Claude Lévi-Strauss: diferenças entre revisões
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Strauss também excurcionou por regiões centrais do [[Brasil]], como [[Goiás]], [[Mato Grosso]] e [[Paraná]]. Publicou o registro dessas expedições no livro [[Tristes Trópicos]]([[1955]]), neste livro ele conta inclusive como sua vocação de antropólogo nasceu nessas viagens. </br> |
Strauss também excurcionou por regiões centrais do [[Brasil]], como [[Goiás]], [[Mato Grosso]] e [[Paraná]]. Publicou o registro dessas expedições no livro [[Tristes Trópicos]]([[1955]]), neste livro ele conta inclusive como sua vocação de antropólogo nasceu nessas viagens. </br> |
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Em uma de suas primeiras viagens, no norte do Paraná, Lévi teve seu esperado primeiro contato com os índios, no [[rio Tibagi]], porém ficou decepcionado, ao ver que ''"os índios Tibagi não eram nem 'verdadeiros índios', nem 'selvagens'"'' (Lévi-Strauss 1957:160-161). Porém ao final do primeiro ano escolar (1935/1936), ao visitar os [[Kadiveu]] na fronteira com o Paraguai e os [[Bororo]] no Mato Grosso Central, lhe rendeu sua primeira exposição em [[Paris]] nas férias de (1936/1937), o que foi fundamental para entrada de Lévi-Strauss no meio etnológico francês. Em 1938 foi realizada uma expedição até os [[Nambikwara]] no Mato Grosso, porém, terminada antes do tempo devido a rumores políticos entre o patrocinador da expedição e o Gorverno Brasileiro, já que o mesmo era ligado ao [[Partido Socialista Francês]]. Essa missão também visitou os Bororo e os últimos representantes dos [[Tupi-Kaguahib]] do [[rio Machado]], considerados desaparecidos, relata Lévi em ''Tristes Trópicos''.</br> |
Em uma de suas primeiras viagens, no norte do Paraná, Lévi teve seu esperado primeiro contato com os índios, no [[rio Tibagi]], porém ficou decepcionado, ao ver que ''"os índios Tibagi não eram nem 'verdadeiros índios', nem 'selvagens'"'' (Lévi-Strauss 1957:160-161). Porém ao final do primeiro ano escolar (1935/1936), ao visitar os [[Kadiveu]] na fronteira com o Paraguai e os [[Bororo]] no Mato Grosso Central, lhe rendeu sua primeira exposição em [[Paris]] nas férias de (1936/1937), o que foi fundamental para entrada de Lévi-Strauss no meio etnológico francês. Em 1938 foi realizada uma expedição até os [[Nambikwara]] no Mato Grosso, porém, terminada antes do tempo devido a rumores políticos entre o patrocinador da expedição e o Gorverno Brasileiro, já que o mesmo era ligado ao [[Partido Socialista Francês]]. Essa missão também visitou os Bororo e os últimos representantes dos [[Tupi-Kaguahib]] do [[rio Machado]], considerados desaparecidos, relata Lévi em ''Tristes Trópicos''.</br> |
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Enfim, após três anos no Brasil, Strauss volta à [[França]] com o reconhecimento de etnólogo do meio, provando assim que o seu período no Brasil, foi uma peça fundamental na sua carreira e no seu crescimento profissional. Diz ele: ''"Um ano depois da visita aos Bororo, todas as condições para fazer de mim um etnógrafo estavam satisfeitas;"''(Lévi-Strauss 1957:261). |
Enfim, após três anos no Brasil, Strauss volta à [[França]] com o reconhecimento de etnólogo do meio, provando assim que o seu período no Brasil, foi uma peça fundamental na sua carreira e no seu crescimento profissional. Diz ele: ''"Um ano depois da visita aos Bororo, todas as condições para fazer de mim um etnógrafo estavam satisfeitas;"''(Lévi-Strauss 1957:261). |
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Revisão das 13h30min de 14 de julho de 2009
Claude Lévi-Strauss | |
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Nascimento | 28 de novembro de 1908 (115 anos) Bruxelas, Bélgica |
Nacionalidade | Francesa |
Ocupação | acadêmico, etnógrafo |
Escola/tradição | Antropologia Estrutural(fundador), estruturalismo, sociologia francesa |
Principais interesses | antropologia, sociologia, etnografia, linguística, metodologia, estética, epistemologia, mitologia |
Ideias notáveis | Mitografia , Pensamento Selvagem, estruturas do parentesco |
Claude Lévi-Strauss (Bruxelas, 28 de novembro de 1908) é um antropólogo, professor e filósofo francês, considerado o fundador da Antropologia Estruturalista, em meados da década de 1950, e um dos grandes intelectuais do século XX.
Biografia
Claude Lévi-Strauss nasceu em Bruxelas. Iniciou seus estudos em Direito e Filosofia na Sorbonne (Paris). Não completou os estudos em Direito, conseguindo a licenciatura em Filosofia. Durante este período, Lévi-Strauss conduziu seu primeiro trabalho etnográfico.
Seu livro As estruturas elementares do parentesco foi publicado no ano seguinte e, instantaneamente, consagrou-se como um dos mais importantes estudos de família já publicados. O título faz uma brincadeira com o título do livro de Émile Durkheim, As formas elementares da vida religiosa. No final da década de 1940 e começo da década seguinte, Lévi-Strauss continuou a publicar e experimentou considerável sucesso profissional. Em seu retorno à França ele se envolveu com a administração do CNRS e do Musée de l'Homme, até ocupar uma cadeira na quinta seção da École Pratique des Hautes Études, aquela de 'Ciências Religiosas' que havia pertencido previamente a Marcel Mauss e que Lévi-Strauss renomeou para "Religião Comparada de Povos Não-Letrados".
Apesar de bem conhecido em círculos acadêmicos, foi apenas em 1955 que Lévi-Strauss se tornou um dos intelectuais franceses mais conhecidos ao publicar Tristes Trópicos, livro autobiográfico acerca de seu exílio na década de 1930.
Em 1959 Lévi-Strauss foi nomeado para a cadeira de Antropologia social do Collège de France. Por volta desse período publicou Antropologia estrutural, uma coleção de ensaios em que oferece tanto exemplos como manifestos programáticos do estruturalismo. Começou a organizar uma série de instituições e confrontos entre as visões existencialista e estruturalista que iria eventualmente inspirar autores como Pierre Bourdieu. É doutor honoris causa de diversas universidades pelo mundo. Apesar de aposentado, Lévi-Strauss continua a publicar ocasionalmente volumes de meditações sobre artes, música e poesia, bem como reminiscências de seu passado.
Strauss no Brasil
Na década de 30, mais precisamente de 1935 a 1939, Lévi-Strauss lecionou sociologia na recém-criada Universidade de São Paulo, juntamente com uma leva de professores franceses, entre eles: Fernand Braudel, Jean Maugüé e Pierre Monbeig.
Strauss também excurcionou por regiões centrais do Brasil, como Goiás, Mato Grosso e Paraná. Publicou o registro dessas expedições no livro Tristes Trópicos(1955), neste livro ele conta inclusive como sua vocação de antropólogo nasceu nessas viagens.
Em uma de suas primeiras viagens, no norte do Paraná, Lévi teve seu esperado primeiro contato com os índios, no rio Tibagi, porém ficou decepcionado, ao ver que "os índios Tibagi não eram nem 'verdadeiros índios', nem 'selvagens'" (Lévi-Strauss 1957:160-161). Porém ao final do primeiro ano escolar (1935/1936), ao visitar os Kadiveu na fronteira com o Paraguai e os Bororo no Mato Grosso Central, lhe rendeu sua primeira exposição em Paris nas férias de (1936/1937), o que foi fundamental para entrada de Lévi-Strauss no meio etnológico francês. Em 1938 foi realizada uma expedição até os Nambikwara no Mato Grosso, porém, terminada antes do tempo devido a rumores políticos entre o patrocinador da expedição e o Gorverno Brasileiro, já que o mesmo era ligado ao Partido Socialista Francês. Essa missão também visitou os Bororo e os últimos representantes dos Tupi-Kaguahib do rio Machado, considerados desaparecidos, relata Lévi em Tristes Trópicos.
i Galera vcs nao podem perder a liga Brutalidade no cartolafc
o lider eo melhor i como decepçao o time experi orroroso
Enfim, após três anos no Brasil, Strauss volta à França com o reconhecimento de etnólogo do meio, provando assim que o seu período no Brasil, foi uma peça fundamental na sua carreira e no seu crescimento profissional. Diz ele: "Um ano depois da visita aos Bororo, todas as condições para fazer de mim um etnógrafo estavam satisfeitas;"(Lévi-Strauss 1957:261).
Citações
- “O antropólogo é o astrônomo das ciências sociais: ele está encarregado de descobrir um sentido para as configurações muito diferentes, por sua ordem de grandeza e seu afastamento, das que estão imediatamente próximas do observador.” Antropologia Estrutural, 1967.
Premiações
Condecorações
- Grã-cruz da Ordem Nacional da Legião de Honra da França
- Ordem Nacional do Mérito da França
- Palmas Académicas da França
- Ordem Artes e Letras da França
- Ordem da Coroa da Bélgica
- Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul do Brasil
- Ordem do Sol Nascente do Japão
- Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico do Brasil
- Membro da Academia Francesa
- Membro estrangeiro da Acadêmia Nacional de Ciências dos EUA
- Membro da Academia Britânica
- Memmro da Academia Real de Artes e Ciências da Holanda
- Membro da Academia Norueguesa de Ciências e Letras
Doutor Honorário
- Universidade Livre de Bruxelas - (Bélgica)
- Universidade de Chicago - (EUA)
- Universidade de Columbia - (EUA)
- Universidade de Harvard - (EUA)
- Universidade Johns Hopkins - (EUA)
- Universidade Laval - (Canadá)
- Universidade Nacional Autônoma do México - (México)
- Universidade de Montreal - (Canadá)
- Universidade de Oxford - (Inglaterra)
- Universidade de São Paulo - (Brasil)
- Universidade de Stirling - (Escócia)
- Universidade de Uppsala - (Suécia)
- Universidade Visva Bharati - (Índia)
- Universidade de Yale - (EUA)
- Universidade Nacional do Zaire - (Zaire)
Bibliografia
- Família e vida social dos índios Nambikwara (La vie familiale et sociale des indiens Nambikwara) - 1948
- As estruturas elementares do parentesco - 1949
- Raça e História - 1952
- Tristes Trópicos - 1955
- Antropologia Estrutural - 1963 e 1973 (2 volumes)
- Toteísmo hoje - 1962
- Pensamento selvagem - 1962
- Mitológicas de I a IV
- O Caminho das Máscaras - 1972
- Ver a distância - 1983
- Antropologia e Mito: Palestras - 1984
- Veja, ouça, leia - 1993
Referências
Ligações externas