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Bloco comercial: diferenças entre revisões

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Os '''blocos comerciais''', são um tipo de acordo intergovernamental, muitas vezes parte de uma [[organização intergovernamental]], onde [[barreira comercial|barreiras ao comércio]] são reduzidas ou eliminadas entre os [[Estado]]s participantes.<ref>Schott 1991, 1.</ref>
Os '''blocos comerciais''', são os patos do colegio agricola e é um tipo de acordo intergovernamental, muitas vezes parte de uma [[organização intergovernamental]], onde [[barreira comercial|barreiras ao comércio]] são reduzidas ou eliminadas entre os [[Estado]]s participantes.<ref>Schott 1991, 1.</ref>


A maioria dos blocos comerciais estão definidos por uma tendência regional e podem ser classificados de acordo com seu nível de [[integração econômica]].
A maioria dos blocos comerciais estão definidos por uma tendência regional e podem ser classificados de acordo com seu nível de [[integração econômica]].

Revisão das 12h34min de 28 de outubro de 2013

Blocos económicos em 2008.

Os blocos comerciais, são os patos do colegio agricola e é um tipo de acordo intergovernamental, muitas vezes parte de uma organização intergovernamental, onde barreiras ao comércio são reduzidas ou eliminadas entre os Estados participantes.[1]

A maioria dos blocos comerciais estão definidos por uma tendência regional e podem ser classificados de acordo com seu nível de integração econômica.

Descrição

Estágios de integração econômica pelo mundo:
(cada país está pintado conforme o mais avançado acordo que assinou.)

Um dos primeiros tipos de blocos econômicos da história foi a União Europeia,originalmente conhecida como BENELUX (Be de België/Belgique, Ne de Netherlands e Lux de Luxembourg),[2] iniciado em 1834, formado na base da Confederação Alemã e, posteriormente, no Império Alemão em 1871. Surtos da formação do bloco econômico foram vistos nos anos 1960 e 1970, bem como na década de 1990 após o colapso do comunismo. Em 1997, mais de 50% de todo o comércio mundial foi realizado sob as organizações de blocos comerciais regionais.[3]

Defensores do livre comércio são em geral opostos aos blocos econômicos, que, segundo eles, incentivam regiões em oposição ao livre comércio global.[4] Os estudiosos continuam a debater se os blocos econômicos regionais estão levando a uma economia mundial mais fragmentada ou estão incentivando a extensão do mundo global existente a um sistema multilateral de negociação.[5][6] Os blocos econômicos podem ser formados por acordos entre vários estados (como Mercosul) ou parte de uma organização regional (como a União Europeia). Dependendo do nível de integração econômica, os blocos comerciais podem ser de diferentes categorias, tais como:[7] zona de preferência tarifária, zona de livre comércio, união aduaneira, mercado comum e união econômica e monetária.[8]

Vantagens[8]

  • A redução ou eliminação das tarifas ou importação;
  • Produtos mais baratos;[9]
  • Redução na taxa alfandegaria;
  • Maior facilidade das pessoas mover-se de um país para outro;
  • Os produtores se beneficiam da aplicação de economias de escala, o que levará à redução de custos e maior renda;[9]

Desvantagens[8]

  • Diminuição da produção de empresas que produzem produtos mais caros em relação a de outro país do bloco;[9][10]
  • Menor renda do produtor nacional;[carece de fontes?]
  • Produtores ineficientes dentro do bloco podem ser protegidos contra aqueles mais eficientes fora do bloco;[9]

Principais blocos econômicos

As informações aqui contidas são encontradas em seus respectivos artigos, de modo mais abrangente.

Mercosul

Sede do Mercosul, em Montevidéu.
Ver artigo principal: Mercado Comum do Sul

Criado em 1991 com o Tratado de Assunção, é o maior bloco econômico da América do Sul. Formado pelo Brasil, Argentina, Uruguai, Venezuela e Paraguai. A zona de livre comércio entre os países foi formada em 1995. Encabeçam-se Brasil e Argentina.[11] Desde 2006, a Venezuela depende de aprovação dos congressos nacionais para que sua entrada seja aprovada, mais especificamente do parlamento paraguaio, visto que os outros três já ratificaram-na.[12] No dia 17 de dezembro de 2007, Israel assinou o primeiro acordo de livre comércio (ALC) com o bloco.[13] No dia 2 de agosto de 2010, foi a vez de o Egito assinar também um ALC.[14] Muitos sul-americanos veem o Mercosul como uma arma contra a influência dos Estados Unidos na região, tanto na forma da Área de Livre Comércio das Américas quanto na de tratados bilaterais. Uma prova disso é a criação da Universidade do Mercosul, que vai priorizar a integração regional no modelo de educação. Em 2012, o Paraguai perdeu seu lugar no bloco devido ao golpe que ameaçou sua democracia, e a Venezuela ingressou no bloco. [15]

União Europeia

Ver artigo principal: União Europeia

A união entre os países se iniciou após a Segunda Guerra Mundial. Mas a criação foi efetivada em 1992 com o Tratado de Maastricht. Alguns deles criaram uma nova moeda oficial, o euro. Porém, onze países da UE não adotaram esta como moeda oficial: Bulgária,Croácia, Dinamarca, Hungria, Letónia, Lituânia, Polónia, Roménia, Reino Unido, República Checa e Suécia.[16] Hoje são cerca de 30 países que fazem parte do bloco.[17] As mais importantes instituições da UE são a Comissão Europeia, o Conselho da União Europeia, o Conselho Europeu, o Tribunal de Justiça da União Europeia e o Banco Central Europeu. O Parlamento Europeu é eleito a cada cinco anos pelos cidadãos da UE.

A UE tem desenvolvido um mercado comum através de um sistema padronizado de leis que se aplicam a todos os estados-membros. No Espaço Schengen (que inclui membros e não-membros da UE) os controles de passaporte foram abolidos.[18] As políticas da UE têm por objetivo assegurar a livre circulação de pessoas, bens, serviços e capitais,[19] legislar assuntos comuns na justiça e manter políticas comuns de comércio,[20] agricultura,[21] pesca e desenvolvimento regional.[22] A união monetária, a Zona Euro, foi criada em 1999 e é atualmente composta por 17 Estados-membros. Através da Política Externa e de Segurança Comum, a UE desenvolveu um papel limitado nas relações externas e de defesa. Missões diplomáticas permanentes foram estabelecidas em todo o mundo e a UE é representada nas Nações Unidas, na Organização Mundial do Comércio (OMC), no G8 e no G-20.

Com uma população total de mais de 500 milhões de pessoas,[23] o que representa 7,3% da população mundial,[24] a UE gerou um produto interno bruto (PIB) nominal de 16,242 bilhões de dólares em 2010, o que representa cerca de 20% do PIB global, medido em termos de paridade do poder de compra.[25]

Nafta

Com um tratado entre o Canadá, México e EUA em 1991 foi formado este bloco. É considerado bastante desigual, pela grande economia dos Estados Unidos e a emergente do México. Nos últimos tempos a economia do México melhorou.[26]

Este acordo foi uma expansão do antigo "Tratado de livre comércio Canadá-EUA", de 1989. Diferentemente da União Européia, a NAFTA não cria um conjunto de corpos governamentais supranacionais, nem cria um corpo de leis que seja superior à lei nacional. A NAFTA é um tratado sob as leis internacionais. Sob as leis dos Estados Unidos ela é classificada melhor como um acordo congressional-executivo do que um tratado, refletindo um sentido peculiar do termo "tratado" na lei constitucional dos Estados Unidos que não é seguida pela lei internacional ou pelas leis de outros estados.

Apec

Originado em 1993 é composto por inúmeros países do Continente asiático, com a participação dos EUA. É o maior bloco econômico do mundo,[27] e tem hoje 21 membros, que são: Austrália, Brunei, Canadá, Chile, China, Hong Kong, Indonésia, Japão, Coreia do Sul, Malásia, México, Nova Zelândia, Papua-Nova Guiné, Peru, Filipinas, Rússia, Singapura, Taiwan, Tailândia, Estados Unidos e Vietname.

A Apec não forma ainda uma área de livre-comércio, pois os países-membros impõem muitas barreiras à livre circulação. Esse é um objetivo do longo prazo, e se prevê a instalação plena até 2020. Seu PIB é de US$ 16,5 trilhões.

Alca

Proposto pelo governo estadunidense, foi proposta sua criação em 2005. Tem grande negação da população latino-americana e é motivo de preocupação para países desenvolvidos e subdesenvolvidos.[28] O projeto da ALCA está parado desde novembro de 2005, quando foi realizada a última Cúpula da América. A proposta foi praticamente "engavetada" na Quarta Reunião de Cúpula da América, realizada em novembro de 2005, em Mar del Plata.[29][30]

ASEAN

A Associação de Nações do Sudeste Asiático[31] (em inglês: Association of Southeast Asian Nations; ANSEA/ASEAN) é uma organização regional de Estados do sudeste asiático instituída em 8 de agosto de 1967 através da Declaração de Bangkok.[32] A ASEAN engloba 12 nações: dez delas são países-membros e duas são observadores em processo de adesão ao grupo. Em sua formação original, a organização era composta por Indonésia, Malásia, Filipinas, Singapura e Tailândia. Desde então, Brunei, Myanmar, Camboja, Laos e Vietnã foram incorperados.[33]

Referências

  1. Schott 1991, 1.
  2. João Carlos Moreira e Eustáquio de Sene. «União Aduaneira». pt.shvoong. Consultado em 9 de janeiro de 2012 
  3. Milner 2002, 450.
  4. O'Loughlin and Anselin 1996, 136.
  5. Milner 2002, 458.
  6. Mansfield and Milner 2005, 330.
  7. Mansfield and Milner 2005, 333.
  8. a b c UOL Educação. «Blocos econômicos». Consultado em 10 de janeiro de 2012 
  9. a b c d «Trading_blocs» (em inglês). Economicsonline. Consultado em 08 de setembro 2013  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  10. «The Various Types of Trade Blocs» (em inglês). student.unl.edu. Consultado em 08 de setembro 2013  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  11. Sua Pesquisa. «Mercosul - Blocos Econômicos». Consultado em 9 de janeiro de 2012 
  12. MAGALHÃES, Marcos (18 de agosto de 2010). «Pesquisa demonstra rejeição de paraguaios a ingresso da Venezuela no Mercosul». Agência Senado. Consultado em 30 de agosto de 2010 
  13. «Brasil promulga ALC entre Israel e Mercosul». estadao.com.br. 28 de abril de 2010. Consultado em 02 de agosto de 2010  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  14. «Mercosul assina tratado de livre-comércio com Egito». G1.com.br. 02 de agosto de 2010. Consultado em 02 de agosto de 2010  Verifique data em: |acessodata=, |data= (ajuda)
  15. «Itaipu pode ser sede da Universidade do Mercosul». Mercosul Educacional. Consultado em 25 de abril de 2009 
  16. {Onze países da UE não adotaram o Euro como moeda oficial: Bulgária,Croácia, Dinamarca, Hungria, Letónia, Lituânia, Polónia, Roménia, Reino Unido, República Checa e Suécia.}}
  17. UOL Educação. «Uniao Européia». Consultado em 9 de janeiro de 2011 
  18. «Schengen area». Europa web portal. Consultado em 8 de setembro de 2010 
  19. European Commission. «The EU Single Market: Fewer barriers, more opportunities». Europa web portal. Consultado em 27 de setembro de 2007 
    «Activities of the European Union: Internal Market». Europa web portal. Consultado em 29 de junho de 2007 
  20. «Common commercial policy». Europa Glossary. Europa web portal. Consultado em 6 de setembro de 2008 
  21. «Agriculture and Fisheries Council». The Council of the European Union. Consultado em 6 de setembro de 2008 
  22. «Overview of the European Union activities: Regional Policy». Europa web portal. Consultado em 6 de setembro de 2008 
  23. «First demographic estimates for 2009» (PDF). 11 de dezembro de 2009. Consultado em 3 de fevereiro de 2010 
  24. «European Union reaches 500 Million through Combination of Accessions, Migration and Natural Growth». Vienna Institute of Demography 
  25. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome 2011-IMG-GDP
  26. Eduardo de Freitas. «Nafta». Brasil Escola. Consultado em 9 de janeiro de 2012 
  27. Mundo Educação. «APEC». Consultado em 9 de janeiro de 2012 
  28. Wagner de Cerqueira e Francisco. «Alca». Brasil Escola. Consultado em 9 de janeiro de 2012 
  29. Cúpula não resolve impasse entre EUA e Mercosul. BBC, 6 de novembro de 2005.
  30. Cúpula da América. Declaração de Mar del Plata. Mar de Plata, Argentina, 5 de novembro de 2005 "Criar Trabalho para Enfrentar a Pobreza e Fortalecer a Governabilidade Democrática".
  31. «Overview». ASEAN. Consultado em 12 January 2009. Cópia arquivada em 26 January 2009  Verifique data em: |acessodata=, |arquivodata= (ajuda)
  32. «NLS/BPH: Other Writings, The ABC Book, A Pronunciation Guide». 8 maio 2006. Consultado em 12 janeiro 2009. Cópia arquivada em 12 janeiro 2009 
  33. [1], ASEAN oficial website. Acessado em 11 setembro 2013.