Colisão elástica: diferenças entre revisões

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As colisões em que a energia não se conserva e em que se produzem deformações permanentes nos corpos chamam-se [[colisão inelástica|inelásticas]].<ref name=hal/>
As colisões em que a energia não se conserva e em que se produzem deformações permanentes nos corpos chamam-se [[colisão inelástica|inelásticas]].<ref name=hal/>


Uma colisão elástica é um encontro entre dois corpos em que a [[energia cinética]] total dos dois corpos após o encontro é igual a sua energia cinética total antes do encontro. Colisões perfeitamente elásticas ocorrem apenas se não houver conversão de energia cinética em outras formas (como [[calor]] ou ruído) e, portanto, elas não são parte das nossas experiências cotianas. Algumas colisões entre átomos em gases são exemplos de colisões perfeitamente elásticas. Entretanto, existem alguns exemplos de colisões em mecânica onde a energia perdida pode ser insignificante. Estas colisões podem ser consideradas elásticas, mesmo que elas não sejam perfeitamente elásticas. Colisões de bolas de bilhar rígida ou as bolas num [[pêndulo de Newton]] são dois exemplos disso.
{{Referências}}

== Fórmulas ==
Supondo dois objetos que possuem elasticidade o suficiente para armazenar toda a energia recebida na deformação sob forma de energia potencial elástica, denominemos as massas das partículas de <math>m_1</math> e <math>m_2</math>, analisemos uma situação em que esses corpos colidem frontalmente, temos que:
[[Ficheiro:Colisão-elastica1.jpg|centro|miniaturadaimagem|541x541px|'''Figura 1.''' Adotando <math>v_{1i}</math> como a velocidade inicial e <math>v_{1f}</math> como velocidade final do objeto de massa <math>m_1</math>; <math>v_{2i}</math> como a velocidade inicial e <math>v_{2f}</math> como velocidade final do objeto de massa <math>m_2</math> .]]
Neste caso, há conservação de energia mecânica total do sistema, podendo ser expressada pela equação:

<math>E_{mi}= E_{mf}</math>

A energia mecânica total do sistema, no caso analisado, é a energia cinética dos corpos envolvidos:

<math>E_{ci}=E_{cf}</math>

Como temos uma colisão frontal entre os corpos da figura 1, podemos escrever:

<math>E_{c1i}+E_{c2i}=E_{c1f}+E_{c2f}</math>

Substituindo as massas e as velocidades das partículas na fórmula, temos:

<math id="1">\frac{1}{2}m_1v_{1i}^2+\frac{1}{2}m_2v_{2i}^2=\frac{1}{2}m_1v_{1f}^2+\frac{1}{2}m_2v_{2f}^2</math> <math>(1)</math>

Além da conservação de energia, teremos ainda no sistema conservação de [[momento linear]], como podemos verificar em:

<math>m_1v_{1i}+m_2v_{2i}=m_1v_{1f}+m_2v_{2f}</math> <math>(2)</math>

Relacionando as equações <math>(1)</math> e <math>(2)</math> e simplificando, teremos as velocidades relativas antes e depois do choque, conforme:

<math>v_{2f}-v_{1f}=-(v_{2i}-v_{1i})</math>

A relação entre a velocidade dos dois corpos depois do choque e a velocidade dos corpos antes do choque é denominado [[coeficiente de restituição]], <math>e</math>, mostrado na equação:

<math>e=\frac{v_{2f}-v_{1f}}{-(v_{2i}-v_{1i})}</math>

O coeficiente de restituição <math>e</math> assume sempre o valor igual a 1 para colisões perfeitamente elásticas e quanto o coeficiente de restituição é maior que zero e menor que 1 (<math>0 < e < 1</math>) a colisão é considerada parcialmente elástica, pois a energia cinética é parcialmente conservada. Se o coeficiente de restituição for zero, trata-se de uma [[colisão inelástica]].<ref>{{citar livro|título=Física 1|ultimo=HALLIDAY|primeiro=David|ultimo2=Robert|primeiro2=Resnik|editora=LTC|ano=1996|edicao=4|volume=1|local=Rio de Janeiro|páginas=326|acessodata=}}</ref>{{Referências}}


[[Categoria:Mecânica clássica]]
[[Categoria:Mecânica clássica]]

Revisão das 13h12min de 1 de novembro de 2017

Enquanto a radiação de corpo negro não escape de um sistema, os átomos em agitação térmica experimentam essencialmente colisões elásticas. Na média, os átomos ricocheteiam entre si mantendo a mesma energia cinética depois de cada colisão. Aqui, os átomos de hélio a temperatura ambiente se mostram retardados dois trilhões de vezes. Cinco átomos estão coloridos de vermelho para facilitar o acompanhamento de seus movimentos.

Em física, chama-se colisão elástica ou choque elástico a uma colisão entre dois ou mais corpos na qual estes não sofrem deformações permanentes durante o impacto.[1]. Numa colisão elástica conservam-se tanto o momento linear como a energia cinética do sistema, e não há intercâmbio de massa entre os corpos, que se separam depois da colisão.[1] As colisões em que a energia não se conserva e em que se produzem deformações permanentes nos corpos chamam-se inelásticas.[1]

Uma colisão elástica é um encontro entre dois corpos em que a energia cinética total dos dois corpos após o encontro é igual a sua energia cinética total antes do encontro. Colisões perfeitamente elásticas ocorrem apenas se não houver conversão de energia cinética em outras formas (como calor ou ruído) e, portanto, elas não são parte das nossas experiências cotianas. Algumas colisões entre átomos em gases são exemplos de colisões perfeitamente elásticas. Entretanto, existem alguns exemplos de colisões em mecânica onde a energia perdida pode ser insignificante. Estas colisões podem ser consideradas elásticas, mesmo que elas não sejam perfeitamente elásticas. Colisões de bolas de bilhar rígida ou as bolas num pêndulo de Newton são dois exemplos disso.

Fórmulas

Supondo dois objetos que possuem elasticidade o suficiente para armazenar toda a energia recebida na deformação sob forma de energia potencial elástica, denominemos as massas das partículas de e , analisemos uma situação em que esses corpos colidem frontalmente, temos que:

Figura 1. Adotando como a velocidade inicial e como velocidade final do objeto de massa ; como a velocidade inicial e como velocidade final do objeto de massa .

Neste caso, há conservação de energia mecânica total do sistema, podendo ser expressada pela equação:

A energia mecânica total do sistema, no caso analisado, é a energia cinética dos corpos envolvidos:

Como temos uma colisão frontal entre os corpos da figura 1, podemos escrever:

Substituindo as massas e as velocidades das partículas na fórmula, temos:

Além da conservação de energia, teremos ainda no sistema conservação de momento linear, como podemos verificar em:

Relacionando as equações e e simplificando, teremos as velocidades relativas antes e depois do choque, conforme:

A relação entre a velocidade dos dois corpos depois do choque e a velocidade dos corpos antes do choque é denominado coeficiente de restituição, , mostrado na equação:

O coeficiente de restituição assume sempre o valor igual a 1 para colisões perfeitamente elásticas e quanto o coeficiente de restituição é maior que zero e menor que 1 () a colisão é considerada parcialmente elástica, pois a energia cinética é parcialmente conservada. Se o coeficiente de restituição for zero, trata-se de uma colisão inelástica.[2]

Referências

  1. a b c Halliday, D. & Resnick, R. (1991). Fundamentos de Física. 2. [S.l.]: Livros Técnicos e Científicos 
  2. HALLIDAY, David; Robert, Resnik (1996). Física 1. 1 4 ed. Rio de Janeiro: LTC. 326 páginas