O Diabo (jornal, 1977)
A neutralidade deste artigo foi questionada. (Setembro de 2020) |
Periodicidade | semanal (às sextas-feiras) |
Sede | Azinhaga da Fonte, Lisboa |
Fundação | 10 de fevereiro de 1976 |
Fundador(es) | Maria Armanda Falcão (Vera Lagoa) |
Diretor | Cecilia Alexandre |
Editor | Texto Principal |
O Diabo é um jornal semanal, publicamente assumido como sendo de direita — sendo a sua orientação política amiúde apelidada como sendo de extrema-direita, principalmente entre os meios da extrema-esquerda —, publicado às sextas-feiras em Portugal. Apesar dessa conotação o jornal agrega cronistas de várias vertentes ideológicas.
Foi fundado em 10 de fevereiro de 1976 por Maria Armanda Falcão, conhecida pelo pseudónimo Vera Lagoa.[1]
Logo no seu segundo número, no primeiro ano da sua de edição, o jornal foi suspenso por vários meses pelo Conselho da Revolução durante o Processo Revolucionário em Curso,[2] por por “ofensas ao 25 de Abril e às Forças Armadas”.[3] Só retomando a 16 de fevereiro de 1977.[1] Por motivos legais, é esta a data de fundação que aparece atualmente no cabeçalho do jornal impresso.[carece de fontes]
Nos primeiro exemplares contou com os cartoons de Augusto Cid, que também era o criador do grafismo do jornal.[2]
O Diabo possuía um noticiário vasto, no qual se incluíam desde o comentário político, crítica de cinema (onde se estreou Eurico de Barros) e trabalhos de jornalismo de investigação.
Com o aparecimento d'O Independente (para o qual Cid se transferiu) e a morte, em 1996, de Vera Lagoa, sucedida na direcção pelo seu marido, José Esteves Pinto, diminui a sua relevância editorial política e quase só era apenas notado pelas crónicas de Alberto João Jardim.[2]
Numa edição saída em janeiro de 2024, contou com um artigo escrito por João Martins, neonazi que em 1997 foi condenado a 17 anos e meio de prisão pelo homicídio de Alcindo Monteiro.
Actualmente O Diabo continua a vender nas bancas tendo no seu leque opiniões regulares e marcantes de: Henrique Neto, ex-deputado socialista e candidato às eleições presidenciais; Nuno da Costa Nata, advogado e Cláudio Fonseca, conceituado podcaster de política no Podcast Conversa.
O Diabo acompanhou o tempo e actualmente conta com assinaturas digitais, para além da assinatura em papel.
Referências
- ↑ a b Trinta anos depois, O Diabo "já não incendeia o país", por or Ana Machado, Público, 10 de Fevereiro de 2006
- ↑ a b c O Diabo nunca se foi embora, por Pedro Serra, Desumidificador, 22.03.17
- ↑ 'O Diabo' de Vera Lagoa faz hoje 40 anos sempre a zurzir as esquerdas, por António Ribeiro Ferreira, jornal I Digital, 10/02/2016