Arata Isozaki

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Arata Isozaki
Arata Isozaki
Arata Isozaki em 2013
Nascimento 23 de julho de 1931
Oita, Kyushu, Japão
Morte 29 de dezembro de 2022 (91 anos)
Tóquio, Japão
Nacionalidade japonês
Cidadania Japão
Cônjuge Aiko Miyawaki
Alma mater Universidade de Tóquio (graduação e doutorado)
Ocupação arquiteto, professor universitário
Prêmios Prêmio Pritzker (2019)[1]
Empregador(a) Universidade de Tóquio
Campo(s) Arquitetura
Obras destacadas Pala Alpitour, Palau Sant Jordi, Lake Sagami Country Club, Ōita Prefectural Library
Movimento estético Metabolismo (arquitetura), pós-modernismo
Página oficial
https://isozaki.co.jp/

Arata Isozaki em japonês: 磯崎新, (Oita, 23 de julho de 193129 de dezembro de 2022) foi um arquiteto e urbanista japonês.

Considerado o primeiro arquiteto japonês a desenvolver seu trabalho em uma escala verdadeiramente global, era discípulo de Kenzo Tange. Recebeu a medalha de ouro do RIBA em 1986 e o Prêmio Pritzker em 2019, tendo mais de 100 obras construídas, em praticamente todos os continentes.[2]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Isozaki nasceu em Oita, na ilha de Kyushu, em 1931, crescendo em um Japão pós-Segunda Guerra Mundial. O bombardeio nuclear de Hiroshima e Nagasaki foi um evento determinante para a escolha de sua carreira.[3]

Era o filho mais velho de Moji Isozaki, empresário e poeta haicai, e de Aiko Miyawaki, uma escultora. Após terminar o colegial, seu pai, Moji, mudou-se para a China, onde se formou em Toa Doubun Shoin, voltando ao Japão, onde assumiu o negócio de arroz e transporte marítimo da família, fundando a Oita Godo Truck em 1924, do qual foi presidente após a guerra. Em 1945, sua mãe morreu em um acidente de trânsito.[2]

Estudou na Oita Uenogaoka High School e em 1954 formou-se em arquitetura e engenharia pela Universidade de Tóquio. Logo entrou no doutorado pela mesma universidade. Trabalhou com o também arquiteto Kenzo Tange antes de abrir seu próprio escritório de arquitetura em 1963.[2]

Seus primeiros projetos foram influenciados pelas experiências europeias com um estilo misto que variava entre o novo brutalismo e metabolismo. Seu estilo continuou a evoluir para um estilo próprio, mais próximo do estilo modernista como a Art Tower de Mito (1986–90) e a Biblioteca Central de Kitakyushu (1973–74).[2]

Em 1985, ele criou o interior do clube New York City's Palladium, seu primeiro projeto internacional.[4] Seu segundo projeto internacional, que elevou seu nome fora do Japão, foi o projeto do Museu de Arte Contemporânea de Los Angeles (MOCA), terminado em 1986.[2]

Em 2005, Isozaki abriu uma filial de seu escritório na Itália, o Arata Isozaki & Andrea Maffei Associates. Dois grandes projetos saíram deste escritório: a nova biblioteca municipal de Maranello e Allianz Tower, em Milão.[5]

Apesar de projetar edifícios dentro e fora do Japão, Isozaki às vezes era descrito como um arquiteto que se recusava a ficar preso a um estilo arquitetônico, destacando "como cada um de seus projetos é uma solução específica nascida do contexto do projeto".[6]

Por seu trabalho inovador, Isozaki foi premiado com o Prêmio Pritzker de Arquitetura em 2019.[1][3]

Morte[editar | editar código-fonte]

Sala de Concertos de Quioto

Isozaki morreu em 29 de dezembro de 2022, aos 91 anos, em Tóquio.[7][8][9]

Trabalhos notáveis[editar | editar código-fonte]

Projetos de universidades[editar | editar código-fonte]

Em agosto de 2007 encontravam-se em fase de plano três campi universitários da Universidade da Ásia Central em Tekeli, Cazaquistão; Naryn, Quirguistão; e Khorog, no Tajiquistão.

Galeria[editar | editar código-fonte]

Premiações[editar | editar código-fonte]

  • Annual Prize, Architectural Institute of Japan - 1974
  • Mainichi Art Award - 1983
  • RIBA Gold Medal - 1986
  • International Award “Architecture in Stone” - 1987
  • ArnoldW.BrunnerMemorial Prize of the American Academy and Institute of Arts and Letters - 1988
  • Chicago Architecture Award - 1990
  • Honor Award, the American Institute of Architects - 1992
  • RIBA Honorary Fellow - 1994.
  • The ECC Award - 2012 for his Venice installation Zhongyuan.[10][11]
  • Prémio Pritzker - 2019

Referências

  1. a b Katherine Allen, ed. (5 de março de 2019). «Arata Isozaki Named 2019 Pritzker Prize Laureate». ArchDaily. Consultado em 29 de dezembro de 2022 
  2. a b c d e Amy Qin, ed. (9 de março de 2019). «The man who fused east and west: Arata Isozaki wins Pritzker Prize in architecture». The Independent. Consultado em 29 de dezembro de 2022 
  3. a b c «Arata Isozaki, arquiteto japonês, ganha prêmio Pritzker 2019». G1. 5 de março de 2019. Consultado em 29 de dezembro de 2022 
  4. «Arata Isozaki's Palladium Nightclub Through the Lens of Timothy Hursley». ArchDaily. 7 de março de 2019. Consultado em 29 de dezembro de 2022 
  5. Peressut, Luca Basso (1999). Musei: Architetture 1990–2000. [S.l.: s.n.] ISBN 978-8871791999 
  6. Lindsey Leardi (ed.). «Arata Isozaki on "Ma," the Japanese Concept of In-Between Space». ArchDaily. Consultado em 29 de dezembro de 2022 
  7. «Muere el arquitecto Arata Isozaki, autor del Palau Sant Jordi». La Vanguardia. 29 de dezembro de 2022. Consultado em 29 de dezembro de 2022 
  8. Fabian Dejtiar (ed.). «Arata Isozaki, ganhador do prêmio Pritzker, morre aos 91 anos». ArchDaily. Consultado em 29 de dezembro de 2022 
  9. Joana Amaral Cardoso (ed.). «Morreu o arquitecto japonês e prémio Pritzker Arata Isozaki». Público. Consultado em 29 de dezembro de 2022 
  10. «ECC AWARD». European Cultural Centre. Consultado em 11 de julho de 2017. Arquivado do original em 17 de julho de 2017 
  11. «Time-Space-Existence in Venice». World Architects. Consultado em 11 de julho de 2017 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Arata Isozaki

Precedido por
Balkrishna Doshi
Prêmio Pritzker
2019
Sucedido por
Yvonne Farrell e Shelley McNamara