Dorival Caymmi: diferenças entre revisões
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Caymmi (1914-2008) foi um cantor e compositor brasileiro, e cantava os costumes e |
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⚫ | Caymmi era [[Imigração italiana no Brasil|descendente de italianos]] pelo lado paterno, as gerações da Bahia começaram com o seu [[bisavô]], que chegou ao Brasil para trabalhar no reparo do [[Elevador Lacerda]]<ref name="EPOCA">[http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT703614-1655,00.html Revista Época: ''Dorival Caymmi, o mais ''baiano'' dos grandes nomes da Música Popular Brasileira'' |
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Em [[1930]] escreveu sua primeira música: "No Sertão", e aos vinte anos estreou como cantor e violonista em programas da Rádio Clube da Bahia. Já em [[1935]], passou a apresentar o musical ''Caymmi e Suas Canções Praieiras''. Com 22 anos, venceu, como compositor, o concurso de músicas de carnaval com o samba ''A Bahia também dá''.<ref name="EPOCA" /> |
Em [[1930]] escreveu sua primeira música: "No Sertão", e aos vinte anos estreou como cantor e violonista em programas da Rádio Clube da Bahia. Já em [[1935]], passou a apresentar o musical ''Caymmi e Suas Canções Praieiras''. Com 22 anos, venceu, como compositor, o concurso de músicas de carnaval com o samba ''A Bahia também dá''.<ref name="EPOCA" /> |
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Gilberto Martins, um diretor da Rádio Clube da Bahia, o incentiva a seguir uma carreira no sul do país. Em abril de 1938, aos 23 anos, Dorival, viaja de ita (navio que cruza o norte até o sul do Brasil) para cidade do Rio de Janeiro, para conseguir um emprego como jornalista e realizar o curso preparatório de [[Direito]].<ref name="EPOCA" /> Com a ajuda de parentes e amigos, fez alguns pequenos trabalhos na imprensa, exercendo a profissão em ''[[O Jornal]]'', do grupo [[Diários Associados]], ainda assim, continuava a compor e a cantar. Conheceu, nessa época, [[Carlos Lacerda]] e [[Samuel Wainer]].<ref name="EPOCA" /> |
Gilberto Martins, um diretor da Rádio Clube da Bahia, o incentiva a seguir uma carreira no sul do país. Em abril de 1938, aos 23 anos, Dorival, viaja de ita (navio que cruza o norte até o sul do Brasil) para cidade do Rio de Janeiro, para conseguir um emprego como jornalista e realizar o curso preparatório de [[Direito]].<ref name="EPOCA" /> Com a ajuda de parentes e amigos, fez alguns pequenos trabalhos na imprensa, exercendo a profissão em ''[[O Jornal]]'', do grupo [[Diários Associados]], ainda assim, continuava a compor e a cantar. Conheceu, nessa época, [[Carlos Lacerda]] e [[Samuel Wainer]].<ref name="EPOCA" /> |
Revisão das 16h59min de 20 de outubro de 2016
Dorival Caymmi | |
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Dorival Caymmi em 1938. | |
Informação geral | |
Nome completo | Dorival Caymmi |
Nascimento | 30 de abril de 1914 Salvador, ![]() |
Morte | 16 de agosto de 2008 (94 anos) Rio de Janeiro, ![]() |
Nacionalidade | brasileiro |
Gênero(s) | Samba, bossa nova |
Ocupação(ões) | compositor |
Instrumento(s) | Vocal, violão |
Período em atividade | 1934 – 2008 |
Outras ocupações | poeta, pintor e ator |
Gravadora(s) | Odeon Columbia Continental RCA Victor Elenco Phonogram Funarte Som Livre Universal EMI |
Afiliação(ões) | Dori Caymmi Danilo Caymmi Nana Caymmi |
Dorival Caymmi (Salvador, 30 de abril de 1914 – Rio de Janeiro, 16 de agosto de 2008) foi um cantor, compositor, violonista, pintor e ator brasileiro.
Compôs inspirado pelos hábitos, costumes e as tradições do povo baiano.[1] Tendo como forte influência a música negra, desenvolveu um estilo pessoal de compor e cantar, demonstrando espontaneidade nos versos, sensualidade e riqueza melódica. Morreu em 16 de agosto de 2008, aos 94 anos, em casa, às seis horas da manhã, por conta de insuficiência renal e falência múltipla dos órgãos em consequência de um câncer renal que possuía havia 9 anos.[2] Permanecia em internação domiciliar desde dezembro de 2007. Poeta popular, compôs obras como Saudade da Bahia, Samba da minha Terra, Doralice, Marina, Modinha para Gabriela, Maracangalha, Saudade de Itapuã, O Dengo que a Nega Tem, Rosa Morena.
Filho de Durival Henrique Caymmi e Aurelina Soares Caymmi, era casado com Adelaide Tostes, a cantora Stella Maris. Todos os seus três filhos (Nana Caymmi, Dori Caymmi e Danilo Caymmi) também são cantores,[1] assim como sua neta Alice Caymmi.[3]
Biografia
Caymmi era descendente de italianos pelo lado paterno, as gerações da Bahia começaram com o seu bisavô, que chegou ao Brasil para trabalhar no reparo do Elevador Lacerda[4]. Ainda criança, iniciou sua atividade como músico, ouvindo parentes ao piano. Seu pai era funcionário público e músico amador, tocava, além de piano, violão e bandolim. A mãe, dona de casa, mestiça de portugueses e africanos, cantava apenas no lar. Ouvindo o fonógrafo e depois a vitrola, cresceu sua vontade de compor. Cantava, ainda menino, em um coro de igreja, como baixo-cantante. Com treze anos, interrompe os estudos e começa a trabalhar em uma redação de jornal O Imparcial, como auxiliar. Com o fechamento do jornal, em 1929, torna-se vendedor de bebidas.[4] Em 1930 escreveu sua primeira música: "No Sertão", e aos vinte anos estreou como cantor e violonista em programas da Rádio Clube da Bahia. Já em 1935, passou a apresentar o musical Caymmi e Suas Canções Praieiras. Com 22 anos, venceu, como compositor, o concurso de músicas de carnaval com o samba A Bahia também dá.[4] Gilberto Martins, um diretor da Rádio Clube da Bahia, o incentiva a seguir uma carreira no sul do país. Em abril de 1938, aos 23 anos, Dorival, viaja de ita (navio que cruza o norte até o sul do Brasil) para cidade do Rio de Janeiro, para conseguir um emprego como jornalista e realizar o curso preparatório de Direito.[4] Com a ajuda de parentes e amigos, fez alguns pequenos trabalhos na imprensa, exercendo a profissão em O Jornal, do grupo Diários Associados, ainda assim, continuava a compor e a cantar. Conheceu, nessa época, Carlos Lacerda e Samuel Wainer.[4]
Foi apresentado ao diretor da Rádio Tupi, e, em 24 de junho de 1938, estreou na rádio cantando duas composições, embora ainda sem contrato. Saiu-se bem como calouro e iniciou a cantar dois dias por semana, além de participar do programa Dragão da Rua Larga. Neste programa, interpretou O que é que a Baiana Tem?, composta em 1938. Com a canção, fez com que Carmen Miranda tivesse uma carreira no exterior, a partir do filme Banana da Terra, de 1938. Sua obra invoca principalmente a tragédia de negros e pescadores da Bahia: O Mar, História de Pescadores É Doce Morrer no Mar, A Jangada Voltou Só, Canoeiro, Pescaria, entre outras.[1] Filho de santo de Mãe Menininha do Gantois, para quem escreveu em 1972 a canção em sua homenagem: "Oração de Mãe Menininha", gravado por grandes nomes como Gal Costa e Maria Bethânia.
Em 1986, a Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira apresentou o enredo "Caymmi mostra ao Mundo o que a Bahia e a Mangueira tem". Nesse desfile, com um belo samba a Estação Primeira de Mangueira conquistou o principal título do Carnaval Carioca.
Obra
“ | O Dorival é um gênio. Se eu pensar em música brasileira, eu vou sempre pensar em Dorival Caymmi. Ele é uma pessoa incrivelmente sensível, uma criação incrível. Isso sem falar no pintor, porque o Dorival também é um grande pintor. | ” |
Nas composições de Caymmi (Maracangalha, 1956; Saudade de Bahia, 1957), a Bahia surge como um local exótico com um discurso típico que estabelecera-se nas primeiras décadas do século XX, com referências à cultura africana, à comida, às danças, à roupa, e, principalmente à religião.
Antecedentes
Com a Primeira Guerra Mundial, um lundu de autoria anônima, com o nome de "A Farofa",[7] trata não tão somente do conflito como também de dendê e vatapá, na canção "O Vatapá".[8] O compositor José Luís alcunhado Caninha, utilizou, ainda em 1921, o vocábulo balangandã, no samba "Quem vem atrás fecha a porta".[9] A culinária baiana foi consagrada no maxixe "Cristo nasceu na Bahia",[9] lançado em 1926. No final da década de 1920, associa à Bahia a mulher que ginga, rebola, requebra, remexe e mexe as cadeiras quando está sambando, o que surpreende na linguística, visto que o autor não era nativo do Brasil.
Sucesso
O primeiro grande sucesso O que é que a baiana tem? cantada por Carmen Miranda em 1939 não só marca o começo da carreira internacional da Pequena Notável vestida de baiana, mas influenciou também a música popular dentro do Brasil, tornou-se conhecida a ponto de ser imitada e parodiada, como no choro "O que é que tem a baiana" de Pedro Caetano e Joel de Almeida ou na canção "A baiana diz que tem" de Felipe Colognezi. Apesar das produções anteriores, as composições de Caymmi são as mais lembradas sobre a cultura baiana.[10]
“ | …escrevi 400 canções e Dorival Caymmi 70. Mas ele tem 70 canções perfeitas e eu não. | ” |
Referências
- ↑ a b c «Biografia», Netsaber, BR
- ↑ «Dorival Caymmi morre aos 94 anos no Rio», G1, Globo
- ↑ «Biografia no Cravo Albin». dicionariompb.com.br. Consultado em 29 de novembro de 2012
- ↑ a b c d e Revista Época: Dorival Caymmi, o mais baiano dos grandes nomes da Música Popular Brasileira
- ↑ Lp dos Sambas de Enredo das Escolas de Samba do Grupo-1A - Rio de Janeiro 1986.
- ↑ «Depoimento», 70 anos de nascimento de Caymmi (álbum comemorativo), faixa nove, disco um
- ↑ Lisboa 1998, p. 27.
- ↑ Lisboa 1998, pp. 29-30.
- ↑ a b de Moraes 1998, pp. 36-37.
- ↑ Laferl, Christopher F, O clicê da terra, Áustria: Universidade de Viena
- ↑ «Entrevista», Lisboa, Expresso, anos 1990 Verifique data em:
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(ajuda)
Bibliografia
- Lisboa, Luiz Américo, Júnior (1998) [1990], A presença da Bahia na música popular brasileira, Musimed.
- de Moraes, José Luís (1998) [1990], «Quem vem atrás fecha», in: Lisboa, Luiz Américo, Júnior, A presença da Bahia na música popular brasileira, Musimed.
- Nascidos em 1914
- Mortos em 2008
- Sambistas
- Músicos de música popular brasileira
- Compositores da Bahia
- Cantores da Bahia
- Violonistas da Bahia
- Pintores da Bahia
- Naturais de Salvador (Bahia)
- Mortes por falência múltipla dos órgãos
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- Católicos do Brasil
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- Dorival Caymmi
- Candomblecistas do Brasil