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Alecrim

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 Nota: Para outros significados, veja Alecrim (desambiguação).
Como ler uma infocaixa de taxonomiaAlecrim

Classificação científica
Domínio: Eukaryota
Reino: Plantae
Filo: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Lamiales
Família: Lamiaceae
Género: Rosmarinus
Espécie: R. officinalis
Nome binomial
Rosmarinus officinalis
Linnaeus
Sinónimos
Rosmarinus latifolius Mill.
Salvia Rosmarinus - MHNT
Salvia Rosmarinus prostratus
As flores
Wikispecies
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O Wikispecies tem informações sobre: Alecrim

O alecrim[1] (Salvia Rosmarinus) é uma erva aromática comum na região do Mediterrâneo ocorrendo dos 0 a 1500 metros de altitude, preferencialmente em solos de origem calcária. Devido ao seu aroma característico, os romanos designavam-no como rosmarinus, que em latim significa orvalho do mar.

Como qualquer outro nome vernáculo, o alecrim é por vezes confundido com outras espécies, nomeadamente o rosmaninho, Lavandula stoechas, termo usado sobretudo no centro e sul de Portugal, que corresponde à alfazema, noutras regiões. Mas é o alecrim que tem precisamente o étimo rosmarinus.[2] No entanto, estas espécies de plantas, alecrim e rosmaninho, ou alfazema, pertencem a dois géneros distintos, Rosmarinus e Lavandula, respectivamente, e as suas morfologias revelam diferenças entre as duas espécies, em particular, a forma, coloração e inserção da flor.

Arbusto perene com altura média de 1,2 m[3] muito ramificado, sempre verde, com hastes lenhosas, folhas pequenas e finas, opostas, lanceoladas.

A parte inferior das folhas é de cor verde-acinzentado enquanto a superior é verde brilhante. As flores reúnem-se em espiguilhas terminais e são de cor azul ou esbranquiçada. O fruto é um aquênio. Floresce quase todo o ano e não necessita de cuidados especiais nos jardins.

Toda a planta exala um aroma forte e agradável. Utilizada com fins culinários, medicinais e religiosos, seu óleo essencial também é utilizado em perfumaria, como por exemplo, na produção da água-de-colônia, pois contém tanino, pineno, cânfora e outros princípios ativos que lhe conferem propriedades excitantes, tônicas e estimulantes.

A sua flor é muito apreciada pelas abelhas produzindo assim um mel de extrema qualidade. Há quem plante alecrim perto de apiários, para influenciar o sabor do mel.

Devido à sua atratividade estética e razoável tolerância à seca, é utilizado em arquitectura paisagista, especialmente em áreas com clima mediterrânico. É considerada fácil de cultivar para jardineiros principiantes, tendo uma boa tolerância a Praga (organismo).

O alecrim é facilmente podado em diferentes formas e tem sido utilizado em topiária. Quando cultivado em vasos, deverá ser mantido de preferência aparado, de forma a evitar o crescimento excessivo e a perda de folhas nos seus ramos interiores e inferiores, o que poderá torná-lo um arbusto sem forma e rebelde. Apesar disso, quando cultivado em jardim, o alecrim pode crescer até um tamanho considerável e continuar uma planta atraente.

Pode ser propagado a partir de uma planta já existente, através do corte de um ramo novo com cerca de 10–15 cm, retirando algumas folhas da base e plantando directamente no solo.

Várias variedades cultivares foram seleccionadas para uso em jardim. As seguintes são frequentes:

  • Albus - flores brancas
  • Arp - folhas verde-claro, fragrância a limão
  • Aureus - folhas com pintas amarelas
  • Benenden Blue - folhas estreitas, verde-azulado-escuro
  • Blue Boy - anã, folhas pequenas
  • Golden Rain - folhas verdes, com raios amarelos
  • Irene - ramagem laxa, rastejante
  • Lockwood de Forest - selecção procumbente (rastejante) de Tuscan Blue
  • Ken Taylor - arbustiva
  • Majorica Pink - flores cor-de-rosa
  • Miss Jessop's Upright - alta, erecta
  • Pinkie - flores cor-de-rosa
  • Prostratus
  • Pyramidalis (também conhecida como Erectus) - flores azul-pálido
  • Roseus - flores cor-de-rosa
  • Salem - flores azul-pálido, resistente ao frio e semelhante à Arp
  • Severn Sea - baixa, espalhando-se e enraizando-se pelo solo, com ramos em arco; flores violeta profundo
  • Tuscan Blue - erecta ( Erecta ).

Deve ser plantado, preferencialmente, na primavera ou no verão o ideal é por meio de mudas, mas pode ser plantado através de sementes neste caso a planta demora bastante tempo para se desenvolver, deve se irrigar a planta levemente apenas quando o solo estiver seco a mais de 2 cm de profundidade.[4]

Utilização culinária

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Fresco (preferencialmente) ou seco, é apreciado na preparação de aves, caça, carne de porco, salsichas, linguiças e batatas assadas. Na Itália é utilizado em assados de carneiro, cabrito e vitela. Em churrascos, recomenda-se espalhar um bom punhado sobre as brasas do carvão aceso, perfumando a carne e difundindo um agradável odor no ambiente. Pode ser utilizado ainda em sopas e molhos.

O alecrim é também usado em pães [5] e tortas salgadas. A focaccia é um pão tradicional italiano que é coberto com alecrim e azeite.

Aplicações medicinais

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Flor do Alecrim.

A medicina popular recomenda o alecrim como um estimulante às pessoas atacadas de debilidade[carece de fontes?], sendo empregado também para combater as febres intermitentes[carece de fontes?] e a febre tifóide[carece de fontes?].

Uma tosse pertinaz desaparecerá com infusões de alecrim,[carece de fontes?] que também se recomendam a todas as pessoas cujo estômago seja preguiçoso para digerir.[carece de fontes?]

Também apresenta propriedades carminativas, emenagogas, desinfetantes e aromáticas.[carece de fontes?] É ainda relaxante muscular, ativador da memória e fortalece os músculos do coração. Cientistas[quem?] dizem que ramos de alecrim deveriam ser dependurados em oficinas e áreas onde crianças fazem tarefas escolares para um melhor funcionamento da memória.[carece de fontes?]

Uma infusão de alecrim faz-se com quatro gramas de folhas por uma chávena de água a ferver. Toma-se depois das refeições. Possui grande quantidade de hesperidina, um bioflavanóide com efeitos antinociceptivos comprovados contra gota (Integrative Medicine, pp. 612–3).[carece de fontes?]

O alecrim também é útil para tratar problemas de cabelo, rivalizando com o conhecido Minoxidil (inclusive a queda).[6] Resultados, feitos em ratos, sugerem que o extrato da folha de Alecrim inibe a ligação da DHT aos receptores andrógenos quando aplicada nas áreas capilares.[7] Muitos xampus antiqueda costumam incluir o extrato de alecrim em suas fórmulas.

Em templos e igrejas, o alecrim é queimado como incenso desde a antiguidade. Na Igreja Ortodoxa grega, o seu óleo é utilizado até aos nossos dias, para unção. Nos cultos de religiões afro, como umbanda e candomblé, é utilizado em banhos e como incenso.[carece de fontes?]

É muito popular na região norte do Brasil; além de comercializada na maior feira da América Latina,

[8][9][10] na banca de cheiro das erveiras do Mercado do Ver-o-peso (na cidade de Belém do Pará), é o principal ingrediente do Banho de Cheiro encantado, usado na comemoração da festa junina e do reveion no estado do Pará.[11] Prática ritualística que ocorre desde o século XIX, ao qual se atribui o poder de atrair a felicidade, reatar amores e, abrir as portas da prosperidade ao bebedor.[12]

Também presente no Cheiro de Papel, produzido com a infusão de essências vegetais, comercializado no cesto de palha da Vendedora de cheiro, usados para aromatizar roupas guardadas em gavetas e armários.[12] Uma combinação de raízes e paus aromáticos ralados; os ingredientes mais conhecidos são: arruda, cipó-catinga, patchuli, japana, cumaru, alecrim, baunilha, manjerona, açucena, casca preciosa, louro amarelo, jasmim, alfazema e, priprioca.[12]

Notas e referências

  1. «alecrim | Infopédia» 
  2. Dicionário Houaiss : rosmaninho
  3. «Informações sobre a Planta de Alecrim». Wikifarmer. 11 de julho de 2017 
  4. Alecrim (Rosmarinus officinalis) Plantio e cultivo
  5. www.bemafiada.com (20 de dezembro de 2020). «Como usar alecrim na comida». Consultado em 22 de dezembro de 2020 
  6. Panahi, Yunes; Taghizadeh, Mohsen; Marzony, Eisa Tahmasbpour; Sahebkar, Amirhossein (2015-01). «Rosemary oil vs minoxidil 2% for the treatment of androgenetic alopecia: a randomized comparative trial». Skinmed. 13 (1): 15–21. ISSN: 1540-9740. PMID 25842469. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25842469/
  7. Murata, Kazuya; Noguchi, Kazuma; Kondo, Masato; Onishi, Mariko; Watanabe, Naoko; Okamura, Katsumasa; Matsuda, Hideaki (2013-02). «Promotion of hair growth by Rosmarinus officinalis leaf extract». Phytotherapy research: PTR. 27 (2): 212–217. ISSN: 1099-1573. PMID 22517595 https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/22517595/
  8. «Reforma do Ver-o-Peso é urgente e necessária ao turismo e cultura de Belém». Rede Pará. Consultado em 3 de março de 2021 
  9. Daniel Ribeiro. «Mercado Ver-o-Peso, em Belém, ganha vida de madrugada». UOL Viagem. Consultado em 11 de agosto de 2013 
  10. Mayara Maciel (3 de junho de 2015). «Plantas Aromáticas do Ver-o-Peso». Museu Goeldi. Consultado em 11 de julho de 2015 
  11. admin (13 de julho de 2017). «Priprioca: tipicamente brasileira, considerada como a raiz que vale ouro». Coisas da Roça. Consultado em 25 de novembro de 2021 
  12. a b c Fernandes, Caroline (2008). Tema Identidade. «História de vendedoras: arte e visualidade no Brasil» (PDF). Encontro da Associação Nacional de História (Anpuh Rio). Revista Brasileira de História da Anpuh-Rio: 7. Consultado em 25 de novembro de 2021 

Ligações externas

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