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Salto em comprimento: diferenças entre revisões

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==Regras==
==Regras==
O salto deve ser dado após uma corrida numa raia marcada no chão, com o atleta saltando o mais longe possível dentro de uma caixa de areia ao fim dela. O salto é invalidado caso o atleta pise na tábua de impulsão, colocada exatamente no início da caixa. Atualmente, o bordo da tábua é coberto por [[plasticina]] para facilitar a decisão dos juízes em casos dúbios. A distância é então medida do limite da tábua até a primeira marca na areia feita pelo corpo do atleta. A maioria dos eventos disputados é composto de seis saltos, sendo que alguns deles, que tem marcas mais baixas, constam de apenas três saltos. Se os competidores empatam no salto mais longo, é declarado vencedor aquele com a segunda marca mais longa.<ref name="iaafjump"/>
O salto deve ser dado após uma corrida numa raia marcada no chão, com o atleta saltando o mais longe possível dentro de uma caixa de areia ao fim dela. O salto é invalidado caso o atleta pise no final da tábua de impulsão, que geralmente é marcado por uma listra vermelha, colocada exatamente no início da caixa. Atualmente, o bordo da tábua é coberto por [[plasticina]] para facilitar a decisão dos juízes em casos dúbios. A distância é então medida do limite da tábua até a primeira marca na areia feita pelo corpo do atleta. A maioria dos eventos disputados é composto de seis saltos, sendo que alguns deles, que tem marcas mais baixas, constam de apenas três saltos. Se os competidores empatam no salto mais longo, é declarado vencedor aquele com a segunda marca mais longa.<ref name="iaafjump"/>


Em eventos esportivos de grande magnitude, como os [[Jogos Olímpicos]] ou o [[Campeonato Mundial de Atletismo]] por exemplo, os doze melhores atletas dentre todos os que participam da primeira rodada de saltos, são classificados para a final; nela, todos dão três saltos mas apenas os oito primeiros colocados participam da rodada final de mais três saltos. Todos os seis saltos destes atletas finais valem para aferir o vencedor.<ref name="rules">{{cite web|url=http://www.usatf.org/about/rules/2006/2006USATFRules.pdf|title=Competition rules|publisher=USA Track&Field|accessdate=4 September 2015}}</ref>
Em eventos esportivos de grande magnitude, como os [[Jogos Olímpicos]] ou o [[Campeonato Mundial de Atletismo]] por exemplo, os doze melhores atletas dentre todos os que participam da primeira rodada de saltos, são classificados para a final; nela, todos dão três saltos mas apenas os oito primeiros colocados participam da rodada final de mais três saltos. Todos os seis saltos destes atletas finais valem para aferir o vencedor.<ref name="rules">{{cite web|url=http://www.usatf.org/about/rules/2006/2006USATFRules.pdf|title=Competition rules|publisher=USA Track&Field|accessdate=4 September 2015}}</ref>

Revisão das 09h48min de 10 de outubro de 2016

Salto em distância
Salto em comprimento
Olímpico desde 1896 H / 1948 S
Desporto Atletismo
Praticado por Ambos os sexos
Masculino Jeff Henderson
 Estados Unidos
Feminino Tianna Bartoletta
 Estados Unidos
Campeões Mundiais
Pequim 2015
Masculino Greg Rutherford
 Grã-Bretanha
Feminino Tianna Bartoletta
 Estados Unidos
Recorde Mundial
Masculino Mike Powell
 Estados Unidos – 8,95 m[1] (1991, Tóquio)
Feminino Galina Chistyakova
 União Soviética – 7,52 m[2] (1988, Leningrado)

Salto em comprimento (português europeu) ou salto em distância (português brasileiro) é uma modalidade olímpica de atletismo, onde os atletas combinam velocidade, força e agilidade para saltarem o mais longe possível a partir de um ponto pré-determinado. Ele existe desde os Jogos Olímpicos da Antiguidade e na Era Moderna é disputado desde a primeira edição em Atenas 1896 para homens e desde Londres 1948 para mulheres.

O primeiro campeão olímpico da prova foi o norte-americano Ellery Clark e a primeira campeã a húngara Olga Gyarmati. Os atuais campeões olímpicos são Greg Rutherford da Grã-Bretanha e Brittney Reese dos Estados Unidos. O recorde mundial pertence desde 1991 ao norte-americano Mike Powell – 8,95 m – e entre as mulheres é da soviética Galina Chistyakova – 7,52 m – desde 1988.

O mundo lusófono tem uma história de sucesso neste esporte; além de brasileiros e portugueses já terem vencido por diversas vezes o salto em comprimento em eventos continentais, como os Jogos Pan-americanos e o Campeonato Europeu de Atletismo em Pista Coberta, a brasileira Maurren Maggi e a portuguesa Naide Gomes foram campeãs olímpica e mundial indoor, respectivamente, em Pequim 2008, Budapeste 2004 e Valência 2008.[3][4]

História

O salto em comprimento/distância é o único evento de salto conhecido do pentatlo disputado na Grécia Antiga. Todas as modalidades do atletismo que existiam na época eram inicialmente supostos a servirem de treinamento para as guerras e o salto em comprimento surgiu possivelmente como um treino para o cruzamento de obstáculos como riachos e ravinas pelos soldados.[5] Depois de investigações de marcas sobreviventes do evento na Antiguidade, acredita-se que, ao contrário dos atuais saltos, aos atletas era permitido apenas uma curta corrida antes de saltarem e eles tinham que carregar um pequeno peso em cada mão, chamados halteres, pesando entre 1 e 4,5 kg. Estes pesos eram balançados para frente no momento de saltar e empurrados para trás no meio do salto com um maneira de aumentar a impulsão, mas os atletas precisam mantê-los nas mãos durante todo o salto. Balançando-os para cima e para baixo ao fim da salto, o centro de gravidade do atleta era mudado e permitia que as pernas fossem mais esticadas, aumentando a distância saltada.[5]

O salto em si era feito de uma linha chamada bater ("aquela que é pisoteada"), provavelmente uma simples placa colocada no chão do estádio e removida após a prova,[6] e os saltadores aterrissavam numa área chamada skamma, um "espaço escavado" no chão.[6] Não havia ainda uma caixa de areia nesta área, o que é uma invenção moderna; a "skamma" era simplesmente uma pequena área escavada para essa ocasião e nada dela sobreviveu ao tempo.[5]

O salto em comprimento era considerado um das mais difíceis provas da Antiguidade, pela técnica exigida; durante os saltos músicas eram executadas e o sofista ateniense Philostratus diz que às vezes gaitas eram tocadas para dar o ritmo necessário aos complexos movimentos feitos pelos atletas com os pesos nas mãos durante o salto. Philostratus escreveu:"As regras consideravam o salto a mais difícil prova do torneio e elas permitiam ao saltador tirar vantagem em seu ritmo pela marcação feita com flautas e em seu peso pelo uso do halteres."[7]

O mais notável atleta da Antiguidade neste evento dos antigos Jogos Olímpicos foi Chionis de Esparta, que nas Olimpíadas de 656 a.C. realizou um salto de 7,05 metros.[8]

Entre os Jogos Olímpicos de Paris 1900 e Estocolmo 1912, o salto em comprimento também tinha a modalidade "sem corrida"; o atleta saltava de uma marca completamente parado, usando apenas a impulsão do corpo para realizar o salto. O norte-americano Ray Ewry foi campeão olímpico desta modalidade não mais existente por três vezes consecutivas.[9]

Regras

O salto deve ser dado após uma corrida numa raia marcada no chão, com o atleta saltando o mais longe possível dentro de uma caixa de areia ao fim dela. O salto é invalidado caso o atleta pise no final da tábua de impulsão, que geralmente é marcado por uma listra vermelha, colocada exatamente no início da caixa. Atualmente, o bordo da tábua é coberto por plasticina para facilitar a decisão dos juízes em casos dúbios. A distância é então medida do limite da tábua até a primeira marca na areia feita pelo corpo do atleta. A maioria dos eventos disputados é composto de seis saltos, sendo que alguns deles, que tem marcas mais baixas, constam de apenas três saltos. Se os competidores empatam no salto mais longo, é declarado vencedor aquele com a segunda marca mais longa.[9]

Em eventos esportivos de grande magnitude, como os Jogos Olímpicos ou o Campeonato Mundial de Atletismo por exemplo, os doze melhores atletas dentre todos os que participam da primeira rodada de saltos, são classificados para a final; nela, todos dão três saltos mas apenas os oito primeiros colocados participam da rodada final de mais três saltos. Todos os seis saltos destes atletas finais valem para aferir o vencedor.[10]

Como em diversas outras modalidades do atletismo, saltos dados com vento a favor acima de 2m/s não tem validade para a aferição de recordes.[10]

Recordes

De acordo com a Federação Internacional de Atletismo – IAAF.[11][12]

Homens
Recorde
Distância
Atleta
País
Data
Local
Recorde mundial
8,95 m
Mike Powell
Estados Unidos
30 agosto 1991
Tóquio
Recorde olímpico
8,90 m
Bob Beamon
Estados Unidos
18 outubro 1968
Cidade do México 1968
Mulheres
Recorde
Distância
Atleta
País
Data
Local
Recorde mundial
7,52 m
Galina Chistyakova
União das Repúblicas Socialistas Soviéticas
11 junho 1988
Leningrado
Recorde olímpico
7,40 m
Jackie Joyner-Kersee
Estados Unidos
29 setembro 1988
Seul 1988


Melhores marcas mundiais

As marcas abaixo são de acordo com a Federação Internacional de Atletismo – IAAF.[13][14]

Homens

Posição Distância Atleta País Data Local
1
8,95 m
Mike Powell
Estados Unidos
30 agosto 1991
Tóquio
2
8,90 m
Bob Beamon
Estados Unidos
18 outubro 1968
Cidade do México
3
8,87 m
Carl Lewis
Estados Unidos
30 agosto 1991
Tóquio
4
8,86 m
Robert Emmyan
União das Repúblicas Socialistas Soviéticas
22 maio 1987
Tsakhkadzor
5
8,79 m
Carl Lewis
Estados Unidos
19 junho 1983
Indianápolis
6
8,76 m
Carl Lewis
Estados Unidos
24 julho 1982
Indianápolis
8,76 m
Carl Lewis
Estados Unidos
18 julho 1988
Indianápolis
8
8,75 m
Carl Lewis
Estados Unidos
16 agosto 1987
Indianápolis
9
8,74 m
Larry Myricks
Estados Unidos
18 julho 1988
Indianápolis
8,74 m
Erick Walder
Estados Unidos
2 abril 1994
El Paso
8,74 m
Dwight Phillips
Estados Unidos
7 junho 2008
Eugene

Mulheres

Posição Distância Atleta País Data Local
1
7,52 m
Galina Chistyakova
União das Repúblicas Socialistas Soviéticas
11 junho 1988
Leningrado
2
7,49 m
Jackie Joyner-Kersee
Estados Unidos
22 maio 1994
Nova York
7,49 m
Jackie Joyner-Kersee
Estados Unidos
31 julho 1994
Sestriere
4
7,48 m
Heike Drechsler
Alemanha Oriental
9 julho 1988
Neubrandenburg
7,48 m
Heike Drechsler
Alemanha
8 julho 1992
Lausanne
6
7,45 m
Heike Drechsler
Alemanha Oriental
21 junho 1986
Tallin
7,45 m
Heike Drechsler
Alemanha Oriental
3 julho 1986
Dresden
7,45 m
Jackie Joyner-Kersee
Estados Unidos
13 agosto 1987
Indianápolis
7,45 m
Galina Chistyakova
União das Repúblicas Socialistas Soviéticas
12 agosto 1988
Budapeste
10
7,44 m
Heike Drechsler
Alemanha Oriental
22 setembro 1985
Berlim

Melhores marcas olímpicas

As marcas abaixo são de acordo com o Comitê Olímpico Internacional – COI.[15]

Homens

Posição Distância Atleta País Medalha Local
1
8,90 m
Bob Beamon
Estados Unidos
ouro
Cidade do México 1968
2
8,72 m
Carl Lewis
Estados Unidos
ouro
Seul 1988
3
8,68 m
Carl Lewis
Estados Unidos
Barcelona 1992
4
8,67 m
Carl Lewis
Estados Unidos
ouro
Barcelona 1992
5
8,64 m
Mike Powell
Estados Unidos
prata
Barcelona 1992
6
8,59 m
Dwight Phillips
Estados Unidos
ouro
Atenas 2004
7
8,55 m
Iván Pedroso
Cuba
ouro
Sydney 2000
8
8,54 m
Lutz Dombrowski
Alemanha Oriental
ouro
Moscou 1980
8,54 m
Carl Lewis
Estados Unidos
ouro
Los Angeles 1984
10
8,50 m
Carl Lewis
Estados Unidos
ouro
Atlanta 1996

* A marca de 8,68 m de Carl Lewis foi conseguida nas eliminatórias e é 1 cm maior que a marca que lhe deu o ouro na final de Barcelona 1992.

Mulheres

Posição Distância Atleta País Medalha Local
1
7,40 m
Jackie Joyner-Kersee
Estados Unidos
ouro
Seul 1988
2
7,27 m
Jackie Joyner-Kersee
Estados Unidos
Seul 1988
3
7,22 m
Heike Drechsler
Alemanha Oriental
prata
Seul 1988
4
7,17 m
Tianna Bortoletta
Estados Unidos
ouro
Rio 2016
5
7,15 m
Brittney Reese
Estados Unidos
prata
Rio 2016
6
7,14 m
Heike Drechsler
Alemanha
ouro
Barcelona 1992
7
7,12 m
Inessa Kravets
Equipa Unificada nos Jogos Olímpicos
prata
Barcelona 1992
7,12 m
Chioma Ajunwa
Nigéria
ouro
Atlanta 1996
7,12 m
Brittney Reese
Estados Unidos
ouro
Londres 2012
10
7,11 m
Galina Chistyakova
União das Repúblicas Socialistas Soviéticas
bronze
Seul 1988

* A ucraniana Inessa Kravets competiu em Barcelona 1992 pela Equipe Unificada da Comunidade dos Estados Independentes (CEI). O salto de 7,27 m de Jackie Joyner-Kersee foi dado nas eliminatórias de Seul 1988.

Marcas da lusofonia

País
Masculino
Atleta
Ano
Local
Feminino
Atleta
Ano
Local
Brasil 8,40 m Douglas de Sousa 1995 São Paulo 7,26 m Maurren Maggi 1999 Bogotá [16]
Portugal 8,36 m Carlos Calado 1997 Lisboa 7,12 m Naide Gomes 2008 Fontvieille [17]
Angola 7,52 m Afonso Ferraz 1991 Al-Qahira 5,84 m Ungudi Quiawacana 2007 Lisboa [18]
Moçambique 7,51 m Carvalho Machuza 2006 Windhoek 6,40 m Elisa Cossa 2000 Pretória [19][20]
Cabo Verde 7,33 m Péricles Pinto 1972 Lisboa 5,68 m Evelise Veiga 2012 Lisboa [21]

Referências

  1. Record do mundo - homens (20 de fevereiro de 2012)
  2. Record do mundo - senhoras (20 de fevereiro de 2012)
  3. «Atletismo: Naide Gomes campeã do mundo em pista coberta». jpn. Consultado em 4 September 2015  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  4. «Maurren Maggi conquista o primeiro ouro individual feminino do Brasil». UOL. Consultado em 4 September 2015  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  5. a b c Swaddling, Judith. The Ancient Olympic Games. [S.l.]: University of Texas Pres. ISBN 0292777515 
  6. a b Stephen G. Miller, Ancient Greek Athletics. New Haven: Yale University Press, 2004, p.66
  7. Stephen G. Miller, Ancient Greek Athletics. New Haven: Yale University Press, 2004, p.67
  8. «Ancient Origins». The Times/The Sunday Times. Consultado em 29 de outubro de 2006. Cópia arquivada em 11 de março de 2007 
  9. a b «Long Jump». IAAF. Consultado em 4 September 2015  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  10. a b «Competition rules» (PDF). USA Track&Field. Consultado em 4 September 2015  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  11. «All time best W». IAAF. Consultado em 4 September 2015  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  12. «All time best M». IAAF. Consultado em 4 September 2015  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  13. «All time best M». IAAF. Consultado em 30 August 2015  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  14. «All time best». IAAF. Consultado em 30 August 2015  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  15. «48 PAST OLYMPIC GAMES». OIC. Consultado em 24 de abril de 2013 
  16. «Recordes». CBat. Consultado em 1 September 2015  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  17. «RECORDES DE PORTUGAL». FPA. Consultado em 1 September 2015  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  18. «estatisticas». FAA. Consultado em 1 September 2015  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  19. «Há medalhas, mas faltam marcas». desafio. Consultado em 4 September 2015  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  20. «profile». IAAF. Consultado em 4 September 2015  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  21. «Tabela de Records de Cabo Verde». FCA. Consultado em 1 September 2015  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)

Ligações externas