Carlos Marun: diferenças entre revisões

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== Biografia ==
== Biografia ==
É formado em Engenharia Civil pela [[Universidade Federal do Rio Grande do Sul]] (1978-1982) e em Direito pelo [[Centro Universitário de Campo Grande]] (1994-1999). Foi secretário municipal de Assuntos Fundiários da Prefeitura Municipal de [[Campo Grande (Mato Grosso do Sul)|Campo Grande]], em 1996; Diretor Presidente da Empresa Municipal de Habitação (EMHA) da Prefeitura Municipal [[Campo Grande (Mato Grosso do Sul)|Campo Grande]] (1997-2004); secretário de Estado de Habitação e das Cidades de [[Mato Grosso do Sul]] (2007-2014); presidente da Associação Brasileira de Cohabs (ABC) e Agentes Públicos de Habitação (2001-2004); presidente do Conselho Estadual das Cidades de [[Mato Grosso do Sul]], (2007-2014); presidente do Fórum Nacional de Secretários de Habitação e Desenvolvimento Urbano (2007-2014).
É formado em Engenharia Civil pela [[Universidade Federal do Rio Grande do Sul]] (1978-1982) e em Direito pelo [[Centro Universitário de Campo Grande]] (1994-1999). Foi vereador de [[Campo Grande]], estado do [[Mato Grosso do Sul]], além de ser duas vezes deputado estadual no mesmo estado.

=== Carreira política ===
Foi vereador de [[Campo Grande]], estado do [[Mato Grosso do Sul]], além de ser duas vezes deputado estadual no mesmo estado, sendo atualmente deputado federal (empossado em 1º de fevereiro de 2015).


Em uma de suas tentativas para ser vereador de [[Campo Grande (Mato Grosso do Sul)|Campo Grande]], disputou uma vaga em 2002, pelo [[PTB]], obtendo 22.488 votos, porém, não conseguiu ser eleito<ref>[http://noticias.uol.com.br/politica/politicos-brasil/2002/governador/21111960-carlos-eduardo-xavier-marun.jhtm UOL]</ref>
Em uma de suas tentativas para ser vereador de [[Campo Grande (Mato Grosso do Sul)|Campo Grande]], disputou uma vaga em 2002, pelo [[PTB]], obtendo 22.488 votos, porém, não conseguiu ser eleito<ref>[http://noticias.uol.com.br/politica/politicos-brasil/2002/governador/21111960-carlos-eduardo-xavier-marun.jhtm UOL]</ref>


Foi secretário municipal de Assuntos Fundiários da Prefeitura Municipal de [[Campo Grande (Mato Grosso do Sul)|Campo Grande]], em 1996; Diretor Presidente da Empresa Municipal de Habitação (EMHA) da Prefeitura Municipal [[Campo Grande (Mato Grosso do Sul)|Campo Grande]] (1997-2004). Atualmente está sendo processado por [[improbidade administrativa]] durante a presidência da Agehab, sendo acusado, com outros 13 réus, de causar lesão ao erário estimados em 16,6 milhões de reais, o processo tramita, desde junho de 2013, na 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos da Justiça de Mato Grosso do Sul.<ref name=uol2/>
Foi [[Eleições gerais no Brasil em 2014|eleito]] [[deputado federal]] em 2014, para a [[Lista de deputados federais do Brasil da 55.ª legislatura|55.ª legislatura (2015-2019)]], pelo [[PMDB]].

Em 2007 licenciou-se do cargo de deputado para ser secretário de Habitação e Cidades e presidente da Agência de Habitação Popular, a convite do governador [[André Puccinelli]], permanecendo no cargo até 2014, quando candidatou-se a deputado federal.<ref name=uol2>{{citar web |url=https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2017/09/26/relator-de-cpmi-carlos-marun-e-alvo-de-acao-por-desvio-de-r-16-milhoes.htm |titulo= Relator de CPI da JBS, Carlos Marun é alvo de ação por desvio de R$ 16 milhões|autor=Luiz Maklouf Carvalho |data= 26/09/2017|obra=Notícias |publicado= UOL.com.br|acessodata=29/10/2017 }}</ref>

==Mandato no Congresso Nacional==

Candidatando-se pelo [[PMDB]], foi [[Eleições gerais no Brasil em 2014|eleito]] pela frente "MS Cada Vez Malhor" [[deputado federal]] em 2014, para a [[Lista de deputados federais do Brasil da 55.ª legislatura|55.ª legislatura (2015-2019)]].


É ferrenho defensor e integrante da chamada tropa de choque de Eduardo Cunha, Presidente da Câmara, que foi [[Processo de cassação de Eduardo Cunha|objeto de processo de Cassação no Conselho de Ética da Câmara]] e réu em processos criminais e de improbidade e que teve seu mandato suspenso pelo [[Supremo Tribunal Federal]] por tentativa de [[obstrução da justiça|obstruir investigações contra si]].<ref name=":3" /><ref name=":2" /><ref name=":0" /><ref name=":4" />
Foi um ferrenho defensor e integrante da chamada tropa de choque de Eduardo Cunha, quando Cunha era Presidente da Câmara e foi [[Processo de cassação de Eduardo Cunha|objeto de processo de Cassação no Conselho de Ética da Câmara]], além de réu em processos criminais e de improbidade e que teve seu mandato suspenso pelo [[Supremo Tribunal Federal]] por tentativa de [[obstrução da justiça|obstruir investigações contra si]].<ref name=":3" /><ref name=":2" /><ref name=":0" /><ref name=":4" />


Durante a sessão extraordinária da votação da cassação do mandato de Eduardo Cunha, tentou repetidas vezes atrasar a sessão, primeiro apresentando um projeto de resolução para separar a votação em duas, uma para a cassação e outra para a [[inelegibilidade]], como ocorrido no [[Processo de impeachment de Dilma Rousseff|Processo de Impeachment de Dilma Rousseff]] e após o Presidente da Câmara, [[Rodrigo Maia]], negar a questão de ordem, o deputado recorreu e pediu efeito suspensivo, rejeitado em votação simbólica, a qual contestou pedindo verificação nominal, também negada pela presidência da casa.
Durante a sessão extraordinária da votação da cassação do mandato de Eduardo Cunha, tentou repetidas vezes atrasar a sessão, primeiro apresentando um projeto de resolução para separar a votação em duas, uma para a cassação e outra para a [[inelegibilidade]], como ocorrido no [[Processo de impeachment de Dilma Rousseff|Processo de Impeachment de Dilma Rousseff]] e após o Presidente da Câmara, [[Rodrigo Maia]], negar a questão de ordem, o deputado recorreu e pediu efeito suspensivo, rejeitado em votação simbólica, a qual contestou pedindo verificação nominal, também negada pela presidência da casa.
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Em setembro de 2017, foi eleito relator da [[CPI da JBS]], comissão parlamentar que investiga as operações de empréstimos do [[JBS|grupo JBS]] concedidos pelo [[Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social]] (BNDES).<ref>{{citar web|url=http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2017-09/carlos-marun-e-escolhido-relator-da-cpi-da-jbs-no-congresso|publicado=EBC|obra=Agência Brasil|acessodata=26 de setembro de 2017|título=Carlos Marun é escolhido relator da CPI da JBS no Congresso|autor=Débora Brito}}</ref> A escolha de Marun gerou polêmica em razão do mesmo ter recebido recursos por doações da JBS, e portanto, de acordo com parlamentares como [[Ricardo Ferraço]], [[Otto Alencar]] e [[Ivan Valente]] apontarem ao fato de Marun ter vínculo com o frigorífico.<ref>{{citar web|url=http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica/2017/09/13/internas_polbraeco,625486/um-terco-dos-membros-da-cpi-da-jbs-ja-foi-financiado-pela-empresa.shtml|publicado=Correio Braziliense|data=13 de setembro de 2017|acessodata=26 de setembro de 2017|título=Um terço dos membros da CPI da JBS já foi financiado pela empres\}}</ref><ref>{{citar web|url=http://cbn.globoradio.globo.com/editorias/politica/2017/09/12/CPI-DA-JBS-TEM-INTEGRANTES-QUE-RECEBERAM-DOACOES-DA-EMPRESA.htm|publicado=Globo.com|obra=CBN|acessodata=26 de setembro de 2017|título=CPI da JBS tem integrantes que receberam doações da empresa|autor=Rodrigo Serpa}}</ref> Além disto pesa um processo contra Marun de desvio de recursos. Marun nega as acusações.<ref>{{citar web|url=http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,relator-de-cpi-da-jbs-e-acusado-de-desvio-de-r-16-6-mi,70002016013|publicado=Estadão|acessodata=26 de setembro de 2017|título=Relator de CPI da JBS é acusado de desvio de R$ 16,6 mi|autor=Luiz Maklouf Carvalho}}</ref>
Em setembro de 2017, foi eleito relator da [[CPI da JBS]], comissão parlamentar que investiga as operações de empréstimos do [[JBS|grupo JBS]] concedidos pelo [[Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social]] (BNDES).<ref>{{citar web|url=http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2017-09/carlos-marun-e-escolhido-relator-da-cpi-da-jbs-no-congresso|publicado=EBC|obra=Agência Brasil|acessodata=26 de setembro de 2017|título=Carlos Marun é escolhido relator da CPI da JBS no Congresso|autor=Débora Brito}}</ref> A escolha de Marun gerou polêmica em razão do mesmo ter recebido recursos por doações da JBS, e portanto, de acordo com parlamentares como [[Ricardo Ferraço]], [[Otto Alencar]] e [[Ivan Valente]] apontarem ao fato de Marun ter vínculo com o frigorífico.<ref>{{citar web|url=http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica/2017/09/13/internas_polbraeco,625486/um-terco-dos-membros-da-cpi-da-jbs-ja-foi-financiado-pela-empresa.shtml|publicado=Correio Braziliense|data=13 de setembro de 2017|acessodata=26 de setembro de 2017|título=Um terço dos membros da CPI da JBS já foi financiado pela empres\}}</ref><ref>{{citar web|url=http://cbn.globoradio.globo.com/editorias/politica/2017/09/12/CPI-DA-JBS-TEM-INTEGRANTES-QUE-RECEBERAM-DOACOES-DA-EMPRESA.htm|publicado=Globo.com|obra=CBN|acessodata=26 de setembro de 2017|título=CPI da JBS tem integrantes que receberam doações da empresa|autor=Rodrigo Serpa}}</ref> Além disto pesa um processo contra Marun de desvio de recursos. Marun nega as acusações.<ref>{{citar web|url=http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,relator-de-cpi-da-jbs-e-acusado-de-desvio-de-r-16-6-mi,70002016013|publicado=Estadão|acessodata=26 de setembro de 2017|título=Relator de CPI da JBS é acusado de desvio de R$ 16,6 mi|autor=Luiz Maklouf Carvalho}}</ref>


Em agosto de 2017 votou contra o processo em que se pedia abertura de investigação do então Presidente [[Michel Temer]], ajudando a arquivar a denúncia do [[Ministério Público Federal]].<ref name="G1 - como votou"/><ref>{{citar web|url=https://www.cartacapital.com.br/politica/como-votou-cada-deputado-sobre-a-denuncia-contra-temer|titulo=Como votou cada deputado sobre a denúncia contra Temer|autor=Deutsche Welle|data=03/08/2017|acessodata=18/09/2017|autor=Carta Capital}}</ref>
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=== Condecorações ===
=== Condecorações ===
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== Uso indevido da cota parlamentar ==
== Uso indevido da cota parlamentar ==

O deputado usufruiu de dinheiro público para viajar para [[Curitiba]] no intuito de visitar ex-presidente da Câmara [[Eduardo Cunha]] no Complexo Médico-Penal de [[Pinhais]], na região metropolitana da capital do estado do [[Paraná]], no dia 30 de dezembro de 2016. Segundo ele, a viagem não teve cunho político mas se tratava de "uma visita natalina de caráter solidário" e que iria arcar com os 1.242,62 reais gastos em hospedagem e passagens aéreas pelos quais solicitou ressarcimento. Parte dos ressarcimentos consta nas prestações de contas da cota de atividade parlamentar de Carlos Marun. Da de dezembro de 2016, está registrado um reembolso de 327,58 reais por uma passagem de [[Curitiba]] para [[Porto Alegre]] emitida no dia 29 de dezembro de 2016 pela companhia Azul. Da de janeiro de 2017, 154,35 reais por hospedagem no [[Hotel Rochelle]], em [[Curitiba]], nos dias 29 e 30 de dezembro. Ele disse que não solicitou ressarcimento dos gastos com transporte e alimentação realizados durante a viagem.<ref>{{citar web |url=http://g1.globo.com/politica/noticia/deputado-usou-verba-da-camara-para-visitar-eduardo-cunha-na-prisao.ghtml |titulo=Deputado usou verba da Câmara para visitar Eduardo Cunha na prisão |publicado=G1 |autor= |data=31 de janeiro de 2017 |acessodata=5 de fevereiro de 2017}}</ref>
O deputado usufruiu de dinheiro público para viajar para [[Curitiba]] no intuito de visitar ex-presidente da Câmara [[Eduardo Cunha]] no Complexo Médico-Penal de [[Pinhais]], na região metropolitana da capital do estado do [[Paraná]], no dia 30 de dezembro de 2016. Segundo ele, a viagem não teve cunho político mas se tratava de "uma visita natalina de caráter solidário" e que iria arcar com os 1.242,62 reais gastos em hospedagem e passagens aéreas pelos quais solicitou ressarcimento. Parte dos ressarcimentos consta nas prestações de contas da cota de atividade parlamentar de Carlos Marun. Da de dezembro de 2016, está registrado um reembolso de 327,58 reais por uma passagem de [[Curitiba]] para [[Porto Alegre]] emitida no dia 29 de dezembro de 2016 pela companhia Azul. Da de janeiro de 2017, 154,35 reais por hospedagem no [[Hotel Rochelle]], em [[Curitiba]], nos dias 29 e 30 de dezembro. Ele disse que não solicitou ressarcimento dos gastos com transporte e alimentação realizados durante a viagem.<ref>{{citar web |url=http://g1.globo.com/politica/noticia/deputado-usou-verba-da-camara-para-visitar-eduardo-cunha-na-prisao.ghtml |titulo=Deputado usou verba da Câmara para visitar Eduardo Cunha na prisão |publicado=G1 |autor= |data=31 de janeiro de 2017 |acessodata=5 de fevereiro de 2017}}</ref>


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== Ligações externas ==
== Ligações externas ==

Revisão das 14h45min de 29 de outubro de 2017

Carlos Marun

Carlos Marun
Deputado Federal pelo Mato Grosso do Sul
Período 1º de fevereiro de 2015
até atualidade
Deputado Estadual pelo Mato Grosso do Sul
Período 1º de fevereiro de 2007
até 31 de janeiro de 2015
(2 mandatos consecutivos)
Vereador de Campo Grande
Período 1º de janeiro de 2005
até 31 de janeiro de 2007
Dados pessoais
Nascimento 21 de novembro de 1960 (63 anos)
Porto Alegre, RS
Nacionalidade brasileiro
Partido PMDB
Profissão Advogado, Engenheiro civil

Carlos Eduardo Xavier Marun ou simplesmente Carlos Marun (Porto Alegre, 21 de novembro de 1960) é um político brasileiro, filiado ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Foi considerado, ao longo do mandato de Eduardo Cunha como presidente da Câmara dos Deputados, o principal aliado e defensor de Eduardo Cunha,[1][2][3][4] membro de sua "tropa de choque",[5][6][7] e foi o principal artífice das manobras que protelaram a cassação do deputado afastado, réu por suspeita de corrupção e envolvimento na Operação Lava Jato.[6][5][3][7][4][8]

Biografia

É formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1978-1982) e em Direito pelo Centro Universitário de Campo Grande (1994-1999). Foi vereador de Campo Grande, estado do Mato Grosso do Sul, além de ser duas vezes deputado estadual no mesmo estado.

Em uma de suas tentativas para ser vereador de Campo Grande, disputou uma vaga em 2002, pelo PTB, obtendo 22.488 votos, porém, não conseguiu ser eleito[9]

Foi secretário municipal de Assuntos Fundiários da Prefeitura Municipal de Campo Grande, em 1996; Diretor Presidente da Empresa Municipal de Habitação (EMHA) da Prefeitura Municipal Campo Grande (1997-2004). Atualmente está sendo processado por improbidade administrativa durante a presidência da Agehab, sendo acusado, com outros 13 réus, de causar lesão ao erário estimados em 16,6 milhões de reais, o processo tramita, desde junho de 2013, na 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos da Justiça de Mato Grosso do Sul.[10]

Em 2007 licenciou-se do cargo de deputado para ser secretário de Habitação e Cidades e presidente da Agência de Habitação Popular, a convite do governador André Puccinelli, permanecendo no cargo até 2014, quando candidatou-se a deputado federal.[10]

Mandato no Congresso Nacional

Candidatando-se pelo PMDB, foi eleito pela frente "MS Cada Vez Malhor" deputado federal em 2014, para a 55.ª legislatura (2015-2019).

Foi um ferrenho defensor e integrante da chamada tropa de choque de Eduardo Cunha, quando Cunha era Presidente da Câmara e foi objeto de processo de Cassação no Conselho de Ética da Câmara, além de réu em processos criminais e de improbidade e que teve seu mandato suspenso pelo Supremo Tribunal Federal por tentativa de obstruir investigações contra si.[6][5][3][7]

Durante a sessão extraordinária da votação da cassação do mandato de Eduardo Cunha, tentou repetidas vezes atrasar a sessão, primeiro apresentando um projeto de resolução para separar a votação em duas, uma para a cassação e outra para a inelegibilidade, como ocorrido no Processo de Impeachment de Dilma Rousseff e após o Presidente da Câmara, Rodrigo Maia, negar a questão de ordem, o deputado recorreu e pediu efeito suspensivo, rejeitado em votação simbólica, a qual contestou pedindo verificação nominal, também negada pela presidência da casa.

Votou Processo de impeachment de Dilma Rousseff.[11] Posteriormente, votou a favor da PEC do Teto dos Gastos Públicos.[11]

Em novembro de 2016, Carlos Marun notabilizou-se em tentar impedir a aprovação das 10 Medidas contra a corrupção Em declaração ao jornal O Estado de S.Paulo disse: “Caixa dois não é propina, não é corrupção, é outro tipo de relação. Político não gosta de caixa dois, gosta de receber e botar na sua conta. Mas, após se fazer uma criminalização da doação oficial, muitas empresas começaram a preferir fazer doação sem revelar.”.[12]

Em abril de 2017 votou a favor da Reforma Trabalhista.[11] [13]

Em setembro de 2017, foi eleito relator da CPI da JBS, comissão parlamentar que investiga as operações de empréstimos do grupo JBS concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).[14] A escolha de Marun gerou polêmica em razão do mesmo ter recebido recursos por doações da JBS, e portanto, de acordo com parlamentares como Ricardo Ferraço, Otto Alencar e Ivan Valente apontarem ao fato de Marun ter vínculo com o frigorífico.[15][16] Além disto pesa um processo contra Marun de desvio de recursos. Marun nega as acusações.[17]

Em agosto de 2017 votou contra o processo em que se pedia abertura de investigação do então Presidente Michel Temer, ajudando a arquivar a denúncia do Ministério Público Federal.[11][18] Em comeração à vitória de Temer, cantou e dançou no plenário um trecho de paródia da música "Tudo Está no seu Lugar", de Benito di Paula.[19][20]

Condecorações

  • Colaborador Emérito do Exército, Comando Militar do Oeste - 9ª Divisão do Exército Brasileiro, BRASIL, Campo Grande, MS, 2000;
  • Presidente Emérito, Associação Brasileira de Cohabs, BRASIL, Brasília, DF, 2002;
  • Comenda de Tauny, Câmara Municipal, BRASIL, Anastácio, MS, 2013.

Uso indevido da cota parlamentar

O deputado usufruiu de dinheiro público para viajar para Curitiba no intuito de visitar ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha no Complexo Médico-Penal de Pinhais, na região metropolitana da capital do estado do Paraná, no dia 30 de dezembro de 2016. Segundo ele, a viagem não teve cunho político mas se tratava de "uma visita natalina de caráter solidário" e que iria arcar com os 1.242,62 reais gastos em hospedagem e passagens aéreas pelos quais solicitou ressarcimento. Parte dos ressarcimentos consta nas prestações de contas da cota de atividade parlamentar de Carlos Marun. Da de dezembro de 2016, está registrado um reembolso de 327,58 reais por uma passagem de Curitiba para Porto Alegre emitida no dia 29 de dezembro de 2016 pela companhia Azul. Da de janeiro de 2017, 154,35 reais por hospedagem no Hotel Rochelle, em Curitiba, nos dias 29 e 30 de dezembro. Ele disse que não solicitou ressarcimento dos gastos com transporte e alimentação realizados durante a viagem.[21]

Desempenho em eleições

Ano Eleição Candidato a Partido Coligação Suplentes/Vice Votos Resultado
2014 Estadual de Mato Grosso do Sul Deputado federal PMDB MS Cada Vez Melhor
(PMDB, PSB, PRB, PTN, PEN, PSC)
91.816 Eleito por QP[22]

Referências

  1. «Peemedebista Carlos Marun diz que não vai mais pedir renúncia de Cunha - Brasil - BOL Notícias». noticias.bol.uol.com.br. Consultado em 15 de julho de 2016 
  2. «Aliado de Cunha quer restringir processo contra peemedebista VEJA.com». Veja. Abril. Consultado em 15 de julho de 2016 
  3. a b c «Carlos Marun é a voz gaúcha em defesa de Eduardo Cunha». Consultado em 15 de julho de 2016 
  4. a b «Relator da CCJ nega recurso de Eduardo Cunha». 8 de julho de 2016. Consultado em 15 de julho de 2016 
  5. a b c «Quem são os líderes da 'tropa de choque' que blinda Cunha na Câmara - BBC Brasil». Consultado em 15 de julho de 2016 
  6. a b c «Conheça a "tropa de choque" por trás das manobras para salvar Eduardo Cunha - Política - iG». Consultado em 15 de julho de 2016 
  7. a b c «Recuo de Maranhão é visto na Câmara como perda de apoio de Cunha». 20 de junho de 2016. Consultado em 15 de julho de 2016 
  8. «Após trocar relator, 'tropa de choque' de Cunha atua para tirar presidente». 12 de dezembro de 2015. Consultado em 15 de julho de 2016 
  9. UOL
  10. a b Luiz Maklouf Carvalho (26 de setembro de 2017). «Relator de CPI da JBS, Carlos Marun é alvo de ação por desvio de R$ 16 milhões». Notícias. UOL.com.br. Consultado em 29 de outubro de 2017 
  11. a b c d G1 (2 de agosto de 2017). «Veja como deputados votaram no impeachment de Dilma, na PEC 241, na reforma trabalhista e na denúncia contra Temer». Consultado em 11 de outubro de 2017 
  12. «"Caixa dois não é crime", diz deputado Carlos Marun, que pretende rejeitar relatório de Onyx Lorenzoni». Jornal Livre. Consultado em 21 de novembro de 2016 
  13. Redação (27 de abril de 2017). «Reforma trabalhista: como votaram os deputados». Consultado em 18 de setembro de 2017 
  14. Débora Brito. «Carlos Marun é escolhido relator da CPI da JBS no Congresso». Agência Brasil. EBC. Consultado em 26 de setembro de 2017 
  15. «Um terço dos membros da CPI da JBS já foi financiado pela empres\». Correio Braziliense. 13 de setembro de 2017. Consultado em 26 de setembro de 2017 
  16. Rodrigo Serpa. «CPI da JBS tem integrantes que receberam doações da empresa». CBN. Globo.com. Consultado em 26 de setembro de 2017 
  17. Luiz Maklouf Carvalho. «Relator de CPI da JBS é acusado de desvio de R$ 16,6 mi». Estadão. Consultado em 26 de setembro de 2017 
  18. Carta Capital (3 de agosto de 2017). «Como votou cada deputado sobre a denúncia contra Temer». Consultado em 18 de setembro de 2017 
  19. «Aliado de Temer canta e dança música sobre 'surra' na oposição». Veja. Editora Abril. 26 de outubro de 2017. Consultado em 29 de outubro de 2017 
  20. José Antonio Lima (26 de outubro de 2017). «Quem é Carlos Marun, o deputado que dançou para celebrar salvação de Temer». #carta. Carta Capital. Consultado em 29 de outubro de 2017 
  21. «Deputado usou verba da Câmara para visitar Eduardo Cunha na prisão». G1. 31 de janeiro de 2017. Consultado em 5 de fevereiro de 2017 
  22. «Estatísticas eleitorais 2014». TSE. Consultado em 29 de junho de 2017 

Ligações externas

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