Fundão (Portugal): diferenças entre revisões

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O '''Fundão''' é uma [[cidade]] [[Portugal|portuguesa]] no [[Distrito de Castelo Branco]], [[região Centro]] e sub-região da [[Cova da Beira]], com cerca de 9 236 habitantes.<ref>http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_indicadores&indOcorrCod=0005889&contexto=pi&selTab=tab0</ref>


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Revisão das 12h00min de 29 de janeiro de 2012

Fundão

Vista panorâmica da cidade do Fundão

Brasão de Fundão Bandeira de Fundão

Localização de Fundão

Gentílico Fundanense
Área 700,13 km²
População 29 213 hab. (2011[1])
Densidade populacional 41,7  hab./km²
N.º de freguesias 31
Fundação do município
(ou foral)
1747
Região (NUTS II) Centro
Sub-região (NUTS III) Cova da Beira
Distrito Castelo Branco
Província Beira Baixa
Orago São Martinho
Feriado municipal 15 de Setembro
Código postal 6230
Sítio oficial www.cm-fundao.pt
Município de Portugal

O Fundão é uma cidade portuguesa no Distrito de Castelo Branco, região Centro e sub-região da Cova da Beira, com cerca de 9 236 habitantes.[2]

História

A histórica Rua da Cale, no coração da cidade do Fundão, é actualmente um local vocacionado para o comércio tradicional.

Na Idade do Ferro, desde o ano 1000 a.C. até à sua destruição pelos Romanos, houve no topo do Monte de São Brás (na Serra da Gardunha) um Castro lusitano. Este foi substituído por uma villa ou núcleo de edifícios agriculturais no tempo do Império Romano (por baixo da Rua dos Quintãs). Julga-se que a villa foi substituída por uma mansão senhorial fortificada na Alta Idade Média. O topónimo do local Fundão foi pela primeira vez referido em documento de 1307, e depois 1314 e 1320 referindo 32 casas. Nessa altura ficava aquém em população e influência, a várias aldeias que hoje fazem parte do seu concelho, como a do Souto da Casa.

Capela do Espírito Santo (século XVI).

A história do Fundão enquanto centro urbano preeminente é condicionada desde o inicio pelos Cristãos-Novos, assim como a dos concelhos vizinhos de Belmonte e da Covilhã. Após a expulsão dos judeus espanhóis (sefarditas) em 1492 pelos Reis Católicos Fernando e Isabela, grande número de refugiados veio a estabelecer-se na Cova da Beira, onde já havia minorias judaicas significativas.

Real Fábrica de Lanifícios do Fundão (século XVIII), actual edifício da Câmara Municipal do Fundão.

Foram estes imigrantes, fundando bairros dos quais o mais importante situava-se em volta da Rua da Cale (Rua do Encontro ou da Sinagoga em Hebraico) que permitiram ao local Fundão assumir as dimensões de uma verdadeira cidade. O influxo de mercadores e artesãos judeus transfomaria a cidade num centro importante para o comércio e a industria.

Com o estabelecimento da Inquisição, começaram as perseguições aos judeus e cristão-novos, tendo sido numerosas as expropriações, as torturas e as execuções. Ainda hoje são frequentes os nomes dos cristão-novos nos habitantes da região. A cidade perdeu assim nessa altura grande parte do seu dinamismo económico.

Igreja Matriz do Fundão (século XVIII).

Em 1580 os notáveis da cidade deram o seu apoio ao Prior do Crato D. António, contra as pretensões do Rei de Espanha D. Filipe II (Filipe I de Portugal). Nesse ano elevaram unilateralmente eles próprios o Fundão ao estatuto de Vila. O concelho foi fundado em 1747 por ordem de D.João V, emancipando-o da Covilhã.

No período do Iluminismo do fim do Século XVIII, o então Primeiro Ministro do reino, o Marquês de Pombal, após equiparar legalmente os cristão-novos aos cristão-velhos, procurou restaurar a preeminência económica da cidade fundando a Real Fábrica de Laníficios, onde hoje está situada a Câmara Municipal. Nessa altura voltaram a ser exportados em quantidade os tecidos de do Fundão. No século XIX o Fundão foi saqueado durante as Invasões Francesas, e voltou a sofrer durante a Guerra Civil entre os Liberais pró-D. Pedro II e os Conservadores pró-D. Miguel.

A 19 de Abril de 1988 o Fundão foi elevado a Cidade.

Pavilhão Multiusos.

Geografia

A cidade está localizada no sopé do Monte de S.Brás, um ramo da Serra da Gardunha, no planalto da Cova da Beira, a uma altitude de cerca de 500 metros. É sede de um município com 700,13 km² de área e 30 867 habitantes (2008[3]), subdividido em 31 freguesias. O município é limitado a norte pelos municípios da Covilhã, Belmonte e Sabugal, a leste por Penamacor e Idanha-a-Nova, a sul por Castelo Branco, a sudoeste por Oleiros e a oeste por Pampilhosa da Serra.

A Moagem - Cidade do Engenho e das Artes.

Economia

A cidade é um centro local importante de comércio, serviços e indústria. O concelho compreende parte das terras mais férteis da região, o grande vale da Cova da Beira, onde passa o Rio Zêzere e as suas numerosas ribeiras afluentes. São feitas grandes produções de cerejas e ginjas, pêssegos, azeite e vinho.

Existem minas de Volfrâmio, na Panasqueira (pertencentes ao concelho da Covilhã, mas as suas gentes também faziam vida no Fundão (Silvares))[carece de fontes?], de entre as mais importantes do seu tipo do mundo, também de chumbo e estanho. Existem quantidades de prata e ouro. A sua água mineral é das mais vendidas em Portugal.

À saída norte para a Covilhã ao longo da EN 18 desenvolveram-se várias industrias e comércios de interesse até a nível nacional como a transformação de madeira, granitos, vidro e piscinas. Nesta zona existem vários hotéis, restaurantes e piscinas com interesse turístico.

Biblioteca Eugénio de Andrade.

Demografia

O gráfico seguinte apresenta a evolução demográfica do Concelho do Fundão entre 1801 e 2008:

Freguesias do Concelho

As freguesias do Concelho do Fundão são as seguintes:

Cidades Geminadas

Imprensa

O jornal local é o Jornal do Fundão. A cidade do Fundão é também sede do único jornal diário a cobrir a Beira Interior, intitulado Diário XXI.

As rádios locais são a Rádio Jornal do Fundão (100.0 MHz) e a Rádio Cova da Beira (92.5 MHz e 107.0 MHz).

Pessoas Célebres do Concelho do Fundão

Ligações externas

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Fundão (Portugal)

Referências

Predefinição:ConcelhosCasteloBranco