Companhia Central Peninsular dos Caminhos de Ferro de Portugal
Companhia Central Peninsular dos Caminhos de Ferro de Portugal | |
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Razão social | Central Peninsular Railway Company of Portugal |
Atividade | Transporte ferroviário |
Fundação | 1852 |
Fundador(es) | Hardy Hislop |
Destino | Extinta |
Encerramento | 1857 |
Área(s) servida(s) | Portugal |
Locais | Lisboa, Carregado |
Sucessora(s) | Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses |
A Companhia Central Peninsular dos Caminhos de Ferro de Portugal, igualmente conhecida como Companhia Peninsular, foi uma empresa ferroviária portuguesa, que construiu o troço entre Lisboa e o Carregado da Linha do Norte, em Portugal. Foi constituída por Hardy Hislop em 1852, e extinta em 1857.
História
Formação
Em meados do Século XIX, o estado procurou construir um caminho de ferro entre Lisboa e Espanha; um empresário britânico, Hardy Hislop, apresentou um projecto para esta ligação.[1] Entre 6 de Maio e 31 de Julho de 1852, o então ministro da Fazenda, Fontes Pereira de Melo, instituiu um concurso para a construção do primeiro troço desta ligação ferroviária, entre Lisboa e Santarém; a concessão foi entregue, de forma provisória, à Companhia Central e Peninsular dos Caminhos de Ferro em Portugal, que tinha sido fundada por Hardy Hislop, e financiada, maioritariamente, por capitais ingleses.[2][3] O contrato definitivo foi assinado em 11 de Maio do ano seguinte, tendo as obras tido início no dia 17 de Setembro.[3]
Construção da ligação ferroviária ate ao Carregado
Em 5 de Setembro de 1855, no entanto, as obras foram suspensas, devido a conflitos entre a Companhia e o principal empreiteiro, Waring Brothers & Shaw; o governo tomou posse das obras no dia seguinte[3], e retirou a concessão à Companhia.[2] Em Janeiro do ano seguinte, o professor B. Wattier chega a Portugal, para dirigir as obras[3]; entretanto, o governo procurou chegar a acordo com os empreiteiros, sem sucesso.[3] A ligação ferroviária até ao Carregado foi inaugurada em 28 de Outubro de 1856.[3]
Extinção
Apesar do caminho de ferro ter chegado ao Carregado, e do apoio do estado, a Companhia continuava com várias dificuldades financeiras e técnicas, o que provocava interrupções nas obras; verificou-se, assim, impossível a chegada da ligação ferroviária até Santarém em Setembro de 1857, como tinha sido estabelecido pelo contrato, pelo que o estado suspendeu o contrato com a Companhia nesse ano, e negociou com o engenheiro e empresário britânico Samuel Morton Peto, para a formação de uma nova empresa.[3]
Ver também
Referências
Bibliografia
- Os Caminhos de Ferro Portugueses 1856-2006. [S.l.]: Público-Comunicação Social S. A. e CP-Comboios de Portugal. 2006. 238 páginas. ISBN 989-619-078-X
- TORRES, Carlos Manitto (1 de Janeiro de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário». Lisboa. Gazeta dos Caminhos de Ferro. 70 (1681): 9, 12