Djent

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Djent
Origens estilísticas Metal Progressivo
Contexto cultural Do fim da década de 2000 ao presente no norte da Europa, nordeste dos Estados Unidos e sudeste da Austrália
Instrumentos típicos Baixo, bateria, guitarra, sintetizador, teclado e voz
Popularidade Em crescente popularidade do fim da década de 2000 ao presente
Formas regionais
Austrália • Escandinávia • Estados Unidos • Reino Unido

Djent é um recente movimento de heavy metal que se desenvolveu como um spin-off do metal progressivo,[1][2] tendo como berço, assim como sendo mais evidente, lugares como o norte da Europa, o nordeste dos Estados Unidos e ainda a Austrália. A palavra "djent" é uma onomatopéia para o som de uma guitarra com distorção (alto ganho) sendo tocada com palm muting (abafamento), como empregado, por exemplo, pela banda sueca Meshuggah, e quanto termo, tendo sido cunhado pelo guitarrista Fredrik Thordendal, da já citada banda Meshuggah. Tipicamente, o termo é usado para se referir à música que faz uso desse som, o som em si, ou a melodia que o envolve.[3]

Desenvolvimento

O guitarrista da banda Meshuggah, Fredrik Thordendal, criador do termo Djent.

Na década de 2000, bandas como a sueca Meshuggah e a britânica Sikth[3] já apresentavam uma sonoridade com intenso uso de palm muting (abafamento) em cima de contratempo, assim como o uso de ambiente, sendo essas bandas, portanto, principalmente o Meshuggah, precursoras do Djent. Ainda entre bandas pioneiras do Djent temos a neerlandesa Textures,[4] a inglesa TesseracT[5][6][7] e a americana Animals as Leaders.[2] As bandas After the Burial e Born of Osiris também foram descritas como sendo inspiradoras no gênero.[8][9] O movimento, entretanto, surgiu após as gravações solo de Misha Mansoor, guitarrista da banda americana Periphery, que posteriormente "trouxe" o Djent do "mundo virtual" para o "real".[3] Em pouco tempo o gênero cresceu e se tornou uma tendência,[8] com inúmeras bandas emergindo nas cenas, em especial europeia e americana, entre 2009 e 2010.[3]

Características

Djent, em seu sentido original, é um acorde pesado, tocado de forma sincopada em um riff de guitarra, fortemente processado ​​digitalmente.[3] O Djent como um gênero musical tem sido descrito e apresentado com acordes de guitarra intensamente abafados e dissonantes, fortemente distorcidos, assim como com solos virtuosos [1] e ambientes dinâmicos. Ainda é caracterizado como progressivo, técnico, rítmico e muitas vezes incluindo a polirritmia, e portanto, complexo.[7] Outro atributo comum do estilo é o som computadorizado e o uso de sampler para a reprodução de sons ambientes.

As cordas no djent

Entre as bandas djent predominam as guitarras de sete, oito e até nove cordas (essa última sendo menos comum), em que as cordas mais graves associadas as baixas afinações das guitarras soam o peso que caracterizam a sonoridade do gênero. Havendo inclusive séries de guitarras voltadas para o estilo.[10][11] Também há o comum emprego de baixos de cinco e seis cordas, também em baixas afinações.

O termo THALL

O termo THALL, que é difundido na cena djent.

O termo THALL, que é disseminado dentro da cena djent, foi criado pelos membros da banda Vildhjarta, e propagado pela internet através de vídeos e de redes sociais.[12]

O seu significado, no entanto, não é conhecido na cena djent, uma vez que os membros da banda não o revelam, alegando que o mesmo pode perder o seu significado, e por isso, o significado do termo tem ficado restrito aos membros da banda Vildhjarta,[13] o que consequentemente tem o tornado sinônimo da própria banda e mesmo do djent.

Lista de bandas principais

Links externos

Referências

  1. a b Bowcott, Nick (26 June 2011). «Meshuggah Share the Secrets of Their Sound». Guitar World. Future US. Consultado em 17 October 2011  Verifique data em: |acessodata=, |data= (ajuda)
  2. a b Angle, Brad (23 July 2011). «Interview: Meshuggah Guitarist Fredrik Thordendal Answers Reader Questions». Guitar World. Future US. Consultado em 17 October 2011  Verifique data em: |acessodata=, |data= (ajuda)
  3. a b c d e "Djent, the metal geek's microgenre". The Guardian. 3 March 2011. Retrieved 26 June 2011
  4. Bland, Ben (3 October 2011). «Textures - Dualism (Album Review)». Stereoboard.com. Consultado em 17 October 2011  Verifique data em: |acessodata=, |data= (ajuda)
  5. GuitarWorld Staff Member (16 March 2011). «TesseracT Unveil New Video». Guitar World. Future US. Consultado em 17 October 2011  Verifique data em: |acessodata=, |data= (ajuda)
  6. Rivadavia, Eduardo. «One». Allmusic. Rovi Corporation. Consultado em 17 October 2011  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  7. a b Rivadavia, Eduardo. «Concealing Fate». Allmusic. Rovi Corporation. Consultado em 17 October 2011  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  8. a b Colgan, Chris (24 June 2011). «Born of Osiris: The Discovery». PopMatters. Consultado em 19 October 2011  Verifique data em: |acessodata=, |data= (ajuda)
  9. Reid, Evelyn (1 September 2011). «Evelyn Reid Montreal Concerts: September 2011». About.com. Consultado em 17 October 2011  Verifique data em: |acessodata=, |data= (ajuda)
  10. http://www.mayones.com/en/katalog/djentlemen_series
  11. http://oglobo.globo.com/blogs/overdubbing/posts/2008/11/04/ibanez-da-marretada-na-orelha-com-guitarra-de-8-cordas-137129.asp
  12. http://www.nocleansinging.com/2011/12/21/an-ncs-interview-daniel-bergstrom-vildhjarta/
  13. http://www.blistering.com/fastpage/fpengine.php/templateid/24873/menuid/3/tempidx/5/link/1