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Purina

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 Nota: Se procura pela divisão de alimentação de animais da Nestlé, veja Nestlé Purina PetCare.
Purina
Alerta sobre risco à saúde
Nome IUPAC 7H-purine
Identificadores
Número CAS 120-73-0
PubChem 1044
ChemSpider 1015
MeSH Purine
SMILES
Propriedades
Fórmula molecular C5H4N4
Massa molar 120.112
Ponto de fusão

214 °C

Compostos relacionados
Purinas relacionados Xantina (3,7-diidro-purina-2,6-diona)
Adenina (6-aminopurina)
Guanina (2-amino-1H-purina-6(9H)-ona)
Compostos relacionados Benzimidazol (N apenas no anel pentagonal)
Página de dados suplementares
Estrutura e propriedades n, εr, etc.
Dados termodinâmicos Phase behaviour
Solid, liquid, gas
Dados espectrais UV, IV, RMN, EM
Exceto onde denotado, os dados referem-se a
materiais sob condições normais de temperatura e pressão

Referências e avisos gerais sobre esta caixa.
Alerta sobre risco à saúde.

As purinas são bases nitrogenadas (denominadas então bases púricas), compostos orgânicos heterocíclicos. São compostas por um anel pirimidínico fundido a um anel imidazólico.[1]

Duas das bases dos ácidos nucleicos, a adenina e a guanina, são purinas. No ADN, estas bases unem-se às pirimidinas complementares, a timina e a citosina, através de pontes de hidrogénio.

As bases púricas são pouco solúveis em água em pH neutro e o principal metabólito de sua degradação é o ácido úrico. A produção excessiva de ácido úrico, devido à degradação destas bases, pode causar a hiperuricemia.

Purinas notáveis

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A quantia de purinas encontradas na natureza é enorme, visto que 50% das bases nitrogenadas encontradas nos ácidos nucleicos, a adenina e guanina, são purinas. No ADN, essas bases formam pontes de hidrogênio com as bases pirimídicas complementares, timina e citosina. No RNA, a base complementar da adenina é a uracila ao invés da timina.

Outras purinas a serem citadas são a hipoxantina, xantina, teobromina, cafeína, ácido úrico e isoguanina

Além de serem utilizadas na síntese de DNA e RNA, as purinas são componentes importantes de várias biomoléculas, como o ATP, GTP, AMPc, NADH, e Coenzima A.

Segundo a Regra de Chargaff, a proporção de bases púricas no Dna é de 60% (A=G) e de bases pirimídicas é de 40% (C=T).

Ribose 5-fosfato, produzido na via das pentoses-fosfato, reage com ATP formando AMP e 5-fosforibosil 1-pirofosfato (PRPP).

O PRPP é utilizado na síntese de purinas e pirimidinas, na recuperação destas bases e na síntese de NAD.

Este PRPP reage com glutamina, formando 5-fosforibosilamina + glutamato + pirofosfato. A reação é catalisada pela Glutamina PRPP amido transferase, e é a principal reação reguladora da biossíntese de purinas (é irreversível).

Através de outras reações há formação de IMP, que poderá formar Adenilsuccinato ou XMP. O adenilsuccinato forma AMP, que forma ADP para depois formar ATP; o XMP forma GMP, GDP e posteriormente GTP.

Referências

  1. «Purina» (em inglês). PubChem. Consultado em 15 de maio de 2020 
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