Síndrome ligada à cultura

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Na medicina e antropologia médica, uma síndrome ligada à cultura, síndrome específica da cultura, síndrome cultural ou doença popular[1] é uma combinação de sintomas psiquiátricos e somáticos que são considerados doenças reconhecíveis apenas em uma sociedade ou cultura específica. Geralmente considera-se que não há alterações bioquímicas ou estruturais objetivas dos órgãos ou funções do corpo, e a doença não é reconhecida em outras culturas. O termo culture-bound syndrome foi incluído na quarta versão do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (American Psychiatric Association, 1994), que também inclui uma lista das doenças ligadas à cultura mais comuns (DSM-IV: Apêndice I). As contrapartidas no âmbito da CID-10 (Capítulo V) são os transtornos específicos da cultura definidas no Anexo 2 dos Critérios de diagnóstico para pesquisa.[2]

Mais amplamente, uma endemia que pode ser atribuída a certos padrões de comportamento dentro de uma cultura específica por sugestão pode ser referida como uma potencial epidemia de comportamento. Como nos casos de uso de drogas ou abuso de álcool e fumo, a transmissão pode ser determinada por reforço comunitário e interações pessoa a pessoa. Por motivos etiológicos, pode ser difícil distinguir a contribuição causal da cultura sobre a doença de outros fatores ambientais, como toxicidade.[3] O reconhecimento de condições específicas a culturas como objeto de estudo e a análise de fatores sociais levaram ao desenvolvimento da psiquiatria transcultural.[4]

Um exemplo de sintomatologia influenciada por cultura foi a neurastenia na Europa do século XIX, cuja interpretação era baseada nas tendências da Revolução Industrial, persistindo hoje como moléstia de herança colonial em sistemas diagnósticos do Sudeste Asiático e China (por exemplo, sob o nome shenjing shuairuo).[5]

Identificação[editar | editar código-fonte]

Uma síndrome culturalmente específica é caracterizada por:[6]

  1. categorização como uma doença na cultura (ou seja, não é um comportamento voluntário ou uma afirmação falsa);
  2. familiaridade generalizada na cultura;
  3. a condição é geralmente reconhecida e tratada pela medicina popular da cultura.

Algumas síndromes específicas de cultura envolvem sintomas somáticos (dor ou função alterada de uma parte do corpo), enquanto outras são puramente comportamentais. Algumas síndromes ligadas à cultura aparecem com feições semelhantes em várias culturas, mas com características locais específicas, como pânicos do pênis.

Uma síndrome cultural específica não é o mesmo que uma doença localizada geograficamente com anormalidades de tecido específicas, identificáveis e causais, como kuru ou doença do sono, ou condições genéticas limitadas a certas populações. Embora possam estar envolvidos fatores totalmente sociais em alguns casos, sem anormalidades bioquímicas ou teciduais objetivamente demonstráveis (sinais), é possível que uma condição originalmente assumida como uma síndrome comportamental ligada à cultura tenha uma causa biológica; de uma perspectiva médica, seria então redefinida em outra categoria nosológica.

A CID considera em seu anexo que transtornos considerados específicos da cultura não são facilmente acomodados pelas categorias utilizadas em classificações psiquiátricas internacionais e que estão associados primariamente ou exclusivamente a uma população ou área cultural. No entanto, é notado que esse conceito é controverso: "muitos pesquisadores argumentam que eles diferem apenas em grau dos transtornos já incluídos nas classificações psiquiátricas existentes, como transtornos de ansiedade e reações ao estresse, e que, portanto, são mais bem considerados como variações locais de transtornos há muito reconhecidos. Sua ocorrência exclusiva em populações específicas ou áreas culturais também tem sido questionada".[2] Assim, a familiaridade de uma doença em uma cultura pode ser traduzível a pessoas de outras culturas e relacionadas a doenças já existentes, compreensíveis dentro de diferentes sistemas médicos.

Perspectivas médicas[editar | editar código-fonte]

A Associação Americana de Psiquiatria afirma o seguinte:[7]

O termo síndrome ligada à cultura denota padrões recorrentes específicos a localidade de comportamento aberrante e experiência perturbadora que podem ou não estar ligados a uma categoria diagnóstica DSM-IV particular. Muitos desses padrões são considerados indigenamente como "doenças" ou, pelo menos, aflições, e a maioria tem nomes locais. Embora apresentações em conformidade com as principais categorias do DSM-IV possam ser encontradas em todo o mundo, os sintomas particulares, curso e resposta social são muitas vezes influenciados por fatores culturais locais. Em contraste, as síndromes ligadas à cultura são geralmente limitadas a sociedades ou áreas culturais específicas e são categorias de diagnóstico populares localizadas que enquadram significados coerentes para certos conjuntos de experiências e observações repetitivas, padronizadas e perturbadoras.

O termo síndrome ligada à cultura é controverso, pois reflete as diferentes opiniões de antropólogos e psiquiatras.[8] Os antropólogos tendem a enfatizar as dimensões relativísticas e específicas da cultura das síndromes, enquanto os médicos tendem a enfatizar as dimensões universais e neuropsicológicas.[9][10] Guarnaccia e Rogler (1999) argumentaram a favor da investigação das síndromes ligadas à cultura em seus próprios termos e acreditam que as síndromes têm integridade cultural suficiente para serem tratadas como objetos independentes de pesquisa.[11]

Alguns estudos sugerem que as síndromes ligadas à cultura representam uma maneira aceitável dentro de uma cultura específica (e contexto cultural) entre certos indivíduos vulneráveis (por exemplo, um ataque de nervios em um funeral em Porto Rico) para expressar sofrimento após uma experiência traumática.[12] Uma manifestação similar de angústia quando deslocada para uma cultura médica norte-americana pode levar a um resultado muito diferente, até mesmo adverso, para um determinado indivíduo e sua família.[13] A história e etimologia de algumas síndromes, como a síndrome de "brain-fag" (estafa-mental), também têm sido reatribuída à Grã-Bretanha vitoriana do século XIX, em vez da África Ocidental.[14]

Em 2013, o DSM 5 abandonou o termo síndrome ligada à cultura, preferindo o novo nome “Conceitos Culturais de Sofrimento” ou "de Desajustamento Psicológico/de Mal Estar" (Cultural Concepts of Distress).[15]

Lista do DSM-IV-TR[editar | editar código-fonte]

A quarta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais classifica as síndromes abaixo como síndromes ligadas à cultura:[16]

Nome Localização geográfica/populações
Amok Brunei, Singapura, Malásia, Indonésia, Filipinas, Timor-Leste
Ataque de nervos Latinos
Bilis, cólera
Bouffée délirante África Ocidental e Haiti
Síndrome de brain fag Estudantes da África Ocidental
Síndrome de Dhat Índia
Falling-out, desmaio Sul dos Estados Unidos e Caribe
Doença fantasma Nativos americanos
Hwabyeong Coreanos
Koro Populações chinesas, malaias e indonésias no sudeste da Ásia; Assam; ocasionalmente no oeste
Latah Malásia e Indonésia, bem como as Filipinas (como mali-mali, particularmente entre tagalogues)
Locura Latinos nos Estados Unidos e na América Latina
Mal de pelea Porto Rico
Nervios América Latina, latinos nos Estados Unidos, Filipinas
Mau-olhado Mediterrâneo; populações hispânicas e Etiópia
Piblokto Populações inuítes árticas e subárticas
Zou huo ru mo (reação psicótica do Qigong) Chineses han
Rootwork Sul dos Estados Unidos, nações caribenhas
Sangue dormido Populações portuguesas em Cabo Verde
Shenjing shuairuo Chineses han
Shenkui, shen-kʼuei Chineses han
Shinbyeong Coreanos
Feitiço Afro-americanos, populações brancas no sul dos Estados Unidos e Etiópia
Susto Latinos nos Estados Unidos ; México, América Central e América do Sul
Taijin kyofusho Japoneses
Zār Etiópia, Somália, Egito, Sudão, Irã e outras sociedades do Norte da África e do Oriente Médio

Lista do DSM-5[editar | editar código-fonte]

A quinta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais classifica as síndromes abaixo como conceitos culturais de sofrimento, um conceito intimamente relacionado:[17]

Nome Localização geográfica/populações
Ataque de nervios América Latina
Síndrome de Dhat Índia
Khyâl cap Cambojano
Doença fantasma Americano nativo
Kufungisisa Zimbábue
Maladi moun Haiti
Nervios América Latina, latinos nos Estados Unidos
Shenjing shuairuo Chineses han
Susto Latinos nos Estados Unidos ; México, América Central e América do Sul
Taijin kyofusho japonês

Lista da CID-10[editar | editar código-fonte]

A 10ª revisão da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID) classifica as seguintes síndromes como transtornos específicos da cultura:[2]

Nome Localização geográfica/populações
Amok Austronésios do sudeste asiático
Síndrome de Dhat (dhātu), shen-kʼuei, jiryan Índia; Taiwan
Koro, suk yeong, jinjin bemar Sudeste Asiático, Índia, China
Latah Malásia e Indonésia
Ataque de nervios México, América Central e América do Sul
Pa-leng (frigofobia) Taiwan; Sudeste da Ásia
Pibloktoq (histeria ártica) Inuítes vivendo dentro do Círculo Polar Ártico
Susto, espanto México, América Central e América do Sul
Taijin kyofusho, shinkeishitsu (antropofobia) Japão
Ufufuyane, saka Quênia; África Austral (entre bantus, zulus e grupos afiliados)
Uqamairineq Inuítes vivendo dentro do Círculo Polar Ártico
Medo de Windigo Povos indígenas do nordeste da América

Fenômenos vinculados ao contexto brasileiro[editar | editar código-fonte]

Estas especificações populares de culturas no Brasil já foram consideradas "síndromes culturais":[18]

Nome Localização geográfica / populações Descrição
Dom de fala (glossolalia) Grupos religiosos pentecostais Fenômeno de linguagem incompreensível, atribuído pelo crente em estado de transe ao Espírito Santo
Banzo / banza Escravos negros e índios (entidade histórica, não observável atualmente) Nostalgia, melancolia, apatia e tristeza progressiva, podendo evoluir a inapetência, estupor e morte
Calundu Nordeste Disforia, irritação, mau-humor, depressão
Caruara / "treme-treme" Nordeste, principalmente Bahia Histeria conversiva epidêmica; fraqueza e paralisia nas pernas, astasia-abasia, de 3 a 15 meses
Espinhela caída Populações rurais Apêndice xifoide é atribuído como reentrando e produzindo sintomatologia multiforme; vômitos, astenia, apatia, epigastralgia
Estados de possessão Religiões afro-brasileiras, pentecostais e outros evangélicos, além de católicos Estados de transe, não necessariamente patológicos. Sensação de estar possuído por uma entidade
Gastura Populações rurais Mal-estar, indisposição, aflição no corpo (ex: azia)
Obsessão / encosto Espiritismo, religiões afro-brasileiras Ação negativa atribuída a um espírito, podendo envolver estados afetivos, psicoses, ideação suicida, dependências químicas
Quebranto / mau-olhado Popularmente difundido, principalmente ambiente rural Causa associada a um indivíduo maldoso por "irradiação maléfica", atribuída ao definhamento, fraqueza e tristeza; abordado por benzedura
Tangolomango Crença trazida por escravos africanos, principalmente Nordeste Mal-súbito por sortilégio, definhamento

Outros exemplos[editar | editar código-fonte]

Embora "o preconceito etnocêntrico dos psiquiatras euro-americanos tenha levado à ideia de que as síndromes ligadas à cultura estão confinadas a culturas não ocidentais",[19] um exemplo proeminente de uma síndrome ligada à cultura ocidental é a anorexia nervosa.[20]

Nos Estados Unidos contíguos, o consumo de caolim, um tipo de argila, foi proposto como uma síndrome cultural de pica observada em afro-americanos no sul rural, particularmente em áreas em que a mineração da caulinita é comum.[21] Na África do Sul, entre o povo xhosa, a síndrome de amafufunyana é comumente usada para descrever aqueles que se acredita serem possuídos por demônios ou outros espíritos malévolos. Os curandeiros tradicionais da cultura geralmente realizam exorcismos para expulsar esses espíritos. Ao investigar o fenômeno, os pesquisadores descobriram que muitas das pessoas que afirmavam ser afetadas pela síndrome exibiam traços e características da esquizofrenia.[22]

Alguns pesquisadores sugeriram que tanto a síndrome pré-menstrual (SPM) quanto o transtorno disfórico pré-menstrual mais grave (TDPM), que têm mecanismos físicos atualmente desconhecidos,[23][24][25] seriam síndromes ligadas à cultura ocidental.[26][27] No entanto, isso é controverso.[26]

Morgellons é uma doença de pele autodiagnosticada rara, relatada principalmente em populações brancas nos Estados Unidos.[28] Ela foi descrita como "uma doença transmitida socialmente pela Internet".[29]

A distonia vascular-vegetativa pode ser considerada um exemplo de condição somática formalmente reconhecida pelas comunidades médicas locais nos países da ex-União Soviética, mas não nos sistemas de classificação ocidentais. Sua natureza de termo guarda-chuva como condição neurológica também resulta no diagnóstico de pacientes neuróticos como neurológicos,[30][31] na verdade, substituindo o possível estigma psiquiátrico por síndrome ligada à cultura disfarçada como uma condição neurológica.

Sabe-se que crianças refugiadas na Suécia caem em estados de coma ao saber que suas famílias serão deportadas. Acredita-se que a condição, conhecida em sueco como uppgivenhetssyndrom, ou síndrome da resignação, existe apenas entre a população de refugiados no país escandinavo, onde tem sido prevalente desde o início do século XXI. Em um relatório de 130 páginas sobre a condição encomendado pelo governo e publicado em 2006, uma equipe de psicólogos, cientistas políticos e sociólogos levantou a hipótese de que seria uma síndrome ligada à cultura.[32]

Um distúrbio de espanto semelhante ao latah, chamado imu (às vezes escrito imu:), é encontrado entre os povos ainus, ambos ainus sacalinos e de Hokkaido.[33][34]

Uma condição semelhante a piblokto, chamada menerik (às vezes meryachenie), é encontrada entre os iacutes, yukaghirs e evenks que vivem na Sibéria.[35]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Síndromes Ligadas à Cultura». decs.bvs.br. Descritores em Ciências da Saúde. Consultado em 18 de agosto de 2020 
  2. a b c Finerman, Ruthbeth. "Culture-specific disorders". In OMS (1993). Diagnostic criteria for research, p. 213–225. Erro de citação: Código <ref> inválido; o nome "ICD10Diag" é definido mais de uma vez com conteúdos diferentes
  3. Porta, Miquel, ed. (2008). A Dictionary of Epidemiology 5th ed. Oxford University Press. ISBN 978-0-19-157844-1 
  4. Pussetti, Chiara (maio de 2006). «A patologização da diversidade: uma reflexão antropológica sobre a noção de Culture-Bound Syndrome» (PDF). Etnográfica. 10 (1): 05–40. ISSN 0873-6561 
  5. Gorvett, Zaria (7 de junho de 2020). «What we can learn from 'untranslatable' illnesses». www.bbc.com (em inglês). Consultado em 18 de agosto de 2020 
  6. Baig, Benjamin J. (26 de julho de 2010). «Social and transcultural aspects of psychiatry». In: Johnstone, Eve C.; Owens, David Cunningham; Lawrie, Stephen M. Companion to Psychiatric Studies (em inglês). [S.l.]: Elsevier Health Sciences 
  7. American Psychiatric Association (2000), Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 4th ed., text revision, ISBN 978-0-89042-025-6, American Psychiatric Pub, p. 898 
  8. Perry, S. (13 de janeiro de 2012). The controversy over 'culture-bound' mental illnesses. MinnPost.
  9. Prince, Raymond H. (junho de 2000). «Transcultural Psychiatry: Personal Experiences and Canadian Perspectives». The Canadian Journal of Psychiatry. 45 (5): 431–437. ISSN 0706-7437. PMID 10900522. doi:10.1177/070674370004500502 
  10. Jilek, W.G. (2001), «Psychiatric Disorders: Culture-specific», International Encyclopedia of the Social & Behavioral Sciences, ISBN 9780080430768, Elsevier, pp. 12272–12277, doi:10.1016/b0-08-043076-7/03679-2 
  11. Guarnaccia, Peter J.; Rogler, Lloyd H. (setembro de 1999). «Research on Culture-Bound Syndromes: New Directions». American Journal of Psychiatry. 156 (9): 1322–1327. PMID 10484940. doi:10.1176/ajp.156.9.1322 
  12. Schechter, Daniel S.; Marshall, Randall; Salmán, Ester; Goetz, Deborah; Davies, Sharon; Liebowitz, Michael R. (julho de 2000). «Ataque de nervios and history of childhood trauma». Journal of Traumatic Stress. 13 (3): 529–534. ISSN 0894-9867. PMID 10948492. doi:10.1023/a:1007797611148 
  13. Schechter, Daniel S.; Kaminer, Tammy; Grienenberger, John F.; Amat, Jose (2003). «Fits and Starts: A Mother-Infant Case-Study Involving Intergenerational Violent Trauma and Pseudoseizures Across Three Generations». Infant Mental Health Journal. 24 (5): 510–528. ISSN 0163-9641. PMC 2078527Acessível livremente. PMID 18007961. doi:10.1002/imhj.10070 
  14. Ayonrinde. «'Brain fag': a syndrome associated with 'overstudy' and mental exhaustion in 19th century Britain». International Review of Psychiatry. 0: 1–16. ISSN 0954-0261. PMID 32589474. doi:10.1080/09540261.2020.1775428 
  15. American Psychiatric Association (22 de maio de 2013). Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders. American Psychiatric Association (em inglês). [S.l.: s.n.] ISBN 0-89042-555-8. doi:10.1176/appi.books.9780890425596 
  16. American Psychiatric Association (2000), Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 4th ed., text revision, ISBN 978-0-89042-025-6, American Psychiatric Pub, pp. 898–901 
  17. American Psychiatric Association (2013), Diagnostic and statistical manual of mental disorders, 5th ed., ISBN 978-0-89042-554-1, pp. 833–837 
  18. Dalgalarrondo, Paulo (19 de setembro de 2018). Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais. [S.l.]: Artmed Editora 
  19. Prince, R; Thebaud, E. F. (3 de setembro de 2016). «Is Anorexia Nervosa a Culture-Bound Syndrome?». Transcultural Psychiatric Research Review. 20 (4): 299–302. doi:10.1177/136346158302000419 
  20. Banks, Caroline Giles (abril de 1992). «'Culture' in culture-bound syndromes: The case of anorexia nervosa». Social Science & Medicine. 34 (6): 867–884. PMID 1376499. doi:10.1016/0277-9536(92)90256-P 
  21. Grigsby, R. Kevin; Thyer, Bruce A.; Waller, Raymond J.; Johnston, George A. (fevereiro de 1999). «Chalk Eating in Middle Georgia: A Culture-Bound Syndrome of Pica?». Southern Medical Journal. 92 (2): 190–192. ISSN 0038-4348. doi:10.1097/00007611-199902000-00005 
  22. Niehaus, D. J.; Oosthuizen, P.; Lochner, C.; Emsley, R. A.; Jordaan, E.; Mbanga, N. I.; Keyter, N.; Laurent, C.; Deleuze, J.F.; Stein D. J. (março–abril de 2004). «A culture-bound syndrome 'amafufunyana' and a culture-specific event 'ukuthwasa': differentiated by a family history of schizophrenia and other psychiatric disorders». Psychopathology. 37 (2): 59–63. PMID 15057028. doi:10.1159/000077579 
  23. Hunter, Melissa H.; Mazyck, Pamela J.; Dickerson, Lori M. (15 de abril de 2003). «Premenstrual Syndrome». American Family Physician. 67 (8): 1743–1752. ISSN 0002-838X. PMID 12725453 
  24. Richardson, J. T. «The premenstrual syndrome: a brief history». Social Science & Medicine. 41 (6): 761–767. ISSN 0277-9536. PMID 8571146. doi:10.1016/0277-9536(95)00042-6 
  25. Rapkin, Andrea J.; Akopians, Alin L. (junho de 2012). «Pathophysiology of premenstrual syndrome and premenstrual dysphoric disorder». Menopause International. 18 (2): 52–59. ISSN 1754-0461. PMID 22611222. doi:10.1258/mi.2012.012014 
  26. a b Offman, Alia; Kleinplatz, Peggy J. (2004). Does PMDD belong in the DSM? Challenging the medicalization of women's bodies. Canadian Journal of Human Sexuality, 13 (1), 17–27. Arquivado na Wayback Machine em 2011-06-28.
  27. Johnson, T. M. (setembro de 1987). «Premenstrual syndrome as a western culture-specific disorder». Culture, Medicine and Psychiatry. 11 (3): 337–356. ISSN 0165-005X. PMID 3677777. doi:10.1007/BF00048518 
  28. Savely, Virginia R.; Stricker, Raphael B. (13 de maio de 2010). «Morgellons disease: Analysis of a population with clinically confirmed microscopic subcutaneous fibers of unknown etiology». Clinical, cosmetic and investigational dermatology : CCID. 3: 67–78. ISSN 1178-7015. PMC 3047951Acessível livremente. PMID 21437061 
  29. «Pathogens & People:Internet helps spread delusion that Morgellons a disease • Columnists (www.HometownAnnapolis.com - The Capital)». web.archive.org. 9 de julho de 2011. Consultado em 8 de agosto de 2020 
  30. Mikhaylov, B. (2010). «P02-34 -Statistical issues of the psychiatric care in Ukraine». European Psychiatry. 25: 652. doi:10.1016/S0924-9338(10)70647-7 
  31. Kudinova, O.; Mykhaylov, B. (2014). «EPA-1025 - Integrative psychotherapy model of anxiety disorders». European Psychiatry (em inglês). 29 (1): 1–10. ISSN 0924-9338. PMID 24119631. doi:10.1016/S0924-9338(14)78319-1 
  32. Aviv, Rachel (3 de abril de 2017). «The Trauma of Facing Deportation». The New Yorker 
  33. Tseng, Wen-Shing (6 de junho de 2001). Handbook of Cultural Psychiatry. Academic Press. [S.l.: s.n.] ISBN 9780127016320 
  34. Ohnuki-Tierney, Emiko (8 de maio de 2014). Illness and Healing among the Sakhalin Ainu. Cambridge University Press. [S.l.: s.n.] ISBN 9781107634787 
  35. Sidorov, P. I.; Davydov, A. N. (1992). «Ethnopsychiatric research in the national minorities of Northern Russia and Siberia». Bekhterev Review of Psychiatry and Medical Psychology. ISBN 0-88048-667-8. ISSN 1064-6930 

Leitura adicional[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]