Hamurabi
Hamurabi | |
---|---|
Rei da Babilônia Rei da Suméria e Acádia | |
Hamurabi (à esquerda), retratado como tendo recebido sua insígnia real de Samas (ou possivelmente de Marduque). Hamurabi cobre a boca com as mãos em sinal de oração (relevo na parte superior da estela do código de leis de Hamurabi).[1] | |
Reinado | 1 728 - ca. 1 686 a.C. |
Antecessor(a) | Sim-Mubalite |
Sucessor(a) | Samsiluna |
Nascimento | século XVIII a.C. |
Babilônia | |
Morte | 1686 a.C. |
Nome completo | Hammurabi |
Dinastia | Amorita |
Pai | Sim-Mubalite, Amitacum (?) |
Ocupação | Soberano |
Filho(s) | Samsiluna |
Hamurabi ou Hamurapi (em acádio: 𒄩𒄠𒈬𒊏𒁉; romaniz.: ha-AM-mu-ra bi; em amorita: 'Ammurāpi, lit. "Amu é grande") foi o sexto rei babilônico importante no século XVIII a.C. Era filho de Sim-Mubalite e assumiu o poder quando era jovem.[2] Havia reinado de 1 728 até 1 686 a.C. ou 1 792 até 1 750 a.C., com duração de 42 anos.
Reinado
[editar | editar código-fonte]Hamurabi começou a exercer suas funções reais iniciando com uma cidade babilônica, que era uma das concorrentes pelo poder na Mesopotâmia, mas por ter um império habilidoso, ele começou a fazer suas campanhas no norte e sul da Mesopotâmia. No sul, Hamurabi derrotou a Rim-Sim I (r. 1758–1699 a.C.) de Larsa e tomou sua cidade.[3] Em 1 764 a.C., Hamurabi lidou com uma coalizão da Assíria, Esnuna e Elão, que eram as principais potências a leste do rio Tigre, cuja posição ameaçava bloquear seu acesso às áreas de produção de metal do Irã.[2] No sul, o rei babilônico tomou a Mari derrotando Zinrilim (r. 1775–1761 a.C.), último rei daquele reino.[3]
Dois anos depois, Hamurabi teve que dirigir seus exércitos para o leste pela terceira vez (1757–1755 a.C.). A destruição final de Esnuna durante esta campanha provavelmente provou ser uma vitória de Pirro, porque removeu uma zona-tampão entre a Babilônia e os povos do leste (entre eles provavelmente os cassitas, que assumiriam Babilônia daqui a 160 anos). Durante seus últimos dois anos, Hamurabi teve que se concentrar na construção de fortificações de defesa. Naquele momento, ele já estava doente e morreu por volta de 1 750 a.C., deixando o reino para o seu filho, Samsiluna.[2]
Código de Hamurabi
[editar | editar código-fonte]Em 1 754 a.C., Hamurabi ordenou erigir um enorme obelisco feito de basalto com 282 artigos, que ficou conhecido como o Código de Hamurabi.[4] A maioria das provisões do código referem-se às três classes sociais:
- Awelum (lit. "filho do homem") - significava a classe mais alta, ou seja, de homens livres, que era merecedora de maiores compensações por injúria, mas que por outro lado arcava com as multas mais pesadas por ofensas;
- Mushkenum (lit. "cidadão livre") - estágio inferior, mas de menor status e obrigações mais leves;
- Wardum (lit. "escravo marcado") - escravo que, no entanto, podia ter propriedade.
O código, além disso, referia-se também ao comércio, à família, ao trabalho e à propriedade. Quanto às leis criminais, que vigorava a lei de talião, a pena de morte era largamente aplicada, seja na fogueira, na forca, seja por afogamento ou empalação.[5]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ Roux 1992, p. 266.
- ↑ a b c Editores 1999.
- ↑ a b Dias 2018, p. 396.
- ↑ Costa, Silva & Kunz 2017, p. 122.
- ↑ Ferrario 2010, p. 6.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Roux, Georges (1992). Ancient Iraq. Londres: Penguin Books. ISBN 978-01-419-3825-7
- Dias, Marcos (2018). Torah De Estudo. Vargem Grande: Clube de Autores. ISBN 978-85-917109-8-0
- Editores (1999). «Hammurabi». Britânica Online. Consultado em 26 de fevereiro de 2021
- Costa, Franscisca Pinheira da Silva; Silva, Vanderlei Dorneles da; Kunz, Vandeni Clarice (2017). Compreendendo A Doutrina E A Cultura Dos Adventistas. São Paulo: Engenheiro Coelho. ISBN 978-85-922152-7-9
- Ferrario, Bruno (2010). Código Hamurábi. [S.l.]: Clube de Autores