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Carlos Drummond de Andrade: diferenças entre revisões

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== Origens e descendência ==
Carlos Drummond de Andrade era descendente de Manuel da Luz Escórcio Drummond (c. 1525{{--}}), [[fidalgo]] [[portugueses|português]] da [[Ilha da Madeira]] de origem [[nobre]] [[escoceses|escocesa]]<ref>[http://www.heraldrysinstitute.com/lang/pt/cognomi/Drumond/Portugal/idc/601789 Drumond (Portugal)]</ref><ref>[https://www.myheritage.com.br/site-125018992/drummond-no-brasil Drumond no Brasil]</ref>, tendo parentesco com a rainha [[Mary Stuart]]. Drummond também possuía descendência do [[hispano-brasileiro]] [[Amador Bueno]], figura importante do [[Brasil Colônia]]<ref>[http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=189&cat=Ensaios Ensaios - A Origem de Drummond]</ref>.


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Revisão das 17h41min de 25 de agosto de 2016

Carlos Drummond de Andrade
Ficheiro:Carlos-drummond-de-andrade.jpg
Carlos Drummond de Andrade
Nascimento 31 de outubro de 1902
Itabira,  Minas Gerais
Morte 17 de agosto de 1987 (84 anos)
Rio de Janeiro,  Rio de Janeiro
Nacionalidade brasileiro
Cônjuge Dolores Dutra de Morais (1925–1987)
Filho(a)(s) Carlos Flávio
Maria Julieta Drummond de Andrade
Alma mater Universidade Federal de Minas Gerais
Ocupação Poeta, cronista e contista
Prémios Prémio Jabuti 1968

Prémio da Associação Paulista dos Críticos de Arte (1973)

Movimento literário Modernismo
Magnum opus A Rosa do Povo (1945)
Assinatura

Carlos Drummond de Andrade (Itabira, 31 de outubro de 1902Rio de Janeiro, 17 de agosto de 1987) foi um poeta, contista e cronista brasileiro, considerado por muitos o mais influente poeta brasileiro do século XX.[1] Drummond foi um dos principais poetas da segunda geração do Modernismo brasileiro.[2]

Biografia

Nasceu em Minas Gerais, numa cidade cuja memória viria a permear parte de sua obra, Itabira. Seus antepassados, tanto do lado materno como paterno, pertencem a famílias de há muito tempo estabelecidas no Brasil.[3][4] Posteriormente, foi estudar em Belo Horizonte, no Colégio Arnaldo, e em Nova Friburgo com os jesuítas no Colégio Anchieta.[5] Formado em farmácia pela Universidade Federal de Minas Gerais[6], com Emílio Moura e outros companheiros, fundou "A Revista", para divulgar o modernismo no Brasil.[7]

Em 1925, casou-se com Dolores Dutra de Morais, com quem teve dois filhos, Carlos Flávio, que viveu apenas meia hora[8] (e a quem é dedicado o poema "O que viveu meia hora", presente em Poesia completa, Ed. Nova Aguilar, 2002), e Maria Julieta Drummond de Andrade.

No mesmo ano em que publica a primeira obra poética, "Alguma poesia" (1930), o seu poema Sentimental é declamado na conferência "Poesia Moderníssima do Brasil"[1], feita no curso de férias da Faculdade de Letras de Coimbra, pelo professor da Cadeira de Estudos Brasileiros, Dr. Manoel de Souza Pinto, no contexto da política de difusão da literatura brasileira nas Universidades Portuguesas. Durante a maior parte da vida, Drummond foi funcionário público, embora tenha começado a escrever cedo e prosseguindo até seu falecimento, que se deu em 1987 no Rio de Janeiro, doze dias após a morte de sua filha.[9] Além de poesia, produziu livros infantis, contos e crônicas. Sua morte ocorreu por infarto do miocárdio e insuficiência respiratória.[10]

Em 1987, meses antes de sua morte, a escola de samba Mangueira o homenageou no Carnaval com o enredo "O Reino das Palavras", sagrando-se campeã do Carnaval Carioca naquele ano.[11]

Existe colaboração de sua autoria no semanário Mundo Literário [12] (1946–1948).

Drummond e o modernismo brasileiro

Drummond, como os modernistas, segue a libertação proposta por Mário e Oswald de Andrade; com a instituição do verso livre, mostrando que este não depende de um metro fixo.[1] Se dividirmos o modernismo numa corrente mais lírica e subjetiva e outra mais objetiva e concreta, Drummond faria parte da segunda, ao lado do próprio Oswald de Andrade.[1]

Poesia de Drummond

Foto do "Memorial Carlos Drummond de Andrade", em Itabira.
Troféu Carlos Drummond Andrade, uma láurea da coluna social itabirana, para personalidades de destaque.

Quando se diz que Drummond foi o primeiro grande poeta a se afirmar depois das estreias modernistas, não se está querendo dizer que Drummond seja um modernista. De fato herda a liberdade linguística, o verso livre, o metro livre, as temáticas cotidianas.[1]

Mas vai além. "A obra de Drummond alcança — como Fernando Pessoa ou Jorge de Lima, Herberto Helder ou Murilo Mendes — um coeficiente de solidão, que o desprende do próprio solo da História, levando o leitor a uma atitude livre de referências, ou de marcas ideológicas, ou prospectivas", afirma Alfredo Bosi (1994).

Affonso Romano de Sant'ana costuma estabelecer a poesia de Carlos Drummond a partir da dialética "eu x mundo", desdobrando-se em três atitudes:

  • Eu maior que o mundo — marcada pela poesia irônica
  • Eu menor que o mundo — marcada pela poesia social
  • Eu igual ao mundo — abrange a poesia metafísica

Sobre a poesia política, algo incipiente até então, deve-se notar o contexto em que Drummond escreve. A civilização que se forma a partir da Guerra Fria está fortemente amarrada ao neocapitalismo, à tecnocracia, às ditaduras de toda sorte, e ressoou dura e secamente no eu artístico do último Drummond, que volta, com frequência, à aridez desenganada dos primeiros versos: A poesia é incomunicável / Fique quieto no seu canto. / Não ame.[1] Muito a propósito da sua posição política, Drummond diz, curiosamente, na página 82 da sua obra "O Observador no Escritório", Rio de Janeiro, Editora Record, 1985, que "Mietta Santiago, a escritora, expõe-me sua posição filosófica: Do pescoço para baixo sou marxista, porém do pescoço para cima sou espiritualista e creio em Deus."

No final da década de 1980, o erotismo ganha espaço na sua poesia até seu último livro.

Obra literária

Representações na cultura

Famosa estátua de Drummond na Praia de Copacabana.
Estátuas Dois poetas, na cidade de Porto Alegre. Em pé, Carlos Drummond de Andrade. Sentado, Mário Quintana. Drummond tinha um livro de bronze nas mãos, que foi roubado. As pessoas agora colocam sempre um livro nas mãos do poeta. Na foto, o livro que está com ele é "Diário de um Ladrão", do Jean Genet

Drummond já foi retratado como personagem no cinema e na televisão, interpretado por Carlos Gregório e Pedro Lito no filme Poeta de Sete Faces (2002)[14] e Ivan Fernandes na minissérie JK (2006).

Também teve sua efígie impressa nas notas de NCz$ 50,00 (cinquenta cruzados novos) em circulação no Brasil entre 1988 e 1990.

Atualmente, também, há representações em Esculturas do Escritor, como é o caso das estátuas 'Dois poetas', na cidade de Porto Alegre, e também 'O Pensador, na praia de Copacabana no Rio de Janeiro, além de um memorial em sua homenagem da cidade de Itabira.

Origens e descendência

Carlos Drummond de Andrade era descendente de Manuel da Luz Escórcio Drummond (c. 1525—), fidalgo português da Ilha da Madeira de origem nobre escocesa[15][16], tendo parentesco com a rainha Mary Stuart. Drummond também possuía descendência do hispano-brasileiro Amador Bueno, figura importante do Brasil Colônia[17].

Referências

  1. a b c d e f «Carlos Drummond de Andrade». UOL - Biografias. Consultado em 21 de setembro de 2012 
  2. «Poesia na Segunda Geração do Modernismo». Consultado em 11 de dezembro de 2015 
  3. http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.phtml?cod=189&cat=Ensaios
  4. «A linha de sangue de Drummond - dn - DN». DN 
  5. «Linha do tempo». Projeto Memória. Consultado em 3 de junho de 2012 
  6. Boletim da UFMG (22 de agosto de 2001). «Farmácia já vive expectativa de mudança para o campus». Boletim da UFMG. Consultado em 13 de novembro de 2014 
  7. «As Revistas». Projeto Memória. Consultado em 3 de junho de 2012 
  8. Santiago, Silviano; Coelho Frota, Lélia. Correspondência de Carlos Drummond de Andrade e Mário de Andrade Rio de Janeiro: Bem-Te-Vi, 2002. pp. 282.
  9. «Carlos Drummond de Andrade - Biografia». Veja. Consultado em 29 de setembro de 2008 
  10. Veja. São Paulo: edição 990, 26 de agosto de 1987, pág. 109.
  11. Lp dos Sambas de Enredo das Escolas de Samba do Grupo 1-A. Rio de Janeiro: 1987.
  12. Helena Roldão (27 de janeiro de 2014). «Ficha histórica: Mundo literário : semanário de crítica e informação literária, científica e artística (1946–1948).» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 03 de Novembro de 2014  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  13. «Rick e a Girafa». Livraria da Folha 
  14. «O Cinema». Projeto Memória. Consultado em 3 de junho de 2012 
  15. Drumond (Portugal)
  16. Drumond no Brasil
  17. Ensaios - A Origem de Drummond

Ligações externas

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