Viktor Orbán: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 2: Linha 2:
{{Info/Político
{{Info/Político
| nome = Viktor Orbán
| nome = Viktor Orbán
| imagem = Viktor Orbán Tallinn Digital Summit.jpg
| imagem = Orbán Viktor 2018.jpg
| título = [[Lista de primeiros-ministros da Hungria|Primeiro-ministro]] da [[Hungria]]
| título = [[Lista de primeiros-ministros da Hungria|Primeiro-ministro]] da [[Hungria]]
| mandato = [[29 de maio]] de [[2010]] presente
| mandato = [[29 de maio]] de [[2010]] até a atualidade
| antes = [[Gordon Bajnai]]
| antes = [[Gordon Bajnai]]
| título2 = Primeiro-ministro da Hungria
| título2 = [[Lista de primeiros-ministros da Hungria|Primeiro-ministro]] da [[Hungria]]
| mandato2 = [[6 de julho]] de [[1998]] [[27 de maio]] de [[2002]]
| mandato2 = [[6 de julho]] de [[1998]] até [[27 de maio]] de [[2002]]
| antes2 = [[Gyula Horn]]
| antes2 = [[Gyula Horn]]
| depois2 = [[Péter Medgyessy]]
| depois2 = [[Péter Medgyessy]]
|título3 = Presidente do [[Fidesz]]
| título3 = Presidente do [[Fidesz]]
|mandato3 = [[17 de maio]] de [[2003]] presente<br />[[18 de abril]] de [[1993]] [[29 de janeiro]] de [[2000]]
| mandato3 = [[17 de maio]] de [[2003]] até a atualidade<br />[[18 de abril]] de [[1993]] até [[29 de janeiro]] de [[2000]]
|vice_título3 =
| vice_título3 =
| vice3 =
| antes3 =
|vice3 =
| depois3 =
|antes3 =
| título4 = Membro da [[Assembleia Nacional da Hungria]]
|depois3 =
| mandato4 = [[2 de maio]] de [[1990]] até a atualidade
|título4 = Membro da [[Assembleia Nacional da Hungria|Assembleia Nacional]]
| antes4 =
|mandato4 = [[2 de maio]] de [[1990]] presente
| depois4 =
|antes4 =
|depois4 =
| data_nascimento = {{dni|31|5|1963}}
| data_nascimento = {{dni|31|5|1963}}
| local_nascimento = [[Székesfehérvár]], [[Hungria]]
| local_nascimento = [[Székesfehérvár]], [[Hungria]]
Linha 30: Linha 30:
}}
}}


'''Viktor Mihály Orbán''' ([[Székesfehérvár]], [[31 de maio]] de [[1963]]) é um político húngaro que serve como [[primeiro-ministro da Hungria]] desde 2010, anteriormente ocupou também o cargo de 1998 a 2002. Ele preside o [[Fidesz - União Cívica Húngara|Fidesz]], desde 1993, com uma breve pausa entre 2000 e 2003.
'''Viktor Mihály Orbán''' ([[Székesfehérvár]], [[31 de maio]] de [[1963]]) é um [[político]] [[Hungria|húngaro]] que, desde 2010, serve como [[Primeiro-ministro da Hungria|primeiro-ministro]] do seu país, tendo exercido o cargo também entre 1998 e 2002. Orbán é líder do [[Fidesz - União Cívica Húngara|Fidesz]], um [[partido]] [[nacionalismo|nacional]]-[[conservador]]<ref name=Nordsieck>{{citar web|url=http://parties-and-elections.eu/hungary.html|título=Hungary|último =Nordsieck|primeiro =Wolfram|data=2018|website=Parties and Elections in Europe}}</ref><ref name=HloušekKopeček>{{Citation |primeiro1 =Vít |último1 =Hloušek |primeiro2 =Lubomír |último2 =Kopeček |título=Origin, Ideology and Transformation of Political Parties: East-Central and Western Europe Compared |publicado=Ashgate |ano=2010 |página=115}}</ref> de [[populista de direita|direita]]<ref name="Bakke">{{Citation |primeiro =Elisabeth |último =Bakke |título=Central and East European party systems since 1989 |obra=Central and Southeast European Politics Since 1989 |publicado=Cambridge University Press |ano=2010 |página=79 |url=https://books.google.com/?id=oFXdiS25N78C&pg=PA79&dq=fidesz+national+conservative#v=onepage&q=fidesz%20national%20conservative&f=false |isbn=9781139487504 }}</ref> que é, atualmente, o maior partido político da Hungria.<ref>{{citar jornal|último1 =Bayer|primeiro1 =Lili|título=Orbán poised to tighten grip on power|url=https://www.politico.eu/article/viktor-orban-fidesz-poised-to-tighten-grip-on-power-hungary-budapest-election/|obra=Politico|data=10 de abril de 2018}}</ref>


Orbán estudou na [[Universidade Eötvös Loránd]] e, brevemente, na [[Universidade de Oxford]] antes de ingressar na política na esteira das [[Revoluções de 1989]]. Ele liderou o movimento estudantil reformista da Aliança dos Jovens Democratas (''Fiatal Demokraták Szövetsége''), o nascente Fidesz. Orbán tornou-se conhecido nacionalmente depois de fazer um discurso no enterro de [[Imre Nagy]] em 1989 e outros mártires da revolução de 1956, no qual exigiu abertamente que as tropas soviéticas deixassem o país. Após a transição da Hungria para a democracia multipartidária em 1990, ele foi eleito para a [[Assembleia Nacional da Hungria|Assembleia Nacional]] e liderou a bancada parlamentar do Fidesz até 1993. Sob a sua liderança, o Fidesz afastou-se da sua plataforma original de [[centro-direita]], liberal clássica e pró-europeia em direção ao conservadorismo nacional de direita.
Estudou [[Direito]] na [[Universidade Eötvös Loránd]], em [[Budapeste]], onde se graduou em 1987. Os dois anos seguintes residiu em [[Szolnok]], porém retornou a Budapeste onde trabalhou como sociólogo no Instituto de Treinamento Gerencial do Ministério da Agricultura e Alimentação. Em 1989 recebeu uma bolsa de estudos da [[Open Society Foundations | Fundação Soros]]<ref>[http://www.britannica.com/biography/Viktor-Orban Viktor Orban]. ''[[Encyclopædia Britannica]].''</ref> e passou um ano em [[Universidade de Oxford|Oxford]], onde estudou no Pembroke College.


O primeiro mandato de Orbán como primeiro-ministro, de 1998 a 2002, à frente de um governo de coalizão [[Conservadorismo|conservador]], foi dominado pela economia e pela adesão da [[Hungria]] à [[Organização do Tratado do Atlântico Norte|NATO]]. Ele serviu como líder da oposição de 2002 a 2010. Em 2010, Orbán tornou-se novamente primeiro-ministro após a vitória da maioria do Fidesz na coalizão com os democratas-cristãos. As questões centrais durante o segundo mandato de Orbán incluíram grandes reformas constitucionais e legislativas, a crise migratória europeia, o ''lex'' CEU e a pandemia de COVID-19. Foi reeleito três vezes consecutivas, em 2014 , 2018 e 2022, e em novembro de 2020 tornou-se o primeiro-ministro mais antigo do país.<ref>{{Citar web|ultimo=Illés|primeiro=Szurovecz|url=https://444.hu/2020/11/30/varga-judittol-kellett-megtudnunk-hogy-orban-viktor-tobbet-volt-hatalmon-mint-barmelyik-magyar-miniszterelnok-a-tortenelemben|titulo=Varga Judittól kellett megtudnunk, hogy Orbán Viktor többet volt hatalmon, mint bármelyik magyar miniszterelnök a történelemben|data=2020-11-30|acessodata=2022-04-04|website=444|lingua=hu}}</ref> Em dezembro de 2021, ele tornou-se o chefe de governo em exercício mais antigo da [[União Europeia]].
Orbán é fundador do partido [[Fidesz - União Cívica Húngara|Fidesz]],<ref>[http://www.fidesz.hu/ Site do partido Fidesz]</ref> criado por ele em 30 de março de 1988. No ano seguinte, ele discursou na [[Praça dos Heróis (Budapeste)|praça dos Heróis]], em Budapeste, durante o re-sepultamento de [[Imre Nagy]] e outros mártires da [[Revolução Húngara de 1956]]. O discurso tornou-o conhecido nacionalmente e politicamente. Ainda em 1989 ele tomou parte da mesa-redonda de negociação das oposições. Orbán ocupa também a vice-presidência do [[Partido Popular Europeu]] desde outubro de 2002. Em 1990 ele se tornou membro do parlamento húngaro e líder de seu partido, que se transformou de liberal (o [[Fidesz - União Cívica Húngara|Fidesz]] pertencera à [[Internacional Liberal]]) em um partido conservador de centro-direita, após o colapso da direita nacional em 1994.


Por causa da restrição da liberdade de imprensa de Orbán, erosão da independência judicial e enfraquecimento da democracia multipartidária, muitos politólogos e observadores consideram que a Hungria sofreu retrocessos democráticos durante o mandato de Orbán.<ref>{{Citar periódico |url=https://www.cambridge.org/core/journals/perspectives-on-politics/article/populism-and-the-american-party-system-opportunities-and-constraints/80267F1481932B2D381F456BA397153A |titulo=Populism and the American Party System: Opportunities and Constraints |data=2020-06 |acessodata=2022-04-04 |jornal=Perspectives on Politics |número=2 |ultimo=Lee |primeiro=Frances E. |paginas=370–388 |lingua=en |doi=10.1017/S1537592719002664 |issn=1537-5927}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=https://www.economist.com/leaders/2017/06/22/what-to-do-when-viktor-orban-erodes-democracy |titulo=What to do when Viktor Orban erodes democracy |data=2017-06-22 |acessodata=2022-04-04 |jornal=The Economist |issn=0013-0613}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=https://www.nytimes.com/2018/02/10/world/europe/hungary-orban-democracy-far-right.html |titulo=As West Fears the Rise of Autocrats, Hungary Shows What’s Possible |data=2018-02-10 |acessodata=2022-04-04 |jornal=The New York Times |ultimo=Kingsley |primeiro=Patrick |lingua=en-US |issn=0362-4331}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=https://www.cambridge.org/core/journals/government-and-opposition/article/europes-other-democratic-deficit-national-authoritarianism-in-europes-democratic-union/D0521BB6E422F3354315A5708C5161F7 |titulo=Europe’s Other Democratic Deficit: National Authoritarianism in Europe’s Democratic Union |data=2017-04 |acessodata=2022-04-04 |jornal=Government and Opposition |número=2 |ultimo=Kelemen |primeiro=R. Daniel |paginas=211–238 |lingua=en |doi=10.1017/gov.2016.41 |issn=0017-257X}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=https://doi.org/10.1080/13510347.2020.1758670 |titulo=State of the world 2019: autocratization surges – resistance grows |data=2020-08-17 |acessodata=2022-04-04 |jornal=Democratization |número=6 |ultimo=Maerz |primeiro=Seraphine F. |ultimo2=Lührmann |primeiro2=Anna |paginas=909–927 |doi=10.1080/13510347.2020.1758670 |issn=1351-0347 |ultimo3=Hellmeier |primeiro3=Sebastian |ultimo4=Grahn |primeiro4=Sandra |ultimo5=Lindberg |primeiro5=Staffan I.}}</ref> Os ataques de Orbán à União Europeia ao aceitar o seu dinheiro e canalizá-lo para os seus aliados e familiares também levaram a caracterizações de seu governo como uma [[cleptocracia]].<ref>{{Citar periódico |url=https://www.economist.com/europe/2018/04/05/the-eu-is-tolerating-and-enabling-authoritarian-kleptocracy-in-hungary |titulo=The EU is tolerating—and enabling—authoritarian kleptocracy in Hungary |data=2018-04-05 |acessodata=2022-04-04 |jornal=The Economist |issn=0013-0613}}</ref> Entre 2010 e 2020, a Hungria caiu 69 lugares no Índice de Liberdade de Imprensa<ref>{{Citar web|url=https://rsf.org/en/world-press-freedom-index-2010|titulo=World Press Freedom Index 2010|data=2016-04-20|acessodata=2022-04-04|website=RSF|lingua=en}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://rsf.org/en/ranking/2020|titulo=2020 World Press Freedom Index {{!}} Reporters Without Borders|acessodata=2022-04-04|website=RSF|lingua=en}}</ref> e 11 lugares no Índice de Democracia;<ref>{{Citar web|url=https://www.eiu.com/n/campaigns/democracy-index-2020/|titulo=Democracy Index 2020|acessodata=2022-04-04|website=Economist Intelligence Unit|lingua=en-GB}}</ref> A Freedom House rebaixou o país de "livre" para "parcialmente livre".<ref>{{Citar periódico |url=https://www.washingtonpost.com/news/monkey-cage/wp/2019/02/07/hungarys-democracy-just-got-a-failing-grade/ |titulo=Analysis {{!}} Hungary’s democracy just got a failing grade |acessodata=2022-04-04 |jornal=Washington Post |lingua=en-US |issn=0190-8286}}</ref> Orbán defende as suas políticas como "democracia iliberal".<ref>{{Citar web|ultimo=Tóth|primeiro=-Csaba|url=https://budapestbeacon.com/full-text-of-viktor-orbans-speech-at-baile-tusnad-tusnadfurdo-of-26-july-2014/|titulo=Full text of Viktor Orbán's speech at Băile Tuşnad (Tusnádfürdő) of 26 July 2014|data=2014-07-29|acessodata=2022-04-04|website=The Budapest Beacon|lingua=en-US}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=https://www.reuters.com/article/us-hungary-orban-idUSKBN1KI0BK |titulo=Hungarian PM sees shift to illiberal Christian democracy in 2019 European vote |data=2018-07-28 |acessodata=2022-04-04 |jornal=Reuters |lingua=en}}</ref> Como resultado, o Fidesz foi suspenso do [[Partido Popular Europeu]] de março de 2019 até março de 2021,<ref>{{Citar periódico |url=https://www.bbc.com/news/world-europe-47622921 |titulo=Hungary Orban: Europe's centre-right EPP suspends Fidesz |data=2019-03-20 |acessodata=2022-04-04 |jornal=BBC News |lingua=en-GB}}</ref> quando o Fidesz deixou o PPE devido a uma disputa sobre a nova linguagem de Estado de direito nos estatutos deste último.<ref>{{Citar web|ultimo=Welle (www.dw.com)|primeiro=Deutsche|url=https://www.dw.com/en/hungary-viktor-orbans-ruling-fidesz-party-quits-european-peoples-party/a-56919987|titulo=Hungary: Viktor Orban's ruling Fidesz party quits European People's Party {{!}} DW {{!}} 18.03.2021|acessodata=2022-04-04|website=DW.COM|lingua=en-GB}}</ref>
Reputado como um dos mais notórios políticos de [[extrema-direita]] da Europa,<ref>[https://www.independent.co.uk/news/world/europe/steve-bannon-viktor-orban-hungary-budapest-european-parliament-elections-a8638591.html Steve Bannon plans to advise Hungary's far-right PM Viktor Orban]. ‘We will spend a lot of time in Hungary,’ says US strategist. Por Adam Forrest. ''[[The Independent]]'', 17 de novembro de 2018.</ref><ref>[https://www.thetimes.co.uk/article/fears-that-viktor-orban-plans-to-create-a-powerful-far-right-alliance-across-europe-c8cv77kq6 Fears that Viktor Orban plans to create a powerful far-right alliance across Europe]. ''[[The Sunday Times]]'', 16 de setembro de 2018.</ref><ref>[https://www.nytimes.com/2018/10/26/arts/music/hungary-viktor-orban-trump-opera.html Hungary Turned Far Right. That’s Meant Millions for Its Opera.] ''[[The New York Times]]'', 26 de outubro de 2018.</ref><ref>[https://www.lemonde.fr/europe/article/2018/04/10/en-europe-l-extreme-droite-salue-le-succes-de-viktor-orban-en-hongrie_5283313_3214.html En Europe, l’extrême droite salue le succès de Viktor Orban en Hongrie]. ''[[Le Monde]]'', 10 de abril 2018.</ref><ref>[http://www.rainews.it/dl/rainews/articoli/Moscovici-Salviamo-Europa-da-Salvini-Orban-Le-Pen-Ue-rischia-di-implodere-47df3af6-cf76-4bac-9c08-0062fda15cd9.html Moscovici: "Salviamo l'Europa da Salvini, Orban, Le Pen. Ue rischia di implodere"]. [[Rai|Rai News]], 4 de outubro de 2018.</ref> é conhecido por suas visões majoritariamente [[Conservadorismo social|conservadoras]], [[Nacionalismo|nacionalistas]], [[Nativismo|anti-imigração]] e um tanto [[Euroceticismo|eurocética]], à frente de um "[[Democracia iliberal|governo iliberal]]".<ref>{{cite news|url=http://www.kormany.hu/en/the-prime-minister/the-prime-minister-s-speeches/prime-minister-viktor-orban-s-speech-at-the-25th-balvanyos-summer-free-university-and-student-camp|title=Prime Minister Viktor Orbán’s speech at the 25th Bálványos Summer Free University and Student Camp|date=30 de julho de 2014}}</ref> No período que esteve no poder, a Hungria viu várias de suas instituições democráticas sendo enfraquecidas, incluindo coerção de órgãos de imprensa, ataque a opositores e censura, levando várias nações e figuras públicas a tachá-lo como um [[Autoritarismo|autoritário]].<ref name="wapo1">{{cite news|last1=Meijers|first1=Maurits|last2=van der Veer|first2=Harmen|title=Hungary’s government is increasingly autocratic. What is the European Parliament doing about it?|url=https://www.washingtonpost.com/news/monkey-cage/wp/2017/05/03/hungary-is-backsliding-what-is-the-european-parliament-doing-about-this/|website=[[The Washington Post]]|accessdate=17 de dezembro de 2017}}</ref><ref name="econ17">{{cite news|title=What to do when Viktor Orban erodes democracy|url=https://www.economist.com/news/leaders/21723835-europe-has-tools-make-autocrat-back-down-what-do-when-viktor-orban-erodes-democracy|magazine=[[The Economist]]|accessdate=17 de dezembro de 2017}}</ref><ref name=":0">{{Cite news|url=https://www.nytimes.com/2018/02/10/world/europe/hungary-orban-democracy-far-right.html|title=As West Fears the Rise of Autocrats, Hungary Shows What’s Possible|last=Kingsley|first=Patrick|date=2018-02-10|newspaper=[[The New York Times]]|accessdate=10 de fevereiro de 2018|issn=0362-4331}}</ref><ref>{{Cite journal|last=Kelemen|first=R. Daniel|date=2017|title=Europe’s Other Democratic Deficit: National Authoritarianism in Europe’s Democratic Union|url=https://www.cambridge.org/core/journals/government-and-opposition/article/europes-other-democratic-deficit-national-authoritarianism-in-europes-democratic-union/D0521BB6E422F3354315A5708C5161F7|journal=Government and Opposition|language=en|volume=52|issue=2|pages=211–238|doi=10.1017/gov.2016.41|issn=0017-257X|via=}}</ref>


== Inicio de vida ==
{{referências}}
Orbán nasceu a 31 de maio de 1963 em [[Székesfehérvár]] em uma família rural de classe média, como o filho mais velho do empresário e agrônomo Győző Orbán (nascido em 1940)<ref>{{Citar web|ultimo=Zrt|primeiro=HVG Kiadó|url=https://hvg.hu/kkv/20120708_orbanpapa_kobanyaceg|titulo=A Közgép is hizlalhatja Orbán Győző cégét|data=2012-07-11|acessodata=2022-04-04|website=hvg.hu|lingua=hu}}</ref> e do educador especial e fonoaudiólogo Erzsébet Sípos (nascido em 1944). Ele tem dois irmãos mais novos, ambos empresários, Győző, Jr. (nascido em 1965) e Áron (nascido em 1977). O seu avô paterno, Mihály Orbán, praticava [[agricultura]] e [[pecuária]]. Orbán passou a sua infância em duas aldeias próximas, [[Alcsútdoboz]] e [[Felcsút]] no condado de [[Fejér]]; ele frequentou a escola lá e em Close up de um pato.<ref>{{Citar web|ultimo=Árpád|primeiro=Pünkösti|url=http://nol.hu/archivum/archiv-6407-2436|titulo=Szeplőtelen fogantatás 7.|data=2000-05-13|acessodata=2022-04-04|website=NOL.hu|lingua=hu}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://www.parlament.hu/kepviselo/elet/o320.htm|titulo=Dr. Orbán Viktor|acessodata=2022-04-04|website=www.parlament.hu}}</ref>  Em 1977, a sua família mudou-se permanentemente para [[Székesfehérvár]].

Orbán formou-se na Blanka Teleki High School em Székesfehérvár em 1981, onde estudou [[Língua inglesa|inglês]]. Depois de completar dois anos de serviço militar, estudou [[Direito]] na [[Lista de universidades|Universidade Eötvös Loránd]] em [[Budapeste]], escrevendo a sua tese sobre o movimento de solidariedade polonês. Depois de obter o seu diploma de JD (equivalente a um estudo de mestrado)<ref>{{Citar web|url=https://www.elte.hu/en/faculties/law|titulo=Faculty of Law|acessodata=2022-04-04|website=www.elte.hu|lingua=en}}</ref> em 1987,<ref>{{Citar web|url=https://2010-2014.kormany.hu/en/prime-minister-s-office/the-prime-minister|titulo=Government - Prime Minister’s Office - The Prime Minister|acessodata=2022-04-04|website=2010-2014.kormany.hu}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://www.parlament.hu/kepviselo/elet/o320.htm|titulo=Dr. Orbán Viktor|acessodata=2022-04-04|website=www.parlament.hu}}</ref> ele morou em [[Szolnok]] por dois anos, indo para Budapeste como [[Sociologia|sociólogo]] no Management Training Institute no Ministério da Agricultura e Alimentação da Hungria.

Em 1989, Orbán recebeu uma bolsa da Fundação Soros para estudar [[ciência política]] no Pembroke College, Oxford.<ref>{{Citar web|url=https://www.parlament.hu/kepviselo/elet/o320.htm|titulo=Dr. Orbán Viktor|acessodata=2022-04-04|website=www.parlament.hu}}</ref> O seu tutor pessoal foi o filósofo político hegeliano Zbigniew Pełczyński.  Em janeiro de 1990, ele deixou Oxford e retornou à Hungria para concorrer a um assento no primeiro parlamento pós-comunista da Hungria.

Aos 14 e 15 anos, ele era secretário da organização juvenil comunista, KISZ, da sua escola secundária (a adesão ao KISZ era obrigatória para se matricular numa universidade).  Orbán disse em uma entrevista posterior que suas visões políticas mudaram radicalmente durante o serviço militar: antes ele considerava-se um "apoiador ingênuo e dedicado" do regime comunista. {{referências}}





Revisão das 10h57min de 4 de abril de 2022

Viktor Orbán
Viktor Orbán
Viktor Orbán
Primeiro-ministro da Hungria
Período 29 de maio de 2010 até a atualidade
Antecessor(a) Gordon Bajnai
Primeiro-ministro da Hungria
Período 6 de julho de 1998 até 27 de maio de 2002
Antecessor(a) Gyula Horn
Sucessor(a) Péter Medgyessy
Presidente do Fidesz
Período 17 de maio de 2003 até a atualidade
18 de abril de 1993 até 29 de janeiro de 2000
Membro da Assembleia Nacional da Hungria
Período 2 de maio de 1990 até a atualidade
Dados pessoais
Nascimento 31 de maio de 1963 (60 anos)
Székesfehérvár, Hungria
Nacionalidade húngaro
Alma mater Universidade Eötvös Loránd
Pembroke College, Oxford
Cônjuge Anikó Lévai (c. 1986)
Filhos(as) 5
Partido Fidesz
Profissão político

Viktor Mihály Orbán (Székesfehérvár, 31 de maio de 1963) é um político húngaro que serve como primeiro-ministro da Hungria desde 2010, anteriormente ocupou também o cargo de 1998 a 2002. Ele preside o Fidesz, desde 1993, com uma breve pausa entre 2000 e 2003.

Orbán estudou na Universidade Eötvös Loránd e, brevemente, na Universidade de Oxford antes de ingressar na política na esteira das Revoluções de 1989. Ele liderou o movimento estudantil reformista da Aliança dos Jovens Democratas (Fiatal Demokraták Szövetsége), o nascente Fidesz. Orbán tornou-se conhecido nacionalmente depois de fazer um discurso no enterro de Imre Nagy em 1989 e outros mártires da revolução de 1956, no qual exigiu abertamente que as tropas soviéticas deixassem o país. Após a transição da Hungria para a democracia multipartidária em 1990, ele foi eleito para a Assembleia Nacional e liderou a bancada parlamentar do Fidesz até 1993. Sob a sua liderança, o Fidesz afastou-se da sua plataforma original de centro-direita, liberal clássica e pró-europeia em direção ao conservadorismo nacional de direita.

O primeiro mandato de Orbán como primeiro-ministro, de 1998 a 2002, à frente de um governo de coalizão conservador, foi dominado pela economia e pela adesão da Hungria à NATO. Ele serviu como líder da oposição de 2002 a 2010. Em 2010, Orbán tornou-se novamente primeiro-ministro após a vitória da maioria do Fidesz na coalizão com os democratas-cristãos. As questões centrais durante o segundo mandato de Orbán incluíram grandes reformas constitucionais e legislativas, a crise migratória europeia, o lex CEU e a pandemia de COVID-19. Foi reeleito três vezes consecutivas, em 2014 , 2018 e 2022, e em novembro de 2020 tornou-se o primeiro-ministro mais antigo do país.[1] Em dezembro de 2021, ele tornou-se o chefe de governo em exercício mais antigo da União Europeia.

Por causa da restrição da liberdade de imprensa de Orbán, erosão da independência judicial e enfraquecimento da democracia multipartidária, muitos politólogos e observadores consideram que a Hungria sofreu retrocessos democráticos durante o mandato de Orbán.[2][3][4][5][6] Os ataques de Orbán à União Europeia ao aceitar o seu dinheiro e canalizá-lo para os seus aliados e familiares também levaram a caracterizações de seu governo como uma cleptocracia.[7] Entre 2010 e 2020, a Hungria caiu 69 lugares no Índice de Liberdade de Imprensa[8][9] e 11 lugares no Índice de Democracia;[10] A Freedom House rebaixou o país de "livre" para "parcialmente livre".[11] Orbán defende as suas políticas como "democracia iliberal".[12][13] Como resultado, o Fidesz foi suspenso do Partido Popular Europeu de março de 2019 até março de 2021,[14] quando o Fidesz deixou o PPE devido a uma disputa sobre a nova linguagem de Estado de direito nos estatutos deste último.[15]

Inicio de vida

Orbán nasceu a 31 de maio de 1963 em Székesfehérvár em uma família rural de classe média, como o filho mais velho do empresário e agrônomo Győző Orbán (nascido em 1940)[16] e do educador especial e fonoaudiólogo Erzsébet Sípos (nascido em 1944). Ele tem dois irmãos mais novos, ambos empresários, Győző, Jr. (nascido em 1965) e Áron (nascido em 1977). O seu avô paterno, Mihály Orbán, praticava agricultura e pecuária. Orbán passou a sua infância em duas aldeias próximas, Alcsútdoboz e Felcsút no condado de Fejér; ele frequentou a escola lá e em Close up de um pato.[17][18]  Em 1977, a sua família mudou-se permanentemente para Székesfehérvár.

Orbán formou-se na Blanka Teleki High School em Székesfehérvár em 1981, onde estudou inglês. Depois de completar dois anos de serviço militar, estudou Direito na Universidade Eötvös Loránd em Budapeste, escrevendo a sua tese sobre o movimento de solidariedade polonês. Depois de obter o seu diploma de JD (equivalente a um estudo de mestrado)[19] em 1987,[20][21] ele morou em Szolnok por dois anos, indo para Budapeste como sociólogo no Management Training Institute no Ministério da Agricultura e Alimentação da Hungria.

Em 1989, Orbán recebeu uma bolsa da Fundação Soros para estudar ciência política no Pembroke College, Oxford.[22] O seu tutor pessoal foi o filósofo político hegeliano Zbigniew Pełczyński.  Em janeiro de 1990, ele deixou Oxford e retornou à Hungria para concorrer a um assento no primeiro parlamento pós-comunista da Hungria.

Aos 14 e 15 anos, ele era secretário da organização juvenil comunista, KISZ, da sua escola secundária (a adesão ao KISZ era obrigatória para se matricular numa universidade).  Orbán disse em uma entrevista posterior que suas visões políticas mudaram radicalmente durante o serviço militar: antes ele considerava-se um "apoiador ingênuo e dedicado" do regime comunista.

Referências

  1. Illés, Szurovecz (30 de novembro de 2020). «Varga Judittól kellett megtudnunk, hogy Orbán Viktor többet volt hatalmon, mint bármelyik magyar miniszterelnök a történelemben». 444 (em húngaro). Consultado em 4 de abril de 2022 
  2. Lee, Frances E. (junho de 2020). «Populism and the American Party System: Opportunities and Constraints». Perspectives on Politics (em inglês) (2): 370–388. ISSN 1537-5927. doi:10.1017/S1537592719002664. Consultado em 4 de abril de 2022 
  3. «What to do when Viktor Orban erodes democracy». The Economist. 22 de junho de 2017. ISSN 0013-0613. Consultado em 4 de abril de 2022 
  4. Kingsley, Patrick (10 de fevereiro de 2018). «As West Fears the Rise of Autocrats, Hungary Shows What's Possible». The New York Times (em inglês). ISSN 0362-4331. Consultado em 4 de abril de 2022 
  5. Kelemen, R. Daniel (abril de 2017). «Europe's Other Democratic Deficit: National Authoritarianism in Europe's Democratic Union». Government and Opposition (em inglês) (2): 211–238. ISSN 0017-257X. doi:10.1017/gov.2016.41. Consultado em 4 de abril de 2022 
  6. Maerz, Seraphine F.; Lührmann, Anna; Hellmeier, Sebastian; Grahn, Sandra; Lindberg, Staffan I. (17 de agosto de 2020). «State of the world 2019: autocratization surges – resistance grows». Democratization (6): 909–927. ISSN 1351-0347. doi:10.1080/13510347.2020.1758670. Consultado em 4 de abril de 2022 
  7. «The EU is tolerating—and enabling—authoritarian kleptocracy in Hungary». The Economist. 5 de abril de 2018. ISSN 0013-0613. Consultado em 4 de abril de 2022 
  8. «World Press Freedom Index 2010». RSF (em inglês). 20 de abril de 2016. Consultado em 4 de abril de 2022 
  9. «2020 World Press Freedom Index | Reporters Without Borders». RSF (em inglês). Consultado em 4 de abril de 2022 
  10. «Democracy Index 2020». Economist Intelligence Unit (em inglês). Consultado em 4 de abril de 2022 
  11. «Analysis | Hungary's democracy just got a failing grade». Washington Post (em inglês). ISSN 0190-8286. Consultado em 4 de abril de 2022 
  12. Tóth, -Csaba (29 de julho de 2014). «Full text of Viktor Orbán's speech at Băile Tuşnad (Tusnádfürdő) of 26 July 2014». The Budapest Beacon (em inglês). Consultado em 4 de abril de 2022 
  13. «Hungarian PM sees shift to illiberal Christian democracy in 2019 European vote». Reuters (em inglês). 28 de julho de 2018. Consultado em 4 de abril de 2022 
  14. «Hungary Orban: Europe's centre-right EPP suspends Fidesz». BBC News (em inglês). 20 de março de 2019. Consultado em 4 de abril de 2022 
  15. Welle (www.dw.com), Deutsche. «Hungary: Viktor Orban's ruling Fidesz party quits European People's Party | DW | 18.03.2021». DW.COM (em inglês). Consultado em 4 de abril de 2022 
  16. Zrt, HVG Kiadó (11 de julho de 2012). «A Közgép is hizlalhatja Orbán Győző cégét». hvg.hu (em húngaro). Consultado em 4 de abril de 2022 
  17. Árpád, Pünkösti (13 de maio de 2000). «Szeplőtelen fogantatás 7.». NOL.hu (em húngaro). Consultado em 4 de abril de 2022 
  18. «Dr. Orbán Viktor». www.parlament.hu. Consultado em 4 de abril de 2022 
  19. «Faculty of Law». www.elte.hu (em inglês). Consultado em 4 de abril de 2022 
  20. «Government - Prime Minister's Office - The Prime Minister». 2010-2014.kormany.hu. Consultado em 4 de abril de 2022 
  21. «Dr. Orbán Viktor». www.parlament.hu. Consultado em 4 de abril de 2022 
  22. «Dr. Orbán Viktor». www.parlament.hu. Consultado em 4 de abril de 2022 


O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Viktor Orbán

Precedido por
Gyula Horn
Primeiro ministro da Hungria
1998–2002
Sucedido por
Péter Medgyessy
Precedido por
Gordon Bajnai
Primeiro-ministro da Hungria
2010–presente
Sucedido por
Incumbente

Ligações externas