Solonópole
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Município do Brasil | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | solonopolense | ||
Localização | |||
Localização de Solonópole no Ceará | |||
Localização de Solonópole no Brasil | |||
Mapa de Solonópole | |||
Coordenadas | |||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Ceará | ||
Municípios limítrofes | Norte: Banabuiú, Leste: Jaguaretama, Jaguaribe, Sul: Quixelô, Acopiara, Oeste: Dep. Irapuan Pinheiro, Milhã | ||
Distância até a capital | 224 km | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Antonio Valterno Pinheiro (PMDB, 2009 – 2012) | ||
Características geográficas | |||
Área total | 1,536,158 km² | ||
População total (est. IBGE/2009 [1]) | 18,025 hab. | ||
Densidade | 11,4 hab./km² | ||
Clima | Não disponível | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2000 [2]) | 0,64 — médio | ||
PIB (IBGE/2005 [3]) | R$ 49.936 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2005 [3]) | R$ 2 872,00 |
Solonópole é um município brasileiro do estado do Ceará.
Toponímia
Originalmente denominada Cachoeira do Riacho do Sangue, em virtude da existência de uma queda de água no leito do Riacho do Sangue e depois apenas Cachoeira. Há mais de uma versão sobre o nome Riacho do Sangue e uma delas é a luta entre duas famílias pelo domínio da terra, tingindo de sangue as águas do rio, nas proximidades do lugar chamado Alto da Batalha, abaixo da cidade, ainda existente; a outra é de uma luta entre índios, no lugar chamado Logradouro.
Em 30 de dezembro de 1943, através do decreto n° 1.114, passou a se denominar Solonópole, que significa Cidade de Solon em homenagem a Manoel Solon Rodrigues Pinheiro, advogado, jornalista e professor nascido no município.
História
No início do Século XVIII, o colonizador Manoel Pinheiro do Lago fundou a fazenda Umari, de onde se originou a cidade de Solonópole.
Narrativas estão ligadas à vida religiosa do Município e a mais importante é que se refere ao Padroeiro, Bom Jesus Aparecido de Cachoeira. Conta a história da cidade, que certo dia, ao cair da tarde, um escravo apascentava o rebanho da fazenda Cachoeira, do tenente-general Manoel Pinheiro, quando viu reluzir, por entre o matagal escasso, um objeto de metal. O negro aproximou-se e viu que se tratava de um belo crucifixo, de pouco mais de um palmo. Cheio de alegria o negro abandonou as ovelhas e correu até a casa-grande para levar a novidade aos seus patrões.
A esposa do fazendeiro, D. Rita das Dores Pinheiro, ficou a um tempo surpresa e alegre com o preciso achado, apressando-se em colocá-lo no santuário. Entretanto, nas primeiras horas do dia seguinte, era notada a falta do crucifixo que, depois de vasculhadas todas as dependências do casarão, veio a ser encontrado no exato local onde fora achado pelo escravo. D. Rita, confusa, guardou a pequena cruz dentro de um baú de couro, fechando-o com muita segurança. Qual não foi a sua surpresa, e de todos da fazenda, quando no outro dia o crucifixo não se encontrava no baú a despeito de não haver, o mesmo, sido violado. D. Rita, meio aterrorizada, reuniu os familiares e fez a promessa de mandar construir uma capela e nela depositar, caso fosse encontrada, a imagem do crucifixo. Passada a noite, foi o baú aberto e lá estava o crucifixo, como se nada houvesse acontecido. Construída a capela, a imagem foi exposta à visitação e veneração dos fiéis.
Outra narrativa importante é a que se relaciona com o primeiro milagre obtido do santo crucifixo. Conduzido por Maria de São José, muda, filha de Simeão Correia Lima Landim e Ana Rosa Pinheiro, restituiu a voz à sua condutora em plena caminhada. A partir de então se iniciou a romaria constante à fazenda e vários milagres aconteceram, atribuídos ao Bom Jesus Aparecido da Cachoeira do Riacho do Sangue. Em 1821 os serviços da matriz eram concluídos e a partir de 19 de dezembro, instituído o seu paroquiato, sendo primeiro vigário o padre Pedro Pinheiro Landim.
Depois de idas e vindas (várias leis e decretos elevaram e rebaixaram foros de cidade), com o decreto-lei 448, de 20 de dezembro de 1938, foi elevado a município.
Geografia
O município de Solonópole localiza-se fisiograficamente na zona do Sertão Central. O município tem hoje a seguinte divisão: Distrito sede, São José, Pasta, Cangati, Assunção, e Suely Pinheiro (antigo Boqueirão). A cidade localiza-se, em linha reta, a 224 quilômetros de Fortaleza e sua altitude é de 170 metros acims do nível do mar na sede municipal.
Relevo e geologia
Suas riquezas naturais são barro (argila), berilo, tantalita, ambrigonita, fluorita e jazidas calcárias, as principais riquezas minerais.
Clima
Seu clima é tropical quente semi-árido[4] e sua temperatura oscila de 30 a 36 graus. O período chuvoso estende-se de janeiro e junho.
Recursos hídricos
Demografia
Sua população estimada em 2004 era de 17.314 habitantes. No ano de 2009, conforme o IBGE, a população é de 18.480 habitantes.
Economia
As principais fontes de riquezas do município são principalmente a agricultura e a pecuária, com destaque para as culturas do algodão, milho, arroz, feijão, batata-doce e cana de açúcar. A pecuária é a atividade que mais contribui para a economia municipal.
ExpoSol
Uma da maiores feiras agropecuárias da região do Sertão Central é realizado no Município e acontece no mês de agosto. No ano de 2008, por força da justiça eleitoral, a X Exposol foi realizada em maio. Em 2006 ocorreu em 16 de agosto, o desfile de abertura da 8ª Exposição Agropecuária e Vaquejada de Solonópole – EXPOSOL. O desfile percorreu o centro comercial da cidade e dirigiu-se até o Parque de Exposições José Aloísio Cavalcante Pinheiro, onde foi realizada a cerimônia oficial de abertura do evento. O desfile apresentou ao público uma pequena amostra do que seria encontrado no parque de exposições durante a 8ª EXPOSOL. Diversos animais (bovinos e ovinos) participaram da caminhada, assim como crianças de programas assistenciais e alunos das escolas públicas. A caminhada foi acompanhada pela população local durante todo o trajeto, até o fim do percurso, no palanque do parque de exposições, onde foi aberta oficialmente a Exposição Agropecuária de Solonópole. A nona edição da Exposição Agropecuária e Vaquejada de Solonópole (EXPOSOL 2007) foi totalmente encerrada na manhã do dia 21 de agosto, quando os vaqueiros terminaram a disputa do I Circuito de Vaquejada do Sertão. E mais uma vez, a festa foi encerrada com um grande e merecido sucesso. Em outras palavras, o reconhecimento público. Durante os cinco dias de festas, os visitantes divertiram-se em paz, com tranqüilidade e segurança, e ainda contaram com uma diversidade imensa de diversão e entretenimento para todos os gostos e idades – festas, barracas, parque de diversão infantil, barraca de tiro ao alvo, teatro de fantoches, cordel, vaquejada, exposição de animais, palestras educativas, enfim, uma infinidade. Foi, certamente, a maior Exposição e Vaquejada que este município já viu. Talvez, a maior festa desta cidade, ou até mesmo da região. Solonópole nunca viu uma movimentação tão intensa, e não foi só no parque de exposições, foi em toda a cidade. Centenas, milhares visitaram o município nestes inesquecíveis dias. Sim, inesquecíveis, pois deixaram saudades. Além de diversão e saudosismo, o evento gerou ainda emprego e renda. E contribuiu para alavancar o nome de Solonópole como um município em pleno desenvolvimento sócio-educacional e cultural – esta festa nada mais é que um resgate ás origens do sertanejo.
O evento já é tradicional no Sertão Central e reúne vários modalidades: vaquejada, exposição de animais, demonstração de técnicas agropecuárias, parque de diversão para crianças e adultos, barracas de comércio de bebidas e comidas, stands de empresas agropecuárias e fazendas, stands das instituições governamentais locais e as festas no Clube do Vaqueiro a noite com expressivas bandas de forró do Nordeste, totalizando cinco dias e noites de muita diversão e mobilização dos diversos setores sociais da cidade.
Referências
- ↑ «Estimativas da população para 1º de julho de 2009» (PDF). Estimativas de População. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 14 de agosto de 2009. Consultado em 16 de agosto de 2009
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008
- ↑ a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2002-2005» (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 19 de dezembro de 2007. Consultado em 11 de outubro de 2008
- ↑ http://www2.ipece.ce.gov.br/atlas/capitulo1/12/126x.htm