Helvídio Nunes
Helvídio Nunes | |
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O governador do Piauí Helvídio Nunes de Barros (à esquerda) cumprimenta o governador Abreu Sodré durante visita ao estado de São Paulo, 1969. Arquivo Público do Estado de São Paulo. | |
Governador do Piauí | |
Período | 1966-1970 |
Antecessor(a) | José Odon Maia Alencar |
Sucessor(a) | João Turíbio Monteiro de Santana |
Senador pelo Piauí | |
Período | 1971-1987 |
Deputado estadual pelo Piauí | |
Período | 1959-1966 |
Prefeito de Picos | |
Período | 1955-1959 |
Antecessor(a) | Justino Rodrigues da Luz |
Sucessor(a) | João de Carvalho Monteiro |
Dados pessoais | |
Nascimento | 28 de setembro de 1925 Picos, PI |
Morte | 3 de novembro de 2000 (75 anos) Picos, PI |
Alma mater | Universidade Federal do Rio de Janeiro |
Cônjuge | Maria Teresinha Nunes |
Partido | UDN (1954-1965) ARENA (1966-1979) PDS (1980-1990) |
Profissão | advogado |
Assinatura |
Helvídio Nunes de Barros (Picos, 28 de setembro de 1925 — Picos, 3 de novembro de 2000) foi um advogado e político brasileiro que governou o Piauí entre 1966 e 1970.[1]
Dados biográficos
[editar | editar código-fonte]Trajetória política
[editar | editar código-fonte]Filho de Joaquim Balduíno de Barros e Isabel Nunes de Barros. Advogado formado na Universidade Federal do Rio de Janeiro, foi presidente do Centro Acadêmico da renomada instituição. Retornou ao Piauí alternando-se entre sua profissão e a política, elegendo-se prefeito de Picos via UDN em 1954.[2] A seguir, foi eleito deputado estadual em 1958 e reeleito em 1962.[3][4] Líder da maioria na Assembleia Legislativa e presidente do diretório estadual de seu partido, licenciou-se do mandato para assumir a Secretaria de Agricultura no governo Chagas Rodrigues, cargo mantido no governo Petrônio Portela antes de assumir a Secretaria de Obras e Serviços Públicos.[1][5][nota 1]
Primeiro governador do Piauí eleito após o Regime Militar de 1964, chegou ao cargo por via indireta em 1966 como filiado à ARENA e tomou posse em 12 de setembro do respectivo ano.[6][7] Renunciou ao mandato a fim de eleger-se senador em 1970, renovando o mandato por eleição indireta em 1978.[8][9][10] Com a restauração do pluripartidarismo, ingressou no PDS em 1980. Eleitor de Paulo Maluf no Colégio Eleitoral em 1985,[11] assumiu, em agosto desse ano, a presidência da Comissão Mista do Congresso Nacional encarregada de examinar a mensagem de convocação da Assembleia Nacional Constituinte responsável pela Constituição de 1988.[12][13]
Tentou reeleger-se senador em 1986, mas não logrou êxito, assim como não foi eleito deputado federal em 1990.[14][15]
Obras publicadas
[editar | editar código-fonte]Publicou as seguintes obras: "Reflexos do Nordeste - ICM, Finor, FPE e FPM". Brasília. Senado Federal, 1977. 268 P. Il. (Senado), "Temas do Nordeste". Brasília. Senado Federal. 181 P. (Senado), "Uma Visão do Nordeste". Brasília. Senado Federal, 1973. 216 P. (Senado), "O Nordeste e o FCM". Brasília. Senado Federal, 1975, "O Piauí na Paisagem do Nordeste". Discursos e Pareceres. Brasília. Senado Federal, 1971. - Problemas e Reivindicações do Piauí. Discursos e Pareceres. Brasília. Senado Federal, 1972. - Plenário e Comissões. Brasília. Senado Federal, 1978, "Atividades Parlamentares". Brasília. Senado Federal, 1979, além de dois livros de contos onde revela humor e astúcia com as letras cultivada pelos anos passados lendo inúmeras obras de duas pequenas bibliotecas particulares que dispunha, uma em Picos e outra em Teresina.[1]
Notas
- ↑ Usamos aqui a denominação contemporânea das respectivas secretarias, pois a Secretaria de Agricultura, Indústria e Comércio, Viação e Obras Públicas foi criada no governo Pedro Freitas através da Lei n.º 1.095 de 6 de dezembro de 1954 e desmembrada em 1963, no governo Petrônio Portela (BASTOS, 1994, p. 520; 523).
Referências
- ↑ a b c BRASIL. Fundação Getúlio Vargas. «Biografia de Helvídio Nunes no CPDOC». Consultado em 25 de janeiro de 2024
- ↑ BRASIL. Tribunal Regional Eleitoral do Piauí. «Eleições 1945 a 1992». Consultado em 25 de janeiro de 2024
- ↑ BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. «Eleições de 1958». Consultado em 30 de janeiro de 2024
- ↑ BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. «Eleições de 1962». Consultado em 30 de janeiro de 2024
- ↑ BASTOS, Cláudio de Albuquerque. Dicionário Histórico e Geográfico do Estado do Piauí. Teresina; Fundação Cultural Monsenhor Chaves, 1994.
- ↑ Redação (4 de setembro de 1966). «Helvídio ganha bem no Piauí. Primeiro Caderno – p. 16». bndigital.bn.gov.br. Jornal do Brasil. Consultado em 30 de janeiro de 2024
- ↑ BRASIL. Presidência da República. «Ato Complementar Dezenove de 09/08/1966». Consultado em 30 de janeiro de 2024
- ↑ BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. «Eleições de 1970». Consultado em 30 de janeiro de 2024
- ↑ BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. «Eleições de 1978». Consultado em 30 de janeiro de 2024
- ↑ BRASIL. Senado Federal. «Biografia do senador Helvídio Nunes». Consultado em 25 de janeiro de 2024
- ↑ Redação (16 de janeiro de 1985). «Sai de São Paulo o voto para a vitória da Aliança. Política, p. 06». acervo.folha.com.br. Folha de S.Paulo. Consultado em 30 de janeiro de 2024
- ↑ Redação (9 de agosto de 1985). «Comissão da Constituinte estuda candidatura avulsa. Primeiro Caderno, Política – p. 03». bndigital.bn.gov.br. Jornal do Brasil. Consultado em 30 de janeiro de 2024
- ↑ BRASIL. Presidência da República. «Constituição de 1988». Consultado em 30 de janeiro de 2024
- ↑ BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. «Eleições de 1986». Consultado em 30 de janeiro de 2024
- ↑ BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. «Eleições de 1990». Consultado em 30 de janeiro de 2024
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