/44/3/ 691.full.pdf+html>.
  4. Vademecum Vidal
  5. Castaigne A1, Benacerraf S, Le Roux A. Indications for antiplatelet medications. Rev Prat. 1999 Oct 1;49(15):1635-9. [1]
  6. Samama CM, Bastien O, Forestier F, Denninger MH, Isetta C, Juliard JM, Lasne D, Leys D, Mismetti P, and the expert group. Antiplatelet agents in the perioperative period: expert recommendations of the French Society of Anesthesiology and Intensive Care (SFAR) 2001 – summary statement. Can J Anaesth (2002) 49:S26–S35.
  7. Collet JP, Himbert D, Steg PG. Myocardial infarction after aspirin cessation in stable coronary artery disease patients. Int J Cardiol (2000) 76:257–258.