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Eleições estaduais em Mato Grosso em 1965

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1962 Brasil 1966
Eleições estaduais em  Mato Grosso em 1965
3 de outubro de 1965
(Turno único)
Candidato Pedro Pedrossian Lúdio Coelho
Partido PSD UDN
Natural de Miranda, MS Rio Brilhante, MS
Vice Lenine Póvoas Hermes Alcântara
Votos 109.905 87.588
Porcentagem 55,65% 44,35%
Candidato mais votado por município (85):
  Pedro Pedrossian (36)
  Ludio Coelho (8)
  Sem Informações (41)

As eleições estaduais em Mato Grosso em 1965 ocorreram em 3 de outubro como parte das eleições gerais em onze estados cujos governadores exerciam um mandato de cinco anos, embora o pleito em Alagoas não tenha sido validado por razões legais.[1][nota 1][nota 2]

Numa eleição marcada como a primeira após o Regime Militar de 1964, a vitória coube ao engenheiro civil Pedro Pedrossian. Formado na Universidade Presbiteriana Mackenzie em São Paulo, ingressou no PSD tornando-se correligionário de Filinto Müller. Nomeado engenheiro da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, tornou-se diretor da mesma no Governo João Goulart durante o gabinete parlamentarista de Tancredo Neves em 1961, além de assessor do presidente da Rede Ferroviária Federal no Rio de Janeiro.[2] Sua vitória na disputa pelo Palácio Paiaguás fez dele o primeiro governador nascido no sul do estado, na cidade de Miranda, e lhe conferiu o título de governador mais bem votado de Mato Grosso tanto em números absolutos quanto em termos proporcionais, marcas que perdurariam até a década de 1980.

O vice-governador Lenine Póvoas nasceu em Cuiabá e diplomou-se advogado na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Após a graduação voltou à cidade natal e ministrou aulas no atual Instituto Federal de Mato Grosso e na Universidade Federal de Mato Grosso, além de integrar, dentre outras instituições, o Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso e a Academia Mato-Grossense de Letras presidindo-a por dez anos. Membro do Tribunal de Contas do Estado, foi eleito deputado estadual em 1947 e 1950 e vice-governador do estado em 1965.

Poucas semanas após a eleição o presidente Humberto Castelo Branco outorgou o Ato Institucional Número Dois instituindo o bipartidarismo[3] e em resposta a esse quadro a ARENA tornou-se o partido governista e recebeu as adesões do governador Pedro Pedrossian, de dois senadores e cinco deputados federais vindos do PSD e da UDN enquanto a oposição aos militares reuniu um senador e três deputados federais do PTB ou que eram dissidentes udenistas para formar o MDB.

Resultado da eleição para governador

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O Tribunal Superior Eleitoral informa a existência de 197.493 votos nominais (96,97%), 2.303 votos em branco (1,13%) e 3.853 votos nulos (1,90%) resultando no comparecimento de 203.649 eleitores.

Candidatos a governador do estado
Candidatos a vice-governador Número Coligação Votação Percentual
Pedro Pedrossian
PSD
Lenine Póvoas
PSD
-
PSD (sem coligação)
109.905
55,65%
Lúdio Coelho
UDN
Hermes Alcântara
UDN
-
UDN (sem coligação)
87.588
44,35%
Fontes:[1]
  Eleito

Bancada federal após o bipartidarismo

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Notas

  1. Os governadores eleitos em 19 de janeiro de 1947 terminaram seus mandatos no mesmo dia que o presidente Eurico Gaspar Dutra e a partir de então, na ausência de uma vedação constitucional, Alagoas, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Norte e Santa Catarina fixaram em cinco anos o mandato de seus governadores, sendo que Goiás e o recém criado estado da Guanabara aderiram à regra do quinquênio em 1960.
  2. Em Alagoas o resultado da eleição direta foi invalidado pela ausência de vitória por maioria absoluta de votos conforme a Emenda Constitucional n.º 13 de 8 de abril de 1965, e como a Assembleia Legislativa não escolheu dentre os candidatos disponíveis, o estado foi administrado pelo General João Batista Tubino, interventor federal entre 31 de janeiro e 16 de setembro de 1966.

Referências

  1. a b BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. «Eleições de 1965». Consultado em 6 de janeiro de 2024 
  2. BRASIL. Senado Federal. «Biografia do senador Pedro Pedrossian». Consultado em 3 de julho de 2017 
  3. BRASIL. Presidência da República. «Ato Institucional Número Dois». Consultado em 1º de outubro de 2014