Agência Brasil
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Agência Brasil | |
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Empresa Brasileira de Comunicação | |
Logomarca da Agência Brasil versão 2023 | |
Slogan | Últimas notícias do Brasil e do mundo |
Nomes anteriores | Empresa Brasileira de Notícias |
Proprietário(s) | Empresa Brasileira de Comunicação |
Requer pagamento? | Não |
Gênero | Portal |
Cadastro | Não necessita de cadastro |
País de origem | Brasil |
Idioma(s) | português |
Lançamento | 10 de maio de 1990 (34 anos) |
Desenvolvedor | EBC |
Endereço eletrônico | agenciabrasil.ebc.com.br |
A Agência Brasil é uma agência de notícias brasileira fundada em 10 de maio de 1990 pelo Governo Collor e atualmente é pertencente à Empresa Brasil de Comunicação que administra o conglomerado de mídia do Governo Federal Brasileiro.[1][2]
História
[editar | editar código-fonte]A Agência Brasil foi criada durante o governo de Fernando Collor de Mello em substituição à extinta Empresa Brasileira de Notícias, que por sua vez era continuidade da Agência Nacional, criada por Getulio Vargas.[3]
Desde 2003, a Agência Brasil passa por um processo de transformação editorial. Antes, restringia-se à cobertura de eventos do Governo Federal brasileiro. Atualmente, é uma agência de notícias pública, de acesso livre e abordagem pluralista.[3] A Agência Brasil faz parte da Aliança das Agências de Informação de Língua Portuguesa.[3]
Com a reorientação editorial, a Agência Brasil passou a definir o seu foco de cobertura: de atos e fatos relacionados a Governo Federal, Estado e cidadania, incluindo neste terceiro item os movimentos sociais e a sociedade civil organizada. Atualmente, seus jornalistas produzem conteúdo jornalístico com vistas a garantir a universalização do acesso à informação no Brasil.[3]
Serviços produzidos pela Agência Brasil
[editar | editar código-fonte]- Produção de notícias: informação em tempo real, sobre os principais assuntos da vida política nacional, produzidas por uma equipe de jornalistas [4]
- Fotografias: a equipe de fotógrafos produz farto material noticioso dentro da área de atuação da agência.[4]
- Produção de infografia: A Agência Brasil passou a utilizar as linguagem audiovisual, textos e gráficos estáticos e animados em novos formatos para facilitar a compreensão de determinados assuntos jornalísticos.[4]
- Produção de grandes reportagens: A Agência Brasil publica regularmente matérias com apurações mais longas e complexas, chamadas reportagens especiais. Esses produtos se diferenciam das demais reportagens por terem apresentação multimídia e oferecerem abordagens mais elaboradas e profundas.[4]
A Agência Brasil possui uma equipe dedicada à tradução do conteúdo jornalístico para o inglês e para o espanhol. A agência também possui convênios com outras entidades públicas de notícia, como as agências Lusa, Xinhua e Telam para produzir e veicular informação internacional. Em 2020, a Agência Brasil passou a ser oficialmente uma agência parceira da Reuters, o que tornou o fluxo de notícias internacionais comum no conteúdo produzido pelo veículo.[3]
Crítica
[editar | editar código-fonte]Segundo análise do pesquisador Pedro Aguiar, publicada em 2016, a Agência Brasil — assim como suas equivalentes privadas — não se dedica ao fluxo internacional de informações.[5] Em outras palavras, não abastece a imprensa nacional com cobertura internacional, nem fornece notícias nacionais à mídia estrangeira, dedicando-se apenas ao fluxo nacional e interregional, fazendo do Brasil uma exceção no cenário mundial da comunicação.[5] Na opinião do autor, essa situação contradiz recentes esforços políticos e diplomáticos de posicionar o país como economia em ascensão e potência emergente no cenário internacional.[5]
Congêneres dos países de língua portuguesa
[editar | editar código-fonte]- ANGOP (Agência Angola Press), Angola
- Inforpress (Agência Cabo-verdiana de Notícias), Cabo Verde
- AIM (Agência de Informação de Moçambique), Moçambique
- ANG (Agência de Notícias da Guiné), Guiné-Bissau
- Lusa (Agência de Notícias de Portugal), Portugal
- STP-Press (Agência Noticiosa de São Tomé e Príncipe), São Tomé e Príncipe
- Tatoli (Agência Noticiosa de Timor-Leste), Timor-Leste
Prêmios
[editar | editar código-fonte]Ano | Nome da Premiação | Matéria | Veículo de mídia | Autores | Resultado |
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2009 | Prêmio Vladimir Herzog | "Analfabetismo: a exclusão pelas letras" | Agência Brasil - EBC | Amanda Cieglinski
Juliana Andrade Mário Marco Côrrea Machado Lílian Beraldo |
Venceu[6] |
2011 | Prêmio Abdias Nascimento de Jornalismo | "Dia da Consciência Negra" | Agência Brasil - EBC | Daniella Jinkings
Gilberto Costa Vladimir Platonow Wellton Máximo |
Venceu[6] |
2013 | Prêmio Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) de Jornalismo | "À espera de um lar" | Agência Brasil - EBC | Amanda Cieglinski
Juliana Andrade Lílian Beraldo Marcello Casal Jr. |
Venceu[6] |
2015 | Prêmio Petrobrás de Jornalismo | "Série Direitos das Crianças no País da Copa" | Agência Brasil, Rádio Nacional e TV Brasil - EBC | Anyele Soares
Isabela Vieira Sheily Noleto Liliane Farias Raquel Júnia Akemi Nitahara Beatriz Pasqualino Bruno Bocchini Tchérena Guimarães Juliana Cézar Nunes Juliana Russomano |
Venceu[6] |
2016 | Prêmio Banco Nordeste de Jornalismo | "Sertão Vivo" | Agência Brasil - EBC | Edwirges Nogueira
Lílian Beraldo Fernando Frazão Pedro Ivo de Oliveira |
Venceu[6] |
2018 | International Center for Journalists (ICFJ) & UN Foundation Journalism for Climate Change | "Indígenas afetados por mudança climática querem políticas de prevenção" | Agência Brasil - EBC | Débora Brito
Davi Oliveira |
Venceu[6] |
2019 | 7º Prêmio Ação pela Água | "Água é considerada boa em apenas 6,5% dos rios da Mata Atlântica" | Agência Brasil - EBC | Camila Boehm
Talita Cavalcante |
Venceu[6] |
2019 | Prêmio Abmes de Jornalismo | "Ingresso de indígenas em faculdades é nove vezes maior do que em 2010" | Agência Brasil - EBC | Mariana Tokárnia
Lílian Beraldo Marcelo Camargo |
Venceu[6] |
2019 | 36º Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo | "Pesquisa mostra que gestantes presas não conseguem prisão domiciliar" | Agência Brasil - EBC | Camila Boehm
Fábio Massali |
Venceu[6] |
Ver também
[editar | editar código-fonte]Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Aguiar, Pedro (2016). «Agências de Notícias, Estado e Desenvolvimento: Modelos Adotados nos Países BRICS». Brazilian Journalism Research. 12 (1). ISSN 1981-9854. Consultado em 31 de outubro de 2018. Cópia arquivada em 7 de abril de 2017
Referências
- ↑ Josenildo Luiz Guerra, Rogério Christofoletti, Maria José Baldessar e Samuel Pantoja Lima (2013). «A qualidade do conteúdo da Agência Brasil/EBC : avaliação dos requisitos "diversidade","pluralidade" e "cobertura de políticas públicas"» (PDF). Revista Eptic da Universidade Federal de Sergipe. ISSN 1518-2487. Consultado em 6 de abril de 2017[ligação inativa]
- ↑ Zélia Leal Adghini (2002). «Informação on-line : jornalista ou produtor de conteúdos ? (Especialmente páginas 143 e 144)». Revista Contracampo da Universidade Federal Fluminense. doi:10.20505/contracampo.v0i06.470. Consultado em 6 de abril de 2017. Cópia arquivada em 6 de abril de 2017
- ↑ a b c d e «Agência Brasil completa 30 anos com destaque para prestação de serviço». agenciabrasil.ebc.com.br. 10 de maio de 2020. Consultado em 25 de janeiro de 2024
- ↑ a b c d «Agencia Brasil completa 31 anos de história hoje (10)». correiodocidadao.com.br. 10 de maio de 2021. Consultado em 25 de janeiro de 2024
- ↑ a b c Aguiar 2016, pp. 55-56.
- ↑ a b c d e f g h i «Vencedores 31o Prêmio Vladimir Herzog». Vladimir Herzog. 19 de outubro de 2019. Consultado em 2 de abril de 2020. Cópia arquivada em 2 de abril de 2020