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*O biócoro das águas lênticas: '''Águas lênticas são águas paradas como [[pântano]]s, brejos, poças d’ água e [[lagoa]]s de água doce e parada;'''
*O biócoro das águas lóticas: Águas lóticas são águas correntes como riachos, ribeirões, [[rio]]s e [[lago]]s de água doce e corrente.
*O biócoro das águas lóticas: Águas''' l''''''óticas são águas correntes como riachos, ribeirões, [[rio]]s e [[lago]]s de água doce e corrente.'''


==Espectro biológico==
==Espectro biológico==

Revisão das 15h48min de 8 de outubro de 2009

Biosfera da Terra

Biosfera é o conjunto de todos os ecossistemas da Terra.

É um conceito da Ecologia, relacionado com os conceitos de litosfera, hidrosfera e atmosfera. Incluem-se na biosfera todos os organismos vivos que vivem no planeta, embora o conceito seja geralmente alargado para incluir também os seus habitats, passando a biosfera a ser tratada como o conjunto de todos os biociclos englobando assim toda a zona habitável de um planeta. O termo "Biosfera" foi introduzido, em 1875, pelo geólogo austríaco Eduard Suess. O conceito foi criado por analogia a outros conceitos que já existiam em 1875 para nomear partes da estrutura interna da Terra, termos tais como "litosfera" o conjunto dos sólidos da Terra, "atmosfera" o conjunto dos gases da Terra e "hidrosfera" o conjunto das águas da Terra, sendo por analogia a esses termos, "biosfera" o conjunto dos seres vivos da Terra.

  • Abaixo dos primeiros metros de profundidade na litosfera já não existe mais vida alguma porque não há ar o suficiente para poder respirar, não há água, não há luz para que ocorra a fotossíntese, micróbios e minhocas só existem a alguns centímetros abaixo da superfície dos solos mais férteis, nos desertos até a superfície das areias é estéril, na Amazônia inteira existe um deserto à um palmo abaixo da superfície do solo. O interior da Terra é compactado e sob pressão crescente conforme a profundidade, quanto mais fundo maior é a pressão e maior é a temperatura também, para quem desce com elevadores nas minas mais profundas que existem, a temperatura vai aumentando de 1°C a cada 30 metros que se desce na crosta terrestre. Abaixo da crosta terrestre existe o magma em alta temperatura e em várias camadas, no centro da Terra fica o núcleo da Terra que também é dividido em camadas.
  • Onde existir ao menos um micróbio vivendo lá estará representada uma parte da biosfera.
  • Os seus limites vão dos picos das mais altas montanhas a até às profundezas das fossas abissais marinhas.
  • Entre 1920 e 1930 começou-se a aplicar o termo biosfera para designar a parte do planeta ocupada pelos seres vivos.
  • A biosfera da Terra é o conjunto de todos os seres vivos do planeta Terra.
  • A vida na Terra terá surgido há cerca de 3800 milhões de anos (Ver: Críptico).

Biociclos, biócoros e biomas

O conceito de biosfera pode ser interpretado como o conjunto formado pelos diferentes ecossistemas. Tendo em vista a abrangência dessa conceituação, costuma-se dividir a biosfera nos chamados biociclos, que representam conjuntos de ecossistemas dentro da biosfera. Os biociclos, por sua vez, são divididos em biócoros que podem se dividir em biomas. Existem três tipos de biociclos: epinociclo, talassociclo e limnociclo [1].

Epinociclo

O epinociclo é o biociclo terrestre. É o conjunto dos seres vivos que vivem sobre terra firme e apresenta quatro biócoros bem distintos: as florestas, as savanas, os campos e os desertos [1].

A biócora floresta aparece em diversos biomas diferentes, exemplos [1]:

Alguns exemplos de biomas que apresentam a biócora savana [1]:

Alguns exemplos de biomas que apresentam o biócoro campo [1]:

Alguns exemplos de biomas que apresentam o biócoro deserto [1]:

Talassociclo

Planisfério evidenciando as regiões terrestres e marinhas de maior produtividade.

O talassociclo é o biociclo marinho. É o conjunto dos seres vivos que vivem em água salgada representados pelo plâncton, nécton e benton. O plâncton são seres microscópicos, tanto como o fitoplâncton quanto o zooplâncton; o nécton são os seres vivos macroscópicos que nadam livremente como, por exemplo, os peixes, os golfinhos etc. O benton são os seres vivos que passam a maior parte do tempo parados afixados nas rochas ou enterrados na areia do fundo dos mares e oceanos como, por exemplo, corais, ostras, mariscos etc. O talassociclo apresenta três biócoros distintos [1]:

  • Biócoro da zona nerítica, que vai da superfície a até 200 metros de profundidade;
  • Biócoro da zona batial, que vai de 200 a até 2000 metros de profundidade;
  • Biócoro da zona abissal, que vai de 2000 a até o fundo do oceano em profundidades que variam em torno de 11.000 metros abaixo da superfície dos oceanos.

Limnociclo

O limnociclo é o biociclo dulcícola, ou seja, é o conjunto dos seres vivos que vivem em água doce e apresenta dois biócoros distintos [1]:

  • O biócoro das águas lênticas: Águas lênticas são águas paradas como pântanos, brejos, poças d’ água e lagoas de água doce e parada;
  • O biócoro das águas lóticas: Águas' l'óticas são águas correntes como riachos, ribeirões, rios e lagos de água doce e corrente.

Espectro biológico

O Espectro biológico é a representação dos níveis de organização da vida.

O Homem e a Biosfera

O homem, como ser vivo faz parte da biosfera, interage com os outros seres vivos mantendo relações ecológicas com eles, algumas vezes de forma harmônica mas na maioria das outras vezes de forma desarmônica, com isso causando constantes prejuízos para a vida da biosfera em geral. A devastação de até biomas inteiros, a pesca abusiva, a substituição dos ecossistemas naturais por áreas destinadas a monoculturas e pecuária, o agronegócio em geral. Os seres vivos não domesticados dependem uns dos outros nos ecossistemas e mantêm relações específicas entre uns e outros e todos eles também interagindo com o meio ambiente onde vivem, se o meio ambiente desaparece para ceder lugar aos agronegócios humanos todos aqueles seres vivos endêmicos daquela região, são extintos. O homem moderno e civilizado é adaptado apenas para viver em sociedade e dentro das cidades, ele consegue viajar e acampar temporariamente em quase todos os lugares do planeta mas, não consegue mais se adaptar à vida dos indígenas, ficou impossível para o homem moderno voltar a viver nú na natureza. Cada ser vivo tem um ambiente em que se adapta melhor e se o ecossistema em que ele vive for modificado pelo homem, a sobrevivência desses seres vivos fica ameaçada porque eles são dependentes desses ecossistemas que foram montados e organizados em teias alimentares estabelecidas durante milhões de gerações que fizeram a história da evolução genética dessas espécies que vivem por lá há milhões de anos, sendo por isso ecossistemas muito complexos dos quais pouco sabemos como funcionam realmente. Por isso, o homem tem uma responsabilidade acrescida na saúde da biosfera e compreender quão complexas e intrincadas são essas teias alimentares que demoraram milhões de anos em evolução para serem o que são hoje em dia, serem da forma como nós avistamos esses seres vivos que lutam pela sobrevivência nessas florestas e nesses oceanos cheios de vida mas que é uma vida frágil perante ao avanço do homem no afã de conquistar mais territórios para si mesmo sobre esses ecossistemas naturais e com isso causando a destruição deles.

Neste sentido, a UNESCO lançou, em 1971, o programa internacional "O Homem e a Biosfera" para incentivar a cooperação entre os países no sentido de conhecer e encontrar formas de evitar a degradação da biosfera [2].

A Degradação da Biosfera

Com o avanço da ocupação humana sobre os mais diversos ecossistemas, várias têm sido as formas de impacto sobre o equilíbrio ecológico. Os seres vivos e o meio ambiente estabelecem uma interacção dinâmica, porém frágil. O grande dilema das sociedades modernas é conciliar o desenvolvimento tecnológico e a carência cada vez maior de recursos naturais com o equilíbrio da natureza.

A tentativa de conciliação ou harmonização começou a ser intensificada na década de 1980, quando se tornaram muito mais visíveis e preocupantes várias conseqüências da profunda interferência do homem na paisagem: o efeito estufa, as chuvas ácidas, as ilhas de calor nas cidades, o buraco de ozônio, a poluição dos oceanos, a grande extensão dos desmatamentos e extinção de espécies animais, o rápido esgotamento dos recursos não-renováveis, etc.

O Desenvolvimento Sustentável

O desenvolvimento sustentável proposto desde então define-se pela continuidade dos investimentos econômicos, das pesquisas tecnológicas e da exploração de matéria-prima, de tal forma que se leve em consideração não só o presente, mas também as gerações futuras. As diferentes nações têm procurado encontrar os meios de atingir a formula, como explorar sem destruir ou, pelo menos, diminuir os impactos ambientais.

A Degradação das Florestas

A degradação ambiental pode ser das formações vegetais, como a destruição das florestas. Quando os portugueses chegaram ao Brasil, 61% das terras que hoje pertencem ao nosso país eram cobertos por matas. No Brasil, a preservação ambiental ocupa um espaço cada vez maior nos meios de comunicação que veiculam quase diariamente materiais de esclarecimento, alerta e denúncia sobre o assunto. Vários movimentos organizados, como o "S.O.S Mata Atlântica" trabalham em prol da defesa das florestas brasileiras. Quando há o rompimento do equilíbrio natural (o desmatamento das florestas) rompem-se a relação vegetação/solo que possibilita o desenvolvimento da vida vegetal e animal.

A Degradação dos Ecossistemas Marinhos

Além de reunir ecossistemas riquíssimos, os oceanos funcionam como fonte de alimento e de trabalho para milhares de pessoas em todo o mundo. Um dos principais problemas que atinge os ecossistemas próximos ao litoral, como mangues e os pântanos, é a grande concentração populacional ao longo da costa em vários países.

No caso dos recifes de coral, sua destruição é provocada pela exploração de mergulhadores, que retiram material para colecionar e vender, mas, principalmente, pela poluição das águas dos próprios oceanos. Outro fenómeno recente é o branqueamento dos corais, que é atribuído ao aquecimento global.

Mais de 80% da poluição oceânica vem do continente, trazida pelos rios, chuvas e ventos. Entre os principais poluentes, estão: agrotóxicos utilizados em plantações; plásticos, latas, metais, madeiras, resíduos industriais como metais pesados (chumbo, mercúrio, cobre, estanho); esgotos lançados sem tratamento, principalmente em países mais pobres e povoados do Terceiro Mundo.

Mas também há contaminação devida às actividades humanas no mar: óleo e petróleo derramado devido a acidentes com navios-tanques, rompimentos de dutos e emissários submarinos, lixo radiativo depositado por alguns países no fundo do mar e materiais de pesca.

Muitos desses poluentes trazem conseqüências devastadoras para a cadeia alimentar marinha. Peixes e outros animais contaminam-se com pesticidas, resíduos industriais, o que é repassado a diante para outros animais da cadeia, de maneira que o próprio homem acaba ingerindo peixes e mariscos contaminados.

O esgoto e o escoamento da área cultivada levam às águas oceânicas grande quantidades de nitrogênio e fósforo presente em detergentes e fertilizantes. Esses elementos aumentam a quantidade de algas principalmente nas regiões costeiras. Seu grande crescimento diminui o nível de oxigênio da água, sufocando as demais espécies.

Ver também

Referências

  1. a b c d e f g h Cesar & Sezar. Biologia 3: genética, evolução, ecologia, embriologia. Atual Editora. capítulo VII, páginas 222 a 228.
  2. UNESCO (Brasil) - Programa "O Homem e a Biosfera"

Referências bibliográficas

  • Coleção Biologia - 3 volumes - por César da Silva Junior e Sezar Sasson - Atual Editora - Biologia 1 - Capítulo I - Níveis de Organização - páginas 1 a 4 - São Paulo - Brasil, 1980

Ligações externas