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Relações entre Rússia e Uzbequistão

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Relações entre Rússia e Uzbequistão
Bandeira da Rússia   Bandeira do Uzbequistão
Mapa indicando localização da Rússia e do Uzbequistão.
Mapa indicando localização da Rússia e do Uzbequistão.
O presidente uzbeque Islam Karimov e o presidente russo Vladimir Putin.
Selo uzbeque de 2006 com a fotos dos presidentes de ambos países

As relações entre Rússia e Uzbequistão (em russo: Российско-узбекские отношения, em usbeque: Oʻzbekiston-Rossiya munosabatlari) são as relações bilaterais entre a Federação Russa e a República do Uzbequistão. O Uzbequistão tem uma embaixada em Moscou e a Rússia tem uma embaixada em Tashkent.

O Uzbequistão foi uma república socialista soviética de 1924 até 1991. Ambos os países mantêm relações diplomáticas desde 1992. Nos primeiros anos da independência, o Uzbequistão permaneceu dentro da zona do rublo até novembro de 1993. A partir de então, o país se afastaria politicamente da Federação Russa. [1]

As boas relações com o Uzbequistão são uma chave para a política de grande poder da Rússia na região da Ásia Central. [2] Por outro lado, o Uzbequistão segue uma "política multi-vetorial" com boas relações com a Rússia, China, Estados Unidos e outros estados. [3][4]

Em 1999, paralelamente à Guerra do Kosovo, o Uzbequistão aderiu à aliança GUAM, que se transformou em uma organização internacional em 2001. Foi chamada de GUUAM até 2005, quando o país retirou-se.[5]

Em 2003, a Gazprom assumiu o controle da rede de oleodutos uzbeques. [6] No mesmo ano, o Uzbequistão iniciou as exportações de gás para a então economicamente recuperada Rússia. [7]

Na sequência dos distúrbios de maio de 2005, o Uzbequistão exigiu que os Estados Unidos deixassem a base em Karshi-Khanabad. Além disso, o Uzbequistão saiu da GUAAM, que novamente se tornou GUAM. Em 14 de novembro de 2005, os presidentes Islam Karimov e Vladimir Putin assinaram um acordo mútuo de cooperação em Moscou. [8][9]

Em 2012, o Uzbequistão optou por se retirar formalmente da Organização do Tratado de Segurança Coletiva, uma aliança liderada pelos russos, levando alguns a debaterem se tal medida indicava uma mudança na sua política externa para o Ocidente. [10] No entanto, o Uzbequistão continou a fazer parte da Organização de Cooperação de Xangai, da qual tanto a Rússia como a China fazem parte.

Após a anexação da Crimeia pela Rússia, os movimentos separatistas na região de Caracalpaquistão, no norte do Uzbequistão, ficaram mais fortes. Muitos caracalpaques vivem no Cazaquistão, Rússia e Coreia do Sul para trabalhar e a minoria é considerada pró-russa. [11][12][13]

Em 2014, a Rússia perdoou quase toda a dívida uzbeque com a Rússia, a fim de aumentar as relações entre os dois países. [14]

Referências

  1. Martin C. Spechler: Economic Reform in Authoritarian Uzbekistan, in: Michael Gervers/Uradyn E. Bulag/Gillian Long (ed.): Traders and Trade Routes of Central and Inner Asia: The 'Silk Road,' Then and Now, Toronto 2007, pp. 235-251 (here: p. 239).
  2. Andrew Monaghan: Uzbekistan - Central Asian key, in: Adrian Dellecker/Thomas Gomart (ed.): Russian Energy Security and Foreign Policy, London/New York 2011, pp. 121–131 (here: p. 121).
  3. Dina Rome Spechler/Martin C. Spechler: The foreign policy of Uzbekistan: sources, objectives and outcomes: 1991–2009, in: Central Asian Survey, Vol. 29, No. 2 (2010), pp. 159–170.
  4. Aleksandr Pikalov: Uzbekistan between the great powers: a balancing act or a multi-vectorial approach?, in: Central Asian Survey, Vol. 33, No. 3 (2014), pp. 297–311.
  5. Kees van der Pijl: Global Rivalries – From the Cold War to Iraq, London 2006, p. 281.
  6. Monaghan: Uzbekistan - Central Asian key, p. 127.
  7. Spechler: Economic Reform in Authoritarian Uzbekistan, p. 248.
  8. Pikalov: Uzbekistan between the great powers, pp. 297–311.
  9. Sergei Blagov: Uzbekistan and Russia Sign Mutual Defense Pact Arquivado em 9 de outubro de 2012, no Wayback Machine., EurasiaNet 14 November 2005.
  10. James Kilner: Uzbekistan withdraws from Russia-lead military alliance, telegraph.co.uk 2 July 2012.
  11. Paul Goble: Moscow Set to Use Karakalpak Separatism Against a Pro-Western Tashkent, Jamestown Foundation Eurasia Daily Monitor, Volume: 11, Issue: 148, 12 August 2014.
  12. Igor Rotar: Are There Possible Future ‘Crimeas’ in Central Asia?, Jamestown Foundation Eurasia Daily Monitor, Volume: 11, Issue: 107, 13 June 2014.
  13. Omirbek: "Uzbekistan separatist movement threatens ancient culture", The Guardian 5 February 2015.
  14. Paolo Sorbello: Yes, Uzbekistan Is Putin’s Friend, The Diplomat 15 December 2014.