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[[File:Amazonas1.jpg|thumb|Igapó na divisa entre as cidades de [[Envira]], [[Eirunepé]] e [[Ipixuna]], no estado do Amazonas, no Brasil]] |
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'''Mata de igapó''' é um tipo de vegetação característico da [[floresta amazônica]]. Situa-se em terrenos baixos, próximos a rios e que são frequentemente inundados. |
'''Mata de igapó''' é um tipo de vegetação característico da [[floresta amazônica]]. Situa-se em terrenos baixos, próximos a rios de águas negras e que são frequentemente inundados. |
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Na classificação do IBGE (2012), pode ser enquadrada nas categorias [[floresta ombrófila densa|floresta ombrófila densa aluvial]] e [[floresta ombrófila aberta |floresta ombrófila aberta aluvial]]. |
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⚫ | São vegetações da Amazônia brasileira que ocorrem ao longo dos rios de águas pretas ou claras, são periodicamente inundadas e carregam baixa quantidade de sedimentos e nutrientes. O clima é tropical pluvial (equatorial), quente e úmido. As áreas alagadas na Amazônia ocupam cerca de 8% do bioma Amazônico e são diferenciadas com base no tipo de inundação, cor da água, tipo de solo, origem geológica, estrutura e composição de espécies. |
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As planícies inundáveis de rios de água preta consistem em solos arenosos pobres em nutrientes, intercalados com praias arenosas. A diferença na cor das águas dos rios da Amazônia indicam diferenças na qualidade da água. Os rios de água preta têm águas escuras devido à presença de compostos fenólicos que se formam no interior dos igapós, fruto da decomposição lenta e anaeróbica da serapilheira submersa. A água é ácida e o teor de substâncias inorgânicas dissolvidas é baixo. A água e o solo de área alagada por rios de água preta tem baixa fertilidade quando comparados aos dos rios de água clara. |
As planícies inundáveis de rios de água preta consistem em solos arenosos pobres em nutrientes, intercalados com praias arenosas. A diferença na cor das águas dos rios da Amazônia indicam diferenças na qualidade da água. Os rios de água preta têm águas escuras devido à presença de compostos fenólicos que se formam no interior dos igapós, fruto da decomposição lenta e anaeróbica da serapilheira submersa. A água é ácida e o teor de substâncias inorgânicas dissolvidas é baixo. A água e o solo de área alagada por rios de água preta tem baixa fertilidade quando comparados aos dos rios de água clara. |
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As florestas de igapó, devido a ocorrerem em regiões geológicas mais antigas dos Períodos do Terciário e Pré-Cambriano, possuem solos bastante pobres. Desta forma, são ambientes frágeis e de difícil recuperação uma vez alterados pela intervenção humana que atualmente é maior ameaça a esse ecossistema de área alagada. O grau de resiliência do solo (capacidade do solo recuperar sua integridade funcional) nestes ambientes é muito baixo e a remoção de sua cobertura vegetal pode levar a perda do habitat, face à importância ecológica e estrutural que as plantas desempenham para a manutenção desse ambiente. |
As florestas de igapó, devido a ocorrerem em regiões geológicas mais antigas dos Períodos do Terciário e Pré-Cambriano, possuem solos bastante pobres. Desta forma, são ambientes frágeis e de difícil recuperação uma vez alterados pela intervenção humana que atualmente é maior ameaça a esse ecossistema de área alagada. O grau de resiliência do solo (capacidade do solo recuperar sua integridade funcional) nestes ambientes é muito baixo e a remoção de sua cobertura vegetal pode levar a perda do habitat, face à importância ecológica e estrutural que as plantas desempenham para a manutenção desse ambiente. |
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Revisão das 00h06min de 19 de novembro de 2018
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Mata de igapó é um tipo de vegetação característico da floresta amazônica. Situa-se em terrenos baixos, próximos a rios de águas negras e que são frequentemente inundados.
Na classificação do IBGE (2012), pode ser enquadrada nas categorias floresta ombrófila densa aluvial e floresta ombrófila aberta aluvial.
Etimologia
"Igapó" um termo oriundo do tupi antigo e significa "rio de raízes", através da junção dos termos ’y ("água") e apó ("raiz").[1]
Características
As árvores atingem até vinte metros de altura, com a maioria entre quatro e cinco metros. As espécies vegetais aqui encontradas são adaptadas a terrenos alagadiços. Suas plantas, de menor porte, são hidrófilas (adaptadas a regiões alagadas), possuindo como espécies comuns a vitória-régia, as orquídeas, as bromélias e outras.
São vegetações da Amazônia brasileira que ocorrem ao longo dos rios de águas pretas ou claras, são periodicamente inundadas e carregam baixa quantidade de sedimentos e nutrientes. O clima é tropical pluvial (equatorial), quente e úmido. As áreas alagadas na Amazônia ocupam cerca de 8% do bioma Amazônico e são diferenciadas com base no tipo de inundação, cor da água, tipo de solo, origem geológica, estrutura e composição de espécies.
As planícies inundáveis de rios de água preta consistem em solos arenosos pobres em nutrientes, intercalados com praias arenosas. A diferença na cor das águas dos rios da Amazônia indicam diferenças na qualidade da água. Os rios de água preta têm águas escuras devido à presença de compostos fenólicos que se formam no interior dos igapós, fruto da decomposição lenta e anaeróbica da serapilheira submersa. A água é ácida e o teor de substâncias inorgânicas dissolvidas é baixo. A água e o solo de área alagada por rios de água preta tem baixa fertilidade quando comparados aos dos rios de água clara.
Os igapós provavelmente surgiram nos períodos do Terciário e Pré-Cambriano e a flora associada a este tipo de ecossistema é altamente adaptada às condições deste ambiente como, por exemplo, inundação, sedimentação, erosão, pH e produtividade. Essas florestas cobrem uma área de aproximadamente 100.000 km², no período das enchentes e crescem principalmente sobre solos arenosos, pobres em nutrientes, mas com muitas espécies endêmicas. Muitas dessas espécies florescem durante a fase aquática, sendo o período de inundação que comanda todos os processos de crescimento e desenvolvimento nestes ambientes.
Na floresta de Igapó a vegetação geralmente é baixa sendo constituída por arbustos, cipós e musgos, que são exemplos de plantas comuns nestas áreas. É também nas matas de igapó que encontramos a vitória-régia, um dos símbolos da Amazônia. Sua folha arredondada que fica na superfície da água pode chegar a mais de um metro de diâmetro, possui espinhos ao redor das bordas como forma de defesa contra ataques de peixes e sua flor pode variar do branco a rosa. A planta fica presa no leito do rio por um tendão que impede que a folha se separe da raiz. As árvores têm uma altura de aproximadamente 20 metros e podem-se encontrar espécies como a seringueira, a ucuuba, a bacaba, o buriti e a sumaúma. Entre a fauna aquática, os peixes são de grande importância por atuarem como dispersores de sementes.
As florestas de igapó, devido a ocorrerem em regiões geológicas mais antigas dos Períodos do Terciário e Pré-Cambriano, possuem solos bastante pobres. Desta forma, são ambientes frágeis e de difícil recuperação uma vez alterados pela intervenção humana que atualmente é maior ameaça a esse ecossistema de área alagada. O grau de resiliência do solo (capacidade do solo recuperar sua integridade funcional) nestes ambientes é muito baixo e a remoção de sua cobertura vegetal pode levar a perda do habitat, face à importância ecológica e estrutural que as plantas desempenham para a manutenção desse ambiente.