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Geni e o Zepelim: diferenças entre revisões

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Revisão das 14h29min de 23 de abril de 2016

"Geni e o Zepelim"
Canção de Chico Buarque
do álbum Ópera do Malandro
Lançamento 1978
Gênero(s) MPB
Letra Chico Buarque
Faixas de Ópera do Malandro
"Se Eu Fosse o teu Patrão"
(13)
"Pedaço de mim"
(15)

"Geni e o Zepelim" é uma canção brasileira, composta e cantada por Chico Buarque[1][2] Esta canção fez parte do musical Ópera do Malandro, do mesmo autor, lançado em 1978, do álbum, de 1979, e do filme, de 1986, todos com o mesmo nome.

A letra descreve, em versos heptassílabos metrificados e rimados, a longa história que define o episódio ocorrido com Geni, uma travesti (segundo representado na "Ópera do Malandro"), que era hostilizada na cidade. Diante de uma ameaça de ataque de um Zepelim, o comandante se encanta com os dotes de Geni, que acaba sendo provisoriamente tratada de um modo diferenciado pelos seus detratores. Passada a ameaça, ela retorna ao seu dia-a-dia normal, no qual as pessoas a ofendiam e excluíam, revelando o caráter pseudo-moralista e hipócrita da sociedade.

A canção teve tal relevância que o refrão Joga pedra na Geni se transformou numa espécie de bordão, indicando como Geni pessoas ou até mesmo conceitos que, em determinadas circunstâncias políticas, se tornam alvo de execração pública, ainda que de forma transitória ou volátil.[3]

O espetáculo

O texto, baseado na Ópera dos Mendigos de John Gay (de 1918) e na Ópera dos Três Vinténs, de Bertold Brecht e Kurt Weill (de 1928), é ambientado num bordel e retrata a malandragem brasileira, em espetáculo musical.[4]

Inspiração

Algumas fontes indicam que a personagem Geni teria sido inspirada naquela de mesmo nome da peça Toda Nudez Será Castigada, de Nelson Rodrigues, lançada em 1965.[5][6]

Significado e análise literária

Várias fontes indicam que a canção é uma crítica ao colonialismo (ou imperialismo) e ao capitalismo, sendo a personagem uma representação do oprimido.[7]

  • "Geni, por um lado, é marcada pelo silêncio, pela submissão e pela não-voz, na medida em que o sistema que a cerceia impede que ela fale. Por outro lado, esse sujeito fala através de uma outra voz, a voz autoral que heroifica sua personagem e derruba os valores de seus inquisidores."[8]
  • "no trecho que diz que Geni preferia amar com os bichos a se deitar com homem tão nobre, cheirando a brilho e a cobre, há uma clara crítica ao capitalismo, que é o mote da ópera."[9]

Cantores

Cantam Geni e o Zepelim, além do próprio Chico Buarque:

Linkeker

Referências

  1. «Geni e o Zepelim». Letras Terra. Consultado em 30 de novembro de 2011 
  2. «ÓPERA DO MALANDRO - Trilha Sonora da Peça Teatral». CliqueMusic. Consultado em 6 de dezembro de 2011 
  3. Oliveira, Mário Oscar Chaves (30 de março de 2011). «Joga Pedra na Geni». Migalhas. Consultado em 30 de novembro de 2011  Parâmetro desconhecido |Autor= ignorado (|autor=) sugerido (ajuda)
  4. «O que é a Ópera do Malandro». Rede de Letras. Consultado em 30 de novembro de 2011 
  5. «Toda Nudez Será Castigada». Consultado em 30 de novembro de 2011  Parâmetro desconhecido |Publicado= ignorado (|publicado=) sugerido (ajuda)
  6. Santos, Fernanda Marques (1 de junho de 2007). «O Lar e As Ruas: A Dicotomia das Personagens Femininas na Dramaturgia de Nelson Rodrigues» (PDF). Centro Universitário Feevale. Consultado em 30 de novembro de 2011 
  7. Wiel, Franciscus Willem Antonius Maria Van de. «Trabalho e Malandragem como Repressão e Transgressão nas Canções da Ópera do Malandro de Chico Buarque» (PDF). PUC-SP. Consultado em 01 de dezembro de 2011  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  8. Kogawa, João Marcos Mateus (1 de janeiro de 2006). «Geni no Entremeio de Uma Arena de Vozes». Revista Urutágua. Consultado em 30 de novembro de 2011 
  9. «Joga pedra na Geni!». Jorwiki. Consultado em 01 de dezembro de 2011  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)

Ligações externas

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