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Os Jogos Olímpicos de Verão de 1896, oficialmente conhecidos como Jogos da I Olimpíada, foram os primeiros Jogos Olímpicos da era moderna, realizados em Atenas, Grécia, berço dos Jogos da Antiguidade, entre os dias 6 e 15 de abril de 1896, com a participação de 241 atletas masculinos, representantes de catorze países. O evento realizou-se graças ao empenho visionário do francês Pierre de Frédy, o Barão de Coubertin, idealizador do renascimento dos Jogos existentes na Grécia Antiga, mentor do movimento olímpico e fundador do Comitê Olímpico Internacional.

Sem qualquer experiência na organização de semelhante evento, os organizadores dos primeiros Jogos quase arruinaram a própria competição graças a uma diversidade de datas, pois os gregos utilizavam o antigo calendário juliano na época, paralelo ao convencional usado pela civilização ocidental, fazendo com que ocorresse uma diferença de doze dias entre ambos, o que atrapalhou a inauguração dos Jogos e a chegada dos atletas dos diversos pontos do planeta. Nos registros onde foi utilizado o calendário juliano os Jogos realizaram-se entre 25 de março e 3 de abril de 1896.




A escultura do Classicismo grego tem sido longamente considerada como o ponto mais alto do desenvolvimento da arte escultórica na Grécia Antiga, tornando-se quase um sinônimo para "escultura grega" e eclipsando outros estilos que por lá foram cultivados em sua longa história. O Cânone, um tratado sobre as proporções do corpo humano escrito por Policleto em torno de 450 a.C., é tido geralmente como seu marco inicial, e seu fim é assinalado com a conquista da Grécia pelos macedônios, em 338 a.C., quando a arte grega começa uma grande difusão para o oriente, de onde recebe influências, muda seu caráter e torna-se cosmopolita, na fase conhecida como Helenismo. Nesse intervalo é quando consolida-se a tradição do Classicismo grego, tendo o homem como a nova medida do universo, e o reflexo disso na escultura é a primazia absoluta da representação do corpo humano nu. A escultura do Classicismo elaborou uma estética que conjugava valores idealistas com uma fidedigna representação da natureza, evitando, embora, a caracterização excessivamente realista e o retrato de extremos emocionais, mantendo-se geralmente numa atmosfera formal de equilíbrio e harmonia. Mesmo quando o personagem se encontra imerso em cenas de batalha, sua expressão parece pouco tocada pela violência dos acontecimentos.

O Classicismo elevou o homem a um nível de dignidade sem precedentes, ao mesmo tempo em que lhe atribuiu a responsabilidade de criar seu próprio destino e ofereceu um modelo de vida harmonioso, num espírito de educação integral para uma cidadania exemplar.




A Batalha das Termópilas, travada no contexto da II Guerra Médica, decorreu no Verão de 480 a.C., no desfiladeiro das Termópilas, na Grécia Central. Aí, de acordo com a tradição veiculada pelo historiador Heródoto de Halicarnasso, 300 Espartanos, sob o comando do seu rei Leónidas I, acompanhados por não mais de 10 000 aliados de outras πόλεις (cidades-Estado) helénicas, enfrentaram os milhões de Persas liderados por Xerxes I, filho de Dario I. Independentemente do exagero dos números, a batalha terminou com uma retumbante vitória persa.

As Termópilas constituem o exemplo, em termos de estratégia militar, de como um pequeno grupo de soldados bem treinados pode ter, em circunstâncias de desigualdade numérica, um grande impacto sobre um número de inimigos muito maior; contudo, esta estratégia só é eficaz num terreno desfavorável ao inimigo (campo fechado), pois se a batalha tivesse sido travada numa planície, facilmente os Gregos teriam saído derrotados.




Atenas (em grego: Αθήνα; romaniz.:Athína; em grego antigo: Ἀθῆναι, transl.: Athēnai) é a capital e maior cidade da Grécia. A cidade domina a região da Ática e é uma das cidades mais antigas do mundo, sendo que seu território está continuamente habitado há 3400 anos. A Atenas Clássica, do período da Grécia Antiga, foi uma poderosa pólis (cidade-Estado) que surgiu em conjunto com o desenvolvimento do porto de Pireu. Um centro artístico, estudantil e filosófico desde a Antiguidade, a cidade sediou a Academia de Platão e o Liceu de Aristóteles, além de ser amplamente considerada como o berço da civilização ocidental e da democracia, em grande parte devido ao impacto de suas realizações culturais e políticas durante os séculos IV e V a.C. no resto do continente europeu. Atualmente, é uma metrópole cosmopolita e o centro econômico, financeiro, industrial, político e cultural da Grécia.




Mapa topográfico de Santorini
Mapa topográfico de Santorini

A erupção minoica de Santorini, também referida como a erupção do Tera ou erupção de Santorini, foi uma catastrófica erupção vulcânica pliniana com um Índice de Explosividade Vulcânica (IEV) de 6 ou 7 e uma Densidade Lítica Equivalente (DLE) de 60 km³, que se estima ter ocorrido em meados do segundo milênio a.C., entre o período de 1 650–1 450 a.C. A erupção foi um dos maiores eventos vulcânicos na Terra registrados na história. A erupção devastou a ilha de Santorini, incluindo o assentamento minoico de Acrotíri, bem como as comunidades agrícolas e áreas em ilhas próximas e na costa da ilha de Creta. De boa na lagoa.

A ilha de Santorini é formada por um grupo circular de ilhas que pertencem ao arquipélago das Cíclades. Esse arquipélago faz parte do arco insular do mar Egeu, formado pela subducção da placa africana com o sistema de trincheiras marinhas helênicas localizadas ao sul de Creta. Estudos geológicos indicam que, ao menos, doze fases eruptivas ocorreram ao longo dos últimos milhões de anos. Devido à erupção minoica Santorini, que era uma grande ilha circular, o planalto central da ilha entrou em colapso e gerou a caldeira moderna. Atualmente Santorini é formado por um arquipélago de três ilhas: Tera, Terásia e Aspronisi.




Os Jogos Olímpicos de Verão de 2004 foram um evento multiesportivo realizado em Atenas, capital da Grécia, entre 11 e 29 de agosto. Foi a segunda edição de Jogos Olímpicos realizada na cidade, 108 anos após a primeira. Durante os dezoito dias de disputa, 10 625 atletas de 202 nações competiram em 301 eventos de 28 esportes. Após um período de dúvidas em relação à capacidade da Grécia de realizar os Jogos, causadas pelo atraso nas obras de construção e reforma dos locais de competição, Atenas contou com uma grande popularidade. 3,9 bilhões de pessoas em todo o mundo acompanharam as competições por mais de trezentos canais de televisão, um recorde na história olímpica.

Alguns locais de competição trouxeram uma grande carga de história: o estádio da cidade de Olímpia, em que foram disputados os Jogos na Antiguidade, recebeu as provas de lançamento do disco. A cidade de Maratona recebeu a largada das provas que levam o nome da cidade. Os atletas repetiram o trajeto feito pelo herói grego Fidípides cerca de 2 500 anos antes. A chegada das provas e as competições de tiro com arco ocorreram no Estádio Panathinaiko, palco central dos Jogos Olímpicos de Verão de 1896. Ao lado dessas, modernas instalações, como o Estádio Olímpico, totalmente reformado para receber o atletismo e as cerimônias de abertura e de encerramento.




O Emirado de Creta, chamado Iqritich ou Iqritiya pelos árabes, foi um estado muçulmano que existiu na ilha mediterrânica de Creta desde a década de 820 até à reconquista da ilha pelo Império Bizantino em 961.

Creta foi conquistada por um grupo de exilados do Alandalus (Ibéria muçulmana) ca. 824 ou 827-828 que rapidamente estabeleceu um estado independente. Numerosas tentativas de retomar a ilha por parte dos bizantinos falharam de forma desastrosa e durante os 135 anos da sua existência, o emirado foi um dos principais inimigos do Império Bizantino. Creta encontrava-se numa posição estratégica para o controlo das rotas marítimas do Mediterrâneo Oriental e funcionava como uma base avançada e refúgio seguro para frotas de corsários do mundo muçulmano que saqueavam as costas do Mar Egeu controladas pelos bizantinos. A história interna do emirado é mal conhecida, mas todos os registos apontam para uma prosperidade considerável advinda não só da pirataria, mas também de intenso comércio e da agricultura. O emirado chegou ao fim quando o futuro imperador Nicéforo II Focas lançou contra ele uma enorme campanha em 960-961.




Fachada da igreja do mosteiro.
Fachada da igreja do mosteiro.

Mosteiro de Arcádi (em grego: Μονή Αρκαδίου; romaniz.:Moní Arcadíou) é um mosteiro ortodoxo situado num planalto fértil 23 km a sudeste de Retimno na ilha de Creta, Grécia, na unidade regional de Retimno. A atual construção data do século XVI e é marcada pela influência renascentista, devido ao facto de Creta ser então uma possessão da República de Veneza. Desde o século XVI que o mosteiro foi um lugar de ciência e de arte, dispondo de uma escola e de uma rica biblioteca, onde se guardam numerosos livros antigos. Rodeada de muros altos e espessos, no cimo de um planalto de difícil acesso, o mosteiro é uma verdadeira fortaleza.

Arcádi foi um centros mais importantes e ativos da resistência contra a ocupação otomana e por isso é muito célebre. Durante a revolta cretense de 1866-1869, 943 gregos refugiaram-se no mosteiro. Entre eles havia muitos resistentes, mas na sua maioria eram mulheres e crianças. Depois de três dias de combates, sob o comando do hegúmeno (abade) Gabriel Marinaquis, os cretenses fizeram explodir os barris de pólvora, preferindo sacrificarem-se a renderem-se. Todos os ocupantes e refugiados morreram exceto uma centena no assalto final das tropas otomanas. Nos combates morreram também cerca de 1 500 turcos e egípcios (ou o dobro disso segundo algumas fontes). A explosão não pôs fim à insurreição, que acabaria reprimida três anos depois, mas atraiu a atenção da Europa Ocidental sobre um povo que se batia destemidamente pela sua independência.




Termas e cisternas romanas de Áptera
Termas e cisternas romanas de Áptera

Áptera (em grego: Άπτερα), também conhecida como Aptara, Apteria, Apterea, Aptaria ou Aptere, foi uma cidade do noroeste da ilha de Creta, Grécia. Atualmente as suas ruínas constituem um sítio arqueológico, situado a menos de um quilómetro em linha reta da costa sul da baía de Suda. Ali existiu uma cidade-estado, que já era poderosa no final do período minoico e que atingiu o seu apogeu no período helenístico. Declinou lenta e gradualmente a partir daí, embora continuasse a ser uma cidade importante durante o período romano e primeiros tempos do Império Bizantino. Foi destruída por dois terramotos, nos séculos IV e VII d.C., e pelos Sarracenos em 823, quando foi definitivamente abandonada.

No século XII foi construído no local da antiga cidade um mosteiro dedicado a São João, o Teólogo, que funcionou até meados da década de 1960. Os venezianos construíram no local um forte, o qual foi destruído por piratas em 1583. A posição estratégica do sítio foi também aproveitada pelos otomanos, que ali construíram uma fortaleza na segunda metade do século XIX, durante a Revolta de Creta de 1866-1869, para dominar toda a baía de Suda. Durante a Segunda Guerra Mundial, as tropas de ocupação alemãs também se posicionaram no planalto de Áptera.