Descendentes de Pedro II do Brasil

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D. Pedro II, sua esposa D. Teresa Cristina e suas filhas, princesas D. Isabel e D. Leopoldina, por François-René Moreaux, 1857. No Museu Imperial de Petrópolis

Os descendentes de Pedro II - Imperador do Brasil de 1831 a 1889 - são numerosos e compuseram a terceira geração da Família Imperial Brasileira além de terem detido diversos títulos de ducados e principados europeus nos anos seguintes à abolição da monarquia no Brasil. Primeiro filho legítimo de Pedro I do Brasil, Pedro II nasceu no Rio de Janeiro em 1825 e foi educado para se tornar o futuro monarca brasileiro, cargo que exerceu por mais de cinco décadas.

Membro da Casa de Bragança, Pedro II desposou a princesa D. Teresa Cristina das Duas Sicílias, filha do rei Francisco I das Duas Sicílias e membro da Casa de Bourbon-Duas Sicílias. O casamento duradouro gerou quatro filhos, dos quais apenas duas filhas chegaram à idade adulta e geraram herdeiros. Apesar do papel devotado de Isabel, sua filha mais velha e herdeira ao trono imperial, a continuidade do poder monárquico brasileiro após sua morte era ponto central de um crescente debate político que culminou na extinção da monarquia no país em 1889.

Nascimento e ascendência

Pedro II nasceu em 2 de dezembro de 1825 no Paço Imperial de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, sendo o segundo filho varão de Pedro I do Brasil e Maria Leopoldina de Áustria.[1] Possuía três irmãs mais velhas (Maria da Glória, Januária e Francisca), sendo que a mais velha delas posteriormente assumiu o trono português.[2] Pedro foi desde seu nascimento declarado como herdeiro aparente ao trono brasileiro.[3]

Por via paterna, Pedro II era neto de João VI de Portugal e Carlota Joaquina de Bourbon e bisneto de Maria I de Portugal e também de Carlos IV de Espanha - este sendo trineto de Luís XIV de França.[4][5] Por via materna, Pedro II era sobrinho de Maria Luísa, Imperatriz dos Franceses e neto de Francisco I da Áustria; sendo seu avô materno descendente de Maria Teresa de Áustria e membro de uma longeva linhagem de monarcas austríacos da Casa de Habsburgo.[6] Pedro II, no entanto, era membro somente da Casa de Bragança.

Casamento

Em 30 de maio de 1843, Pedro II casou por procuração com a princesa D. Teresa Cristina das Duas Sicílias, filha do rei Francisco I das Duas Sicílias e rainha Maria Isabel da Espanha e neta de Fernando I das Duas Sicílias e Carlos IV de Espanha. Desta forma, Pedro II e Teresa Cristina eram primos, já que eram bisneto e neta, respectivamente, de Carlos IV de Espanha.[7]

O casamento buscava fortalecer os laços do Brasil com monarquias europeias e também consolidar e amadurecer a imagem do monarca dentro de seu próprio império. Pedro II e Teresa Cristina tiveram quatro filhos: os príncipes imperiais D. Afonso e D.Pedro Afonso (ambos falecidos ainda na infância) e também D. Isabel Cristina e D. Leopoldina Teresa.

Descendentes

Filhos

Descendente Nascimento Casamento e descendência Morte

Afonso Pedro
Príncipe Imperial
23 de fevereiro de 1845
Palácio de São Cristóvão
filho de Pedro II do Brasil e Teresa Cristina de Bourbon
11 de junho de 1847
Palácio de São Cristóvão
(2 anos e 108 dias)

Isabel
Princesa Imperial
29 de julho de 1846
Palácio de São Cristóvão
filha de Pedro II do Brasil e Teresa Cristina de Bourbon
Gastão de Orléans
15 de outubro de 1864
4 filhos
14 de novembro de 1921
Castelo d'Eu, França
(75 anos e 108 dias)

Leopoldina
Princesa do Brasil
Duquesa de Saxe
13 de julho de 1847
Palácio de São Cristóvão
filha de Pedro II do Brasil e Teresa Cristina de Bourbon
Luís, Duque de Saxe
15 de dezembro de 1864
4 filhos
7 de fevereiro de 1871
Palácio Coburgo, Áustria-Hungria
(23 anos e 209 dias)

Pedro Afonso
Príncipe Imperial
19 de julho de 1848
Palácio de São Cristóvão
filho de Pedro II do Brasil e Teresa Cristina de Bourbon
9 de janeiro de 1850
Fazenda Imperial de Santa Cruz
(1 ano e 174 dias)

Descendentes por Isabel, Princesa Imperial do Brasil

Descendentes por Leopoldina do Brasil

Ver também

Referências

  1. Rezzutti 2017, p. 75.
  2. Schwarcz 1998, p. 15.
  3. Lustosa 2006, p. 15.
  4. Lustosa 2006, p. 19.
  5. Presas 2013, p. 114.
  6. Wheatcroft 1996, p. 28.
  7. Schwarcz 1998, p. 8-10.

Bibliografia