Catarina de Bora
Catarina de Bora | |
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Retrato de Catarina de Bora, por Lucas Cranach o Velho (1526) | |
Nascimento | 29 de janeiro de 1499 Lippendorf, Saxônia, Alemanha |
Morte | 20 de dezembro de 1552 (53 anos) Torgau, Saxônia, Alemanha |
Cônjuge | Martinho Lutero (1525-1546) |
Filho(s) | Johannes (Hans) (1526–75) Elizabeth (1527–28) Magdalena (1529–42) Martin Jr. (1531–1565) Paul (1533–93) Margarete (1534–70) |
Catarina de Bora (em alemão: Katharina von Bora; Lippendorf, 29 de janeiro de 1499 — Torgau, 20 de dezembro de 1552), foi uma freira católica cisterciense alemã e, posteriormente, esposa do líder da Reforma Protestante, Martinho Lutero.
Índice
Biografia[editar | editar código-fonte]
Origens[editar | editar código-fonte]
A magra Catarina de Bora tinha apenas cinco anos de idade quando foi deixada por seu pai nos portões da escola do convento beneditino na cidade de Brehna, na Alemanha. Como a mãe dela havia morrido, e seu pai logo se casaria, uma filha pequena era um peso muito grande, e seu pai achou que no convento ela pelo menos receberia uma boa educação. Mesmo não tendo planejado para si o estilo de vida de uma freira, Catarina passou a se submeter à rigorosa rotina vivida diariamente nos conventos.
No convento[editar | editar código-fonte]
Ela foi educada por um professor e aprendeu latim numa época em que as mulheres não conseguiam ler nem mesmo a própria língua. Também aprendeu a cozinhar, costurar e a cuidar de jardins. Orava sem parar e participava dos cultos na igreja todos os dias. Mas quando Catarina tinha seus vinte e poucos anos, os ensinos de um homem chamado Martinho Lutero começaram a penetrar pelas paredes do convento. Lutero era um ex-monge que havia deixado o monastério quando entendeu mediante sua pessoal interpretação da Palavra de Deus, que os homens seriam salvos pela graça por meio da fé, não tendo a salvação relação alguma com as obras.
Fuga do convento e encontro com Lutero[editar | editar código-fonte]

Às vésperas da Páscoa de 1523 Catarina e outras onze irmãs escaparam do convento escondidas na carruagem de um mercador chamado Leonard Koppe. Três delas voltaram para seus lares e as outras nove foram levadas a Wittenberg, onde o próprio Lutero esperava encontrar casas, marido e emprego para elas. Com o passar do tempo todas já haviam se estabelecido e encontrado um marido, menos uma – Catarina de Bora. Ela havia se apaixonado por um jovem, mas os pais dele se recusaram a deixar que o casamento acontecesse por causa de seu passado como ex-freira. Ela ficou desolada. Lutero propôs que ela se casasse com outra pessoa, mas ela recusou o homem sugerido.
Matrimônio com Lutero[editar | editar código-fonte]
Quando um amigo de Lutero veio para uma visita, Catarina sinalizou para ele que Lutero seria o tipo de marido que ela aceitaria – apesar da diferença de idade entre ambos, que era de quase dezesseis anos e apesar de Lutero dizer que não se casaria. Quando Lutero escutou as palavras de Catarina, não as encarou com seriedade, mas contou aos pais dele num dia em que foi visitá-los. Ao invés de rir, o pai de Lutero começou a pensar sobre o fato. Lutero já não era tão jovem, e seu pai ainda tinha esperanças de realizar o sonho de ser avô. Aquilo tudo que começou como uma piada, foi ficando cada vez mais sério para Lutero. Casando-se com Catarina, Lutero lhe daria o status de que precisava, daria testemunho da fé que cria mesmo contra a vontade do papa, e daria alegria e conforto ao seu velho pai. Então no dia 13 de junho de 1525, o ex-monge Martinho Lutero casou com a ex-freira Catarina de Bora. E teve com ela seis filhos.
Descendência[editar | editar código-fonte]
Da união de Martinho Lutero e Catarina de Bora nasceram seis filhos: Johannes, Elisabeth, Magdalena, Martin, Paul e Margaretha. Desses filhos, Margaretha foi a única que manteve a linhagem até os dias de hoje. Um descendente ilustre da família Lutero é o ex-presidente alemão Paul von Hindenburg.