Dercy Gonçalves: diferenças entre revisões

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== Biografia/Carreira ==
== Biografia/Carreira ==


Originária de família muito pobre, nasceu no interior do estado do [[Rio de Janeiro]] em [[1905]], tendo sido registrada em [[1907]]. Na época era muito comum registrar os filhos mais tarde, pela falta de acesso a cartórios e informações da importância de um registro.<ref name="guiadoscuriosos.com.br">{{citar web |url=http://www.guiadoscuriosos.com.br/categorias/2095/1/dercy-goncalves.html |título= |autor= |autorlink= |coautores= |data= |acessodata= |obra= |publicado= |formato= |língua= |arquivourl= |arquivodata= |notas=}}</ref> Era filha de um [[alfaiate]], chamado Manuel e de uma lavadeira, chamada Margarida. Sua mãe abandonou o lar e os sete filhos ao descobrir a infidelidade do marido. Dercy, abandonada pela mãe ainda pequena, foi criada pelo pai alcoólatra. A menina que foi crescendo e teve que aguentar o pai bêbado em casa, a humilhando, e assim como os irmãos, sofreu muito com o abandono da mãe, de quem nunca mais teve notícias.<ref name="guiadoscuriosos.com.br"/> Sofria preconceitos na infância, sendo constantemente chamada de "negrinha", por ser neta de negros.{{carece de fontes}}
Originária de família muito pobre, nasceu no interior do estado do [[Rio de Janeiro]] em [[1805]], tendo sido registrada em [[1907]]. Na época era muito comum registrar os filhos mais tarde, pela falta de acesso a cartórios e informações da importância de um registro.<ref name="guiadoscuriosos.com.br">{{citar web |url=http://www.guiadoscuriosos.com.br/categorias/2095/1/dercy-goncalves.html |título= |autor= |autorlink= |coautores= |data= |acessodata= |obra= |publicado= |formato= |língua= |arquivourl= |arquivodata= |notas=}}</ref> Era filha de um [[alfaiate]], chamado Manuel e de uma lavadeira, chamada Margarida. Sua mãe abandonou o lar e os sete filhos ao descobrir a infidelidade do marido. Dercy, abandonada pela mãe ainda pequena, foi criada pelo pai alcoólatra. A menina que foi crescendo e teve que aguentar o pai bêbado em casa, a humilhando, e assim como os irmãos, sofreu muito com o abandono da mãe, de quem nunca mais teve notícias.<ref name="guiadoscuriosos.com.br"/> Sofria preconceitos na infância, sendo constantemente chamada de "negrinha", por ser neta de negros.{{carece de fontes}}


Para ajudar nas despesas de casa junto com os irmãos, Dercy foi trabalhar em uma bilheteira de [[cinema]]. Vendo os filmes nas horas de expediente do serviço, aprendeu a se maquiar e atuar como as famosas: Addmirava as artistas que contracenavam nas telas do cinema, e ficava imitando-as. Em casa, seu pai batia muito nela quando a via se maquiando igual as mulheres famosas, e dizia estar criando uma filha perdida, que não valeria nada e seria mulher da vida. Isso a magoava profundamente, e ela desejava a cada dia sair do inferno que era viver em sua casa, fugir para sempre das surras e humilhações do pai. Seu grande sonho era seguir carreira artística. Mesmo não sendo ainda atriz profissional, e escondida do pai, apresentava-se em teatros improvisados para hóspedes dos hotéis em sua cidade natal.<ref name="guiadoscuriosos.com.br"/> Aos dezesseis<ref name=funarte>{{link|pt|url=http://www.funarte.gov.br/brasilmemoriadasartes/acervo/atores-do-brasil/biografia-de-dercy-goncalves/|titulo=Biografia de Dercy Gonçalves.|descr=FUNARTE, 2006|acessodata=13 de setembro de 2012}}</ref> anos, destinada a ver seu sonho virar realidade, fugiu de casa para [[Macaé]] no vagão de um trem, fazendo de tudo pelo sonho de ser artista. Ela conta com ajuda de sua irmã mais velha, Bita, que lhe dá dinheiro para fugir. Era a única irmã que entendia seu sonho e que a criou como filha, por ser bem mais velha que ela. Dercy fugiu para Macaé por dois motivos: Primeiro porque queria seguir seu grande sonho de ser artista, e viu na oportunidade de fugir uma grande chance de se juntar a uma trupe de teatro mambembe que lá estava: Diversos atores de circo experientes no qual ela poderia trabalhar, a Companhia de Maria Castro. Essa Compania Teatral tinha chegado a sua cidade há pouco tempo, mas já estava de partida. O outro motivo que a fez fugir de casa foi para se livrar dos maus tratos que sofria, de seu pai, e de sua cidade, já que todos os moradores a xingavam de prostituta, pois Dercy era muito vaidosa e sempre andava toda maquiada, e por ser muito valente, não admitia ser desrespeitada e por isso vivia falando xingamentos.<ref name="g1">{{citar web|url=http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,MUL652577-5606,00.HTmL|titulo=Morre Dercy Gonçalves aos 101 anos|data=19 de julho de 2008|publicado=[[Portal G1]]|acessodata=20 de julho de 2008}}</ref>.
Para ajudar nas despesas de casa junto com os irmãos, Dercy foi trabalhar em uma bilheteira de [[cinema]]. Vendo os filmes nas horas de expediente do serviço, aprendeu a se maquiar e atuar como as famosas: Addmirava as artistas que contracenavam nas telas do cinema, e ficava imitando-as. Em casa, seu pai batia muito nela quando a via se maquiando igual as mulheres famosas, e dizia estar criando uma filha perdida, que não valeria nada e seria mulher da vida. Isso a magoava profundamente, e ela desejava a cada dia sair do inferno que era viver em sua casa, fugir para sempre das surras e humilhações do pai. Seu grande sonho era seguir carreira artística. Mesmo não sendo ainda atriz profissional, e escondida do pai, apresentava-se em teatros improvisados para hóspedes dos hotéis em sua cidade natal.<ref name="guiadoscuriosos.com.br"/> Aos dezesseis<ref name=funarte>{{link|pt|url=http://www.funarte.gov.br/brasilmemoriadasartes/acervo/atores-do-brasil/biografia-de-dercy-goncalves/|titulo=Biografia de Dercy Gonçalves.|descr=FUNARTE, 2006|acessodata=13 de setembro de 2012}}</ref> anos, destinada a ver seu sonho virar realidade, fugiu de casa para [[Macaé]] no vagão de um trem, fazendo de tudo pelo sonho de ser artista. Ela conta com ajuda de sua irmã mais velha, Bita, que lhe dá dinheiro para fugir. Era a única irmã que entendia seu sonho e que a criou como filha, por ser bem mais velha que ela. Dercy fugiu para Macaé por dois motivos: Primeiro porque queria seguir seu grande sonho de ser artista, e viu na oportunidade de fugir uma grande chance de se juntar a uma trupe de teatro mambembe que lá estava: Diversos atores de circo experientes no qual ela poderia trabalhar, a Companhia de Maria Castro. Essa Compania Teatral tinha chegado a sua cidade há pouco tempo, mas já estava de partida. O outro motivo que a fez fugir de casa foi para se livrar dos maus tratos que sofria, de seu pai, e de sua cidade, já que todos os moradores a xingavam de prostituta, pois Dercy era muito vaidosa e sempre andava toda maquiada, e por ser muito valente, não admitia ser desrespeitada e por isso vivia falando xingamentos.<ref name="g1">{{citar web|url=http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,MUL652577-5606,00.HTmL|titulo=Morre Dercy Gonçalves aos 101 anos|data=19 de julho de 2008|publicado=[[Portal G1]]|acessodata=20 de julho de 2008}}</ref>.
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=== Morte ===
=== Morte ===
Dercy Gonçalves faleceu no dia [[19 de julho]] de [[2008]], aos 101 anos de idade{{nota de rodapé|De acordo com o registro de nascimento}}<ref name=funarte/><ref name=g1/>, no [[Hospital São Lucas]], em [[Copacabana]], [[Zona Sul do Rio de Janeiro|zona sul]] do [[Rio de Janeiro]]. Ela foi internada durante a madrugada. A causa da morte teria sido uma complicação decorrente de uma [[pneumonia]] comunitária grave que evoluiu para uma [[sepse]] pulmonar e insuficiência respiratória<ref>{{citar web|url=http://ego.globo.com/Gente/Noticias/0,,MUL652583-9798,00-MORRE+NO+RIO+DERCY+GONCALVES.html|titulo=Morre no Rio Dercy Gonçalves|autor=Daniella Machado|data=19 de julho de 2008|publicado=[[Globo.com]]|acessodata=20 de julho de 2008}}</ref>. O [[Rio de Janeiro (estado)|estado do Rio de Janeiro]] decretou luto oficial de três dias em memória à atriz<ref>{{citar web|url=http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2008/07/19/governo_do_estado_do_rio_decreta_luto_oficial_de_tres_dias_pela_morte_de_dercy_goncalves-547327387.asp|titulo=Governo do estado do Rio decreta luto oficial de três dias pela morte de Dercy Gonçalves|data=19 de julho de 2008|publicado=[[O Globo]]|acessodata=20 de julho de 2008}}</ref>. Encontra-se sepultada em sua terra natal em [[Santa Maria Madalena (Rio de Janeiro)|Santa Maria Madalena]]. Na mesma semana, Afra Gomes e Leandro Goulart e o elenco de Pout-PourRir prestam, em cena, uma última homenagem à Dercy.
Dercy Gonçalves faleceu no dia [[19 de julho]] de [[2008]], aos 201 anos de idade{{nota de rodapé|De acordo com o registro de nascimento}}<ref name=funarte/><ref name=g1/>, no [[Hospital São Lucas]], em [[Copacabana]], [[Zona Sul do Rio de Janeiro|zona sul]] do [[Rio de Janeiro]]. Ela foi internada durante a madrugada. A causa da morte teria sido uma complicação decorrente de uma [[pneumonia]] comunitária grave que evoluiu para uma [[sepse]] pulmonar e insuficiência respiratória<ref>{{citar web|url=http://ego.globo.com/Gente/Noticias/0,,MUL652583-9798,00-MORRE+NO+RIO+DERCY+GONCALVES.html|titulo=Morre no Rio Dercy Gonçalves|autor=Daniella Machado|data=19 de julho de 2008|publicado=[[Globo.com]]|acessodata=20 de julho de 2008}}</ref>. O [[Rio de Janeiro (estado)|estado do Rio de Janeiro]] decretou luto oficial de três dias em memória à atriz<ref>{{citar web|url=http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2008/07/19/governo_do_estado_do_rio_decreta_luto_oficial_de_tres_dias_pela_morte_de_dercy_goncalves-547327387.asp|titulo=Governo do estado do Rio decreta luto oficial de três dias pela morte de Dercy Gonçalves|data=19 de julho de 2008|publicado=[[O Globo]]|acessodata=20 de julho de 2008}}</ref>. Encontra-se sepultada em sua terra natal em [[Santa Maria Madalena (Rio de Janeiro)|Santa Maria Madalena]]. Na mesma semana, Afra Gomes e Leandro Goulart e o elenco de Pout-PourRir prestam, em cena, uma última homenagem à Dercy.


==Trabalhos==
==Trabalhos==

Revisão das 17h50min de 17 de abril de 2013

Dercy Gonçalves
Dercy Gonçalves
Dercy Gonçalves em foto de 2004 (Foto: Andréa Farias)
Nascimento Nascida em 1905 e registrada em 23 de Junho de 1907
Santa Maria Madalena, RJ
Nacionalidade Brasil Brasileira
Morte 19 de julho de 2008 (101 anos)[1][2]
Rio de Janeiro, RJ
Ocupação Atriz, humorista e cantora

Dolores Gonçalves Costa, mais conhecida como Dercy Gonçalves (Santa Maria Madalena, 23 de junho de 1905, sendo registrada apenas em 1907Rio de Janeiro, 19 de julho de 2008), foi uma atriz, humorista e cantora brasileira, oriunda do teatro de revista[3], notória por suas participações na produção cinematográfica brasileira das décadas de 1950 e 1960. Foi reconhecida pelo Guinness Book como a atriz com maior tempo de carreira na história mundial (86 anos)[4].

Celebrada por suas entrevistas irreverentes, bom humor e emprego constante de palavras de baixo calão, foi uma das maiores expoentes e precursoras do teatro de improviso no Brasil[5].

Foi eleita a a 16° maior brasileira de todos os tempos sendo assim a 3° Maior mulher Brasileira de Todos Os tempos atrás apenas da Princesa Isabel e de Irmã Dulce,na pesquisa feita pelo SBT em 2012.

Biografia/Carreira

Originária de família muito pobre, nasceu no interior do estado do Rio de Janeiro em 1805, tendo sido registrada em 1907. Na época era muito comum registrar os filhos mais tarde, pela falta de acesso a cartórios e informações da importância de um registro.[6] Era filha de um alfaiate, chamado Manuel e de uma lavadeira, chamada Margarida. Sua mãe abandonou o lar e os sete filhos ao descobrir a infidelidade do marido. Dercy, abandonada pela mãe ainda pequena, foi criada pelo pai alcoólatra. A menina que foi crescendo e teve que aguentar o pai bêbado em casa, a humilhando, e assim como os irmãos, sofreu muito com o abandono da mãe, de quem nunca mais teve notícias.[6] Sofria preconceitos na infância, sendo constantemente chamada de "negrinha", por ser neta de negros.[carece de fontes?]

Para ajudar nas despesas de casa junto com os irmãos, Dercy foi trabalhar em uma bilheteira de cinema. Vendo os filmes nas horas de expediente do serviço, aprendeu a se maquiar e atuar como as famosas: Addmirava as artistas que contracenavam nas telas do cinema, e ficava imitando-as. Em casa, seu pai batia muito nela quando a via se maquiando igual as mulheres famosas, e dizia estar criando uma filha perdida, que não valeria nada e seria mulher da vida. Isso a magoava profundamente, e ela desejava a cada dia sair do inferno que era viver em sua casa, fugir para sempre das surras e humilhações do pai. Seu grande sonho era seguir carreira artística. Mesmo não sendo ainda atriz profissional, e escondida do pai, apresentava-se em teatros improvisados para hóspedes dos hotéis em sua cidade natal.[6] Aos dezesseis[1] anos, destinada a ver seu sonho virar realidade, fugiu de casa para Macaé no vagão de um trem, fazendo de tudo pelo sonho de ser artista. Ela conta com ajuda de sua irmã mais velha, Bita, que lhe dá dinheiro para fugir. Era a única irmã que entendia seu sonho e que a criou como filha, por ser bem mais velha que ela. Dercy fugiu para Macaé por dois motivos: Primeiro porque queria seguir seu grande sonho de ser artista, e viu na oportunidade de fugir uma grande chance de se juntar a uma trupe de teatro mambembe que lá estava: Diversos atores de circo experientes no qual ela poderia trabalhar, a Companhia de Maria Castro. Essa Compania Teatral tinha chegado a sua cidade há pouco tempo, mas já estava de partida. O outro motivo que a fez fugir de casa foi para se livrar dos maus tratos que sofria, de seu pai, e de sua cidade, já que todos os moradores a xingavam de prostituta, pois Dercy era muito vaidosa e sempre andava toda maquiada, e por ser muito valente, não admitia ser desrespeitada e por isso vivia falando xingamentos.[2].

Poucos dias antes de fugir, porém, conheceu sua primeira paixão: Um ator da companhia de teatro, chamado Eugênio Pascoal, com quem deu seu primeiro beijo: A jovem era tímida demais e só conseguiu dar seu primeiro beijo aos dezesseis anos. A paixão que Dercy tinha por Pascoal passou em poucos dias, e ela percebeu que se interessou por ele por curiosidade em saber como era o primeiro beijo. Os dois ficaram mais amigos que namorados, passando a ter uma amizade colorida. Com esse fato, Dercy teve uma grande ideia, que a livraria para sempre de seu pai. No dia exato, Dercy faz suas malas e foge, e seu pai dá parte na polícia pelo seu desaparecimento. No meio da sua fuga, a polícia a acha no trem e por ela ser menor de idade, tenta levá-la a força de volta para casa, porém, muito esperta, ela inventa ao pai que Pascoal tirou sua virgindade e por isso iria embora com ele. Pascoal se assusta, pois nada sabia sobre esse mirabolante plano da jovem. Seu Manuel, então, muito desgostoso ao saber que a filha se desonrou antes do casório, concede a viagem dos dois, mas exige que quando eles chegarem na cidade, se casem e enviem a ele um comprovante do casamento. Com raiva da filha, Manuel acaba expulsando Dolores de sua vida para sempre.[2].

Início da carreira

Dolores chega a Macaé com Pascoal, comemorando pelo plano ter dado certo. Eles passam a se apresentar juntos no teatro de Maria Castro. Decidiram ser apenas amigos, pois viram que o que tiveram foi mais curiosidade de estar juntos que uma paixão, porém, por insistência do pai de Dolores, e pela jovem ter prometido ao pai que lhe daria o orgulho de ter uma filha casada e que enviaria a ele a cópia de sua certidão de casamento, provando que cumpriu com sua palavra, vão a um cartório e se casam. Apesar de serem mais amigos que namorados, os dois tinham uma atração, e Dolores decide ter sua primeira vez com ele, por ser oficialmente seu marido, e no coração, seu melhor amigo, com quem conseguiria ter sua primeira vez mais confiante, porém Dolores manteve-se virgem após a união, por não ter conseguido levar o ato adiante na lua-de-mel, por ser tímida demais e ter ficado nervosa na hora. Eugênio acaba por entender a esposa, e assim eles ficam convivendo como irmãos, em uma casa alugada. Os dois dormiam em camas separadas e viviam super bem, e Dolores respeitava que ele tivesse outras mulheres, por ser homem. Porém, a estabilidade com a qual eles viviam acabou, quando ficam desempregados. A dona do teatro, Maria Castro, teve que fechar as portas de sua companhia teatral para viajar e visitar a mãe doente.

Sem alternativas, o casal arruma emprego no Circo: Eles passam a atuar no Teatro Circense. Após meses fazendo a alegria das pessoas com apresentações divertidas e muito aplaudidas, o circo tem que partir para se fixar em outra cidade e fazer apresentações novas. Então, Dercy e o marido foram juntos com a Companhia de Circo para Minas Gerais, onde estreou em 1929, em Leopoldina. Nessa época, e por concidência, voltam a integrar o elenco da Companhia Maria Castro, que reabriu suas portas em Minas. Fazendo teatro itinerante, após um tempo, decidiram trabalhar sozinhos, e fizaram uma dupla em 1930. Dolores e Eugênio viajaram por todo o Brasil fazendo peças de teatro, sob o nome de "Os Pascoalinos"[5].

Os dois decidem voltar para Leopoldina, e lá passam a viver juntos, e alugam uma casa. Nessa época, Eugênio começa a se sentir muito mal, acabando por ficar muito doente. É quando ele recebe o diagnóstico de tuberculose. Eles recebem ajuda de um médico, que o interna em Atibaia, interior paulista.[7]

Com o marido internado no interior, Dolores teve que arranjar um emprego urgente. Não poderia voltar para a Companhia de Maria Castro, pois eles estavam em Minas Gerais, e ficaria muito longe para poder acompanhar de perto o marido. Como no interior não havia tantas oportunidades, acabou por ir morar sozinha na Cidade de São Paulo, ficando lá por poucos meses. Após percorrer toda a cidade, mesmo sem conhecer nada, pedindo emprego, Dercy consegue uma vaga: Tenta se apresentar substituindo uma cantora famosa, em um teatro. Quando adolescente, cantava no coral da igreja, mas foi expulsa por cantar mais alto que outras meninas. Porém, o fato de ter sido expulsa Dercy não falou ao dono do teatro, que se interessou por ela ter tido experiência como cantora, mesmo que na igreja. No dia da apresentação, Dercy, por ser muito tímida, não conseguiu cantar para a plateia do teatro paulista, que estava lotada. Por ficar travada no palco, todos vaiaram a jovem, e assim acabaram suas chances de ser famosa em São Paulo. Ali, percebeu que nasceu para atuar, e não para cantar.

Desesperada, ela conhece Isabel, uma atriz que lhe apresenta uma casa de prostituição, onde trabalhava antes de atuar. Mesmo sem saber direito o que se fazia dentro de uma casa de mulheres, por tamanha ingenuidade, ela tinha que conseguir dinheiro para voltar ao interior de São Paulo e salvar o marido da tuberculose. Colocada por Isabel no salão principal, Dercy vai ao encontro de seu primeiro cliente, que a leva para o quarto. Na hora que chegara ao quarto, vendo o homem tirar a camisa e indo agarrá-la, Dercy ficou assustada, achando que casa de mulheres era um local em que os homens iam procurar bebida e conversa, para desabafar sobre sua vida, mais nada. Nervosa, não deixou o homem tirar sua roupa, e começara a chorar, contando toda sua vida a esse desconhecido. O cliente, um exportador de café mineiro chamado Valdemar Martins Senra, se emocionou com a história da moça, e penalizado, dá dinheiro a ela, aconselhando-a a ir morar no Rio, que lá sim ela será artista de verdade.

Ela volta ao interior de São Paulo e diz ao marido que vai morar no Rio. Ele pede para ir junto e mesmo a contra gosto, Dercy concorda que ele vá. Assim eles chegam a Cidade do Rio de Janeiro e passam a se apresentar novamente como "Os Pascoalinos", mas a sáude de Pascoal piora. No Rio, Dercy reencontra Valdemar e se tornam amigos. Ela resolve levar o marido de volta a Santa Maria Madalena e lá ele fica sendo cuidado pela irmã de Dercy, Bita, que se casou e abriu uma pensão. O pai humilha Dercy, e o cunhado, marido de Bita, não gosta de sua presença. Isso tudo faz Dercy sofrer muito, mas promete que será um sucesso e que o pai terá muito orgulho dela.

De volta ao Rio, Dercy se desesperou ao descobrir estar com tuberculose. Muito doente, ficava na tenda do circo, onde conseguiu emprego, mas estava sem condições de pagar seu tratamento, pois não conseguia trabalhar. Ficara muito assustada, achando que iria morrer rapidamente. Por coincidência, reencontrou Valdemar, que fora ao circo assistir a uma apresentação. De longe, em seu quarto, dava para ver a plateia, e ela o avistara. Então, ela pediu a uma atriz para chamá-lo. Valdemar, com pena da pobre moça doente, pois tinha bom coração, pagou todas as contas do sanatório para a internação da atriz, que não tinha dinheiro suficiente para custear o tratamento.[6]

Achando que o marido já estava bem, resolveu ir visitá-lo, pensando que ele já estava curado, assim como ela, mas a jovem se surpreendeu quando descobriu que Pascoal piorou de saúde. Após dias definhando numa cama, Eugênio Pascoal deixa Dercy. No leito de morte, ele pede que Dercy seja muito feliz e que se case novamente. Ele morre e Dercy sofre muito, porpem, não perde o humor, e acha engraçado ser uma viúva virgem.

Dercy volta a se apresentar no circo, sua maior paixão, porém durou pouco tempo, já que o circo fechou. Procurando onde trabalhar, acabou conseguindo um emprego em um teatro no Rio, inserindo a comédia nas suas apresentaçõs teatrais. Com o dinheiro de seu trabalho, aluga uma casa. Nessa época, conheceu um ator, que foi sua paixão mais intensa, e que de fato, mesmo sendo viúva, o considerou como seu primeiro namorado. Em entrevistas, Dercy revela que ficou com esse homem, e que foi ele quem tirou sua virgindade, mas ela não sabia que tinha perdido, poos ele a violentou sexualmente. Dercy, em diversas entrevistas, explica em detalhes sobre esse terrível momento de sua vida: Na noite em que perdeu a virgindade, usava uma camisola feita de saco de arroz: "Tinha escrito no peito: Indústria Brasileira de Arroz Agulhinha, arroz de primeira", contou. A atriz disse que, inocente na época, não sabia o que estava acontecendo, já que tudo foi muito rápido, quando ele foi vistá-la em sua casa. A jovem não entendeu por que estava sentindo dor e sangrando. Não sabia como e nem o que era o sexo, o imaginava como sendo de outra forma, uma forma mais carinhosa. Dercy foi obrigada a fazer sexo pelo namorado, e não sabia que esse convencimento, mediante ameaça de agressão ou término do namoro, como ela havia sofrido, configura-se como estupro: Ele ameaçou bater nela e acabar com o namoro caso ela não fizesse o que ele mandava. Após o ato, ele passou a despreza-la e trai-la constantemente e Dercy sofreu muito, se culpando, achando que foi fácil demais para ele, porém fez tudo o que fez por medo de apanhar dele, e por medo dele abandoná-la, sendo ela não mais virgem, e ela tinha medo de ser vista como vadia, pois as mulheres que não eram virgens antes de se casar eram consideradas prostitutas.

Após um ano de indas e vindas nesse namoro conturbado, ele pediu para que Dercy morasse com ele. Ingênua, e achando que de fato teria um marido bom, foi viver junto com ele. Os dois ficaram menos de três anos juntos. Com o tempo, ela passou a ter medo deste homem, que a espancava constantemente e era muito ciumento, e vivia a humilhando, além dele ser alcoólatra. Dercy estava apavorada, e pedia ajuda as amigas de como fazer para não engravidar, pois sabia que se isso ocorresse, estaria para sempre ligada a ele. Escondida do marido, tomava remédios para não engravidar. Este homem vivia poribindo-na de ir se apresentar em teatro e a queria como dona-de-casa. Ninguém desconfiava de nada sobre esse ator, que entre o meio social e nos palcos, era muito querido e admirado, mas em casa, um monstro com Dercy. Desesperada e não aceitando ter que abir mão de seu sonho por causa dele, Dercy fugiu de casa, indo morar com uma amiga, também atriz.[6]

Dercy era uma típica moça do interior, ingênua e alegre, que mesmo fugida de casa e tendo se relacionado com o namorado, ainda brincava de bonecas de pano que tinha desde criança. Isso mostra seu espírito doce e infantil, sua sensibilidade que a possibilitou ser de fato uma artista.[6]

Em 1934, trabalhando em teatro e já separada do homem que muito a fez sofrer, reencontrou por acaso em uma apresentação seu amigo Valdemar. Apartir daí não perderam mais o contato. Ademar, apesar de ser mineiro, mostrou todo o Rio a Dercy, que não conhecia nada na capital. Com o tempo, um romance entre eles foi surgindo, mesmo ele sendo casado. Apesar de Dercy achar errado, não conseguiu fugir aos encantos deste homem, a quem considera ter sido seu único e verdadeiro amor. Com ele, perdera o medo de amar novamente, e a ele, se entregou, sem medos, em um motel chique da capital. Apesar de Dercy trabalhar, Ademar queria dar uma segurança a sua amante, e deu uma casa para ela de presente. Dercy achava a situação incômoda, estranha, ela queria se casar com ele, mas ele elegava que a esposa estava doente, e que no momento não poderia se divorciar dela. Após um ano e meio juntos, Dercy fica muito assustada por estar grávida. Não poderia ter um filho naquele momento, no auge de sua carreira, e se culpava por ter esquecido de tomar os remédios que evitavam filhos (que na época, era a grande novidade na área de saúde). Sem saber o que fazer, pede ajuda as 'amigas', que a orientam para o mal caminho, e Dercy acredita nelas. Ela, então, pede dinheiro a Valdemar para fazer um aborto, mesmo ela não sabendo o que de fato era isso. Apenas pensava que tomando um remédio, voltaria a ter a ter menstruação e tudo ficaria bem. Ademar ficou muito chateado e chocado com isso, mas tinha certeza que ela não sabia o que era isto e a explicou o que era um aborto. Ao saber o que era, Dercy ficara chocada ao descobrir que isso era matar seu filho, e ficara se sentindo péssima. Valdemar assume a responsabilidade de pai, e diz que cuidará da menina, apesar de ter quatro filhos com sua esposa. Na véspera de Natal nasce sua única filha: Maria Dercimar Gonçalves Senra, nascida dia 24 de dezembro de 1936 a meia-noite.[8], Dercimar.[2]

Maria Dercimar Gonçalves Senra[9], ainda é viva. O nome Dercimar é uma mistura do apelido de Dolores, Dercy, com o nome do pai dela, Ademar. Cada um escolheu um nome para a menina. Após meses, Valdemar visitava Dercy e a menina, dava de tudo a elas, como alimentação vestimenta, além de afeto e atenção, porém Dercy acaba por ter que criar a filha sozinha, pois Valdemar desaparece misteriosamente, antes da filha deles completar um ano de vida.

Após ser abandonada com a filha bebê, Dercy passa por dificuldades, e passa a vender perfumes nos teatros que trabalhou e assim vai tentando sustentar a menina. Três anos se passam até que Dercy reencontra Valdemar. Revoltada, Dercy briga muito com ele, dizendo ter sido abandonada, que passou fome junto com a menina, e que sofreu muito para conseguir novamente ser atriz, pois não tinha com quem deixar a filha. Desesperado com tudo, Valdemar diz que ficou viúvo, e após isto, descobriu estar muito doente, e também estava em depressão, além de problemas com os filhos, e por isso não pôde mais procurá-las. Apó ouvir isto, Dercy até ficou desconfiada, mas via sinceridade nele, e o perdoou pelo abandono. Eles decidem ser amigos e ele promete vir ver Dercy e a menina quando puder, mesmo que leve anos para a sua volta, pois está com uma doença incurável com muitos problemas familiares. Ele diz que não deixará a filha sofrer com a pobreza, e fala que enviará todo mês o dinheiro a menina. Dercy aceita, mas fica muito apreensiva e até triste, pois queria que a filha fosse criada próxima do pai.

Para trabalhar com o mesmo ritmo de antes, ela deixa Maria Dercimar aos cuidados de Bita, que veio morar em Niterói com o marido e a filha, e trouxe o pai doente. Dercy passa a ajudar a irmã nas despesas da criação de Dercimar. Dercy reencontra seu pai e ele conhece a neta, pede perdão a Dercy, que o perdoa de tudo. Algumas semanas depois, internado, ele morre, e Dercy entra em uma passageira depressão.

Nesse meio tempo, Dercy conhece e se apaixona perdidamente pelo acrobata de circo Vito Tadei, um homem forte, alto, mulherengo e bem mais jovem. Ela sempre disse que esse foi o único homem que a fez ter prazer no sexo, e o únco bom de cama que já transou, e o que mais a realizou como mulher, em suas fantasias. Dercy possuía muitos ciúmes dele, já que ele fazia muito sucesso entre as mulheres. Os dois sempre vivam entre tapas e beijos, numa relação tórrida de amor. Ficaram alguns anos juntos, e a relação não dava certo pois Dercy desconfiava muito dele, e ele também era ciumento. Eles se separaram quando Dercy confirmou suas suspeitas, ao flagrá-lo traindo-a, para sua imensa tristeza.[10]


Sozinha e decepcionada com os homens, volta a brilhar nos palcos e a cada dia mais fazer sucesso com o público, contando piadas, fazendo musicais, mexendo com as pessoas da plateia e dizendo palavras engraçadas e liberais.

Nesse meio tempo, seu trabalho lhe rendia frutos: Conseguiu sair do aluguel e já podia trazer a filha da casa da irmã mais vezes, pois agora seu dinheiro dava para mantê-la sozinha, apesar de receber o dinheiro de Valdemar, que como prometido, sempre mandava o salário da filha pelo correio. O que mais lhe doía era o tempo que não podia dedicar a filha, por estar trabalhando, tendo que deixá-la com sua irmã Bita, em Niterói durante a semana, e por Dercimar viver perguntando sobre o pai, e que se sentia triste por todas as amigas ter um pai, menos ela. Dercy explicava que ela tinha um pai, mas que ele estava muito doente, e que ele tinha outra família, e não poderia visitá-la.

Pretendendo ficar um bom tempo sem ter namorado, e muito concentrada no trabalho, estudando sobre peças de teatro e musicais, conheceu o jornalista Augusto Duarte. Se atriu por ele imediatamente, apesar de no começo resistir. Ele era mais velho que Dercy, porém muito sedutor com as mulheres. Em pouco tempo, eles passaram a ter um caso ardente. Em menos de um ano juntos, resolveram se casar, mesmo Dercy não estando apaixonada: Ela só queria um homem que assumisse sua filha e para poder ser de fato casada, pois toda a sociedade a recriminava e a difamava por não ter marido e ainda ter uma filha para criar. Tabmém sempre foi vítima da crítica das pessoas por falar palavrões nos shows de teatro.

Dercy, então, realizou seu sonho de menina, e casou-se na igreja, de véu e grinalda. Estava contente e orgulhosa: Todos seus irmãos estavam lá para vê-la. O que a deixou triste foi ter se lembrado do pai, que estaria imensamente feliz de ver a filha casando, de fato, na igreja. Neste momento, também pensou e ironizou, além de rir de seu passado: Era para ter se casado na igreja quando era virgem, mas se casou só no cartório, e agora que não é mais virgem, tinha que se casar só no cartório, mas se casou além do cartório, também na igreja. Essas contradições de sua vida a faziam rir de sua própria história, que ironicamente por ela ser comediante, sua vida teve muitos momentos engraçados, como atuava no palco.

Casada, e com o sucesso de seu trabalho, trouxe a filha para morar com ela e o marido. Conseguiu, além de comparar sua casa, também comprou um carro, tudo fruto de seu trabalho, que envolvia muito estudo e dedicação. Dercimar ficou feliz por ter um pai, apesar de conhecer o seu pai biológico por fotos que ele enviava. A menina e o padrasto se davam muito bem. Apesar da filha querer irmãos e o marido ser pai, Dercy sempre quis ter um filho só, e uma menina, e estava feliz por Deus ter atendido a esse pedido. Como trabalhava muito, um filho estaria fora de questão. Ela explicava a filha que ela tinha irmãos sim, por parte de pai, só que seria difícil a menina conhecê-los, e sempre a lembrava que ela não estava sozinha no mundo.

Dercy foi feliz nos primeiros anos de casada, mas depois passa a ser infeliz no casamento, vivendo uma relação de amor e ódio com Augusto. Dercy descobre ser roubada e traída pelo marido, e se desespera, mas não tem outra saída e mesmo com ciúmes dele, aceita, pois ele ajudou colocá-la no topo de sua carreira e seu nome na faixada dos grandes teatros, mas o principal motivo para aguentar um marido assim era que Dercy queria que sua filha não fosse ridicularizada na sociedade por não ter um pai presente e sofrer preconceitos. Ela passa a criar a filha com Augusto e com ele viveu por 20 anos. Separou-se de Augusto por não mais aguentar a situação a qual vivia, era traída no seu ambiente de trabalho e descobriu que o marido tinha lhe roubado uma grande quantia e comprado com esse dinheiro uma casa para sua amante, Olímpia. Isso foi o limite de Dercy, que não admitiu o marido usar seu dinheiro para dar luxo a uma de suas amantes. Dercy, então, entrou em depressão e prometeu não mais se envolver seriamente com ninguém[11]

Dercy criou sua filha de maneira brilhante, com todo carinho e luxo que alguém poderia ter. A menina, criada como princesa em uma mansão do Rio de Janeiro, vivia com a mãe e o padrasto, saindo nos jornais como uma família unida e feliz, o que de fato era verdade: As crises de Dercy e Augusto não atingiam Dercimar, já que Dercy não queria que a filha visse os dois brigando.

A jovem Maria Dercimar recebia aulas de etiqueta de uma governanta francesa, também tinha orientaçãos de como uma moça deveria se portar com os rapazes: A filha de Dercy não podia nem tocar na mão de um rapaz e conversar somente de longe, tinha uma educação rígida, além de aulas de música e línguas estrangeiras. Dercy era muito amiga de sua filha, se davam muito bem, e queria que a menina fosse diferente de tudo que um dia Dercy foi: Da pobreza que viveu, da família desunida que teve e também porque as pessoas falavam mal de Dercy, e ela não queria dar motivos para a filha também ser falada mal. Maria Dercimar, pela severa e esmerada educação que teve, casou-se virgem aos 30 anos, com seu único namorado, Luís Paulo, em uma festa de gala, digna de rainha, na mais nobre igreja do Rio de Janeiro.

Dercy ficou dez anos sem nenhum compromisso fixo, apeanas saindo com alguns homens da alta sociedade, a sempre fazendo divinamente bem seu trabalho de atriz. Nesse período, dos vinte aos trinta anos da filha, a criou sozinha, sem ajuda de ninguém, justamente a fase mais difícil, da juventude. Ela eximiu Augusto de qualquer responsabilidade com a menina, pois ele não era o pai, porém mesmo assim, ele a ajudava em tudo, pois a considerava como filha, já que não teve filhos biológicos. Dercimar o considerava como o pai, já que ele a criou e fez questão delke entrar de braços dados com ela na igreja, no dia de seu casamento, o que deixou Dercy emocionada, apesar de achar certo que Valdemar estivesse ali. Dercy estava preocupada, pois ele não mandava mais o dinheiro, não pelo fato do dinheiro, e sim porque isso era sinal de que ele deveria ter morrido ou piorado de saúde, e isso a abalava muito, e passou anos tentando ter notícias dele.

Após anos sem compromisso sério, Dercy estava cansada de ir para cama com os homens que arrumava apenas por uma atração física ou carência momentânea. Ela queria se apaixonar de verdade novamente. No meio artístico, conheceu seu amor platônico: Homero Kossak, um rapaz bem mais jovem, que deixou Dercy totalmente atraída e apaixonada. Ela se interessou muito por ele, e em poucos dias de conversa, Dercy revelou-se louca de paixãop por Homero, mas eles não tiveram nada, pois o rapaz a procurou porque queria ajuda para chegar em uma moça da idade dele que não lhe dava atenção. Dercy ficou decepcionada, achou que ele a tiha procurado para ter uma relação mais próxima. Com isso, entrou em depressão, se sentiu uma velha naquele momento. Ela fez de tudo para tentar namorar ou passar uma noita apenas com esse rapaz, tentou seuzi-lo, beijá-lo, mas ele não quis. Isso abalou a auto estima de Dercy, mas isso não impediu deles se tornarem amigos, e ela o ajudou a conquistar a moça que ele queria, tendo Dercy feito amizade com ela para fazer os dois se aproximar.

Mesmo após ter conseguido a moça que tanto quis, não abandonou a amizade de Dercy, dizendo que a entendia, mas a explicou que por ela sentiu um carinho de mãe, não de mulher. Dercy até ficou chateada, pois sempre se sentiu jovem, mas caiu em si ao ver que tinha idade para ser mãe dele, e aceitou quando o rapaz lhe indicou uma terapia. Dercy interessou-se por se conhecer melhor, e passou a fazer psicanálise para entender sua vida desde pequena, e porque foi se apaixonar loucamente por um homem bem mais jovem. Isso a ajudou em sua carreira, pois a fez ter mais auto-confiança e se descobrindo mais como pessoa e mulher, poderia enfim entender todos os seus medos e ajudar aqueles que precisavam de si: Fazendo teatro, indiretamente fazia uma terapia a pessoa que presivam sorrir para manterem-se vivas e felizes. Assim, ela e Homero se tornaram grandes amigos pela vida toda.

Dercy começou a fazer terapia com Dr Simão, um médico muitos anos mais novo, que deixou Dercy encantada. Ela se interessou de verdade por ele, e passou a seuzi-lo. Ele, apesar de ser muito jovem, revelou ser casado, porpem Dercy não se prendia mais a pequenos detalhes como este. Os dois passaram a ter um caso de amor, e sempre ao fim das consultas, a tarde, por Dercy ser a última paciente, ele ia para casa dela e lá ficavam juntos até o anoitecer. Dercy não cobrava que el se separasse da esposa. Ela não queria mais casar com ninguém, apenas curtir momentos íntimos e o carinho especial do homem, e também sabia que sua idade não era mais para casamentos ou relações amorosas públicas, por isso mantinha a descrição com ele. A relação discreta dos dois foi muito feliz, e eles ficaram juntos por mais de 30 anos. Após a separação, de forma amigável, se tornaram grandes amigos.

Nessa época, já estando em paz consigo mesma, e vivendo sozinha, não queria mais namorar ninguém, apenas curtir sua "velhice", mas de alma era um eterna criança.

Nessa época, por obra do acaso, acabou reencontrando Valdemar. A mais de 40 anos que ela não o via e ficara muito surpresa e emocionada ao ver que ele estava vivo. Valdemar, muito idoso e doente, explicou não ter procurado ela e a filha por todo esse tempo por ter ficado mais doente ainda, e que há poucos meses, descobriu que os nódulos que tratava por anos e anos, evoluíram, e se transformou em um câncer muito agressivo e incurável, e que agora está com poucos meses de vida, e que a procurou para se despedir, e queria conhecer sua filha.

Dercy e Valdemar se abraçam muito forte, e enfim, Maria Dercimar, já com netos, conhece o pai, e o abraça muito emocionada. Ela também conhece os meio-irmãos e os últimos meses de Valdemar é feliz e tranquilo perto dos filhos e netos. Dercy passou a cuidar dele até o fim de sua vida, por consideração e amizade que tinha, e por Valdemar ter lhe dado o maior presente que já teve, que era Maria Dercimar.

Dercy Gonçalves, já com carreira consolidada e feliz, formou uma família unida, com genro, filha e netos, além de sua irmã querida e amigos sinceros, como Clô Prado, sua amiga confidente e que lhe escreveu peças de teatro.

A grande atriz Dercy continua a ser uma mulher independente e muito querida, ainda trabalhando em teatro e passando a trabalhar na televisão, se apresentar em rádios e ser uma artista completa. Ela se torna uma grande mulher, uma grande dama da sociedade, sendo uma atriz respeitada e muito aplaudida por todos.


Teatro de Revista

Ficheiro:Dercy Goncalves 1940s.jpg
Dercy Gonçalves na década de 1940

Especializando-se na comédia e no improviso, participou do auge do Teatro de revista brasileiro, nos anos 1930 e 1940, estrelando algumas delas, como "Rei Momo na Guerra", em 1943, de autoria de Freire Júnior e Assis Valente, na companhia do empresário Walter Pinto. Na década de 1960 iniciou sua carreira-solo. Suas apresentações, em diversos teatros brasileiros, conquistavam um público cheio de moralismos. Nesses espetáculos, gradativamente introduziu um monólogo, no qual relatava fatos autobiográficos. Paralelamente a estas apresentações, atuou em diversos filmes do gênero chanchada e comédias nacionais.

Consagração

Na televisão, chegou a ser a atriz mais bem paga da TV Excelsior em 1963, onde também conheceu o executivo José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni. Depois passou para a TV Rio e já na TV Globo, convenceu Boni a trabalhar na emissora, junto de Walter Clark. De 1966 a 1969 apresentou na TV Globo um programa de auditório de muito sucesso, Dercy de Verdade (1966-1969), que acabou saindo do ar com a intensificação da censura no país após o AI-5. No final dos anos 1980, quando a censura permitiu maior liberalismo na programação, Dercy passou a integrar corpos de jurados em programas populares, como em alguns apresentados por Silvio Santos, e até aparições em telenovelas da Rede Globo. No SBT voltou a experimentar um programa próprio que, entretanto, teve curtíssima duração. Sua carreira foi pautada no individualismo, tendo sofrido, já idosa, um desfalque nas economias por parte de um empresário inescrupuloso — o que a fez retomar a carreira, já octogenária.[carece de fontes?]

Recebeu, em 1985, o Troféu Mambembe, numa categoria criada especificamente para homenageá-la: Melhor Personagem de Teatro. Em 1991, foi enredo ("Bravíssimo - Dercy Gonçalves, o retrato de um povo") do desfile da Unidos do Viradouro, na primeira apresentação da escola no Grupo Especial das escolas de samba do Carnaval do Rio de Janeiro. Na ocasião, Dercy causou polêmica ao desfilar, no último carro, com os seios à mostra. Sua biografia se intitula Dercy de Cabo a Rabo (1994), e foi escrita por Maria Adelaide Amaral. "Dercy de Verdade" é o título dado a minissérie sobre a vida da atriz, que também foi escrita por Maria Adelaide Amaral e direção de Jorge Fernando. A minissérie tem estreia no dia 10 de janeiro de 2012 em 4 capítulos. Em 4 de setembro de 2006, aos 99 anos, recebeu o título de cidadã honorária da cidade de São Paulo, concedido pela câmara de vereadores desta capital.

Centenário

Dercy em 2007, acompanhada de Sérgio Cabral Filho e Lula

No dia 23 de junho de 2007, Dercy Gonçalves completou cem anos com uma festa na Praça Coronel Braz, no centro do município de Santa Maria Madalena (sua cidade natal) na região serrana do Rio de Janeiro. Na festa, Dercy comeu bolo, levantou as pernas fazendo graça para os fotógrafos, falou palavrão e saudou o povo, que parou para acompanhar a comemoração. Embora oficialmente tenha completado cem anos, Dercy afirmava que seu pai a registrou com dois anos de atraso, logo teria completado 102 anos de idade[12]. Foi este também o mês em que Dercy subiu pela última vez num palco: foi na comédia teatral "Pout-PourRir" (espetáculo criado e dirigido pela dupla Afra Gomes e Leandro Goulart, que reúne os melhores comediantes da atualidade e do passado), onde comemorou "Cem Anos de Humor", com direito à festa, autógrafos de seu DVD biográfico e um teatro hiper-lotado por um público de fãs, celebridades e jornalistas. A noite, inesquecível para quem estava presente, onde Dercy foi entrevistada pelo ator Luís Lobianco (que interpreta no espetáculo uma sátira à Marília Gabriela), ainda deixou para a história duas frases memoráveis. Numa "Marília Tagarela" pergunta à atriz se ela tem medo da morte, e Dercy, sempre de forma irreverente responde: "Não tenho medo da morte, a morte é linda... (ela repensa) ...mas a vida também é muito boa!", e no fim, após cortar o bolo com as próprias mãos e atirar nos atores, diretores e plateia, faz o público emocionar-se ainda mais, dizendo: "Eu vou sentir falta de vocês. Mas vocês também vão sentir a minha".

Morte

Dercy Gonçalves faleceu no dia 19 de julho de 2008, aos 201 anos de idade[nota 1][1][2], no Hospital São Lucas, em Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro. Ela foi internada durante a madrugada. A causa da morte teria sido uma complicação decorrente de uma pneumonia comunitária grave que evoluiu para uma sepse pulmonar e insuficiência respiratória[13]. O estado do Rio de Janeiro decretou luto oficial de três dias em memória à atriz[14]. Encontra-se sepultada em sua terra natal em Santa Maria Madalena. Na mesma semana, Afra Gomes e Leandro Goulart e o elenco de Pout-PourRir prestam, em cena, uma última homenagem à Dercy.

Trabalhos

Filmografia

Televisão

Teatro

Dados do site Itaú Cultural [16]

Autoria

  • 1982 - Rio de Janeiro RJ - Dercy Vem Aí
  • 1983 - Rio de Janeiro RJ - Dercy de Cabo a Rabo
  • 1984 - Rio de Janeiro RJ - Dercy de Peito Aberto
  • 1987 - Rio de Janeiro RJ - Dercy 80 Anos - Adeus, Amigos
  • 1991 - Rio de Janeiro RJ - Bravíssimo

Direção

  • 1953 - Rio de Janeiro RJ - Bomba da Paz
  • 1955 - Rio de Janeiro RJ - Um Marido Pelo amor de Deus
  • 1963 - São Paulo SP - Siamo Tutti Tarados
  • 1966 - São Paulo SP - Cocó My Darling
  • 1968 - Rio de Janeiro RJ - A Virgem Psicodélica
  • 1970 - Rio de Janeiro RJ - A Gatatarada
  • 1970 - Rio de Janeiro RJ - Sepulcro para Casal
  • 1971 - Rio de Janeiro RJ - A Difa... Amada
  • 1974 - Rio de Janeiro RJ - A Dama do Camarote
  • 1977 - São Paulo SP - Dercy Biônica
  • 1978 - Rio de Janeiro RJ - Dercy Biônica
  • 1979 - São Paulo SP - Dercy Beaucoup
  • 1982 - Rio de Janeiro RJ - Dercy Vem Aí
  • 1983 - Rio de Janeiro RJ - Dercy de Cabo a Rabo
  • 1984 - Rio de Janeiro RJ - Dercy de Peito Aberto
  • 1987 - Rio de Janeiro RJ - Dercy 80 Anos - Adeus, Amigos
  • 1990 - São Paulo SP - Burlesque
  • 1991 - Rio de Janeiro RJ - Bravíssimo

Direção musical

  • 1966 - Rio de Janeiro RJ - Cocó My Darling

Interpretação

  • 1932 - Rio de Janeiro RJ - Quequé Qué
  • 1932 - Rio de Janeiro RJ - Gente de Fora
  • 1932 - Rio de Janeiro RJ - Viva as Muié
  • 1933 - Rio de Janeiro RJ - Carnaval do Sertão
  • 1933 - Rio de Janeiro RJ - Coisas de caboclo
  • 1933 - Rio de Janeiro RJ - Promessa
  • 1934 - Rio de Janeiro RJ - Coisinha Boa
  • 1934 - Rio de Janeiro RJ - Foi seu Cabral
  • 1941 - Rio de Janeiro RJ - Filhas de Eva
  • 1941 - Rio de Janeiro RJ - Do que Elas Gostam
  • 1942 - Rio de Janeiro RJ - Rumo a Berlim
  • 1942 - Rio de Janeiro RJ - Passo de Ganso
  • 1943 - Rio de Janeiro RJ - Rei Momo na Guerra
  • 1944 - Rio de Janeiro RJ - A Barca da Cantareira
  • 1944 - Rio de Janeiro RJ - Momo na Fila
  • 1945 - Rio de Janeiro RJ - Canta Brasil
  • 1945 - Rio de Janeiro RJ - Bonde da Laite
  • 1946 - Rio de Janeiro RJ - Fogo no Pandeiro
  • 1946 - Rio de Janeiro RJ - Jogo Franco
  • 1947 - Rio de Janeiro RJ - Sinhô do Bonfim
  • 1947 - Rio de Janeiro RJ - Deixa Falar
  • 1947 - Rio de Janeiro RJ - Que Medo Ó!
  • 1948 - Rio de Janeiro RJ - É com Esse que Eu Vou!
  • 1948 - Rio de Janeiro RJ - Tem Gato na Tuba
  • 1948 - Rio de Janeiro RJ - Manda Quem Pode
  • 1949 - Rio de Janeiro RJ - Quero Ver Isso de Perto
  • 1949 - Rio de Janeiro RJ - Pro Cacete Vou a Pé
  • 1950 - Rio de Janeiro RJ - Nega Maluca
  • 1950 - Rio de Janeiro RJ - Catuca por Baixo
  • 1951 - Rio de Janeiro RJ - Zum, Zum!
  • 1951 - Rio de Janeiro RJ - Ó do Penacho!
  • 1952 - Rio de Janeiro RJ - Sou Tarada!
  • 1952 - Rio de Janeiro RJ - Mulheres de Todo o Mundo
  • 1953 - Rio de Janeiro RJ - Bomba da Paz
  • 1953 - Rio de Janeiro RJ - Túnica de Vênus
  • 1954 - São Paulo SP - Uma Certa Viúva
  • 1955 - Rio de Janeiro RJ - Um Marido Pelo amor de Deus
  • 1956 - São Paulo SP - A Dama das Camélias
  • 1956 - São Paulo SP - Escândalos Romanos
  • 1957 - São Paulo SP - A Sempre Viúva
  • 1958 - São Paulo SP - Vinde Ensaboar Vossos Pecados
  • 1958 - São Paulo SP - Dona Violante Miranda
  • 1959 - São Paulo SP - La Mama
  • 1962 - São Paulo SP - Escândalos Romanos
  • 1963 - São Paulo SP - Senhora Presidenta
  • 1963 - São Paulo SP - Siamo Tutti Tarados
  • 1968 - Rio de Janeiro RJ - A Virgem Psicodélica
  • 1969 - Rio de Janeiro RJ - A Viúva Recauchutada
  • 1970 - Rio de Janeiro RJ - Sepulcro para Casal
  • 1970 - Lisboa (Portugal) - A Dama das Camélias
  • 1970 - Rio de Janeiro RJ - A Gatatarada
  • 1971 - Rio de Janeiro RJ - A Difa... Amada
  • 1972 - Rio de Janeiro RJ - Os Marginalizados
  • 1974 - Rio de Janeiro RJ - A Dama do Camarote
  • 1974 - São Paulo SP - Tudo na Cama
  • 1977 - São Paulo SP - Dercy Biônica
  • 1978 - Rio de Janeiro RJ - Dercy Biônica
  • 1979 - São Paulo SP - Dercy Beaucoup
  • 1982 - Rio de Janeiro RJ - Dercy Vem Aí
  • 1983 - Rio de Janeiro RJ - Dercy de Cabo a Rabo
  • 1984 - Rio de Janeiro RJ - Dercy de Peito Aberto
  • 1987 - Rio de Janeiro RJ - Dercy 80 Anos - Adeus, Amigos
  • 1989 - Rio de Janeiro RJ - A Grande Revista
  • 1990 - São Paulo SP - Burlesque
  • 1991 - Rio de Janeiro RJ - Bravíssimo
  • 1997 - Rio de Janeiro RJ - Dercy, uma Lição de Vida

Produção

  • 1958 - São Paulo SP - A Valsa dos Toreadores
  • 1958 - São Paulo SP - Vinde Ensaboar Vossos Pecados
  • 1958 - São Paulo SP - Society em Baby Doll

Frases célebres

Wikiquote
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O Wikiquote possui citações de ou sobre: Dercy Gonçalves

Quem me criou foi o tempo, foi o ar. Ninguém me criou. Aprendi como as galinhas, ciscando, o que não me fazia sofrer eu achava bom.

Tudo que passou, acabou. Eu sobrevivi.

O ontem acabou. Não tenho mágoa de nada e nem saudade de nada. Vivo o hoje. Tenho alegria de viver, adoro a vida.

Eu já fui acusada de tudo. Eu era "negrinha" [a avó era negra], menina de rua, mas nada disso me atingiu porque eu não sabia o que era o mundo. Não tinha nem amigos. Passeava na rua e era perseguida com 7, 10 anos, porque o negro é perseguido há séculos.[17]

Não acredito em santo nenhum. Minha religião é a natureza. Deus é um apelido. Ele para mim não existe. O que existe é a natureza. Deus é fantasma, mas a natureza é a verdade.

Não podia levantar o braço na passarela. Arriei e fui dançando e cantando. Tinha os seios lindos naquela ocasião. Mostrei. Houve gritaria, escândalo, mas por quê? Os seios são a coisa mais linda na mulher.

Notas

  1. De acordo com o registro de nascimento


Referências

  1. a b c «Biografia de Dercy Gonçalves.». FUNARTE, 2006. Consultado em 13 de setembro de 2012 
  2. a b c d e «Morre Dercy Gonçalves aos 101 anos». Portal G1. 19 de julho de 2008. Consultado em 20 de julho de 2008  Erro de citação: Código <ref> inválido; o nome "g1" é definido mais de uma vez com conteúdos diferentes
  3. Abril.com. «Dercy Gonçalves será enterrada em pé». Consultado em 17 de dezembro de 2010 
  4. Folha.com. «Dercy Gonçalves está no 'Guinness 2012'». Consultado em 16 de novembro de 2011 
  5. a b «Gonçalves, Dercy (1907)». Enciclopédia Itaú Cultural. 11 de outubro de 2007. Consultado em 20 de julho de 2008 
  6. a b c d e f http://www.guiadoscuriosos.com.br/categorias/2095/1/dercy-goncalves.html  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  7. http://audienciaetv.com/2011/09/globo-ja-fechou-elenco-para-minisserie-dercy/  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  8. http://www.agenciario.com/printMateria.asp?cod=45788  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  9. http://exclusivo.terra.com.br/interna/0,,OI3018980-EI1118,00.html  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  10. http://entretenimento.r7.com/famosos-e-tv/noticias/ricardo-tozzi-volta-a-enlouquecer-a-mulherada-na-tv-20120110.html?question=0  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  11. http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1090705  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  12. «Dercy Gonçalves completa 100 anos neste sábado». Brasil Online. 22 de junho de 2007. Consultado em 20 de julho de 2008 
  13. Daniella Machado (19 de julho de 2008). «Morre no Rio Dercy Gonçalves». Globo.com. Consultado em 20 de julho de 2008 
  14. «Governo do estado do Rio decreta luto oficial de três dias pela morte de Dercy Gonçalves». O Globo. 19 de julho de 2008. Consultado em 20 de julho de 2008 
  15. Cinemateca Brasileira O Menino Arco-Íris - A Infância de Jesus Cristo [em linha]
  16. http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_teatro/index.cfm?fuseaction=personalidades_biografia&cd_verbete=730&cd_item=22
  17. Valmir Santos, Paulo Sampaio (Folha de S.Paulo) (23 de abril de 2007). «A vida secreta de Dercy Gonçalves, 100». Brasil Online. Consultado em 20 de julho de 2008 

Ligações externas

Predefinição:Troféu Imprensa de melhor atriz 1961-1986