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Fiat 147

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Fiat 147
Fiat 147
Visão geral
Produção 1976–1986 (Brasil)
1981–1996 (Argentina)
Fabricante Fiat
Montagem Brasil: Betim, Minas Gerais
Argentina: Córdoba
Chile: Rancagua
Colômbia: Bogotá
Uruguai: Canelones
Venezuela: Aragua
Modelo
Classe Segmento B
"Compacto" no Brasil
Carroceria Hatchback
Ficha técnica
Motor 1 050
1 300
Transmissão 4 e 5 Marchas
Modelos relacionados Fiat Oggi
Fiat Panorama
Fiat Spazio
Fiat 147 Fiorino
Fiat City
Fiat 127
Volkswagen Brasilia
Volkswagen Fusca
Dimensões
Comprimento 3 620 mm (76-80)
3 745 mm (80-86)
Entre-eixos 2 225 mm
Largura 1 540 mm
Altura 1 359 mm
Peso 796 kg (76-80)
810 kg (80-86)
Tanque 39 l

42 l 53 l

Consumo 13 km/l a 18km/l
Cronologia
Fiat Uno

O Fiat 147 foi o primeiro modelo de automóvel produzido pela Fiat do Brasil entre 1976 e 1986, baseado no 127 italiano. Portanto, é o carro que inaugurou a FIAT no Brasil e foi o responsável por começar a trajetória da marca no país.

FIAT 127.

Em meados da década de 1960 a empresa italiana FIAT Automobili S.p.A. estudava instalar uma fábrica no Brasil. No final de 1969 a empresa adquiriu uma gleba na cidade industrial de Contagem para implantar inicialmente uma fábrica de tratores de esteira.[1] A intenção da FIAT era participar da concorrência do Plano Nacional de Fabricação de Tratores de Esteiras.[2] Adquirida da Deutz, a gleba de Contagem foi aberta em maio de 1971[3] com a fabricação de tratores FiatAllis (numa joit-venture entre a FIAT e a Allis-Chalmers[4]).

Os primeiros rumores sobre a implantação de uma fábrica de automóveis da FIAT no Brasil surgiram em novembro de 1970, durante uma visita de seus diretores ao Brasil.[5] Os governos de Minas Gerais[6] e da Guanabara travaram uma batalha nos bastidores pela implantação da futura fábrica, com a Fiat buscando mais benefícios fiscais.[7] No fim, o governo de Minas Gerais acabou vitorioso após oferecer arcar com 40% dos custos de implantação da fábrica.[8] Em 1973 o presidente mundial da FIAT Gianni Agnelli viajou ao Brasil e assinou um contrato para a implantação da fábrica de automóveis FIAT em Betim, Minas Gerais. Agnelli anunciou para a imprensa que a futura fábrica seria responsável pela construção do modelo 127.[9][10][11]

Projetado pelo engenheiro Dante Giacosa e pelo designer Pio Manzù[12], o modelo 127 foi pensado para revolucionar o conceito de carro popular e substituir o FIAT Fiat 850. Pouco antes de uma apresentação do projeto em 1969, Manzù faleceu em um acidente automobilístico a caminho da FIAT. O projeto prosseguiu e o modelo foi apresentado em 1971 nos Salões do Automóvel de Paris[13] e Londres.[14] O FIAT 127 venceu o prêmio “Carro Europeu do Ano” em 1972.[15] O piloto de Fórmula 1 José Carlos Pace testou o automóvel no Circuito de Vallelunga em 1973 para a imprensa brasileira.[16][17]

Desenvolvimento do 147

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Primeiro FIAT 147 de série construído na fábrica de Betim.

Após o anúncio de Gianni Agnelli, a FIAT passou a importar alguns modelos do 127 para testes de 1 milhão de quilômetros no Brasil. Durante os testes, realizados na Bahia, em Minas Gerais e São Paulo, o 127 foi submetido ao tráfego esperado para o território brasileiro, tanto urbano quanto rural. Diversos problemas foram constatados: a suspensão era frágil para nossas estradas, a carroceria precisava ser reforçada e todo o sistema de vedação precisou ser reprojetado, pois a poeira invadia profusamente o veículo, incluindo o habitáculo. Os técnicos da FIAT tinham como referência o Volkswagen Fusca, veículo líder de vendas no Brasil e conhecido por sua robustez, fácil manutenção e baixo custo.[8]

O principal desafio da nacionalização do projeto do 127 era a motorização. O motor original do 127 possuía apenas 900 cm3 e taxa de compressão 25% maior que a média dos motores utilizados em automóveis no Brasil.[18] Os primeiros 127 importados tiveram problemas de desempenho por conta da gasolina brasileira ser inferior a utilizada na Europa. Um novo motor passou a ser desenvolvido, com 1049 cm3 e 47 HP [19] enquanto o automóvel era reprojetado. A nova suspensão, adaptada ao Brasil, foi projetada com base em pneus radiais e rodas de 13 polegadas.[8] O auto-rádio foi desenvolvido isoladamente pela Motorádio por dois anos após a FIAT constatar que nenhum fabricante nacional possuía um aparelho que coubesse na gaveta do 127.[20]

A FIAT anunciou que o primeiro veículo seria produzido em Betim no final de 1976,[19] a uma capacidade de produção de 150 mil veículos/ano.[21] Posteriormente esse número aumentou para 190 mil/ano.[22] O 127 reprojetado foi concluído em 1974. A FIAT optou por rebatizar o veículo como FIAT 147 (nome da versão de exportação do 127).[23][24]

O primeiro veículo produzido pela fábrica de Betim foi concluído em julho de 1976.[25] O carro foi mostrado oficialmente pela primeira vez no X Salão do Automóvel,[26] realizado no dia 18 de Novembro de 1976. Foram expostas 15 unidades do FIAT 147 pintadas em cores diferentes e inclusive protótipos de 147 movidos a álcool (hoje etanol) - primeiro veículo movido a álcool em todo o mundo. Assim que chegou ao mercado nacional, o FIAT 147 ganhou o título de mais estável carro nacional. Era também o carro de passeio no Brasil com o menor motor.

Primeiros anos

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A produção do FIAT 147 foi iniciada em julho de 1976. A expectativa do mercado de autopeças era que a FIAT se instalasse no ABC Paulista, local de 90% da indústria automobilística nacional até então. A instalação da FIAT em Minas Gerais atraiu inicialmente poucos fornecedores[27], de forma que a nova fábrica teve de lidar com problemas e atrasos no fornecimento de peças que atrasaram a produção.[8] Seis meses após o início da produção, a FIAT tinha muitas unidades do 147 estocadas em fábrica aguardando o fornecimento de para-choques e vidros para serem concluídas e comercializadas. Apesar do crônico problema de fornecimento de peças (o que obrigou a FIAT a manter um imenso estoque de peças em Contagem até 1987 quando o problema de fornecimento foi sanado[8]), haviam vinte mil pessoas em fila de espera para adquirir um 147. A FIAT afirmava que até junho de 1977 atingiria o ponto de equilíbrio entre oferta e procura do 147.[28] No final do primeiro semestre de 1977 já haviam sido vendidos 35 mil veículos e a FIAT preparava as primeiras exportações do 147 para o Paraguai.[29]

Em novembro de 1976 a Revista Quatro Rodas divulgou os resultados do seu teste completo realizado com o 147. Considerado econômico e de suspensão estável, o 147 alcançou a velocidade de 136,3 km/h em sua melhor passagem, aceleração de 19,47 segundos de 0 a 100 km/h e atingiu uma média de 12, 68 km/l (a 85km/h em estrada atingiu 14 km/l enquanto que o consumo subiu consideravelmente a 130km/h com 9 km/l). O motor de 55 CV (SAE) foi testado e, mesmo nas piores condições, apresentou funcionamento adequado. Os freios mistos (disco no eixo dianteiro e tambor no eixo traseiro) conseguiram parar o 147 a uma distância de 41 metros quando acionados a uma velocidade de 100 km/h. A transmissão foi considerada precisa porém o veículo apresentou certa dificuldade no engate das marchas, principalmente da ré.[30]Em março de 1978 durante um teste de automóveis nacional promovido por Quatro Rodas no Autódromo de Interlagos com o piloto de Formula 1 Jody Scheckter, o câmbio foi novamente criticado. Os freios foram considerados por Scheckter desagradáveis por alterarem a trajetória do veículo quando acionados no limite. Os pontos positivos do 147 avaliado pelo piloto foram a suspensão, considerada estável, o motor, a direção e o acabamento. [31] O problema crônico na transmissão do 147 foi parcialmente sanado apenas em 1979 após um reprojeto da caixa de câmbio.[32]

Apesar da intenção inicial da FIAT em competir com o Volkswagen Fusca, o 147 batia de frente com concorrentes como Volkswagen Brasília e Chevrolet Chevette.

Fiat 147 versão Europa, lançado em 1980.

No final de 1977 haviam sido vendidos mais de 70 mil unidades do 147.[33]

Em 1978 a FIAT lançou quatro modelos:

  • Furgoneta, lançado em janeiro, e que consistia em um 147 sem as janelas laterais traseiras e era destinado ao transporte de carga de até 420 quilos[34]
  • 147 L/GL[35][36]
  • Pick-up/City, primeira picape de baixo custo do Brasil.
  • Rallye, versão esportiva com motor 1.3.

Ainda em 1978 o 147 foi escolhido o “Carro do Ano” pela revista Autoesporte.[37] Ainda assim, a produção do 147 estava distante do apregoado por Agnelli (que falava em até 190 mil automóveis por ano).

Produção do FIAT 147 (1976–1980)
1976 1977 1978 1979 1980
1 535 64 297 92 920 109 407 145 129
Fontes: Anfavea/Quatro Rodas 1976 [38], 1977 e 1978[39], 1979[40], 1980[41]

Ao chegar ao terceiro aniversário, o 147 passou por estudos de sua primeira reestilização. A principal característica do projeto foi o redesenho da frente, com mudanças nos faróis (que no primeiro modelo sofriam com a facilidade de furtos), grade e pára-choques.[42] A nova frente, desenvolvida na Itália, foi batizada pela Fiat de "Europa".[43]

Para diversificar a produção, a FIAT buscou o mercado de peruas e lançou a Panorama em 1980. Com base na plataforma do 147, a Panorama entrou no mercado de peruas em 1980, restrito naquele momento ao Chevrolet Caravan e Ford Belina II. [44]

Álcool combustível

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Executivo da FIAT apresenta o modelo 147 Álcool ao Ministro dos Transportes dos Países Baixos Dany Tuijnman, 1981.Arquivo Nacional dos Países Baixos.

Em 1975 o governo brasileiro lançou o Programa Nacional do Álcool visando produzir um combustível como alternativa à gasolina. A FIAT foi uma das primeiras montadoras do país a aderir ao programa, realizando testes com uma versão do 147 movida a álcool. Batizada informalmente de "Cachacinha", o 147 Álcool precisou de pequenas modificações para os testes. Apesar de não ter sido encontrada corrosão no motor, a Fiat temia que o uso contínuo pudesse danificar as peças em longo prazo e já estudava um aumento nos custos de produção do 147 com componentes anti-corrosivos.[45] Posteriormente os testes do 147 Álcool foram ampliados em parceria com a Telecomunicações de Minas Gerais (Telemig) que passou a empregar a versão 147 Furgoneta movida a álcool em seus serviços. Em dezembro de 1978 a Telemig aprovou o 147 Furgoneta Álcool. Durante os testes, o 147 Furgoneta Álcool da Telemig percorreu 18 mil quilômetros e fez uma média de 7,1 km/litro no meio urbano e 12,5 km/litro em estrada.[46]

O 147 foi o primeiro automóvel brasileiro movido a álcool fabricado em série.[47] Os primeiros, com motor 1.3, foram adquiridos pelo governo brasileiro e por empresas públicas, sendo entregues em agosto de 1978.[48] No período entre 1978 até agosto de 1979 foram fabricados 11015 unidades fabricadas e vendidas para o governo federal, governos estaduais e dezenove empresas públicas, entre as quais Telesp (517 unidades), Telemig (145 unidades), Telebahia (95 unidades), Petrobrás (63 unidades), Celpe (20 unidades).[49][50]

Declínio e fim de produção

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Fiat 147 Spazio, versão lançada em 1983.

Em 1982 o presidente da FIAT brasileira Vincenzo Barello anunciou que em 1981 a empresa havia alcançado um lucro de 450 milhões de dólares exportando 70 mil veículos, a maior parte da produção do 147 e que naquele ano estava com 120 mil veículos já vendidos para exportação. Barello também anunciou uma reestilização da linha 147.[51] A queda nas vendas do 147 no mercado nacional foi amplificada pelo lançamento de novos automóveis pelas concorrentes da FIAT, como o VW Gol (1980) e o Ford Escort (1983) e a reestilização do GM Chevette (1983) que alcançou a liderança das vendas em 1983. Até mesmo o lançamento do GM Monza (1983) contribuiu para a queda nas vendas. De categoria diferente do 147 e mesmo custando mais caro, o Monza liderou as vendas entre 1984 e 1986 contrariando a estratégia da FIAT em oferecer um automóvel barato e econômico.[52]

A reação do mercado nacional indicava que a FIAT estava com um projeto cada vez mais envelhecido enquanto as concorrentes apresentavam novidades. Visando estancar a queda nas vendas, a FIAT dividiu sua estratégia comercial entre reestilizar o 147 com a versão Spazio[53], o lançamento do sedã Oggi como novidade e acelerar o novo projeto de carro mundial. Batizado Uno, estava previsto para lançamento no Brasil em 1984.[54]

FIAT 147 no ranking dos automóveis mais vendidos do Brasil
1980 1981 1982 1983 1984 1985
-
Fontes: Anfavea/Quatro Rodas (1987)[55]

Em 9 de dezembro de 1986 a FIAT anunciou o encerramento da produção da linha 147 até o final daquele mês. Naquele momento o 147 era considerado uma plataforma defasada e estava em contínua queda de vendas desde 1979. Enquanto que em 1979 o 147 representava 90,5% da produção da FIAT, em 1986 sua participação havia caído para 11,2%.[56]

Produção da Linha 147 (1976–1986)
Modelo Lançamento Quantidade construída %
147/Spazio 1976/1983 709 230 64,00
147 Furgoneta 1978 12 848 1,00
147 Fiorino 1978 172 086 15,00
147 Pick-up/City 1978 87 184 8,00
Panorama 1980 115 986 10,00
Oggi 1983 20 419 2,00
Total 1 117 753 100,0
Fonte: FIAT/Quatro Rodas[57]
147 Sorpasso, versão esportiva do 147 preparado pela IAVA (subsidiária da FIAT).

Em junho de 1981 a produção de automóveis na Argentina se encontrava em franco declínio, com demissões em massa e uma grande greve dos mais de cem mil operários da indústria. Em resposta, as empresas culparam a política econômica implementada pela Ditadura Argentina como culpada pela crise.[58]

Nesse mesmo ano a Sevel Argentina (subsidiária da joint-venture entre FIAT e Peugeot) começou a importar alguns FIAT 147 fabricados em Betim e montados em El Palomar sob regime CKD.[59] A proposta da Sevel era substituir o modelo 133 pelo 147.[60] Em resposta aos protestos de trabalhadores e empresários, o governo argentino alterou a legislação e passou a exigir a fabricação de veículos no país. A Sevel inicialmente foi contra, porém acabou cedendo e passou a tratar da fabricação do FIAT 147 na Argentina.[61] Com base na ação do governo argentino, a FIAT decidiu trazer uma linha de montagem do novo projeto (Uno) para o Brasil enquanto transferiu progressivamente a linha de montagem do 147 para a Argentina. A chegada do 147 e sua fabricação obrigaram os fornecedores da FIAT no Brasil a abrir filiais e/ou transferir tecnologia para suas filiais na Argentina como a Carburadores Weber, por exemplo, que transferiu tecnologia na produção de carburadores exportados em regime SKD para a Galileo Argentina.[62]

O FIAT 147 passou a ser fabricado na Argentina, onde auxiliou a Sevel a ampliar sua produção geral. Enquanto em 1981 a Sevel fabricou 27213 veículos (entre FIAT e Peugeot), após a nacionalização do 147 a produção geral da Sevel passou a crescer até atingir seu auge em 1988 com 62289 veículos.[63] Com o fim da Ditadura Militar na Argentina, o novo governo democrático chegou a estudar o lançamento de um automóvel popular. A Sevel projetou e apresentou o FIAT-VAE (Vehículo De Alta Eficiencia) em 1985, uma versão do 147 despojada de diversos itens como o banco traseiro, painel, acabamento interno, com bancos tubulares de aço revestidos por faixas de tecido. Apesar da carroceria ser do 147 em produção (Europa), a frente era a dos primeiros 147 produzida no Brasil. Apesar do preço estimado ser até 40% menor, o governo argentino acabou recusando a ideia. O VAE porém deu origem ao relançamento do 147 na Argentina com as versões Brio e Spazio.[64][65]

O último FIAT 147 deixou a fábrica de El Palomar em 1996. Ao todo foram construídos 232 807 FIAT 147 na Argentina entre 1981 e 1996.[66]

A Compañía Colombiana Automotriz (CCA) assinou um contrato para a montagem de automóveis FIAT em 1973. Em 1978 a CCA recebeu os primeiros modelos 147 para serem montados em regime CKD em sua planta em Bogotá.[67][68] Problemas administrativos da CCA, brigas com fornecedores de auto peças locais[69], corrosão precoce (os veículos eram pintados pela CCA na Colômbia[67]) e falhas elétricas acabaram prejudicando parcialmente a imagem do 147 na Colômbia, que foi montado até 1984, quando a FIAT vendeu suas ações na CCA para a Mazda, que passou a montar seus veículos com exclusividade na empresa colombiana.[70]

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  • A fábrica de El Palomares da Sevel e o FIAT 147 Spazio foram utilizados no filme Gung Ho (1986) de Ron Howard.[71]

Referências

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  3. «Rondon Pacheco inaugura a fábrica Fiat na Cidade Industrial de Contagem». Jornal do Brasil, ano LXXXI, edição 33, página 37/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 17 de maio de 1971. Consultado em 13 de fevereiro de 2024 
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Ligações externas

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