Estado Nacional Legionário: diferenças entre revisões
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{{Info/Estado extinto|nome_completo=Estado Nacional Legionário|ano_início=1940|ano_fim=1941|imagem_bandeira=Flag of Romania.svg|bandeira=Bandeira da Roménia|nome_oficial=''Regatul României'' ([[Língua romena|Romeno]])|símbolo=Brasão de armas da Romênia|imagem_escudo=Coat of arms of the National Legionary State.svg|mapa=Romania 1940 1941 ro.svg|capital=[[Bucareste]]|forma_de_governo=[[Monarquia constitucional]] [[Parlamento|parlamentar]] [[Estado unitário|unitária]] sob um [[Diarquia|duumvirato]] [[Totalitarismo|totalitário]] [[Guarda de Ferro|legionarista]] de [[partido único]]|dados_área1=195000|p1=Reino da Romênia|bandeira_p1=Flag of Romania.svg|s1=Reino da Romênia|bandeira_s1=Flag of Romania.svg|data_início=14 de setembro|data_fim=14 de fevereiro|ref_população1=1941|dados_população1=13500000|líder1=[[Miguel I da Romênia|Miguel I]]|título_líder=[[Lista de reis da Romênia|Rei]]|ano_líder1=1940–1941|governante1=[[Ion Antonescu]]|título_governante=[[Lista de primeiros-ministros da Romênia|Primeiro-ministro]] e ''[[Conducător]]''|ano_governante1=1940-1941|vice1=[[Horia Sima]]{{ref label|a|a}}|título_vice=[[Vice-primeiro-ministro da Romênia|Vice-primeiro-ministro]]|ano_vice1=1940–1941|notas={{Note|a}} Líder da [[Guarda de Ferro]], no mesmo nível de igualdade com o ''[[Conducător]]''}} |
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[[Ficheiro:AntonescuYHoriaSimaOctubre1940.jpeg|thumb|right|200px|[[Ion Antonescu]] (esquerda) e [[Horia Sima]], líderes do Estado Nacional Legionário.]] |
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O '''Estado Nacional Legionário''' ({{ |
O '''Estado Nacional''' '''Legionário''' ({{Lang-ro|Statul Național Legionar}}) foi um regime [[Totalitarismo|totalitário]] [[Fascismo|fascista]] que governou o [[Reino da Romênia]] durante cinco meses, de 14 de setembro de 1940 até à sua dissolução oficial em 14 de fevereiro de 1941. O regime foi liderado pelo General [[Ion Antonescu]] em parceria com a [[Guarda de Ferro]], a organização romena [[Ultranacionalismo|ultranacionalista]], [[Antissemitismo|antissemita]] e [[Anticomunismo|anticomunista]]. Embora a Guarda de Ferro estivesse no [[Reino da Romênia|governo romeno]] desde 28 de junho de 1940, em 14 de setembro alcançou o domínio, levando à proclamação do Estado Nacional Legionário. |
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Em 27 de setembro de 1940, a Romênia retirou-se do [[Entente dos Balcãs|Pacto dos Balcãs]]. Em 8 de outubro, as [[Wehrmacht|tropas nazistas alemãs]] começaram a cruzar a Romênia e logo somavam mais de 500.000. Em 23 de novembro, a Romênia aderiu formalmente às [[Potências do Eixo]]. Em 27 de Novembro, 64 antigos dignitários ou oficiais foram executados pela Guarda de Ferro no [[Massacre de Jilava]]. A já dura legislação antissemita foi alargada, incluindo a expropriação de propriedades rurais de propriedade de judeus em 4 de outubro, seguida de florestas em 17 de novembro e, finalmente, por transporte fluvial em 4 de dezembro. <ref name="Hitchins">[[Keith Hitchins]], Clarendon Press, 1994, ''Romania 1866-1947'', p. 484</ref> |
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== Abdicação do Rei == |
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[[Ficheiro:Romania wwII.svg|thumb|right|Perdas territoriais no verão de 1940 que precipitaram a abdicação de Carol II e a tomada de poder por Antonescu.]] |
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O Estado Nacional Legionário tomou o poder após a abdicação do Rei Carol II. Carol foi forçado a renunciar em grande parte como resultado de uma série de derrotas territoriais humilhantes. A primeira foi em [[28 de junho]] de [[1940]] quando a [[Romênia]] foi obrigada a [[ocupação da Bessarábia e Bucovina do Norte|retirar suas forças militares e a administração]] da [[Bessarábia]] e [[Bucovina do Norte]] para evitar uma guerra aberta com a [[União Soviética]], que emitiu dois ultimatos nos dias 26 e 27. A Romênia perdeu mais de 50.000 km². Pela [[Segunda Arbitragem de Viena]], de [[30 de agosto]] de 1940, a Romênia cedeu 43.492 km ² no norte da [[Transilvânia]] à [[Hungria]]. Além disso, o [[Tratado de Craiova]], que surgiu no momento da renúncia de Carol, foi assinado em [[7 de setembro]] de 1940 e cedeu a [[Dobruja do Sul|parte sul da Dobrudja]] (ou ''Cadrilater'') para a [[Bulgária]]. |
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Em 20 de janeiro de 1941, a Guarda de Ferro tentou um [[Rebelião dos Legionários e Pogrom de Bucareste|golpe de Estado, combinado com um pogrom contra os judeus]] de Bucareste. Em quatro dias, Antonescu suprimiu com sucesso o golpe e a Guarda de Ferro foi forçada a deixar o governo. Sima e muitos outros Legionários refugiaram-se na [[Alemanha Nazista]], enquanto outros foram presos. Antonescu aboliu formalmente o Estado Nacional Legionário em 14 de fevereiro de 1941. |
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== Política externa: aliança com o Eixo == |
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Dada a fraqueza extrema dos tradicionais aliados da Romênia, a [[Grã-Bretanha]], na época lutando sozinha contra a [[Alemanha nazista]], e especialmente a [[França]], que havia sido derrotada e parcialmente ocupada e seu pouco apoio para os países da [[Europa Oriental]] durante a [[década de 1930]], a postura tradicionalmente favorável de Antonescu aos franco-britânicos não poderia ser sustentada.<ref name="haynes704"/> A rivalidade com a União Soviética e Hungria fazia que apenas uma política pró-alemã parecesse permitir a defesa do país. <ref name="haynes716">[[#Referências|Haynes (1999)]], p. 716</ref> Além disso, a Guarda Ferro sempre tinha declarado simpatia pelas potências fascistas.<ref name="haynes704">[[#Referências|Haynes (1999)]], p. 704</ref> |
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[[Ficheiro:Bundesarchiv Bild 183-B03212, München, Staatsbesuch Ion Antonescu bei Hitler.jpg|Antonescu junto a Hitler em 1941.|thumb|right]] |
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Em [[23 de novembro]] de [[1940]], Antonescu assinou o [[Pacto Tripartite]] aderindo o país ao [[potências do Eixo|Eixo]].<ref name="haynes702">[[#Referências|Haynes (1999)]], p. 702</ref> |
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== Prelúdio == |
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{{Mais informações|Reino da Romênia sob o fascismo}}A Guarda de Ferro formou pela primeira vez uma aliança com o governo romeno no início de 1938, quando o então [[Lista de primeiros-ministros da Romênia|primeiro-ministro]] [[Octavian Goga]] concluiu um acordo com o líder da Guarda de Ferro, [[Corneliu Zelea Codreanu]], em 8 de fevereiro de 1938, para uma cooperação limitada. Contudo, este arranjo político desagradou ao [[lista de reis da Romênia|rei]] [[Carlos II da Romênia|Carlos II]], que demitiu Goga em 11 de fevereiro e o substituiu pelo Patriarca [[Miron Cristea]]. <ref>Dennis Deletant, Springer, 2016, ''British Clandestine Activities in Romania during the Second World War'', p. 33</ref> <ref>Hans Rogger, Eugen Weber, University of California Press, 1966, ''The European Right: A Historical Profile'', p. 551</ref> <ref>Jean W. Sedlar, BookLocker.com, 2007, ''The Axis Empire in Southeast Europe, 1939-1945'', p. 20</ref> |
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O primeiro governo romeno a ser abertamente alinhado com a Alemanha nazista e ao Eixo, o Estado Nacional Legionário foi marcado por relações difíceis entre o líder da Guarda [[Horia Sima]] e o primeiro-ministro Antonescu. O regime durou 131 dias e terminou com a violência generalizada da fracassada [[Rebelião dos legionários e pogrom de Bucareste|Rebelião da Legião]] ([[21 de janeiro]] - [[23 de janeiro]] de [[1941]]), em que a Guarda de Ferro tentou tomar o poder unilateralmente e foram, ao contrário, derrotados. |
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Entre 28 de junho e 4 de julho de 1940, [[Horia Sima]], o líder nominal da Guarda de Ferro após a morte de Codreanu, serviu como Subsecretário de Estado no Ministério da Educação. A Guarda de Ferro foi trazida para o gabinete de [[Ion Gigurtu]], que assumiu o poder em 4 de julho de 1940, após a [[Ocupação soviética da Bessarábia e Bucovina do Norte|ocupação soviética da Bessarábia e do norte da Bucovina]]. Três Guardistas foram nomeados para o novo governo: [[Vasile Noveanu]] como Ministro da Saúde Pública, [[Horia Sima|Sima]] como Ministro da Religião e Artes e [[Augustin Bideanu]] como Subsecretário de Estado do Ministério das Finanças. No entanto, Sima renunciou em 7 de julho, porque lhe foi negado um gabinete puramente guardista, enquanto os seus dois colegas mantiveram os seus cargos. Um apoiador e ideólogo da Guarda de Ferro, [[Nichifor Crainic]], tornou-se Ministro da Propaganda. <ref>D. Deletant, Springer, 2006, ''Hitler's Forgotten Ally: Ion Antonescu and his Regime, Romania 1940-1944'', p. 51</ref> <ref>R. Haynes, Springer, 2016, ''Romanian Policy Towards Germany, 1936-40'', p. 147</ref> Após a renúncia de Sima em 7 de julho, ele foi substituído por outro Guardista, [[Radu Budișteanu]]. <ref>Institute for Historical Review, 1986, ''The Journal of Historical Review, Volume 7, Issues 1-2'', p. 213</ref> |
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Assim, o Estado Nacional Legionário foi formalmente dissolvido em [[14 de fevereiro]] de 1941, que foi seguido por uma grande repressão contra os membros da Guarda, nove mil deles foram presos e mais de seis mil condenados à prisão.<ref name="deletant71">[[#Referências|Deletant (2006)]], p. 71</ref> As ações de Antonescu foram apoiadas por um plebiscito manipulado com 99,9% dos eleitores no início de março.<ref name="deletant71"/> |
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== Território e população == |
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Antonescu estabeleceu uma [[ditadura militar]] que durou até sua derrubada pelo [[Golpe de Estado na Romênia em 1944|golpe militar do rei Miguel]], em [[23 de agosto]] de [[1944]]. |
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O território do Estado Nacional Legionário ascendia a cerca de 195.000km<sup>2</sup> (ou pouco mais de 75.000 milhas quadradas). Tinha o mesmo território que a Romênia moderna, com excepção da [[Transilvânia do Norte]], que tinha sido cedida à [[Reino da Hungria (1920-1946)|Hungria]] na sequência da [[Segunda Arbitragem de Viena]]. <ref>Marina Cattaruzza, Stefan Dyroff, Dieter Langewiesche, Berghahn Books, 2012, ''Territorial Revisionism and the Allies of Germany in the Second World War: Goals, Expectations, Practices'', p. 98</ref> Também possuía diversas ilhas no [[Delta do Danúbio]], bem como a [[Ilha das Serpentes]] no [[Mar Negro]]. Estes fazem parte da [[Ucrânia]] desde 1948. <ref>Grigore Stamate, Editura Militară, 1997, ''Frontiera de stat a României'', p. 79 (in Romanian)</ref> |
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Um censo romeno foi realizado em 6 de abril de 1941 e registrou uma população de 13.535.757. <ref>Enciclopedia de istorie a României, Editura Meronia, 2002, ''Recensămintele României: 1899-1992'', p. 358 (in Romanian)</ref> Embora o censo tenha sido realizado quase dois meses após a dissolução do Estado Nacional Legionário, as fronteiras da Roménia eram as mesmas. |
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== Ver Também == |
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*[[Romênia durante a Segunda Guerra Mundial]] |
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*[[Guarda de Ferro]] |
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== História == |
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[[Ficheiro:AntonescuYHoriaSimaOctubre1940.jpeg|miniaturadaimagem|Ion Antonescu e Horia Sima, os líderes do Estado Nacional Legionário ]] |
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<references /> |
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O [[lista de reis da Romênia|rei]] [[Carlos II da Romênia|Carlos II]] foi forçado a abdicar em 6 de setembro de 1940 e foi substituído por seu filho de 19 anos, [[Miguel I da Romênia|Michael]] . O primeiro ato do novo rei foi conceder ao General Ion Antonescu poder ilimitado como ''[[Conducător]]'' (líder) da Roménia, relegando-se a um papel cerimonial. Um decreto de 8 de setembro definiu melhor os poderes de Antonescu. <ref>D. Deletant, Springer, 2006, ''Hitler's Forgotten Ally: Ion Antonescu and his Regime, Romania 1940-1944'', p. 53</ref> Para manter o controle do país e, ao mesmo tempo, conceder o papel de liderança à Guarda de Ferro, Antonescu fez com que o rei Miguel proclamasse a Romênia como Estado Legionário Nacional em 14 de setembro. O Movimento Legionário/Guarda de Ferro tornou-se o "único movimento reconhecido no novo estado", tornando a Roménia um país totalitário. |
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Antonescu tornou-se o líder honorário da legião, com Sima tornando-se vice-primeiro-ministro. Cinco outros Guardistas tornaram-se ministros, entre eles o Príncipe [[Michel Sturdza|Mihai Sturza]] (Ministro das Relações Exteriores) e o General [[Constantin Petrovicescu]] (Ministro do Interior). Prefeitos Legionários foram nomeados em todos os cinquenta condados romenos. <ref>D. Deletant, Springer, 2006, ''Hitler's Forgotten Ally: Ion Antonescu and his Regime, Romania 1940-1944'', pp. 57-58</ref> <ref name="Payne">{{Citar livro|url=https://archive.org/details/historyoffascism00payn|título=A History of Fascism, 1914-1945|ultimo=Payne|primeiro=Stanley|data=1995|editora=[[University of Wisconsin Press]]|isbn=0203501322|autorlink=Stanley G. Payne|url-access=}}</ref> A Guarda recebeu quatro pastas: Interior, Educação, Relações Exteriores e Cultos. Além disso, a maioria dos secretários e diretores permanentes dos ministérios também eram Guardistas. Como força política dominante, a Guarda também controlava os serviços de imprensa e de propaganda. <ref>Keith Hitchins, Cambridge University Press, 2014, ''A Concise History of Romania'', p. 204</ref> |
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== Referências == |
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* {{citar livro |
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|apelido= Deletant |
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|nome= Dennis |
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|título= Hitler's Forgotten Ally: Ion Antonescu and His Regime, Romania 1940–1944 |
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|idioma= en |
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|ano= 2006 |
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|editora= Palgrave Macmillan |
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|isbn= 9781403993410 |
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}} |
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* {{Citar jornal |
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| autor = Haynes, Rebecca |
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| título = Germany and the Establishment of the Romanian National Legionary State, September 1940 |
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| ano = 1999 |
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| revista = The Slavonic and East European Review |
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| volume = 77 |
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| número = 4 |
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| id = 700-725 |
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| url = http://www.jstor.org/stable/4212960 |
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Em 6 de outubro de 1940, Antonescu participou de um comício da Guarda de Ferro vestido com uniforme de legionário. Em 8 de outubro, as tropas alemãs começaram a cruzar a Romênia e logo somavam mais de 500.000. Em 23 de Novembro, a Roménia aderiu às [[Potências do Eixo]]. Em 27 de novembro, 64 ex-dignitários ou oficiais foram executados pela Guarda de Ferro na [[prisão de Jilava]] enquanto aguardavam julgamento (ver ''[[Massacre de Jilava]]''). Mais tarde naquele dia, o historiador e ex-primeiro-ministro [[Nicolae Iorga]] e o economista [[Virgil Madgearu]], ex-ministro do governo, foram assassinados. No dia 1 de Dezembro, outro comício da Guarda de Ferro teve lugar em [[Alba Iulia]] para comemorar os 22 anos da [[União da Transilvânia com a Romênia]]. Antonescu compareceu novamente e fez um discurso. <ref>Gh. Buzatu, Editura Mica Valahie, ''A History of Romanian Oil Vol II'', pp. 366-367</ref> |
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{{Portal3|História|Roménia}} |
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Após a proclamação do Estado Nacional Legionário em 14 de setembro, a Legião tornou-se o partido no poder, mas teve de partilhar o poder executivo com o Exército. O novo regime Legionário tinha uma base ritual baseada no culto ao líder morto da Guarda (Codreanu) e outros mártires Legionários. A exumação, o enterro público e a reabilitação dos "mártires" legionários foram retrospectivamente considerados por Sima como a tarefa mais importante que justificava a ascensão da Legião ao poder. A exumação dos restos mortais de Codreanu e o subsequente enterro (21-23 de novembro) reafirmaram o carisma de Condreanu como a base da ideologia legionária. No dia do enterro de Codreanu, o principal jornal legionário, ''Cuvântul'' (''A Palavra''), escreveu: “É o dia da ressurreição do Capitão. Ele ressuscitou, como prometeu, segundo o Evangelho. sepultura para nos apresentar a própria Romênia, enterrada por esta era pecaminosa". Um jovem [[Emil Cioran]], de vinte e poucos anos, endossou fortemente o culto de Codreanu: “Com exceção de [[Jesus]], nenhum outro ser morto esteve tão presente entre os vivos. esterco e trouxe de volta o céu sobre a Romênia." Logo após o novo enterro de Codreanu, porém, a Legião cometeu o Massacre, matando mais de 60 ex-dignitários. A Legião alcançou assim os seus objetivos: a velha ordem ruiu sob os seus golpes e todos os inimigos da Legião foram punidos. <ref>John Lampe, Mark Mazower, Central European University Press, 2004, ''Ideologies and National Identities: The Case of Twentieth-Century Southeastern Europe'', p. 40</ref> O enterro do corpo de Codreanu ocorreu em 30 de novembro, com a presença de Antonescu, Sima, [[Baldur von Schirach|von Schirach]], [[Ernst Wilhelm Bohle|Bohle]] e 100.000 Guardas de Ferro. <ref>{{Citar periódico |url=https://www.cambridge.org/core/journals/nationalities-papers/article/abs/staging-death-christofascist-necropolitics-during-the-national-legionary-state-in-romania-19401941/F44F3485CB3F6E00602007710A1D4BDA |título=Staging Death: Christofascist Necropolitics during the National Legionary State in Romania, 1940–1941 |data=May 2021 |periódico=Nationalities Papers |número=3 |ultimo=Rusu |primeiro=Mihai Stelian |paginas=576–589 |lingua=en |doi=10.1017/nps.2020.22 |issn=0090-5992 |volume=49}}</ref> <ref name="Buzatu, Editura Mica Valahie p. 367">Gh. Buzatu, Editura Mica Valahie, ''A History of Romanian Oil Vol II'', p. 367</ref> |
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O decreto que estabeleceu o regime Nacional Legionário em 14 de setembro colocou Antonescu e Sima em pé de igualdade. Em 28 de outubro, Sima acusou Antonescu de violar o decreto ao permitir o funcionamento dos partidos democráticos. Ele afirmou que tal diversidade política era contrária aos princípios de um estado totalitário. Sima também queria aplicar os princípios nazistas à economia romena, a fim de colocá-la sob controle centralizado. Dirigiu uma carta neste sentido a Antonescu no dia 16 de outubro, mas este rejeitou a ideia. As relações entre Antonescu e a Guarda chegaram ao limite após o Massacre de Jilava. Apesar da tensão crescente, as duas partes conseguiram uma trégua momentânea, que permitiu a um legionário manter o cargo de Chefe da Polícia de Bucareste, mas previu a condenação pública dos assassinatos de Jilava. <ref>Keith Hitchins, Clarendon Press, 1994, ''Rumania 1866-1947'', pp. 464-465</ref> |
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Vários decretos antissemitas foram promulgados pelo Estado Nacional Legionário. As propriedades rurais de propriedade de judeus foram expropriadas em 4 de outubro, seguidas por florestas em 17 de novembro e, finalmente, por transporte fluvial em 4 de dezembro. <ref name="Hitchins2">[[Keith Hitchins]], Clarendon Press, 1994, ''Romania 1866-1947'', p. 484</ref> |
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Em 10 de novembro de 1940, o Estado Nacional Legionário enfrentou um grande terremoto que destruiu 65.000 casas. <ref>{{Citar livro|título=Holy Legionary Youth|ultimo=Clark|primeiro=Roland|data=2015-06-05|editora=Cornell University Press|localização=Ithaca, NY|páginas=228|doi=10.7591/9780801456343|isbn=978-0-8014-5634-3}}</ref> |
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=== Desenvolvimentos externos === |
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No início de outubro de 1940, 15 mil [[Wehrmacht|soldados alemães]] foram destacados para a RomÊnia para proteger as refinarias de petróleo em [[Ploiești]], que eram essenciais para o esforço de guerra alemão. Esta acção unilateral alemã, levada a cabo sem consultar [[Benito Mussolini]] (aliado de [[Adolf Hitler|Hitler]] no [[Potências do Eixo|Eixo]] e líder da [[Itália Fascista]]), levou este último a lançar uma invasão da [[Reino da Grécia|Grécia]]. A [[Guerra Greco-Italiana|guerra greco-italiana]] que se seguiu resultou num erro militar, quando os gregos contra-atacaram e ocuparam partes da [[Reino da Albânia (1939–1943)|Albânia governada pelos italianos]] durante meio ano. <ref>Richard Z. Freemann, Jr., Lulu.com, 2016, ''A Concise History of the Second World War: Its Origin, Battles and Consequences'', p. 100</ref> A entrada de tropas alemãs na Roménia não foi uma invasão, no entanto, como ocorreu com a aprovação de Antonescu. <ref>Raphael Shen, Greenwood Publishing Group, 1997, ''The Restructuring of Romania's Economy: A Paradigm of Flexibility and Adaptability'', p. 5</ref> As primeiras tropas alemãs chegaram à Roménia a 10 de Outubro, em parte como resposta ao pedido de assistência militar de Antonescu, para além do seu principal objectivo de defender os campos petrolíferos romenos. <ref>Keith Hitchins, Cambridge University Press, 2014, ''A Concise History of Romania'', p. 205</ref> Posteriormente, a Romênia aderiu ao [[Pacto Tripartite]] e ao [[Pacto Anticomintern]] em 23 e 25 de Novembro, respectivamente. <ref>David Nicholls, ABC-CLIO, 2000, ''Adolf Hitler: A Biographical Companion'', p. 225</ref> Apesar deste estreitamento das relações com a Alemanha, a minoria alemã na Roménia (que ascendia a 300.000 após as perdas territoriais da Roménia) não foi totalmente poupada ao processo de romenização. Embora poucos alemães do [[Banato]] e da [[Transilvânia]] tenham sido repatriados para o Reich, o número de alemães étnicos do sul da [[Bucovina]] e [[Dobruja]] que foram repatriados ascendeu a 76.500. A convenção germano-romena que sancionou estas repatriações foi assinada em 22 de outubro de 1940. De acordo com a convenção, o Estado romeno recebeu os bens anteriormente possuídos pelos alemães repatriados em troca do pagamento de uma indemnização ao Reich. As propriedades recém-adquiridas (terrenos e casas) seriam utilizadas pelo Estado romeno para acomodar refugiados de etnia romena provenientes [[Bulgária|da Bulgária]], deslocados na sequência do [[Tratado de Craiova]]. <ref>S. Ionescu, Springer, 2015, ''Jewish Resistance to ‘Romanianization’, 1940-44'', p. 110</ref> Em 4 de Dezembro, foi assinado um acordo comercial de dez anos entre a Roménia e a Alemanha, que prevê a "reconstrução económica" da Romênia. <ref name="Buzatu, Editura Mica Valahie p. 3672">Gh. Buzatu, Editura Mica Valahie, ''A History of Romanian Oil Vol II'', p. 367</ref> |
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Em 27 de setembro de 1940, a Romênia retirou-se do [[Entente dos Balcãs|Pacto dos Balcãs]]. Nesse mesmo dia, foi assinado um acordo comercial com um dos membros do Pacto, a [[Turquia]]. Em 19 de dezembro, foi assinado outro acordo comercial entre a Romênia e a [[Reino da Iugoslávia|Iugoslávia]], outro membro do Pacto dos Balcãs. Durante os últimos dias do Estado Nacional Legionário, em 10 e 12 de fevereiro, a [[Reino Unido|Grã-Bretanha]] e a [[Bélgica]] cortaram relações com a Romênia. <ref>Gh. Buzatu, Editura Mica Valahie, ''A History of Romanian Oil Vol II'', pp. 366-368</ref> |
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As escaramuças fronteiriças com a [[União Soviética]] abrangeram toda a duração do Estado Legionário Nacional. No outono de 1940, os soviéticos ocuparam várias ilhas romenas no Delta do Danúbio. Incidentes de fronteira ocorriam diariamente. As tropas soviéticas concentraram-se na fronteira romena, as aeronaves soviéticas fizeram incursões incessantes no espaço aéreo da Roménia e - em Janeiro de 1941 - os navios soviéticos tentaram entrar em águas romenas à força. <ref>D. Deletant, Springer, 2006, ''Hitler's Forgotten Ally: Ion Antonescu and his Regime, Romania 1940-1944'', p. 280</ref> As tensões atingiram o pico em janeiro de 1941, quando os soviéticos exigiram, por ultimato, o controle do Delta do Danúbio. Os confrontos fronteiriços ocorreram perto de [[Galați]] (Condado de Covurlui), onde os romenos estavam [[lança-minas|minando]] o Danúbio, durante os quais entre 26 e 100 pessoas foram mortas em ambos os lados. <ref>Douglas M. Gibler, Rowman & Littlefield, 2018, ''International Conflicts, 1816-2010: Militarized Interstate Dispute Narratives'', pp. 378-379</ref> |
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=== Dissolução === |
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Em 20 de janeiro de 1941, a Guarda de Ferro tentou um [[Rebelião dos Legionários e Pogrom de Bucareste|golpe de Estado, combinado com um pogrom contra os judeus]] de Bucareste. Em 22 de janeiro, no auge da Rebelião, a Guarda de Ferro executou o [[Sacrifício humano|assassinato ritual]] de 200 judeus no matadouro de Bucareste, enquanto os Guardistas cantavam hinos cristãos, "um ato de ferocidade talvez único na história do Holocausto". <ref>Norman Manea, Grove Press, 1993, ''On Clowns: The Dictator and the Artist : Essays'', p. 92</ref> Em quatro dias, Antonescu suprimiu o golpe com sucesso. A Guarda de Ferro foi forçada a sair do governo. Sima e muitos outros legionários refugiaram-se na Alemanha, enquanto outros foram presos. Antonescu aboliu o Estado Nacional Legionário, em seu lugar declarando a Roménia um "Estado Nacional e Social". |
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A supressão da Rebelião também forneceu alguns dados sobre o equipamento militar utilizado pela Guarda de Ferro, totalizando 5.000 armas de fogo (revólveres, rifles e metralhadoras) e numerosas granadas somente em Bucareste. <ref>Henry Robinson Luce, Time Inc., 1941, ''Time, Volume 37'', p. 29</ref> A Legião também possuía uma pequena força blindada de dois carros blindados de polícia e dois porta-aviões blindados Malaxa UE. <ref>Auswärtiges Amt, H.M. Stationery Office, 1961, ''Documents on German Foreign Policy, 1918-1945: The aftermath of Munich, Oct. 1938-March 1939'', p. 1179</ref> Para o transporte, só em Bucareste, a Legião também possuía quase 200 camiões. <ref>Roland Clark, Cornell University Press, 2015, ''Holy Legionary Youth: Fascist Activism in Interwar Romania'', p. 232</ref> |
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Em 14 de fevereiro de 1941, o Estado Nacional Legionário foi formalmente abolido. Mais de 9.000 pessoas implicadas na Rebelião Legionária foram posteriormente detidas, das quais quase 2.000 (1.842, para ser exato) foram condenadas a várias penas, que vão desde alguns meses até prisão perpétua. <ref>Keith Hitchins, Clarendon Press, 1994, ''Romania 1866-1947'', p. 469</ref> <ref>L. Leustean, Springer, 2008, ''Orthodoxy and the Cold War: Religion and Political Power in Romania, 1947-65'', p. 54</ref> <ref>Rebecca Haynes, Martyn Rady, I.B.Tauris, 2013, ''In the Shadow of Hitler: Personalities of the Right in Central and Eastern Europe'', p. 283</ref> |
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== Produção militar == |
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=== Armas === |
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Entre 1938 e junho de 1941, a Romênia produziu mais de 5.000 [[ZB vz. 30]] metralhadoras leves. <ref>Mark Axworthy, London: Arms and Armour, 1995, ''Third Axis, Fourth Ally: Romanian Armed Forces in the European War, 1941–1945'', p. 29</ref> Isto representa uma produção média mensal de mais de 120 metralhadoras, o que significa que cerca de 500 foram produzidas pelo Estado Legionário Nacional durante os seus 4 meses de existência. |
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=== Peças de artilharia === |
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Entre 1938 e maio de 1941, a Romênia produziu 102 canhões antiaéreos [[Flak 18/36/37/43|Rheinmetall 37 mm]]. <ref name="Mark Axworthy 1995, p. 30">Mark Axworthy, London: Arms and Armour, 1995, ''Third Axis, Fourth Ally: Romanian Armed Forces in the European War, 1941–1945'', p. 30</ref> Isto representa uma produção média mensal de 2,5 peças, o que significa que cerca de 10 foram produzidas pelo Estado Nacional Legionário durante os seus 4 meses de existência. |
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Entre 1936 e julho de 1941, a Romênia produziu 100 canhões antiaéreos Vickers de 75 mm. <ref name="Mark Axworthy 1995, p. 302">Mark Axworthy, London: Arms and Armour, 1995, ''Third Axis, Fourth Ally: Romanian Armed Forces in the European War, 1941–1945'', p. 30</ref> Isto representa uma produção média mensal de 1,5 peças, o que significa que cerca de 6 foram produzidas pelo Estado Nacional Legionário durante os seus 4 meses de existência. |
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=== Veículos blindados === |
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Entre a segunda metade de 1939 e março de 1941, a Romênia produziu 126 tratores blindados Malaxa. <ref>Mark Axworthy, London: Arms and Armour, 1995, ''Third Axis, Fourth Ally: Romanian Armed Forces in the European War, 1941–1945'', p. 33</ref> Isto representa uma produção média mensal de pouco mais de 6 tratores, o que significa que cerca de 25 foram produzidos pelo Estado Nacional Legionário durante os seus 4 meses de existência. |
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=== Aeronaves === |
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Durante o Estado Nacional Legionário, entre outubro e dezembro de 1940, foram entregues 20 bombardeiros leves IAR 39. <ref>Mark Axworthy, London: Arms and Armour, 1995, ''Third Axis, Fourth Ally: Romanian Armed Forces in the European War, 1941–1945'', p. 245</ref> Entre abril de 1939 e março de 1943, a Romênia produziu 210 treinadores Fleet 10G. <ref>Mark Axworthy, London: Arms and Armour, 1995, ''Third Axis, Fourth Ally: Romanian Armed Forces in the European War, 1941–1945'', p. 272</ref> Isto representa uma produção média mensal de 4,5 aeronaves, o que significa que cerca de 17 foram produzidas pelo Estado Nacional Legionário durante os seus 4 meses de existência. |
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== Legado == |
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Segundo o historiador britânico Dennis Deletant: “Assim terminou um capítulo único na história do fascismo na Europa. A Guarda foi o único movimento radical da direita na Europa a chegar ao poder sem a ajuda da Alemanha ou da Itália, e o único a ser derrubado durante o domínio da Alemanha Nazista na Europa continental.". <ref>Dennis Deletant, ''Hitler's Forgotten Ally: Ion Antonescu and his Regime, Romania 1940-1944'', Springer, Apr 12, 2006, p. 66</ref> |
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O Estado Legionário Nacional inaugurou a adesão da Romênia ao Eixo, primeiro ''de facto'' ao acolher o Exército Alemão no país, e pouco depois, ''de jure'' através da assinatura dos Pactos Tripartide e AntiComintern. Também eliminou a maior parte da classe política tradicional da Roménia durante o massacre de Jilava, antes de ser reprimido em Janeiro de 1941 e depois formalmente abolido em Fevereiro. Filmagens de vários discursos historicamente valiosos sobreviveram da era do Estado Legionário Nacional, como um discurso conjunto de Antonescu e Sima <ref>[https://www.youtube.com/watch?v=XxL3TTdpkTk Horia Sima and Ion Antonescu speech (YouTube)]</ref> e o funeral do fundador da Guarda, Corneliu Zelea Codreanu. <ref>[https://www.youtube.com/watch?v=1j5h1dX_NGg Codreanu funeral (YouTube)]</ref> |
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=== Selos do Estado Nacional Legionário === |
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== Ver também == |
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* [[Romênia na Segunda Guerra Mundial]] |
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* [[Reino da Romênia sob o fascismo]] |
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[[Categoria:Romênia na Segunda Guerra Mundial]] |
Revisão das 19h23min de 25 de novembro de 2023
Regatul României (Romeno) Estado Nacional Legionário | |||||
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Capital | Bucareste | ||||
Governo | Monarquia constitucional parlamentar unitária sob um duumvirato totalitário legionarista de partido único | ||||
Rei | |||||
• 1940–1941 | Miguel I | ||||
Primeiro-ministro e Conducător | |||||
• 1940-1941 | Ion Antonescu | ||||
Vice-primeiro-ministro | |||||
• 1940–1941 | Horia Sima[a] | ||||
História | |||||
• 14 de setembro de 1940 | Fundação | ||||
• 14 de fevereiro de 1941 | Dissolução | ||||
Área | 195 000 km² | ||||
População | |||||
• est.1941 | 13 500 000 | ||||
Dens. pop. | 69,2 hab./km² | ||||
↑ Líder da Guarda de Ferro, no mesmo nível de igualdade com o Conducător |
O Estado Nacional Legionário (em romeno: Statul Național Legionar) foi um regime totalitário fascista que governou o Reino da Romênia durante cinco meses, de 14 de setembro de 1940 até à sua dissolução oficial em 14 de fevereiro de 1941. O regime foi liderado pelo General Ion Antonescu em parceria com a Guarda de Ferro, a organização romena ultranacionalista, antissemita e anticomunista. Embora a Guarda de Ferro estivesse no governo romeno desde 28 de junho de 1940, em 14 de setembro alcançou o domínio, levando à proclamação do Estado Nacional Legionário.
Em 27 de setembro de 1940, a Romênia retirou-se do Pacto dos Balcãs. Em 8 de outubro, as tropas nazistas alemãs começaram a cruzar a Romênia e logo somavam mais de 500.000. Em 23 de novembro, a Romênia aderiu formalmente às Potências do Eixo. Em 27 de Novembro, 64 antigos dignitários ou oficiais foram executados pela Guarda de Ferro no Massacre de Jilava. A já dura legislação antissemita foi alargada, incluindo a expropriação de propriedades rurais de propriedade de judeus em 4 de outubro, seguida de florestas em 17 de novembro e, finalmente, por transporte fluvial em 4 de dezembro. [1]
Em 20 de janeiro de 1941, a Guarda de Ferro tentou um golpe de Estado, combinado com um pogrom contra os judeus de Bucareste. Em quatro dias, Antonescu suprimiu com sucesso o golpe e a Guarda de Ferro foi forçada a deixar o governo. Sima e muitos outros Legionários refugiaram-se na Alemanha Nazista, enquanto outros foram presos. Antonescu aboliu formalmente o Estado Nacional Legionário em 14 de fevereiro de 1941.
Prelúdio
A Guarda de Ferro formou pela primeira vez uma aliança com o governo romeno no início de 1938, quando o então primeiro-ministro Octavian Goga concluiu um acordo com o líder da Guarda de Ferro, Corneliu Zelea Codreanu, em 8 de fevereiro de 1938, para uma cooperação limitada. Contudo, este arranjo político desagradou ao rei Carlos II, que demitiu Goga em 11 de fevereiro e o substituiu pelo Patriarca Miron Cristea. [2] [3] [4]
Entre 28 de junho e 4 de julho de 1940, Horia Sima, o líder nominal da Guarda de Ferro após a morte de Codreanu, serviu como Subsecretário de Estado no Ministério da Educação. A Guarda de Ferro foi trazida para o gabinete de Ion Gigurtu, que assumiu o poder em 4 de julho de 1940, após a ocupação soviética da Bessarábia e do norte da Bucovina. Três Guardistas foram nomeados para o novo governo: Vasile Noveanu como Ministro da Saúde Pública, Sima como Ministro da Religião e Artes e Augustin Bideanu como Subsecretário de Estado do Ministério das Finanças. No entanto, Sima renunciou em 7 de julho, porque lhe foi negado um gabinete puramente guardista, enquanto os seus dois colegas mantiveram os seus cargos. Um apoiador e ideólogo da Guarda de Ferro, Nichifor Crainic, tornou-se Ministro da Propaganda. [5] [6] Após a renúncia de Sima em 7 de julho, ele foi substituído por outro Guardista, Radu Budișteanu. [7]
Território e população
O território do Estado Nacional Legionário ascendia a cerca de 195.000km2 (ou pouco mais de 75.000 milhas quadradas). Tinha o mesmo território que a Romênia moderna, com excepção da Transilvânia do Norte, que tinha sido cedida à Hungria na sequência da Segunda Arbitragem de Viena. [8] Também possuía diversas ilhas no Delta do Danúbio, bem como a Ilha das Serpentes no Mar Negro. Estes fazem parte da Ucrânia desde 1948. [9]
Um censo romeno foi realizado em 6 de abril de 1941 e registrou uma população de 13.535.757. [10] Embora o censo tenha sido realizado quase dois meses após a dissolução do Estado Nacional Legionário, as fronteiras da Roménia eram as mesmas.
História
O rei Carlos II foi forçado a abdicar em 6 de setembro de 1940 e foi substituído por seu filho de 19 anos, Michael . O primeiro ato do novo rei foi conceder ao General Ion Antonescu poder ilimitado como Conducător (líder) da Roménia, relegando-se a um papel cerimonial. Um decreto de 8 de setembro definiu melhor os poderes de Antonescu. [11] Para manter o controle do país e, ao mesmo tempo, conceder o papel de liderança à Guarda de Ferro, Antonescu fez com que o rei Miguel proclamasse a Romênia como Estado Legionário Nacional em 14 de setembro. O Movimento Legionário/Guarda de Ferro tornou-se o "único movimento reconhecido no novo estado", tornando a Roménia um país totalitário.
Antonescu tornou-se o líder honorário da legião, com Sima tornando-se vice-primeiro-ministro. Cinco outros Guardistas tornaram-se ministros, entre eles o Príncipe Mihai Sturza (Ministro das Relações Exteriores) e o General Constantin Petrovicescu (Ministro do Interior). Prefeitos Legionários foram nomeados em todos os cinquenta condados romenos. [12] [13] A Guarda recebeu quatro pastas: Interior, Educação, Relações Exteriores e Cultos. Além disso, a maioria dos secretários e diretores permanentes dos ministérios também eram Guardistas. Como força política dominante, a Guarda também controlava os serviços de imprensa e de propaganda. [14]
Em 6 de outubro de 1940, Antonescu participou de um comício da Guarda de Ferro vestido com uniforme de legionário. Em 8 de outubro, as tropas alemãs começaram a cruzar a Romênia e logo somavam mais de 500.000. Em 23 de Novembro, a Roménia aderiu às Potências do Eixo. Em 27 de novembro, 64 ex-dignitários ou oficiais foram executados pela Guarda de Ferro na prisão de Jilava enquanto aguardavam julgamento (ver Massacre de Jilava). Mais tarde naquele dia, o historiador e ex-primeiro-ministro Nicolae Iorga e o economista Virgil Madgearu, ex-ministro do governo, foram assassinados. No dia 1 de Dezembro, outro comício da Guarda de Ferro teve lugar em Alba Iulia para comemorar os 22 anos da União da Transilvânia com a Romênia. Antonescu compareceu novamente e fez um discurso. [15]
Após a proclamação do Estado Nacional Legionário em 14 de setembro, a Legião tornou-se o partido no poder, mas teve de partilhar o poder executivo com o Exército. O novo regime Legionário tinha uma base ritual baseada no culto ao líder morto da Guarda (Codreanu) e outros mártires Legionários. A exumação, o enterro público e a reabilitação dos "mártires" legionários foram retrospectivamente considerados por Sima como a tarefa mais importante que justificava a ascensão da Legião ao poder. A exumação dos restos mortais de Codreanu e o subsequente enterro (21-23 de novembro) reafirmaram o carisma de Condreanu como a base da ideologia legionária. No dia do enterro de Codreanu, o principal jornal legionário, Cuvântul (A Palavra), escreveu: “É o dia da ressurreição do Capitão. Ele ressuscitou, como prometeu, segundo o Evangelho. sepultura para nos apresentar a própria Romênia, enterrada por esta era pecaminosa". Um jovem Emil Cioran, de vinte e poucos anos, endossou fortemente o culto de Codreanu: “Com exceção de Jesus, nenhum outro ser morto esteve tão presente entre os vivos. esterco e trouxe de volta o céu sobre a Romênia." Logo após o novo enterro de Codreanu, porém, a Legião cometeu o Massacre, matando mais de 60 ex-dignitários. A Legião alcançou assim os seus objetivos: a velha ordem ruiu sob os seus golpes e todos os inimigos da Legião foram punidos. [16] O enterro do corpo de Codreanu ocorreu em 30 de novembro, com a presença de Antonescu, Sima, von Schirach, Bohle e 100.000 Guardas de Ferro. [17] [18]
O decreto que estabeleceu o regime Nacional Legionário em 14 de setembro colocou Antonescu e Sima em pé de igualdade. Em 28 de outubro, Sima acusou Antonescu de violar o decreto ao permitir o funcionamento dos partidos democráticos. Ele afirmou que tal diversidade política era contrária aos princípios de um estado totalitário. Sima também queria aplicar os princípios nazistas à economia romena, a fim de colocá-la sob controle centralizado. Dirigiu uma carta neste sentido a Antonescu no dia 16 de outubro, mas este rejeitou a ideia. As relações entre Antonescu e a Guarda chegaram ao limite após o Massacre de Jilava. Apesar da tensão crescente, as duas partes conseguiram uma trégua momentânea, que permitiu a um legionário manter o cargo de Chefe da Polícia de Bucareste, mas previu a condenação pública dos assassinatos de Jilava. [19]
Vários decretos antissemitas foram promulgados pelo Estado Nacional Legionário. As propriedades rurais de propriedade de judeus foram expropriadas em 4 de outubro, seguidas por florestas em 17 de novembro e, finalmente, por transporte fluvial em 4 de dezembro. [20]
Em 10 de novembro de 1940, o Estado Nacional Legionário enfrentou um grande terremoto que destruiu 65.000 casas. [21]
Desenvolvimentos externos
No início de outubro de 1940, 15 mil soldados alemães foram destacados para a RomÊnia para proteger as refinarias de petróleo em Ploiești, que eram essenciais para o esforço de guerra alemão. Esta acção unilateral alemã, levada a cabo sem consultar Benito Mussolini (aliado de Hitler no Eixo e líder da Itália Fascista), levou este último a lançar uma invasão da Grécia. A guerra greco-italiana que se seguiu resultou num erro militar, quando os gregos contra-atacaram e ocuparam partes da Albânia governada pelos italianos durante meio ano. [22] A entrada de tropas alemãs na Roménia não foi uma invasão, no entanto, como ocorreu com a aprovação de Antonescu. [23] As primeiras tropas alemãs chegaram à Roménia a 10 de Outubro, em parte como resposta ao pedido de assistência militar de Antonescu, para além do seu principal objectivo de defender os campos petrolíferos romenos. [24] Posteriormente, a Romênia aderiu ao Pacto Tripartite e ao Pacto Anticomintern em 23 e 25 de Novembro, respectivamente. [25] Apesar deste estreitamento das relações com a Alemanha, a minoria alemã na Roménia (que ascendia a 300.000 após as perdas territoriais da Roménia) não foi totalmente poupada ao processo de romenização. Embora poucos alemães do Banato e da Transilvânia tenham sido repatriados para o Reich, o número de alemães étnicos do sul da Bucovina e Dobruja que foram repatriados ascendeu a 76.500. A convenção germano-romena que sancionou estas repatriações foi assinada em 22 de outubro de 1940. De acordo com a convenção, o Estado romeno recebeu os bens anteriormente possuídos pelos alemães repatriados em troca do pagamento de uma indemnização ao Reich. As propriedades recém-adquiridas (terrenos e casas) seriam utilizadas pelo Estado romeno para acomodar refugiados de etnia romena provenientes da Bulgária, deslocados na sequência do Tratado de Craiova. [26] Em 4 de Dezembro, foi assinado um acordo comercial de dez anos entre a Roménia e a Alemanha, que prevê a "reconstrução económica" da Romênia. [27]
Em 27 de setembro de 1940, a Romênia retirou-se do Pacto dos Balcãs. Nesse mesmo dia, foi assinado um acordo comercial com um dos membros do Pacto, a Turquia. Em 19 de dezembro, foi assinado outro acordo comercial entre a Romênia e a Iugoslávia, outro membro do Pacto dos Balcãs. Durante os últimos dias do Estado Nacional Legionário, em 10 e 12 de fevereiro, a Grã-Bretanha e a Bélgica cortaram relações com a Romênia. [28]
As escaramuças fronteiriças com a União Soviética abrangeram toda a duração do Estado Legionário Nacional. No outono de 1940, os soviéticos ocuparam várias ilhas romenas no Delta do Danúbio. Incidentes de fronteira ocorriam diariamente. As tropas soviéticas concentraram-se na fronteira romena, as aeronaves soviéticas fizeram incursões incessantes no espaço aéreo da Roménia e - em Janeiro de 1941 - os navios soviéticos tentaram entrar em águas romenas à força. [29] As tensões atingiram o pico em janeiro de 1941, quando os soviéticos exigiram, por ultimato, o controle do Delta do Danúbio. Os confrontos fronteiriços ocorreram perto de Galați (Condado de Covurlui), onde os romenos estavam minando o Danúbio, durante os quais entre 26 e 100 pessoas foram mortas em ambos os lados. [30]
Dissolução
Em 20 de janeiro de 1941, a Guarda de Ferro tentou um golpe de Estado, combinado com um pogrom contra os judeus de Bucareste. Em 22 de janeiro, no auge da Rebelião, a Guarda de Ferro executou o assassinato ritual de 200 judeus no matadouro de Bucareste, enquanto os Guardistas cantavam hinos cristãos, "um ato de ferocidade talvez único na história do Holocausto". [31] Em quatro dias, Antonescu suprimiu o golpe com sucesso. A Guarda de Ferro foi forçada a sair do governo. Sima e muitos outros legionários refugiaram-se na Alemanha, enquanto outros foram presos. Antonescu aboliu o Estado Nacional Legionário, em seu lugar declarando a Roménia um "Estado Nacional e Social".
A supressão da Rebelião também forneceu alguns dados sobre o equipamento militar utilizado pela Guarda de Ferro, totalizando 5.000 armas de fogo (revólveres, rifles e metralhadoras) e numerosas granadas somente em Bucareste. [32] A Legião também possuía uma pequena força blindada de dois carros blindados de polícia e dois porta-aviões blindados Malaxa UE. [33] Para o transporte, só em Bucareste, a Legião também possuía quase 200 camiões. [34]
Em 14 de fevereiro de 1941, o Estado Nacional Legionário foi formalmente abolido. Mais de 9.000 pessoas implicadas na Rebelião Legionária foram posteriormente detidas, das quais quase 2.000 (1.842, para ser exato) foram condenadas a várias penas, que vão desde alguns meses até prisão perpétua. [35] [36] [37]
Produção militar
Armas
Entre 1938 e junho de 1941, a Romênia produziu mais de 5.000 ZB vz. 30 metralhadoras leves. [38] Isto representa uma produção média mensal de mais de 120 metralhadoras, o que significa que cerca de 500 foram produzidas pelo Estado Legionário Nacional durante os seus 4 meses de existência.
Peças de artilharia
Entre 1938 e maio de 1941, a Romênia produziu 102 canhões antiaéreos Rheinmetall 37 mm. [39] Isto representa uma produção média mensal de 2,5 peças, o que significa que cerca de 10 foram produzidas pelo Estado Nacional Legionário durante os seus 4 meses de existência.
Entre 1936 e julho de 1941, a Romênia produziu 100 canhões antiaéreos Vickers de 75 mm. [40] Isto representa uma produção média mensal de 1,5 peças, o que significa que cerca de 6 foram produzidas pelo Estado Nacional Legionário durante os seus 4 meses de existência.
Veículos blindados
Entre a segunda metade de 1939 e março de 1941, a Romênia produziu 126 tratores blindados Malaxa. [41] Isto representa uma produção média mensal de pouco mais de 6 tratores, o que significa que cerca de 25 foram produzidos pelo Estado Nacional Legionário durante os seus 4 meses de existência.
Aeronaves
Durante o Estado Nacional Legionário, entre outubro e dezembro de 1940, foram entregues 20 bombardeiros leves IAR 39. [42] Entre abril de 1939 e março de 1943, a Romênia produziu 210 treinadores Fleet 10G. [43] Isto representa uma produção média mensal de 4,5 aeronaves, o que significa que cerca de 17 foram produzidas pelo Estado Nacional Legionário durante os seus 4 meses de existência.
Legado
Segundo o historiador britânico Dennis Deletant: “Assim terminou um capítulo único na história do fascismo na Europa. A Guarda foi o único movimento radical da direita na Europa a chegar ao poder sem a ajuda da Alemanha ou da Itália, e o único a ser derrubado durante o domínio da Alemanha Nazista na Europa continental.". [44]
O Estado Legionário Nacional inaugurou a adesão da Romênia ao Eixo, primeiro de facto ao acolher o Exército Alemão no país, e pouco depois, de jure através da assinatura dos Pactos Tripartide e AntiComintern. Também eliminou a maior parte da classe política tradicional da Roménia durante o massacre de Jilava, antes de ser reprimido em Janeiro de 1941 e depois formalmente abolido em Fevereiro. Filmagens de vários discursos historicamente valiosos sobreviveram da era do Estado Legionário Nacional, como um discurso conjunto de Antonescu e Sima [45] e o funeral do fundador da Guarda, Corneliu Zelea Codreanu. [46]
Selos do Estado Nacional Legionário
Ver também
Referências
- ↑ Keith Hitchins, Clarendon Press, 1994, Romania 1866-1947, p. 484
- ↑ Dennis Deletant, Springer, 2016, British Clandestine Activities in Romania during the Second World War, p. 33
- ↑ Hans Rogger, Eugen Weber, University of California Press, 1966, The European Right: A Historical Profile, p. 551
- ↑ Jean W. Sedlar, BookLocker.com, 2007, The Axis Empire in Southeast Europe, 1939-1945, p. 20
- ↑ D. Deletant, Springer, 2006, Hitler's Forgotten Ally: Ion Antonescu and his Regime, Romania 1940-1944, p. 51
- ↑ R. Haynes, Springer, 2016, Romanian Policy Towards Germany, 1936-40, p. 147
- ↑ Institute for Historical Review, 1986, The Journal of Historical Review, Volume 7, Issues 1-2, p. 213
- ↑ Marina Cattaruzza, Stefan Dyroff, Dieter Langewiesche, Berghahn Books, 2012, Territorial Revisionism and the Allies of Germany in the Second World War: Goals, Expectations, Practices, p. 98
- ↑ Grigore Stamate, Editura Militară, 1997, Frontiera de stat a României, p. 79 (in Romanian)
- ↑ Enciclopedia de istorie a României, Editura Meronia, 2002, Recensămintele României: 1899-1992, p. 358 (in Romanian)
- ↑ D. Deletant, Springer, 2006, Hitler's Forgotten Ally: Ion Antonescu and his Regime, Romania 1940-1944, p. 53
- ↑ D. Deletant, Springer, 2006, Hitler's Forgotten Ally: Ion Antonescu and his Regime, Romania 1940-1944, pp. 57-58
- ↑ Payne, Stanley (1995). A History of Fascism, 1914-1945. [S.l.]: University of Wisconsin Press. ISBN 0203501322
- ↑ Keith Hitchins, Cambridge University Press, 2014, A Concise History of Romania, p. 204
- ↑ Gh. Buzatu, Editura Mica Valahie, A History of Romanian Oil Vol II, pp. 366-367
- ↑ John Lampe, Mark Mazower, Central European University Press, 2004, Ideologies and National Identities: The Case of Twentieth-Century Southeastern Europe, p. 40
- ↑ Rusu, Mihai Stelian (May 2021). «Staging Death: Christofascist Necropolitics during the National Legionary State in Romania, 1940–1941». Nationalities Papers (em inglês). 49 (3): 576–589. ISSN 0090-5992. doi:10.1017/nps.2020.22 Verifique data em:
|data=
(ajuda) - ↑ Gh. Buzatu, Editura Mica Valahie, A History of Romanian Oil Vol II, p. 367
- ↑ Keith Hitchins, Clarendon Press, 1994, Rumania 1866-1947, pp. 464-465
- ↑ Keith Hitchins, Clarendon Press, 1994, Romania 1866-1947, p. 484
- ↑ Clark, Roland (5 de junho de 2015). Holy Legionary Youth. Ithaca, NY: Cornell University Press. 228 páginas. ISBN 978-0-8014-5634-3. doi:10.7591/9780801456343
- ↑ Richard Z. Freemann, Jr., Lulu.com, 2016, A Concise History of the Second World War: Its Origin, Battles and Consequences, p. 100
- ↑ Raphael Shen, Greenwood Publishing Group, 1997, The Restructuring of Romania's Economy: A Paradigm of Flexibility and Adaptability, p. 5
- ↑ Keith Hitchins, Cambridge University Press, 2014, A Concise History of Romania, p. 205
- ↑ David Nicholls, ABC-CLIO, 2000, Adolf Hitler: A Biographical Companion, p. 225
- ↑ S. Ionescu, Springer, 2015, Jewish Resistance to ‘Romanianization’, 1940-44, p. 110
- ↑ Gh. Buzatu, Editura Mica Valahie, A History of Romanian Oil Vol II, p. 367
- ↑ Gh. Buzatu, Editura Mica Valahie, A History of Romanian Oil Vol II, pp. 366-368
- ↑ D. Deletant, Springer, 2006, Hitler's Forgotten Ally: Ion Antonescu and his Regime, Romania 1940-1944, p. 280
- ↑ Douglas M. Gibler, Rowman & Littlefield, 2018, International Conflicts, 1816-2010: Militarized Interstate Dispute Narratives, pp. 378-379
- ↑ Norman Manea, Grove Press, 1993, On Clowns: The Dictator and the Artist : Essays, p. 92
- ↑ Henry Robinson Luce, Time Inc., 1941, Time, Volume 37, p. 29
- ↑ Auswärtiges Amt, H.M. Stationery Office, 1961, Documents on German Foreign Policy, 1918-1945: The aftermath of Munich, Oct. 1938-March 1939, p. 1179
- ↑ Roland Clark, Cornell University Press, 2015, Holy Legionary Youth: Fascist Activism in Interwar Romania, p. 232
- ↑ Keith Hitchins, Clarendon Press, 1994, Romania 1866-1947, p. 469
- ↑ L. Leustean, Springer, 2008, Orthodoxy and the Cold War: Religion and Political Power in Romania, 1947-65, p. 54
- ↑ Rebecca Haynes, Martyn Rady, I.B.Tauris, 2013, In the Shadow of Hitler: Personalities of the Right in Central and Eastern Europe, p. 283
- ↑ Mark Axworthy, London: Arms and Armour, 1995, Third Axis, Fourth Ally: Romanian Armed Forces in the European War, 1941–1945, p. 29
- ↑ Mark Axworthy, London: Arms and Armour, 1995, Third Axis, Fourth Ally: Romanian Armed Forces in the European War, 1941–1945, p. 30
- ↑ Mark Axworthy, London: Arms and Armour, 1995, Third Axis, Fourth Ally: Romanian Armed Forces in the European War, 1941–1945, p. 30
- ↑ Mark Axworthy, London: Arms and Armour, 1995, Third Axis, Fourth Ally: Romanian Armed Forces in the European War, 1941–1945, p. 33
- ↑ Mark Axworthy, London: Arms and Armour, 1995, Third Axis, Fourth Ally: Romanian Armed Forces in the European War, 1941–1945, p. 245
- ↑ Mark Axworthy, London: Arms and Armour, 1995, Third Axis, Fourth Ally: Romanian Armed Forces in the European War, 1941–1945, p. 272
- ↑ Dennis Deletant, Hitler's Forgotten Ally: Ion Antonescu and his Regime, Romania 1940-1944, Springer, Apr 12, 2006, p. 66
- ↑ Horia Sima and Ion Antonescu speech (YouTube)
- ↑ Codreanu funeral (YouTube)