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Zâmbi
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|legenda = Escultura cuango representando Zambi, com influência da figura de [[Jesus Cristo]] trazida pelos portugueses
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'''Zambi''', '''Zâmbi''', '''Zambiapungo''', '''Zambiapongo''', '''Zambiampungo''', '''Zambiapombo''', '''Zambiapongo''', '''Zambiapunga''', '''Zambiumpungo''', '''Zambiupongo''', '''Zamiapombo''', '''Zamunipongo''' ou '''Zamuripongo''' (do [[língua quimbundo|quimbundo]] ou [[língua quicongo|quicongo]] ''Nzambi mpongo'' ou ''mpungu'', lit. "Deus Supremo"),{{sfn|Barros|2007|p=233-236}} é o [[Divindade|deus]] supremo no [[candomblé bantu]], equivalente ao deus [[Olorum]] do [[candomblé Queto]] e [[Sincretismo|sincretizado]] com o [[Senhor do Bonfim]].{{sfn|Ferreira|1986|p=1802}} Não possui culto a Zambi, mas somente a seus intermediários, os [[inquice]]s.{{sfn|Barros|2007|p=235}} Por vezes é associado a [[Calunga (divindade)|Calunga]].{{sfn|Martins|1993}}
'''Zâmbi''' (do [[língua quimbundo|quimbundo]] ou [[língua quicongo|quicongo]] ''Nzambi mpongo'' ou ''mpungu'', lit. "Deus Supremo"),{{sfn|Barros|2007|p=233-236}} é o [[Divindade|deus]] supremo no [[candomblé bantu]], equivalente ao deus [[Olorum]] do [[candomblé Queto]] e [[Sincretismo|sincretizado]] com o [[Senhor do Bonfim]].{{sfn|Ferreira|1986|p=1802}} Não possui culto a Zambi, mas somente a seus intermediários, os [[inquice]]s.{{sfn|Barros|2007|p=235}} Por vezes é associado a [[Calunga (divindade)|Calunga]].{{sfn|Martins|1993}}


Seu nome originalmente era o título do monarca do [[Reino de Loango]], com sentido de "senhor do mundo", mas no {{séc|XV}}, com a chegada dos [[Império Português|portugueses]], o termo também foi utilizado para designar o [[rei de Portugal]]. Desde então, passou a designar "ser vivo" e só depois "Deus Supremo", provavelmente sob influência da cristianização do Congo, segundo W. G. L. Randles.{{sfn|Barros|2007|p=235-236}}
Seu nome originalmente era o título do monarca do [[Reino de Loango]], com sentido de "senhor do mundo", mas no {{séc|XV}}, com a chegada dos [[Império Português|portugueses]], o termo também foi utilizado para designar o [[rei de Portugal]]. Desde então, passou a designar "ser vivo" e só depois "Deus Supremo", provavelmente sob influência da cristianização do Congo, segundo W. G. L. Randles.{{sfn|Barros|2007|p=235-236}}

Revisão das 02h05min de 25 de março de 2020

Zambi

Escultura cuango representando Zambi, com influência da figura de Jesus Cristo trazida pelos portugueses

Zâmbi (do quimbundo ou quicongo Nzambi mpongo ou mpungu, lit. "Deus Supremo"),[1] é o deus supremo no candomblé bantu, equivalente ao deus Olorum do candomblé Queto e sincretizado com o Senhor do Bonfim.[2] Não possui culto a Zambi, mas somente a seus intermediários, os inquices.[3] Por vezes é associado a Calunga.[4]

Seu nome originalmente era o título do monarca do Reino de Loango, com sentido de "senhor do mundo", mas no século XV, com a chegada dos portugueses, o termo também foi utilizado para designar o rei de Portugal. Desde então, passou a designar "ser vivo" e só depois "Deus Supremo", provavelmente sob influência da cristianização do Congo, segundo W. G. L. Randles.[5]

Referências

  1. Barros 2007, p. 233-236.
  2. Ferreira 1986, p. 1802.
  3. Barros 2007, p. 235.
  4. Martins 1993.
  5. Barros 2007, p. 235-236.

Bibliografia

  • Barros, Elisabete Umbelino de (2007). Línguas e Linguagens nos Candomblés de Nação Angola. São Paulo: Universidade de São Paulo 
  • Ferreira, A. B. H. (1986). Novo dicionário da língua portuguesa 2 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira