Solonópole

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Solonópole
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Solonópole
Bandeira
Hino
Gentílico solonopolense
Localização
Localização de Solonópole no Ceará
Localização de Solonópole no Ceará
Localização de Solonópole no Ceará
Solonópole está localizado em: Brasil
Solonópole
Localização de Solonópole no Brasil
Mapa
Mapa de Solonópole
Coordenadas 5° 43' 58" S 39° 0' 28" O
País Brasil
Unidade federativa Ceará
Municípios limítrofes Norte: Banabuiú, Leste: Jaguaretama, Jaguaribe, Sul: Quixelô, Acopiara, Oeste: Dep. Irapuan Pinheiro, Milhã
Distância até a capital 224 km
Administração
Prefeito(a) Antonio Valterno Pinheiro (PMDB, 2009 – 2012)
Características geográficas
Área total 1,536,158 km²
População total (est. IBGE/2009 [1]) 18,025 hab.
Densidade 11,4 hab./km²
Clima Não disponível
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2000 [2]) 0,64 médio
PIB (IBGE/2005 [3]) R$ 49.936 mil
PIB per capita (IBGE/2005 [3]) R$ 2 872,00

Solonópole é um município brasileiro do estado do Ceará.

Toponímia

Originalmente denominada Cachoeira do Riacho do Sangue, em virtude da existência de uma queda de água no leito do Riacho do Sangue e depois apenas Cachoeira. Há mais de uma versão sobre o nome Riacho do Sangue e uma delas é a luta entre duas famílias pelo domínio da terra, tingindo de sangue as águas do rio, nas proximidades do lugar chamado Alto da Batalha, abaixo da cidade, ainda existente; a outra é de uma luta entre índios, no lugar chamado Logradouro.

Em 30 de dezembro de 1943, através do decreto n° 1.114, passou a se denominar Solonópole, que significa Cidade de Solon em homenagem a Manoel Solon Rodrigues Pinheiro, advogado, jornalista e professor nascido no município.

História

No início do Século XVIII, o colonizador Manoel Pinheiro do Lago fundou a fazenda Umari, de onde se originou a cidade de Solonópole.

Narrativas estão ligadas à vida religiosa do Município e a mais importante é que se refere ao Padroeiro, Bom Jesus Aparecido de Cachoeira. Conta a história da cidade, que certo dia, ao cair da tarde, um escravo apascentava o rebanho da fazenda Cachoeira, do tenente-general Manoel Pinheiro, quando viu reluzir, por entre o matagal escasso, um objeto de metal. O negro aproximou-se e viu que se tratava de um belo crucifixo, de pouco mais de um palmo. Cheio de alegria o negro abandonou as ovelhas e correu até a casa-grande para levar a novidade aos seus patrões.

A esposa do fazendeiro, D. Rita das Dores Pinheiro, ficou a um tempo surpresa e alegre com o preciso achado, apressando-se em colocá-lo no santuário. Entretanto, nas primeiras horas do dia seguinte, era notada a falta do crucifixo que, depois de vasculhadas todas as dependências do casarão, veio a ser encontrado no exato local onde fora achado pelo escravo. D. Rita, confusa, guardou a pequena cruz dentro de um baú de couro, fechando-o com muita segurança. Qual não foi a sua surpresa, e de todos da fazenda, quando no outro dia o crucifixo não se encontrava no baú a despeito de não haver, o mesmo, sido violado. D. Rita, meio aterrorizada, reuniu os familiares e fez a promessa de mandar construir uma capela e nela depositar, caso fosse encontrada, a imagem do crucifixo. Passada a noite, foi o baú aberto e lá estava o crucifixo, como se nada houvesse acontecido. Construída a capela, a imagem foi exposta à visitação e veneração dos fiéis.

Outra narrativa importante é a que se relaciona com o primeiro milagre obtido do santo crucifixo. Conduzido por Maria de São José, muda, filha de Simeão Correia Lima Landim e Ana Rosa Pinheiro, restituiu a voz à sua condutora em plena caminhada. A partir de então se iniciou a romaria constante à fazenda e vários milagres aconteceram, atribuídos ao Bom Jesus Aparecido da Cachoeira do Riacho do Sangue. Em 1821 os serviços da matriz eram concluídos e a partir de 19 de dezembro, instituído o seu paroquiato, sendo primeiro vigário o padre Pedro Pinheiro Landim.

Depois de idas e vindas (várias leis e decretos elevaram e rebaixaram foros de cidade), com o decreto-lei 448, de 20 de dezembro de 1938, foi elevado a município.

Geografia

O município de Solonópole localiza-se fisiograficamente na zona do Sertão Central. O município tem hoje a seguinte divisão: Distrito sede, São José, Pasta, Cangati, Assunção, e Suely Pinheiro (antigo Boqueirão). A cidade localiza-se, em linha reta, a 224 quilômetros de Fortaleza e sua altitude é de 170 metros acims do nível do mar na sede municipal.

Relevo e geologia

Suas riquezas naturais são barro (argila), berilo, tantalita, ambrigonita, fluorita e jazidas calcárias, as principais riquezas minerais.

Clima

Seu clima é tropical quente semi-árido[4] e sua temperatura oscila de 30 a 36 graus. O período chuvoso estende-se de janeiro e junho.

Recursos hídricos

Açude Riacho do Sangue.

Demografia

Sua população estimada em 2004 era de 17.314 habitantes. No ano de 2009, conforme o IBGE, a população é de 18.480 habitantes.

Economia

As principais fontes de riquezas do município são principalmente a agricultura e a pecuária, com destaque para as culturas do algodão, milho, arroz, feijão, batata-doce e cana de açúcar. A pecuária é a atividade que mais contribui para a economia municipal.

ExpoSol

Uma da maiores feiras agropecuárias da região do Sertão Central é realizado no Município e acontece no mês de agosto. No ano de 2008, por força da justiça eleitoral, a X Exposol foi realizada em maio. Em 2006 ocorreu em 16 de agosto, o desfile de abertura da 8ª Exposição Agropecuária e Vaquejada de Solonópole – EXPOSOL. O desfile percorreu o centro comercial da cidade e dirigiu-se até o Parque de Exposições José Aloísio Cavalcante Pinheiro, onde foi realizada a cerimônia oficial de abertura do evento. O desfile apresentou ao público uma pequena amostra do que seria encontrado no parque de exposições durante a 8ª EXPOSOL. Diversos animais (bovinos e ovinos) participaram da caminhada, assim como crianças de programas assistenciais e alunos das escolas públicas. A caminhada foi acompanhada pela população local durante todo o trajeto, até o fim do percurso, no palanque do parque de exposições, onde foi aberta oficialmente a Exposição Agropecuária de Solonópole. A nona edição da Exposição Agropecuária e Vaquejada de Solonópole (EXPOSOL 2007) foi totalmente encerrada na manhã do dia 21 de agosto, quando os vaqueiros terminaram a disputa do I Circuito de Vaquejada do Sertão. E mais uma vez, a festa foi encerrada com um grande e merecido sucesso. Em outras palavras, o reconhecimento público. Durante os cinco dias de festas, os visitantes divertiram-se em paz, com tranqüilidade e segurança, e ainda contaram com uma diversidade imensa de diversão e entretenimento para todos os gostos e idades – festas, barracas, parque de diversão infantil, barraca de tiro ao alvo, teatro de fantoches, cordel, vaquejada, exposição de animais, palestras educativas, enfim, uma infinidade. Foi, certamente, a maior Exposição e Vaquejada que este município já viu. Talvez, a maior festa desta cidade, ou até mesmo da região. Solonópole nunca viu uma movimentação tão intensa, e não foi só no parque de exposições, foi em toda a cidade. Centenas, milhares visitaram o município nestes inesquecíveis dias. Sim, inesquecíveis, pois deixaram saudades. Além de diversão e saudosismo, o evento gerou ainda emprego e renda. E contribuiu para alavancar o nome de Solonópole como um município em pleno desenvolvimento sócio-educacional e cultural – esta festa nada mais é que um resgate ás origens do sertanejo.

O evento já é tradicional no Sertão Central e reúne vários modalidades: vaquejada, exposição de animais, demonstração de técnicas agropecuárias, parque de diversão para crianças e adultos, barracas de comércio de bebidas e comidas, stands de empresas agropecuárias e fazendas, stands das instituições governamentais locais e as festas no Clube do Vaqueiro a noite com expressivas bandas de forró do Nordeste, totalizando cinco dias e noites de muita diversão e mobilização dos diversos setores sociais da cidade.

Referências

  1. «Estimativas da população para 1º de julho de 2009» (PDF). Estimativas de População. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 14 de agosto de 2009. Consultado em 16 de agosto de 2009 
  2. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  3. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2002-2005» (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 19 de dezembro de 2007. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  4. http://www2.ipece.ce.gov.br/atlas/capitulo1/12/126x.htm

Ligações externas

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