Comandos (Exército Português)
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Regimento de Comandos | |
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![]() O distintivo dos Comandos. | |
País | ![]() |
Corporação | Exército Português |
Subordinação | Brigada de Reação Rápida |
Missão | Forças Especiais |
Sigla | RCmds |
Criação | 1962 |
Aniversários | 29 de junho |
Marcha | Hino Comando |
Lema | Audaces Fortuna Juvat (A Sorte protege os audazes) |
Grito de Guerra | Mama Sumae (Aqui estamos, prontos para o sacrifício) |
História | |
Guerras/batalhas | Guerra Colonial Portuguesa, Guerra do Afeganistão, Guerra Civil na República Centro-Africana (2012–presente) |
Condecorações | Membro-Honorário da Torre e Espada (1985), Avis (1993), Cristo (2013), Liberdade (2020) |
Sede | |
Sede | Belas - Sintra |
Página oficial | Sítio Exército |
O Regimento de Comandos (RCmds) é uma unidade de forças especiais do Exército Português, integrada na Brigada de Reação Rápida. Criado em 1962 durante a Guerra Colonial Portuguesa, é conhecido pelo elevado treinamento, capacidade operacional e uso da boina vermelha, símbolo distintivo de seus militares.[1]

História
[editar | editar código-fonte]Os Comandos foram criados em 29 de junho de 1962, em Zemba, Angola Portuguesa, como resposta à Guerra Colonial Portuguesa (1961–1974). Inicialmente formados no Centro de Instrução de Contra-Guerrilha (CI 21), sob a instrução do ex-legionário italiano Cesare Dante Vacchi, os primeiros grupos destacaram-se em operações de contra-guerrilha.[2] Em 1963–1964, os centros de instrução CI 16 e CI 25, em Quibala, Angola, oficializaram a designação "Comandos".[2]
A partir de 1966, o Centro de Instrução de Operações Especiais (CIOE) em Lamego tornou-se o principal centro de formação na metrópole, consolidando a doutrina operacional dos Comandos.[1] Durante a guerra, operaram em Angola, Guiné Portuguesa e Moçambique, destacando-se por ações ofensivas e de reconhecimento.
Após o fim da Guerra Colonial, o Regimento de Comandos foi extinto em 1993, após incidentes no treinamento (mortes por exaustão em 1988 e 1990). Foi reativado em 2002, com adaptações às novas ameaças globais.[3] Em 2016, dois recrutas morreram por golpe de calor durante o 127.º Curso de Comandos, levando à suspensão temporária dos cursos, que foram retomados em 2017.[3]
Missões
[editar | editar código-fonte]Os Comandos são forças ligeiras, projetadas para operações ofensivas de alta intensidade. Suas missões incluem:[1]
- Ataques em profundidade na retaguarda inimiga.
- Operações aeromóveis e de contra-insurreição.
- Intervenção em segurança de retaguarda.
- Apoio à paz e evacuação de não combatentes.
- Reconhecimento em ambientes hostis.
Operações Internacionais
[editar | editar código-fonte]- Afeganistão (2007): A 2.ª Companhia de Comandos participou da "Operação Hoover" em Kandahar, integrando forças canadenses contra os Talibãs. A unidade recebeu a Medalha Comemorativa das Campanhas das Forças Armadas Portuguesas por seu desempenho.[2]
- República Centro-Africana (2017): Na missão MINUSCA da ONU, os Comandos neutralizaram forças da UPC em Bambari, sendo elogiados pelo comandante da missão, Tenente-General Balla Keïta, que os comparou a "Cristianos Ronaldos" das forças especiais.[4]
Símbolos e Tradições
[editar | editar código-fonte]- Boina Vermelha: Adotada oficialmente em 19 de julho de 1974, após a Revolução dos Cravos, é o principal símbolo dos Comandos.[5]
- Lema: Audaces Fortuna Juvat ("A Sorte Protege os Audazes"), extraído da Eneida de Virgílio.[6]
- Grito de Guerra: Mama Sumae ("Aqui estamos, prontos para o sacrifício"), usado em cerimônias e operações.[6][7]
Condecorações
[editar | editar código-fonte]O Regimento de Comandos foi agraciado com:[8]
- Membro-Honorário da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito (1985).
- Membro-Honorário da Ordem Militar de Avis (1993).
- Membro-Honorário da Ordem Militar de Cristo (2013).
- Membro-Honorário da Ordem da Liberdade (2020).
A Associação de Comandos recebeu:[9]
- Membro-Honorário da Ordem do Infante D. Henrique (2007).
- Membro-Honorário da Ordem Militar de Cristo (2022).
Organização Atual
[editar | editar código-fonte]O Regimento de Comandos, sediado na Serra da Carregueira, Sintra, opera com companhias de elite, incluindo a 1.ª CCmds (Morcegos), 2.ª CCmds (Escorpiões) e 3.ª CCmds (Cobra). O treinamento é conduzido no Centro de Tropas Comandos, com cursos rigorosos que testam resistência física e mental.[1]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b c d «Tropas Especiais - Comandos». Exército Português. Consultado em 23 de maio de 2025
- ↑ a b c «Os Comandos Portugueses na Linha da Frente na República Centro-Africana». Associação de Comandos. Consultado em 23 de maio de 2025
- ↑ a b «Suspensos todos os cursos de Comandos». Diário de Notícias. Consultado em 23 de maio de 2025
- ↑ «General Balla Keïta Louva Contingente de Portugal – Comandos na RCA». EuroDefense. Consultado em 23 de maio de 2025
- ↑ «Símbolos». Associação de Comandos. Consultado em 23 de maio de 2025
- ↑ a b Maia, Ana Marques. «Comandos: a maioria não resiste e acaba por desistir». Público. Consultado em 23 de maio de 2025
- ↑ «Marcelo e várias patentes militares no funeral de Marcelino da Mata». Diário de Notícias. Consultado em 23 de maio de 2025
- ↑ «Entidades Nacionais Agraciadas com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Regimento de Comandos" e "Centro de Tropas Comandos". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 23 de maio de 2025
- ↑ «Entidades Nacionais Agraciadas com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Associação de Comandos". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 23 de maio de 2025
Ligações externas
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