Urbanismo tático

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A cidade de Barcelona tem utilizado pintura, bancos, macetas ou separadores de estradas para conseguir mais espaço pedonal e ciclista em pouco tempo e de forma económica.[1]

O urbanismo tático é um enfoque no planejamento e intervenção do espaço urbano caracterizado por um baixo custo, pequena escala, rapidez na execução, reversibilidade e pela participação cidadã na tomada de decisões. O objectivo é transformar a cidade para fazê-la mais agradável, acolhedora, sustentável e segura a partir do questionamento do uso e ocupação dos espaços públicos.[2]

Características[editar | editar código-fonte]

Habitualmente o urbanismo tático emprega elementos urbanísticos efémeros e portáteis, como pintura ou mobiliário urbano, para marcar o novo uso desse espaço sem a alteração da infraestrutura. Isto permite avaliar experimentalmente se a intervenção tem o efeito desejado, se podem se incluir melhoras ou se a mudança de uso deve se fazer permanente.[2]

Histórico[editar | editar código-fonte]

O termo urbanismo tático tornou-se popular a partir da segunda metade da década dos 2000 para referir-se a multidão de acções cidadãs e de activismo urbano que começaram a emergir por todo mundo e cujo objectivo comum era reconquistar espaços para a cidadania e que os próprios vizinhos pudessem participar na modelagem de seu meio quotidiano.[3][4]

Influências[editar | editar código-fonte]

O urbanismo tático está influenciado, entre outros, pelas contribuições de urbanistas, arquitectos, geógrafos humanos, sociólogos ou filósofos como Jane Jacobs, Peter Hall, Hannah Arendt, Jürgen Habermas, Paul Davidoff ou David Harvey.[5]

Nomenclaturas alternativas[editar | editar código-fonte]

Dependendo da perspectiva ideológica, da duração da intervenção ou de se estas acções são levadas a cabo por instituições ou por activistas, o conceito também recebe o nome de urbanismo emergente, urbanismo de guerrilha, urbanismo punk, urbanismo participativo, urbanismo precário, urbanismo de abaixo acima, prototipado urbano ou planificar fazendo.[5]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Urbanismo táctico en Barcelona». Ajuntament de Barcelona 
  2. a b «Tactical Urbanism. Short-term action. Long-term change». The Street Plans Collaborative (em inglês). Março de 2012 
  3. De Smet, Aurelie (2008). «Learning form tactical approaches to urban voids» (PDF) (em inglês) 
  4. «Tactical Urbanists Are Improving Cities, One Rogue Fix at a Time» (em inglês). 20 de abril de 2015 
  5. a b Marrades, Ramon (12 de dezembro de 2014). «No lo llaméis urbanismo emergente, llamadlo urbanismo precario». elDiario.es (em espanhol). Consultado em 15 de maio de 2023