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Cataguases: diferenças entre revisões

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Cataguases se destaca no campo cultural pelo investimento nas artes, realizado e patrocinado pelas empresas Companhia Industrial Cataguases, Energisa e Bauminas. Destacam-se o Instituto Francisca de Souza Peixoto, a Fundação Ormeu Junqueira Botelho e a Casa de Cultura Simão.
Cataguases se destaca no campo cultural pelo investimento nas artes, realizado e patrocinado pelas empresas Companhia Industrial Cataguases, Energisa e Bauminas. Destacam-se o Instituto Francisca de Souza Peixoto, a Fundação Ormeu Junqueira Botelho e a Casa de Cultura Simão.

O escritor e apresentador do programa Qu4tro Coisas, [[Pablo_Peixoto_(autor)|Pablo Peixoto]] é natural da cidade.


== Bairros ==
== Bairros ==

Revisão das 14h13min de 20 de maio de 2020

Cataguases
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Cataguases
Bandeira
Brasão de armas de Cataguases
Brasão de armas
Hino
Gentílico cataguasense
Localização
Localização de Cataguases em Minas Gerais
Localização de Cataguases em Minas Gerais
Localização de Cataguases em Minas Gerais
Cataguases está localizado em: Brasil
Cataguases
Localização de Cataguases no Brasil
Mapa
Mapa de Cataguases
Coordenadas 21° 23′ 20″ S, 42° 41′ 49″ O
País Brasil
Unidade federativa Minas Gerais
Municípios limítrofes Leopoldina, Laranjal, Santana de Cataguases, Miraí, Guidoval, Dona Euzébia e Itamarati de Minas.
Distância até a capital 320 km
História
Fundação 1877
Administração
Prefeito(a) Willian Lobo de Almeida (PSDB, 2017–2020)
Características geográficas
Área total [2] 491,767 km²
População total (Est. IBGE/2015[3]) 74 171 hab.
Densidade 150,8 hab./km²
Clima tropical (Aw)
Altitude 169 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
CEP 36770-000 a 36779-999[1]
Indicadores
IDH (PNUD/2000[4]) 0,794 alto
PIB (IBGE/2008[5]) R$ 789 481,841 mil
PIB per capita (IBGE/2008[5]) R$ 11 285,57
Sítio www.cataguases.mg.gov.br (Prefeitura)
www.cmcataguases.com.br (Câmara)

Cataguases é um município brasileiro do estado de Minas Gerais. De acordo com a estimativa do IBGE em 2015, sua população em julho de 2015 foi estimada em 74 171 habitantes.[3]

Fundação

Em se tratando da fundação de Cataguases, há notoriedade para Guido Thomas Marllière - apontado como o fundador da cidade.[6] Ele fora enviado à região com o objetivo de realizar trabalhos referentes a povoação da área, caracterizada por abundância em diamantes, nunca efetivamente encontrados. Logo a região começou a se erguer conforme as diretrizes de Guido, pois ele se empenhara na elaboração de um delineamento estrutural urbano sofisticado e particularizado para a região.

Não apenas Marllière participou dessa construção, uma vez que a cidade recebeu também imenso apoio de estruturação advindo da família Vieira, instalada nas localidades atualmente denominadas Glória e Sereno – distritos de Cataguases.[7] Primeiramente o major Joaquim Vieira da Silva Pinto fundou a fazenda da Glória em distrito de mesmo nome e o filho dele, coronel José Vieira de Resende e Silva, fundou posteriormente a fazenda do Rochedo, nas proximidades do distrito de Sereno.

A denominação Cataguases causa controvérsias quanto ao verdadeiro sentido: uns alegam ser o nome escolhido por José Vieira em homenagem ao riacho que banhava a casa dele e possuía este nome em sua cidade natal (atual cidade de Lagoa Dourada). Para alguns o nome significa “terra de gente boa”, para outros é “povo que mora no país das matas”. Independentemente do real significado do nome, a cidade se mostra como um portal vivo do modernismo que floresceu durante o século XX.

Geografia

O município localiza-se na Zona da Mata mineira. A sede dista por rodovia 320 km da capital Belo Horizonte. Seu território apresenta área de 491,7 km²,[2] o qual inclui a sede municipal e os distritos de Aracati de Minas, Cataguarino, Glória de Cataguases, Sereno e Vista Alegre[8].

O município de Cataguases integra a bacia do rio Paraíba do Sul, sendo banhado pelo rio Pomba e seu afluente ribeirão Meia Pataca. A altitude da sede é de 169 metros, possuindo como ponto culminante a altitude de 1119 metros. O clima é do tipo tropical com chuvas durante o verão.

Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1961 a 1979, a menor temperatura registrada em Cataguases foi de 6,5 °C em 18 de junho de 1962,[9] e a maior atingiu 39,9 °C em 3 de janeiro de 1971.[10] O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 110,6 milímetros (mm) em 26 de novembro de 1967.[11] Janeiro de 1962, com 437,8 mm, foi o mês de maior precipitação.[12]

Dados climatológicos para Cataguases
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima recorde (°C) 39,9 39,1 39,5 36,4 35 34 34 36,7 37,8 38,8 38,8 39,2 39,9
Temperatura máxima média (°C) 32 32,1 30,5 28,5 26,6 26,7 27,4 28,6 29,3 29,8 30,7 30 29,4
Temperatura média (°C) 26,5 26,4 24,9 22,7 20,5 20,2 20,8 21,9 23,3 24,7 25,5 24,5 23,5
Temperatura mínima média (°C) 21,1 20,8 19,3 16,9 14,5 13,8 14,2 15,3 17,4 19,7 20,3 19 17,7
Temperatura mínima recorde (°C) 17,7 17 14,4 13 8,6 6,5 7,5 8,1 10,4 12,3 11,8 14,6 6,5
Precipitação (mm) 230 181 132 59 31 15 19 16 48 107 186 228 1 252
Fonte: Climate-data.org (médias de temperatura e precipitação)[13] e Instituto Nacional de Meteorologia (INMET)
(recordes de temperatura: 01/01/1961 a 31/10/1979)[9][10]

Demografia

Dados do Censo - 2010

População

  • Urbana: 66.780
  • Rural: 2.977
  • Homens: 34.216
  • Mulheres: 35.541

(Fonte: AMM)

Densidade demográfica (hab./km²): 132,3

Mortalidade infantil até 1 ano (por mil): 19,6

Expectativa de vida (anos): 73,3

Taxa de fecundidade (filhos por mulher): 2,0

Taxa de Alfabetização: 90,1%

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M): 0,794

  • IDH-M Renda: 0,698
  • IDH-M Longevidade: 0,805
  • IDH-M Educação: 0,879

(Fonte: PNUD/2000)

Rodovias

Polo industrial

Muito conhecida por suas indústrias, Cataguases conta com parque industrial e diversas indústrias espalhadas pelo seu território. Destacam-se a Companhia Industrial Cataguases, uma das mais importantes no setor de tecelagem do país; a Cataguazes de Papel, empresa que atua na reciclagem de papéis; Mineradora Rio Pomba Cataguases, importante mineradora da região; a Companhia Manufatora, que fabrica algodão hidrófilo de marca muito conhecida no Brasil e que é exportada para vários países; O Grupo Zollern, multinacional alemã que é pioneira na indústria metalúrgica; dentre outras. É também na cidade que está localizada a sede do Grupo Energisa, importante empresa do setor elétrico presente em diversas regiões, incluindo parte de Minas Gerais, Rio de Janeiro, do nordeste brasileiro e da Região Centro-Oeste do país.

Cultura

Fachada do Santuário de Santa Rita de Cássia.

Considerada como cidade histórica de Minas Gerais, Cataguases gravou seu nome no cinema brasileiro com Humberto Mauro, nos anos 1920, alcançou grande repercussão com a revista e o Movimento Verde (Rosário Fusco, Guilhermino César, Francisco Inácio Peixoto, Ascânio Lopes, Henrique de Resende, Oswaldo Abritta, dentre outros).

Cataguases esteve à frente no Movimento Moderno de arquitetura na década de 1940, muito por incentivo de Francisco Inácio Peixoto e José Pacheco de Medeiros Filho, que levaram à cidade diversos arquitetos e artistas modernos para desenhar uma nova estética e consequente mentalidade para a cidade. Importantes nomes como Oscar Niemeyer, Cândido Portinari, Burle Marx, Joaquim Tenreiro, Djanira, José Pedrosa, Jan Zach, deixaram seus traços na cidade.

Em 1941, chega a Cataguases o padre Solindo José da Cunha na Igreja Santa Rita de Cássia (hoje Santuário de Santa Rita de Cássia) – e com ele a ousadia de um novo templo, inaugurado apenas em 1968. O projeto de Edgar Guimarães do Valle traz o arrojo da nave livre, do vão central sem colunas. Na parte frontal externa, “A vida de Santa Rita”, painel de Djanira.

Torre do Santuário de Santa Rita de Cássia.

Diversos prédios modernos foram construídos na época e em 1995, o IPHAN decidiu pelo tombamento de uma poligonal no centro da cidade de aproximadamente 60 quadras face à importância de seu patrimônio arquitetônico.

Na década de 1960, contou com diversos movimentos culturais de vanguarda, destacando-se o Centro de Arte de Cataguases (CAC), do qual participaram Carlos Moura, Paulo Martins, Silvério Tôrres, Antônio Jaime Soares (entre outros) e o Centro de Arte Experimental de Cataguases (CAEC), liderado por Silvério Tôrres, tendo como principais integrantes Eucília Santos, Toninho Linhares e Clério Benevenuto; além de um grupo de poesia liderado pelos irmãos Joaquim e Pedro Branco, orbitado por Ronaldo Werneck,[14] do qual também participaram Lina Tâmega Del Peloso, Márcia Carrano, Sebastião Salgado, Arabella Amarante.

Destaque para a produção do filme "O anunciador, o homem das tormentas", de Paulo Martins, que teve início no final da década de 1960 e lançamento no início dos anos 70, vez que se trata de um dos pouquíssimos filmes underground feitos em todo o mundo.

Nos dias atuais, destacam-se os trabalhos do escritor Luiz Ruffato, vencedor do Prêmio Jabuti com "Eles Eram Muitos Cavalos", e também do artista plástico Luiz Lopez, com suas séries de obras sobre o tema "campo de futebol". A beleza da cidade e a efervecência cultural evidenciam os trabalhos fotográficos de Vicente Costa, Humberto Ribeiro e Juliano Carvalho.

Colégio Cataguases, projetado por Oscar Niemeyer.

Destaca-se também as recentes aquisições escultóricas, com obras públicas de Amílcar de Castro e Sonia Ebling.

A cidade, que desde o início do século passado mantém acesa a chama literária, realiza desde 2009, o FELICA (Festival Literário de Cataguases) e que já é uma grande referência literária em toda Zona da Mata Mineira.

Atualmente, Cataguases mantém o o perfil de cidade do cinema realizando anualmente o Festival Ver e Fazer Filmes, que conta com a participação de produtores convidados de várias partes do país e até do exterior para a produção e exibição de curtas.

Cataguases se destaca no campo cultural pelo investimento nas artes, realizado e patrocinado pelas empresas Companhia Industrial Cataguases, Energisa e Bauminas. Destacam-se o Instituto Francisca de Souza Peixoto, a Fundação Ormeu Junqueira Botelho e a Casa de Cultura Simão.

O escritor e apresentador do programa Qu4tro Coisas, Pablo Peixoto é natural da cidade.

Bairros

Cataguases visto do bairro Leonardo
Cataguases visto do bairro Leonardo

Ver também

Referências

  1. Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. «Busca Faixa CEP». Consultado em 1 de fevereiro de 2019 
  2. a b IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010 
  3. a b «Estimativas da população residente no Brasil e unidades da federação com data de referência em 1º de julho de 2015» (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 2 de setembro de 2015 
  4. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  5. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 dez. 2010 
  6. MOURA, Antônio de Paiva
  7. GOMES, Paulo Augusto
  8. «Cataguases - MG» (PDF). Enciclopédia dos municípios brasileiros. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 2007. Consultado em 10 de janeiro de 2014 
  9. a b «BDMEP - série histórica - dados diários - temperatura mínima (°C) - Cataguases». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 23 de julho de 2018 
  10. a b «BDMEP - série histórica - dados diários - temperatura máxima (°C) - Cataguases». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 23 de julho de 2018 
  11. «BDMEP - série histórica - dados diários - precipitação (mm) - Cataguases». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 23 de julho de 2018 
  12. «BDMEP - série histórica - dados mensais - precipitação total (mm) - Cataguases». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 23 de julho de 2018 
  13. «Clima: Cataguases». Climate-data.org. Consultado em 23 de julho de 2018. Cópia arquivada em 23 de julho de 2018 
  14. FERRUCE, Princisval. Cataguases (in)cena: altruísmo, absurdo e censura no teatro cataguasense na década de 1960. 2013. 47 f. Monografia. (Licenciatura em História). Faculdades Integradas de Cataguases, Cataguases, 2013.

Ligações externas