Universidade Federal do Rio de Janeiro

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A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), podendo também ser chamada "Universidade do Brasil", é a maior universidade federal do Brasil localizada principalmente na cidade do Rio de Janeiro. Possui dois campi (Ilha do Fundão e Praia Vermelha) e unidades isoladas na cidade do Rio de Janeiro como a Faculdade de Direito, o Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, o Museu Nacional e o Observatório do Valongo.

A UFRJ compreende, além dos cursos de graduação e pós-graduação, entidades como o Museu Nacional no bairro carioca de São Cristóvão e oito hospitais universitários: Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, Hospital-Escola São Francisco de Assis, Instituto de Ginecologia, Instituto de Neurologia Deolindo Couto, Instituto de Psiquiatria, Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira, Instituto de Doenças do Tórax e Maternidade-Escola, além de outras unidades distribuídas pela cidade. No Centro da cidade estão sendo construídos dois prédios de 41 andares cada, dos quais uma parte será cedida à universidade.

A Universidade Federal do Rio de Janeiro é descendente direta dos primeiros cursos de ensino superior do Brasil: Por exemplo, a faculdade de medicina foi criada em 1808 por Dom João VI, com o nome de Academia de Medicina e Cirurgia. Já a Escola Politécnica foi fundada em 1792, no reinado de Maria I de Portugal, embora o ensino de engenharia militar já ocorresse desde 1699 por decreto régio de Pedro II de Portugal.

A UFRJ foi criada pela união de várias faculdades já existentes em 7 de setembro de 1920 pelo então presidente Epitácio Pessoa, e recebeu o nome de Universidade do Rio de Janeiro. Mais tarde, ela seria rebatizada de Universidade do Brasil: alguns historiadores dizem que isso se deveu à visita de um monarca estrangeiro que pediu para receber o título de doutor da universidade local, como era seu costume. Como não havia uma "Universidade do Brasil", houve a mudança de nome. Em 1965, a Universidade ganharia seu nome atual sob o governo de Castelo Branco, seguindo a norma de nomenclatura imposta na época.

No ano 2000, a reitoria da UFRJ entrou com um pedido na Justiça com o objetivo de voltar a ter o direito da universidade chamar-se "Universidade do Brasil", pois o nome foi modificado por um decreto emitido durante a Ditadura Militar. Esse pedido foi aceito e atualmente é possível usar os dois nomes para designar a universidade.

Entre os destaques da UFRJ está a pesquisa: 3703 alunos participaram da Jornada de Iniciação Científica, Artística e Cultural, que é realizada anualmente. A editora da Universidade publica 18 livros por ano, em média. Várias empresas mantém centros de pesquisa no campus da Ilha do Fundão, como o CENPES da Petrobrás.

Ilha do Fundão

Veja também o artigo principal Ilha do Fundão.

O maior campus da Universidade está situado na Ilha do Fundão, Zona Norte do Rio de Janeiro, e ocupa quase toda a sua extensão. Essa ilha foi criada na década de 50 pela união de várias ilhas preexistentes por meio de aterros. Entretanto, as atividades desse campus só começaram em 1970: O regime militar encarou a Ilha do Fundão como um meio de conter uma possível revolta estudantil mais facilmente, uma vez que no início o acesso à ilha era feito apenas por duas pontes estreitas. O projeto inicial previa que todos os cursos fossem transferidos para lá, e essa idéia foi retomada recentemente com a reeleição do Reitor Aloísio Teixeira [1].

O campus da Ilha do Fundão teve seus prédios construídos por grandes arquitetos modernistas brasileiros. Alguns dos projetos ganharam prêmios de arquitetura. Os principais prédios são ligados aos Centros, sendo conhecidos como:

CT, Centro de Tecnologia
CCMN, Centro de Ciências da Matemática e da Natureza
- Nesse prédio ficam o auditório Roxinho, o NCE e vários institutos, como o deGeografia.
Reitoria, onde ainda fica o curso de Arquitetura e Urbanismo.
Prédio de Letras.
HU, o Hospital Universitário.
CCS, Centro de Ciências da Saúde.
IPPMG.
Educação Física.
Alojamento.

Hoje, o acesso ao campus do Fundão tem sido melhorado, com a construção da Linha Vermelha, Linha Amarela e uma ligação por ônibus com o metrô em Del Castilho. Entretanto, a proximidade do Complexo da Maré (um grande conjunto de favelas) leva a preocupações com a segurança do local, e em 2006 o campus ganhou portões e guaritas que ficam fechados após um determinado horário.