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Sentimento antissérvio: diferenças entre revisões

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O '''sentimento antissérvio'''({{Lang-sr|антисрпска осећања / antisrpska osećanja}}) ou '''serviofobia''' (србофобија/ srbofobija) é uma visão geralmente negativa dos [[sérvios]]. Historicamente, tem sido uma base para a perseguição de sérvios.
O '''sentimento antissérvio''' ({{Lang-sr|антисрпска осећања / antisrpska osećanja}}) ou '''serviofobia''' (србофобија/ srbofobija) é uma visão negativa dos [[sérvios]]. Historicamente, tem sido utilizada como uma base [[Genocídio dos sérvios no Estado Independente da Croácia|genocida]] contra os sérvios, do mesmo campo do [[Antissemitismo|antisemitismo]].


Uma forma distinta da serviofobia, que pode ser definida como uma visão geralmente negativa da [[Sérvia]] como um estado-nação para os sérvios, enquanto outra forma de antissérvio é uma visão geralmente negativa da [[República Sérvia]], a entidade dos sérvios na [[Bósnia e Herzegovina]] .
Uma forma distinta da serviofobia, que pode ser definida como uma visão geralmente negativa da [[Sérvia]] como um estado-nação para os sérvios, enquanto outra forma de antissérvio é uma visão geralmente negativa da [[República Sérvia]], a entidade dos sérvios na [[Bósnia e Herzegovina]] .


O proponente histórico mais conhecido do sentimento antissérvio foi o Partido dos Direitos da Croácia nos séculos XIX e XX. Os elementos mais extremos desse partido criaram os [[Ustaše]], na [[Reino da Iugoslávia|Iugoslávia]], uma organização [[Fascismo|fascista]] croata que chegou ao poder do [[Estado Independente da Croácia]] durante a [[Segunda Guerra Mundial]] e instituiu leis raciais que perseguiam especificamente sérvios, [[judeus]], [[ciganos]] e dissidentes. A [[Perseguição aos sérvios no Estado Independente da Croácia|perseguição aos sérvios nlo Estado Independente da Croácia]] incluiu [[genocídio]] e limpeza étnica em massa dos sérvios e de outras minorias que viviam na região.
O proponente histórico mais conhecido do sentimento antissérvio foi o Partido dos Direitos da Croácia nos séculos XIX e XX. Os elementos mais extremos desse partido criaram a [[Ustaše]], na [[Reino da Iugoslávia|Iugoslávia]], uma organização [[Terrorismo|terrorista]] [[Alemanha Nazista|nazista]] croata que chegou ao poder do [[Estado Independente da Croácia]] durante a [[Segunda Guerra Mundial]] e instituiu leis raciais que perseguiam especificamente sérvios, [[judeus]], [[ciganos]] e dissidentes. A [[Genocídio dos sérvios no Estado Independente da Croácia|perseguição aos sérvios no Estado Independente da Croácia]] incluiu [[genocídio]] e limpeza étnica em massa dos sérvios e de outras minorias que viviam na região.


== História ==
== História ==
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==== Século XIX e início do século XX na Croácia Austro-Húngara ====
==== Século XIX e início do século XX na Croácia Austro-Húngara ====
[[Ficheiro:Ante_Starčević_portrait.jpg|miniaturadaimagem|194x194px| Ante Starčević, conhecido como "pai da pátria" na Croácia<ref>{{Citar web|url=https://balkaninsight.com/2016/05/12/god-and-croats-exhibition-debates-croatian-society-05-10-2016/|titulo=Absurdist Exhibition Pictures Croats on the Moon|obra=Balkan Insight|lingua=en-US}}</ref> ]]
[[Ficheiro:Ante_Starčević_portrait.jpg|miniaturadaimagem|194x194px| Ante Starčević, conhecido como "pai da nação" na Croácia<ref>{{Citar web|url=https://balkaninsight.com/2016/05/12/god-and-croats-exhibition-debates-croatian-society-05-10-2016/|titulo=Absurdist Exhibition Pictures Croats on the Moon|obra=Balkan Insight|lingua=en-US}}</ref>]]
O sentimento antissérvio se formou na Croácia no século XIX, quando parte da intelligentsia croata planejou a criação de uma nação croata.<ref name="JonassohnBjörnson1998">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=jIxCUXI38zcC&pg=PA281|título=Genocide and Gross Human Rights Violations: In Comparative Perspective|ultimo=Kurt Jonassohn|ultimo2=Karin Solveig Björnson|data=janeiro de 1998|isbn=978-1-4128-2445-3|citação=Anti-Serbian sentiment had already been expressed throughout the nineteenth century when Croatian intellectuals began to make plans for their own national state. They viewed the presence of more than one million Serbs in Krajina and Slavonia as intolerable.|publicação=Transaction Publishers}}
O sentimento antissérvio se formou na Croácia no século XIX, quando parte da intelligentsia croata planejou a criação de uma nação croata.<ref name="JonassohnBjörnson1998">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=jIxCUXI38zcC&pg=PA281|título=Genocide and Gross Human Rights Violations: In Comparative Perspective|ultimo=Kurt Jonassohn|ultimo2=Karin Solveig Björnson|data=janeiro de 1998|isbn=978-1-4128-2445-3|citação=Anti-Serbian sentiment had already been expressed throughout the nineteenth century when Croatian intellectuals began to make plans for their own national state. They viewed the presence of more than one million Serbs in Krajina and Slavonia as intolerable.|publicação=Transaction Publishers}}
</ref> Na época, a [[Reino da Croácia (Habsburgo)|Croácia]] fazia parte do [[Reino da Hungria]], parte integrante da [[Monarquia de Habsburgo|monarquia dos Habsburgo]], a Dalmácia e [[Ístria]] separavam as terras dos Habsburgo. [[Ante Starčević]], líder do [[ Partido dos Direitos (1861-1929) |Partido dos Direitos]] entre 1851 e 1896, acreditava que os croatas deveriam enfrentar seus vizinhos, incluindo os [[sérvios]] . Ele escreveu, por exemplo, que os sérvios eram uma "raça impura" e, com o co-fundador do seu partido, [[Eugen Kvaternik]], negou a existência de sérvios ou eslovenos na Croácia, vendo sua consciência política como uma ameaça.<ref>{{Harvnb|Carmichael|2012|p=97}}</ref><ref name="AllcockMilivojević1998">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=vqoUAQAAIAAJ|título=Conflict in the former Yugoslavia: an encyclopedia|ultimo=John B. Allcock|ultimo2=Marko Milivojević|ultimo3=John Joseph Horton|ano=1998|isbn=978-0-87436-935-9|citação=Starcevic was extremely anti-Serb, seeing Serb political consciousness as a threat to Croats.|publicação=ABC-CLIO}}</ref> Durante a década de 1850, Starčević criou o termo Es''lavoservo'' ({{Lang-la|sclavus, servus}}) para descrever pessoas supostamente prontas para servir governantes estrangeiros, inicialmente usadas para se referir a alguns sérvios e oponentes croatas e depois aplicadas a todos os sérvios por seus seguidores. A [[ocupação austro-húngara da Bósnia e Herzegovina]] em 1878 provavelmente contribuiu para o desenvolvimento do sentimento antissérvio de Starčević, ele acreditava que aumentava as chances de criação de uma [[Grande Croácia]] . {{HarvRef|Carmichael|2012|p=97}} [[David Bruce MacDonald]], apresentou uma tese de que as teorias de Starčević só poderiam justificar o [[etnocídio]], mas não o [[genocídio]], porque Starčević pretendia [[Assimilação cultural|assimilar]] os sérvios como "croatas ortodoxos" e não exterminá-los. {{HarvRef|MacDonald|2002|p=87}}
</ref> Na época, a Croácia é um estado vassalo do [[Reino da Hungria]], parte integrante da [[Monarquia de Habsburgo|monarquia dos Habsburgo]], a Dalmácia e [[Ístria]] separavam as terras dos Habsburgo. [[Ante Starčević]], líder do [[Partido dos Direitos (1861-1929)|Partido dos Direitos]] entre 1851 e 1896, acreditava que os croatas deveriam enfrentar seus vizinhos, incluindo os [[sérvios]] . Ele escreveu, por exemplo, que os sérvios eram uma "raça impura" e, com o co-fundador do seu partido, [[Eugen Kvaternik]], negou a existência de sérvios ou eslovenos na Croácia, vendo sua consciência política como uma ameaça.<ref>{{Harvnb|Carmichael|2012|p=97}}</ref><ref name="AllcockMilivojević1998">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=vqoUAQAAIAAJ|título=Conflict in the former Yugoslavia: an encyclopedia|ultimo=John B. Allcock|ultimo2=Marko Milivojević|ultimo3=John Joseph Horton|ano=1998|isbn=978-0-87436-935-9|citação=Starcevic was extremely anti-Serb, seeing Serb political consciousness as a threat to Croats.|publicação=ABC-CLIO}}</ref> Durante a década de 1850, Starčević criou o termo Es''lavoservo'' ({{Lang-la|sclavus, servus}}) para descrever pessoas supostamente prontas para servir governantes estrangeiros, inicialmente usadas para se referir a alguns sérvios e oponentes croatas e depois aplicadas a todos os sérvios por seus seguidores. A [[ocupação austro-húngara da Bósnia e Herzegovina]] em 1878 provavelmente contribuiu para o desenvolvimento do sentimento antissérvio de Starčević, ele acreditava que aumentava as chances de criação de uma [[Grande Croácia]] . {{HarvRef|Carmichael|2012|p=97}} [[David Bruce MacDonald]], apresentou uma tese de que as teorias de Starčević só poderiam justificar o [[etnocídio]], mas não o [[genocídio]], porque Starčević pretendia [[Assimilação cultural|assimilar]] os sérvios como "croatas ortodoxos" e não exterminá-los. {{HarvRef|MacDonald|2002|p=87}}


Os idéais de Starčević formaram uma base para a política destrutiva de seu sucessor, [[Josip Frank]], advogado e político judeu croata que se converteu ao [[Igreja Católica|catolicismo]]<ref>{{Harvtxt|Ognjen Kraus|1998}}</ref><ref>{{Citar enciclopédia|autor=Gregory C. Ference|enciclopédia=Encyclopedia of Eastern Europe: From the Congress of Vienna to the Fall of Communism|editor=Richard Frucht|publicadopor=Garland Publishing|ano=2000|páginas=276–277|url=https://www.questia.com/read/106917725}}</ref> que liderou numerosos incidentes antissérvios. {{HarvRef|Meier|2013|p=120}} Josip Frank seguiu a ideologia de Starčević'. {{HarvRef|Trbovich|2008|p=136}} Ele se opôs a qualquer cooperação entre croatas e sérvios, e Djilas o descreveu como "um importante demagogo antissérvio e o instigador da [[Perseguição aos sérvios no Estado Independente da Croácia|perseguição de sérvios na Croácia]]". {{HarvRef|Trbovich|2008|p=136}} Seus seguidores, chamados ''Frankovci'', se tornariam os membros mais ardentes da [[Ustaše|Ustase]]. {{HarvRef|Trbovich|2008|p=136}} Sob a liderança de Frank, o Partido dos Direitos tornou-se obsessivamente antissérvio,<ref name="Kann1980">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=cG570mijBF4C&pg=PA447|título=A History of the Habsburg Empire, 1526–1918|ultimo=Robert A. Kann|ano=1980|isbn=978-0-520-04206-3|citação=... in the case of Frank's followers... strongly anti-Serb|publicação=University of California Press}}</ref><ref name="Graubard1999">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=omTot25fpkcC&pg=PA59|título=A New Europe for the Old?|ultimo=Stephen Richards Graubard|ano=1999|isbn=978-1-4128-1617-5|citação=Under Josip Frank, who carried the rightists into a new era, the party became obsessively anti- Serbian.|publicação=Transaction Publishers}}</ref> e esses sentimentos dominaram a vida política croata na década de 1880. {{HarvRef|Jelavich|Jelavich|1986|p=254}} O historiador britânico [[ Carlile Aylmer Macartney |C. A Macartney]] afirmou que, devido à "intolerância grosseira" aos sérvios que viviam na [[Eslavônia]], eles tiveram que buscar proteção contra o conde [[Károly Khuen-Héderváry]], a proibição da Croácia-eslavônia, em 1883. {{HarvRef|MacDonald|2002|p=88}} No reinado de 1883 a 1903, a Hungria estimulou a divisão e o ódio entre os sérvios e os croatas para promover sua política de [[magiarização]]. {{HarvRef|MacDonald|2002|p=88}} Carmichael escreve que a divisão étnica entre os croatas e os sérvios na virada do século XX foi alimentada por uma imprensa nacionalista e foi "incubada inteiramente na mente de extremistas e [[Fanatismo religioso|fanáticos religiosos]], com poucas evidências de que as áreas nas quais os sérvios e os croatas viveram por muitos séculos nas proximidades, como [[Krajina]], eram mais propensos à violência de inspiração ''étnica''". {{HarvRef|Carmichael|2012|p=97}} Em 1902, os principais distúrbios antissérvios na Croácia foram causados por um artigo escrito pelo escritor nacionalista sérvio [[ Nikola Stojanović (político) |Nikola Stojanović]] (1880-1964) intitulado ''Do istrage vaše ili naše'' (''Até a destruição de você ou de nós'') que previa o resultado de um "inevitável" conflito sérvio-croata, que foi publicado na revista ''Srbobran do'' [[ Partido independente sérvio |Partido Independente Sérvio]] .<ref>{{Citar livro|título=Hrvatska moderna povijest|ultimo=Bilandžić|primeiro=Dušan|ano=1999|isbn=953-6168-50-2|publicação=Golden marketing}}</ref>
Os idéais de Starčević formaram uma base para a política destrutiva de seu sucessor, [[Josip Frank]], advogado e político judeu croata que se converteu ao [[Igreja Católica|catolicismo]]<ref>{{Harvtxt|Ognjen Kraus|1998}}</ref><ref>{{Citar enciclopédia|autor=Gregory C. Ference|enciclopédia=Encyclopedia of Eastern Europe: From the Congress of Vienna to the Fall of Communism|editor=Richard Frucht|publicado=Garland Publishing|ano=2000|páginas=276–277|url=https://www.questia.com/read/106917725}}</ref> que liderou numerosos incidentes antissérvios. {{HarvRef|Meier|2013|p=120}} Josip Frank seguiu a ideologia de Starčević'. {{HarvRef|Trbovich|2008|p=136}} Ele se opôs a qualquer cooperação entre croatas e sérvios, e Djilas o descreveu como "um importante demagogo antissérvio e o instigador da [[Perseguição aos sérvios no Estado Independente da Croácia|perseguição de sérvios na Croácia]]". {{HarvRef|Trbovich|2008|p=136}} Seus seguidores, chamados ''Frankovci'', se tornariam os membros mais ardentes da [[Ustaše|Ustase]]. {{HarvRef|Trbovich|2008|p=136}} Sob a liderança de Frank, o Partido dos Direitos tornou-se obsessivamente antissérvio,<ref name="Kann1980">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=cG570mijBF4C&pg=PA447|título=A History of the Habsburg Empire, 1526–1918|ultimo=Robert A. Kann|ano=1980|isbn=978-0-520-04206-3|citação=... in the case of Frank's followers... strongly anti-Serb|publicação=University of California Press}}</ref><ref name="Graubard1999">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=omTot25fpkcC&pg=PA59|título=A New Europe for the Old?|ultimo=Stephen Richards Graubard|ano=1999|isbn=978-1-4128-1617-5|citação=Under Josip Frank, who carried the rightists into a new era, the party became obsessively anti- Serbian.|publicação=Transaction Publishers}}</ref> e esses sentimentos dominaram a vida política croata na década de 1880. {{HarvRef|Jelavich|Jelavich|1986|p=254}} O historiador britânico [[Carlile Aylmer Macartney|C. A Macartney]] afirmou que, devido à "intolerância grosseira" aos sérvios que viviam na [[Eslavônia]], eles tiveram que buscar proteção contra o conde [[Károly Khuen-Héderváry]], a proibição da Croácia-eslavônia, em 1883. {{HarvRef|MacDonald|2002|p=88}} No reinado de 1883 a 1903, a Hungria estimulou a divisão e o ódio entre os sérvios e os croatas para promover sua política de [[magiarização]]. {{HarvRef|MacDonald|2002|p=88}} Carmichael escreve que a divisão étnica entre os croatas e os sérvios na virada do século XX foi alimentada por uma imprensa nacionalista e foi "incubada inteiramente na mente de extremistas e [[Fanatismo religioso|fanáticos religiosos]], com poucas evidências de que as áreas nas quais os sérvios e os croatas viveram por muitos séculos nas proximidades, como [[Krajina]], eram mais propensos à violência de inspiração ''étnica''". {{HarvRef|Carmichael|2012|p=97}} Em 1902, os principais distúrbios antissérvios na Croácia foram causados por um artigo escrito pelo escritor nacionalista sérvio [[Nikola Stojanović (político)|Nikola Stojanović]] (1880-1964) intitulado ''Do istrage vaše ili naše'' (''Até a destruição de você ou de nós'') que previa o resultado de um "inevitável" conflito sérvio-croata, que foi publicado na revista ''Srbobran do'' [[Partido independente sérvio|Partido Independente Sérvio]] .<ref>{{Citar livro|título=Hrvatska moderna povijest|ultimo=Bilandžić|primeiro=Dušan|ano=1999|isbn=953-6168-50-2|publicação=Golden marketing}}</ref>


Entre meados do século XIX e início do século XX, havia duas facções na [[Igreja Católica na Croácia|Igreja Católica Croata]] : a facção progressista que preferia unir a Croácia à Sérvia em um país eslavo progressivo e a facção conservadora que se opunha a isso.<ref name="Ramet1998-155">{{Harvnb|Ramet|1998|p=155}} {{Quote|Thus, from the mid-nineteenth century until the 1920s, the church in Croatia was riven into two factions: the progressives, who favored the incorporation of Croatia into a liberal Slavic state ... and the conservatives,... who were loath to bind Catholic Croatia to Orthodox Serbia. ... By 1900 the exclusivist orientation seems to have gained the upper hand in Catholic circles and the First Croatian Catholic Congress, held in Zagreb that year, was implicitly anti-Orthodox and anti-Serb.}}</ref> A facção conservadora tornou-se dominante no final do século XIX: o Primeiro Congresso Católico Croata, realizado em [[Zagreb]] em 1900, era sem reservas sérvofóbico e antiortodoxo.
Entre meados do século XIX e início do século XX, havia duas facções na [[Igreja Católica na Croácia|Igreja Católica Croata]] : a facção progressista que preferia unir a Croácia à Sérvia em um país eslavo progressivo e a facção conservadora que se opunha a isso.<ref name="Ramet1998-155">{{Harvnb|Ramet|1998|p=155}} {{Quote|Thus, from the mid-nineteenth century until the 1920s, the church in Croatia was riven into two factions: the progressives, who favored the incorporation of Croatia into a liberal Slavic state ... and the conservatives,... who were loath to bind Catholic Croatia to Orthodox Serbia. ... By 1900 the exclusivist orientation seems to have gained the upper hand in Catholic circles and the First Croatian Catholic Congress, held in Zagreb that year, was implicitly anti-Orthodox and anti-Serb.}}</ref> A facção conservadora tornou-se dominante no final do século XIX: o Primeiro Congresso Católico Croata, realizado em [[Zagreb]] em 1900, era sem reservas sérvofóbico e antiortodoxo.


==== Kosovo Vilayet ====
==== Kosovo Vilayet ====
O sentimento antissérvio no [[Kosovo Vilayet]] cresceu como resultado dos conflitos [[Guerra Sérvio-Otomana (1876–1878)|sérvio-otomano]] e [[Guerra Greco-Turca (1897)|greco-turco]] durante o período de 1877-1897. Com a [[ Batalha de Vranje |libertação de Vranje,]] em 1878, milhares de tropas albanesas otomanas e civis albaneses recuaram para a parte oriental da cidade otomana, no Kosovo Vilayet.<ref name="Batakovic1992">{{Citar livro|url=http://www.rastko.rs/kosovo/istorija/kosovo_chronicles/kc_part2b.html|título=The Kosovo Chronicles|ultimo=Bataković|primeiro=Dušan|ano=1992|publicação=Plato}}</ref> Essas pessoas deslocadas eram altamente hostis com os sérvios nas áreas em que se retiraram, devido ao fato de terem sido expulsos da área de Vranje devido ao clonfito sérvio-otomano.<ref name="Frantz460461">{{Citar periódico|primeiro6=Eva Anne|ano=2009|titulo=Violence and its Impact on Loyalty and Identity Formation in Late Ottoman Kosovo: Muslims and Christians in a Period of Reform and Transformation|jornal=Journal of Muslim Minority Affairs|volume=29|páginas=460–461|doi=10.1080/13602000903411366|ref=harv|último =Frantz}}</ref> Essa animosidade alimentou o sentimento antissérvio, que resultou em albaneses cometerem atrocidades generalizadas, incluindo assassinatos, saques e estupros contra civis sérvios em todo o território, incluindo partes de [[Pristina]] e [[Bujanovac]] . {{HarvRef|Krakov|1990|pp=12-14}}
O sentimento antissérvio no [[Kosovo Vilayet]] cresceu como resultado dos conflitos [[Guerra Sérvio-Otomana (1876–1878)|sérvio-otomano]] e [[Guerra Greco-Turca (1897)|greco-turco]] durante o período de 1877-1897. Com a [[Batalha de Vranje|libertação de Vranje,]] em 1878, milhares de tropas albanesas otomanas e civis albaneses recuaram para a parte oriental da cidade otomana, no Kosovo Vilayet.<ref name="Batakovic1992">{{Citar livro|url=http://www.rastko.rs/kosovo/istorija/kosovo_chronicles/kc_part2b.html|título=The Kosovo Chronicles|ultimo=Bataković|primeiro=Dušan|ano=1992|publicação=Plato}}</ref> Essas pessoas deslocadas eram altamente hostis com os sérvios nas áreas em que se retiraram, devido ao fato de terem sido expulsos da área de Vranje devido ao clonfito sérvio-otomano.<ref name="Frantz460461">{{Citar periódico|primeiro6=Eva Anne|ano=2009|titulo=Violence and its Impact on Loyalty and Identity Formation in Late Ottoman Kosovo: Muslims and Christians in a Period of Reform and Transformation|jornal=Journal of Muslim Minority Affairs|volume=29|páginas=460–461|doi=10.1080/13602000903411366|ref=harv|último =Frantz}}</ref> Essa animosidade alimentou o sentimento antissérvio, que resultou em albaneses cometerem atrocidades generalizadas, incluindo assassinatos, saques e estupros contra civis sérvios em todo o território, incluindo partes de [[Pristina]] e [[Bujanovac]] . {{HarvRef|Krakov|1990|pp=12-14}}


As atrocidades contra os sérvios na região atingiu o pico em [[1901]], depois que a região foi inundada com armas não devolvidas aos otomanos após a guerra greco-turca de 1897. {{HarvRef|Skendi|2015|p=293}} albaneses cometeram inúmeras atrocidades, incluindo: massacres, estupros, saques e expulsões de sérvios. na região de Pristina e norte do Kosovo.<ref name="King-Mason-30">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=9m3Hp2OevdUC&pg=PA30|título=Peace at Any Price: How the World Failed Kosovo|ultimo=Iain King|ultimo2=Whit Mason|ano=2006|isbn=0-8014-4539-6|publicação=Cornell University Press}}</ref> Pouco sugere que as ações dos albaneses na época constituíam [[limpeza étnica]], na tentativa de criar uma área homogênea livre de sérvios cristãos. {{HarvRef|Little|2007|p=125}}
As atrocidades contra os sérvios na região atingiu o pico em [[1901]], depois que a região foi inundada com armas não devolvidas aos otomanos após a guerra greco-turca de 1897. {{HarvRef|Skendi|2015|p=293}} albaneses cometeram inúmeras atrocidades, incluindo: massacres, estupros, saques e expulsões de sérvios. na região de Pristina e norte do Kosovo.<ref name="King-Mason-30">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=9m3Hp2OevdUC&pg=PA30|título=Peace at Any Price: How the World Failed Kosovo|ultimo=Iain King|ultimo2=Whit Mason|ano=2006|isbn=0-8014-4539-6|publicação=Cornell University Press}}</ref> Pouco sugere que as ações dos albaneses na época constituíam [[limpeza étnica]], na tentativa de criar uma área homogênea livre de sérvios cristãos. {{HarvRef|Little|2007|p=125}}
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O assassinato em Sarajevo se tornou o [[casus belli]] da [[Primeira Guerra Mundial]]. {{HarvRef|Klajn|2007|p=16}} Aproveitando-se de uma onda internacional de repulsa contra esse ato de "terrorismo nacionalista sérvio", a Áustria-Hungria deu à Sérvia um ultimato que levou à Primeira Guerra Mundial. Embora os sérvios da Áustria-Hungria eram cidadãos leais cuja maioria participou de suas forças durante a guerra, o sentimento antissérvio se espalhou sistematicamente e sérvios étnicos foram perseguidos em todo o país. {{HarvRef|Pavlowitch|2002|p=94}} Áustria-Hungria logo ocupou o território do [[Reino da Sérvia]], incluindo o [[Kosovo]], aumentando o já intenso sentimento anti-sérvio entre os [[albaneses]] cujas unidades voluntárias foram estabelecidas para reduzir o número de sérvios no Kosovo. {{HarvRef|Banac|1988|p=297}} Um exemplo cultural é o [[jingle]] "Alle Serben müssen sterben" ("Todos os sérvios devem morrer"), popular em [[Viena]] em 1914. (Também era conhecido como "Serbien muß sterbien").<ref name="ReglerSchmidt-Henkel2007">
O assassinato em Sarajevo se tornou o [[casus belli]] da [[Primeira Guerra Mundial]]. {{HarvRef|Klajn|2007|p=16}} Aproveitando-se de uma onda internacional de repulsa contra esse ato de "terrorismo nacionalista sérvio", a Áustria-Hungria deu à Sérvia um ultimato que levou à Primeira Guerra Mundial. Embora os sérvios da Áustria-Hungria eram cidadãos leais cuja maioria participou de suas forças durante a guerra, o sentimento antissérvio se espalhou sistematicamente e sérvios étnicos foram perseguidos em todo o país. {{HarvRef|Pavlowitch|2002|p=94}} Áustria-Hungria logo ocupou o território do [[Reino da Sérvia]], incluindo o [[Kosovo]], aumentando o já intenso sentimento anti-sérvio entre os [[albaneses]] cujas unidades voluntárias foram estabelecidas para reduzir o número de sérvios no Kosovo. {{HarvRef|Banac|1988|p=297}} Um exemplo cultural é o [[jingle]] "Alle Serben müssen sterben" ("Todos os sérvios devem morrer"), popular em [[Viena]] em 1914. (Também era conhecido como "Serbien muß sterbien").<ref name="ReglerSchmidt-Henkel2007">
{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=vcYKAQAAMAAJ|título=Werke|ultimo=Gustav Regler|ultimo2=Gerhard Schmidt-Henkel|ultimo3=Ralph Schock|ultimo4=Günter Scholdt|ano=2007|isbn=978-3-87877-442-6|citação=Mit Kreide war an die Waggons geschrieben: »Jeder Schuß ein Russ', jeder Stoß ein Franzos', jeder Tritt ein Brit', alle Serben müssen sterben.« Die Soldaten lachten, als ich die Inschrift laut las. Es war eine Aufforderung, mitzulachen.|authorlink1=Gustav Regler|publicação=Stroemfeld/Roter Stern}}</ref>
{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=vcYKAQAAMAAJ|título=Werke|ultimo=Gustav Regler|ultimo2=Gerhard Schmidt-Henkel|ultimo3=Ralph Schock|ultimo4=Günter Scholdt|ano=2007|isbn=978-3-87877-442-6|citação=Mit Kreide war an die Waggons geschrieben: »Jeder Schuß ein Russ', jeder Stoß ein Franzos', jeder Tritt ein Brit', alle Serben müssen sterben.« Die Soldaten lachten, als ich die Inschrift laut las. Es war eine Aufforderung, mitzulachen.|autorlink1=Gustav Regler|publicação=Stroemfeld/Roter Stern}}</ref>


As ordens emitidas em 3 e 13 de outubro de 1914 proibiram o uso de [[Alfabeto cirílico sérvio|cirílico sérvio]] no [[Reino da Croácia-Eslavônia]], limitando-o ao uso em instruções religiosas. Em 3 de janeiro de 1915, foi aprovado um decreto que proibia completamente o cirílico sérvio em uso público. Uma ordem imperial em 25 de outubro de 1915 proibiu o uso de cirílico sérvio no [[Bósnia e Herzegovina (condomínio da Áustria-Hungria)|condomínio da Bósnia e Herzegovina]], exceto "no âmbito das autoridades da Igreja Ortodoxa da Sérvia".<ref name="Mitrovic-78">
As ordens emitidas em 3 e 13 de outubro de 1914 proibiram o uso de [[Alfabeto cirílico sérvio|cirílico sérvio]] no [[Reino da Croácia-Eslavônia]], limitando-o ao uso em instruções religiosas. Em 3 de janeiro de 1915, foi aprovado um decreto que proibia completamente o cirílico sérvio em uso público. Uma ordem imperial em 25 de outubro de 1915 proibiu o uso de cirílico sérvio no [[Bósnia e Herzegovina (condomínio da Áustria-Hungria)|condomínio da Bósnia e Herzegovina]], exceto "no âmbito das autoridades da Igreja Ortodoxa da Sérvia".<ref name="Mitrovic-78">
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==== Itália fascista ====
==== Itália fascista ====
Na década de 1920, os [[Itália fascista|italianos fascistas]] acusaram os sérvios de terem "impulsos [[Atavismo|atávicos]] . Uma alegação [[História judaica#Judaísmo|antissemita]] era a de que os sérvios faziam parte de uma "[[ Teoria da conspiração judaico-maçônica |conspiração internacionalista judaica]] [[Social-democracia|social-democrática]] e [[ Teoria da conspiração judaico-maçônica |maçônica]] ".<ref>[[H. James Burgwyn|Burgwyn, H. James]]. Italian foreign policy in the interwar period, 1918–1940. p. 43. Greenwood Publishing Group, 1997.</ref>
Na década de 1920, os [[Itália fascista|italianos fascistas]] acusaram os sérvios de terem "impulsos [[Atavismo|atávicos]]" . Uma alegação [[História judaica#Judaísmo|antissemita]] era a de que os sérvios faziam parte de uma "[[Conspiração judaico-maçônico-comunista internacional|conspiração internacionalista judaica]] [[Social-democracia|social-democrátic e maçonica]] ".<ref>[[H. James Burgwyn|Burgwyn, H. James]]. Italian foreign policy in the interwar period, 1918–1940. p. 43. Greenwood Publishing Group, 1997.</ref>


==== Croatas no Reino da Iugoslávia ====
==== Croatas no Reino da Iugoslávia ====
As relações entre croatas e sérvios foram enfatizadas no início da [[Jugoslávia|Iugoslávia]]. {{HarvRef|Božić|2010|p=185}} Os opositores à [[Criação da Iugoslávia|unificação iugoslava]] da elite croata retratavam os sérvios negativamente, como hegemonistas e exploradores, introduzindo sérvofobias na sociedade croata. {{HarvRef|Božić|2010|p=185}} Foi relatado que em Lika havia uma tensão séria entre croatas e sérvios. {{HarvRef|Božić|2010|p=187}} No pós-guerra de Osijek, o chapéu [[Šajkača]] foi banido pela polícia, mas o boné austro-húngaro foi usado livremente e, no sistema escolar e judicial, os sérvios ortodoxos eram chamados de "gregos e orientais". {{HarvRef|Božić|2010|p=188}} Houve segregação voluntária em [[Knin]] . {{HarvRef|Božić|2010|pp=203–204}}
As relações entre croatas e sérvios foram enfatizadas no início da [[Jugoslávia|Iugoslávia]]. {{HarvRef|Božić|2010|p=185}} Os opositores à [[Criação da Iugoslávia|unificação iugoslava]] da elite croata retratavam os sérvios negativamente, como hegemonistas e exploradores, introduzindo sérvofobias na sociedade croata. {{HarvRef|Božić|2010|p=185}} Foi relatado que em Lika havia uma tensão séria entre croatas e sérvios. {{HarvRef|Božić|2010|p=187}} No pós-guerra de Osijek, o chapéu [[Šajkača]] foi banido pela polícia, mas o boné austro-húngaro foi usado livremente e, no sistema escolar e judicial, os sérvios ortodoxos eram chamados de "gregos e orientais". {{HarvRef|Božić|2010|p=188}} Houve segregação voluntária em [[Knin]] . {{HarvRef|Božić|2010|pp=203–204}}


Um estudo realizado 1993 nos Estados Unidos afirmou que as políticas centralistas de [[Belgrado]] para o [[Reino da Iugoslávia]] levaram a um aumento do sentimento antissérvio na Croácia.<ref name="Europe1993">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=2zmK5YXiP5oC|título=Human rights and democratization in Croatia|ultimo=United States. Congress. Commission on Security and Cooperation in Europe|ano=1993|citação=Increasing centralization by Belgrade, however, encouraged anti-Serbian sentiment in Croatia,|publicação=The Commission}}</ref>
Um estudo realizado 1993 nos Estados Unidos afirmou que as políticas supostamente centralistas de [[Belgrado]] para o [[Reino da Iugoslávia]] levaram a um aumento do sentimento antissérvio na Croácia.<ref name="Europe1993">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=2zmK5YXiP5oC|título=Human rights and democratization in Croatia|ultimo=United States. Congress. Commission on Security and Cooperation in Europe|ano=1993|citação=Increasing centralization by Belgrade, however, encouraged anti-Serbian sentiment in Croatia,|publicação=The Commission}}</ref>


=== Segunda Guerra Mundial ===
=== Segunda Guerra Mundial ===
[[Ficheiro:Ante_Pavelić_StAF_W_134_Nr._026020_Bild_1_(5-92156-1).jpg|miniaturadaimagem|208x208px| [[Ante Pavelić]], líder da cruel [[Ustaše|Ustase]] antissérvia. ]]
[[Ficheiro:Ante_Pavelić_StAF_W_134_Nr._026020_Bild_1_(5-92156-1).jpg|miniaturadaimagem|208x208px| [[Ante Pavelić]], líder do estado [[Holocausto|genocida]] [[Estado Independente da Croácia|NDH]], [[Potências do Eixo|aliada]] da [[Alemanha Nazista|alemanha nazista]] e estabelecedor da doutrina [[Terrorismo|terrorista]] [[Ustaše|Ustase]], explicitamente antissérvia. ]]


==== Alemanha nazista ====
==== Alemanha nazista ====
Sérvios, assim como outros [[eslavos]] (principalmente [[polacos]] e [[russos]]), bem como povos não eslavos (como [[judeus]] e [[ciganos]]) não eram considerados [[Raça ariana|arianos]] pela [[Alemanha Nazista|Alemanha nazista]]. Em vez disso, eram consideradas raças sub-humanas, inferiores ( ''[[Untermensch]]en'' ) e estrangeiras e, como resultado, não eram consideradas parte da raça [[Raça superior|mestre]] ariana.<ref>Historical Dictionary of the Holocaust – Page 175 Jack R. Fischel – 2010 The policy of [[Lebensraum]] was also the product of Nazi racial ideology, which held the view that the Slavic peoples of the east were inferior to the Aryan race.</ref><ref>''Hitler's Home Front: Wurttemberg Under the Nazis'', Jill Stephenson p. 135, Other non-'Aryans' included Slavs, [[Black people|Blacks]] and Roma .</ref><ref>Race Relations Within Western Expansion – Page 98 Alan J. Levine – 1996 Preposterously, Central European Aryan theorists, and later the Nazis, would insist that the Slavic-speaking peoples were not really Aryans</ref><ref name="ReferenceB">The Politics of Fertility in Twentieth-Century Berlin – Page 118 Annette F. Timm – 2010 The Nazis' singleminded desire to "purify" the German race through the elimination of non-Aryans (particularly Jews, Gypsies, and Slavs)</ref> {{HarvRef|Curta|2001|p=9, 26–30}} <ref>Jerry Bergman, "Eugenics and the Development of Nazi Race Policy", ''[[Perspectives on Science and Christian Faith]]'' [[PSCF]] 44 (June 1992):109–124</ref><ref>[[Götz Aly]], Peter Chroust, Christian Pross, ''Cleansing the Fatherland: Nazi Medicine and Racial Hygiene'', The Johns Hopkins University Press, (August 1, 1994) {{ISBN|0-8018-4824-5}}</ref><ref>The Holocaust and History The Known, the Unknown, the Disputed, and the Reexamined Edited by Michael Berenbaum and Abraham J. Peck, Indiana University Press page 59 "Pseudoracial policy of Third Reich(...)Gypsies, Slavs, blacks, Mischlinge, and Jews are not Aryans."</ref><ref>''Honorary Aryans: National-Racial Identity and Protected Jews in the Independent State of Croatia'' Nevenko Bartulin
Sérvios, assim como outros [[eslavos]] (principalmente [[polacos]] e [[russos]]), bem como povos não eslavos (como [[judeus]] e [[ciganos]]) não eram considerados [[Raça ariana|arianos]] pela [[Alemanha Nazista|Alemanha nazista]]. Em vez disso, eram consideradas raças "sub-humanas", "inferiores" ( ''[[Untermensch]]en'' ) e estrangeiras e, como resultado, não eram consideradas parte da raça [[Raça superior|mestre]] ariana.<ref>Historical Dictionary of the Holocaust – Page 175 Jack R. Fischel – 2010 The policy of [[Lebensraum]] was also the product of Nazi racial ideology, which held the view that the Slavic peoples of the east were inferior to the Aryan race.</ref><ref>''Hitler's Home Front: Wurttemberg Under the Nazis'', Jill Stephenson p. 135, Other non-'Aryans' included Slavs, [[Black people|Blacks]] and Roma .</ref><ref>Race Relations Within Western Expansion – Page 98 Alan J. Levine – 1996 Preposterously, Central European Aryan theorists, and later the Nazis, would insist that the Slavic-speaking peoples were not really Aryans</ref><ref name="ReferenceB">The Politics of Fertility in Twentieth-Century Berlin – Page 118 Annette F. Timm – 2010 The Nazis' singleminded desire to "purify" the German race through the elimination of non-Aryans (particularly Jews, Gypsies, and Slavs)</ref> {{HarvRef|Curta|2001|p=9, 26–30}} <ref>Jerry Bergman, "Eugenics and the Development of Nazi Race Policy", ''[[Perspectives on Science and Christian Faith]]'' [[PSCF]] 44 (June 1992):109–124</ref><ref>[[Götz Aly]], Peter Chroust, Christian Pross, ''Cleansing the Fatherland: Nazi Medicine and Racial Hygiene'', The Johns Hopkins University Press, (August 1, 1994) {{ISBN|0-8018-4824-5}}</ref><ref>The Holocaust and History The Known, the Unknown, the Disputed, and the Reexamined Edited by Michael Berenbaum and Abraham J. Peck, Indiana University Press page 59 "Pseudoracial policy of Third Reich(...)Gypsies, Slavs, blacks, Mischlinge, and Jews are not Aryans."</ref><ref>''Honorary Aryans: National-Racial Identity and Protected Jews in the Independent State of Croatia'' Nevenko Bartulin
Palgrave Macmillan, Nevenko Bartulin – 2013 page 7- "According to Jareb, the National Socialists regarded the Slavs as 'racially less valuable' non-Aryans"</ref><ref>Nazi Germany,Richard Tames – 1985 -"Hitler's vision of a Europe dominated by a Nazi "Herrenvolk" in which Slavs and other "non-aryans" page 65</ref><ref>Modern Genocide: The Definitive Resource and Document Collection Paul R. Bartrop, Steven Leonard Jacobs page 1160, "This strict dualism between the "racially pure" Aryans and all others—especially Jews and Slavs—led to the radical outlawing of all "non-Aryans" and their eventual enslavement and attempted annihilation"</ref><ref>World Fascism: A Historical Encyclopedia, Volume 1 Cyprian Blamires page 63 "the "racially pure" Aryans and all others—especially Jews and Slavs— led to the radical outlawing of all "non-Aryans" and their eventual enslavement and attempted annihilation</ref><ref>The Historical Encyclopedia of World Slavery, Volume 1; Volume 7 By Junius P. Rodriguez page 464</ref><ref>Emil L. Fackenheim: A Jewish Philosopher's Response to the Holocaust
Palgrave Macmillan, Nevenko Bartulin – 2013 page 7- "According to Jareb, the National Socialists regarded the Slavs as 'racially less valuable' non-Aryans"</ref><ref>Nazi Germany,Richard Tames – 1985 -"Hitler's vision of a Europe dominated by a Nazi "Herrenvolk" in which Slavs and other "non-aryans" page 65</ref><ref>Modern Genocide: The Definitive Resource and Document Collection Paul R. Bartrop, Steven Leonard Jacobs page 1160, "This strict dualism between the "racially pure" Aryans and all others—especially Jews and Slavs—led to the radical outlawing of all "non-Aryans" and their eventual enslavement and attempted annihilation"</ref><ref>World Fascism: A Historical Encyclopedia, Volume 1 Cyprian Blamires page 63 "the "racially pure" Aryans and all others—especially Jews and Slavs— led to the radical outlawing of all "non-Aryans" and their eventual enslavement and attempted annihilation</ref><ref>The Historical Encyclopedia of World Slavery, Volume 1; Volume 7 By Junius P. Rodriguez page 464</ref><ref>Emil L. Fackenheim: A Jewish Philosopher's Response to the Holocaust
David Patterson, page 23</ref> Sentimentos antissérvios cada vez mais infiltrou-se no [[nazismo]] alemão após a nomeação de [[Adolf Hitler]] como chanceler em 1933. As raízes desse sentimento podem ser encontradas em sua infância em Viena,<ref name="HansonSpohn1995">
David Patterson, page 23</ref> Sentimentos antissérvios cada vez mais infiltrou-se no [[nazismo]] alemão após a nomeação de [[Adolf Hitler]] como chanceler em 1933. As raízes desse sentimento podem ser encontradas em sua infância em Viena,<ref name="HansonSpohn1995">
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==== Estado independente da Croácia e os Ustase ====
==== Estado independente da Croácia e os Ustase ====
[[Ficheiro:Srbosjek_(knife)_used_in_Croatia_-_1941–1945.jpg|miniaturadaimagem|200x200px| Uma faca apelidada de " Srbosjek " ou "cortadora de sérvios", amarrada à mão, usada pela Milícia Ustaše para a rápida matança de presos em [[Campo de concentração de Jasenovac|Jasenovac]]. ]]
[[Ficheiro:Srbosjek (knife) used in Croatia - 1941–1945.jpg|miniaturadaimagem|200x200px| Uma faca apelidada de " Srbosjek " ou "degoladora de sérvios", amarrada à mão, usada pela Milícia Ustaše para a rápida matança de crianças em [[Campo de concentração de Jasenovac|Jasenovac]]. ]]
A ocupação do Eixo á Sérvia permitiu que os [[Ustaše|Ustase]], uma organização fascista e terrorista croata<ref>{{Citar web|url=http://www.britannica.com/EBchecked/topic/620426/Ustasa|titulo=Ustasa (Croatian political movement) – Britannica Online Encyclopedia|publicação=Britannica.com}}</ref> implementasse sua ideologia antissérvia extrema no [[Estado Independente da Croácia]] . Seu sentimento antissérvio era [[Racismo|racista]] e [[Genocídio|genocida]] .<ref name="Djilas1991">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=NB_TCBY-jooC&pg=PA142|título=The Contested Country: Yugoslav Unity and Communist Revolution, 1919–1953|ultimo=Aleksa Djilas|ano=1991|isbn=978-0-674-16698-1|citação=It was racist and genocidal hatred of people who merely had different national consciousness|publicação=Harvard University Press}}</ref><ref name="YeomansWeiss-Wendt2013">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=8WPLZYsMaGEC&pg=PA228|título=Racial Science in Hitler's New Europe, 1938–1945|ultimo=Rory Yeomans|ultimo2=Anton Weiss-Wendt|data=1 de julho de 2013|isbn=978-0-8032-4605-8|citação=The Ustasha regime ... inaugurated the most brutal campaign of mass murder against civilian population that Southern Europe has ever witnessed... The campaign of mass murder and deportation against the Serb population was initially justified on racial scientific principles. ...|publicação=U of Nebraska Press}}</ref> O novo governo croata adotou leis raciais, semelhantes às da Alemanha nazista, e as apontou para judeus, ciganos e sérvios, que foram todos definidos como "estrangeiros fora da comunidade nacional"<ref name="DeCosteSchwartz2000">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=lLnBSq7YP0gC&pg=PA196|título=The Holocaust's Ghost: Writings on Art, Politics, Law and Education ; [includes Papers from the Conference, Held at the University of Alberta, Oct. 1997]|ultimo=Frederick C. DeCoste|ultimo2=Bernard Schwartz|ano=2000|isbn=978-0-88864-337-7|citação=The new Croatian government quickly adopted Nazi-type racial laws and genocidal tactics to deal with Roma, Serbs and Jews, whom these laws termed "aliens outside the national community".|publicação=University of Alberta}}</ref> e perseguidos durante a Segunda Guerra Mundial em todo o Estado Independente da Croácia (NDH).<ref>{{Citar web|url=https://www.amazon.com/Resistance-Persecution-Ethnic-Minorities-Croatia/dp/0773447458|titulo=Resistance to the Persecution of Ethnic Minorities in Croatia and Bosnia During World War II (9780773447455): Lisa M. Adeli: Books}}</ref> Entre 100.000<ref name="hic.hr">{{Citar jornal|primeiro3=C. Michael|titulo=Croatia: Myth and Reality|url=http://www.hic.hr/books/myth-reality/knjiga.pdf}}</ref> e 700.000<ref name="Žerjavić">{{Citar livro|título=Yugoslavia – Manipulations with the number of Second World War victims|ultimo=Žerjavić|primeiro=Vladimir|ano=1993|isbn=0-919817-32-7|publicação=Croatian Information Centre}}</ref> sérvios foram mortos na Croácia pelos Ustaše e seus aliados do Eixo. No geral, o número de sérvios que foram mortos na Iugoslávia durante a Segunda Guerra Mundial foi de cerca de 350.000, a maioria dos quais foram massacrados por vários fascistas.<ref>{{Citar jornal|titulo=The Serbs and Croats: So Much in Common, Including Hate, May 16, 1991|url=https://www.nytimes.com/1991/05/16/world/the-serbs-and-croats-so-much-in-common-including-hate.html|jornal=The New York Times}}</ref> Muitos historiadores e autores descrevem os assassinatos em massa dos sérvios pelo regime Ustaše como cumprindo a definição de genocídio, incluindo [[Raphael Lemkin]], conhecido por cunhar a palavra ''genocídio'' e iniciar a [[ Convenção sobre Genocídio |Convenção do genocídio]] .<ref>{{Citar livro|título=Axis Rule in Occupied Europe|ultimo=Lemkin|primeiro=Raphael|ano=2008|localização=Clark, New Jersey|isbn=9781584779018|ref=harv|publicação=The Lawbook Exchange}}</ref><ref>{{Citar web|titulo=Genocide of the Serbs|url=http://combatgenocide.org/?page_id=86|publicação=The Combat Genocide Association}}</ref><ref>{{Citar web|titulo=Ustasa|url=https://www.yadvashem.org/odot_pdf/Microsoft%20Word%20-%205904.pdf|publicação=yadvashem.org}}</ref><ref>{{Citar web|titulo=The Last Bullet for the Last Serb”:The Ustaša Genocide against Serbs: 1941–1945|url=https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/00905990903239174?journalCode=cnap20}}</ref><ref>{{Citar livro|título=Balkan Holocausts?: Serbian and Croatian Victim Centered Propaganda and the War in Yugoslavia|ultimo=MacDonald|primeiro=David Bruce|ano=2002|localização=Manchester|isbn=978-0-7190-6467-8|publicação=Manchester University Press|edição=1.udg.}}</ref><ref>{{Citar livro|título=Serbian Orthodox Fundamentals: The Quest for an Eternal Identity|ultimo=Mylonas|primeiro=Christos|ano=2003|localização=Budapest|isbn=978-963-9241-61-9|publicação=Central European University Press}}</ref><ref>{{Citar livro|título=Crimes of State Past and Present: Government-Sponsored Atrocities and International Legal Responser|ultimo=Crowe|primeiro=David|ano=2011|páginas=45–46|publicação=Routledge}}</ref><ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=c-t7BAAAQBAJ|título=Croatia Under Ante Pavelić: America, the Ustaše and Croatian Genocide|ultimo=McCormick|primeiro=Robert B.|ano=2014|localização=London-New York|ref=harv|publicação=I.B. Tauris}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://public.mzos.hr/fgs.axd?id=10921|autor=[[Ivo Goldstein]]|titulo=Uspon i pad NDH|publicação=[[Faculty of Humanities and Social Sciences, University of Zagreb]]}}</ref><ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=TtWycwryensC&pg=PA430|título=Century of genocide: critical essays and eyewitness accounts|ultimo=Samuel Totten, William S. Parsons|data=1997|isbn=0-203-89043-4}}</ref> [[ Campo de concentração de crianças de Sisak |O campo de concentração de Sisak]] foi criado em 3 de agosto de 1942 pelos Ustaše após a [[ Ofensiva Kozara |ofensiva de Kozara]] e foi especialmente formado para matar crianças .<ref name="JMCSisakCamp">{{Citar web|titulo=SISAK CAMP|url=http://www.jusp-jasenovac.hr/Default.aspx?sid=7375|obra=Jasenovac Memorial Cite}}</ref><ref>Marija Vuselica: Regionen Kroatien in Der Ort des Terrors: Arbeitserziehungslager, Ghettos, Jugendschutzlager, Polizeihaftlager, Sonderlager, Zigeunerlager, Zwangsarbeiterlager, Volume 9 of Der Ort des Terrors, Publisher C.H.Beck, 2009, {{ISBN|9783406572388}} pages 321-323</ref><ref>Anna Maria Grünfelder: Arbeitseinsatz für die Neuordnung Europas: Zivil- und ZwangsarbeiterInnen aus Jugoslawien in der "Ostmark" 1938/41-1945, Publisher Böhlau Verlag Wien, 2010 {{ISBN|9783205784531}} pages 101-106</ref>
A ocupação do Eixo á Sérvia permitiu que os [[Ustaše|Ustase]], uma organização fascista e terrorista croata<ref>{{Citar web|url=http://www.britannica.com/EBchecked/topic/620426/Ustasa|titulo=Ustasa (Croatian political movement) – Britannica Online Encyclopedia|publicação=Britannica.com}}</ref> implementasse sua ideologia antissérvia extrema no [[Estado Independente da Croácia]] . Seu sentimento antissérvio era [[Racismo|racista]] e [[Genocídio|genocida]] .<ref name="Djilas1991">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=NB_TCBY-jooC&pg=PA142|título=The Contested Country: Yugoslav Unity and Communist Revolution, 1919–1953|ultimo=Aleksa Djilas|ano=1991|isbn=978-0-674-16698-1|citação=It was racist and genocidal hatred of people who merely had different national consciousness|publicação=Harvard University Press}}</ref><ref name="YeomansWeiss-Wendt2013">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=8WPLZYsMaGEC&pg=PA228|título=Racial Science in Hitler's New Europe, 1938–1945|ultimo=Rory Yeomans|ultimo2=Anton Weiss-Wendt|data=1 de julho de 2013|isbn=978-0-8032-4605-8|citação=The Ustasha regime ... inaugurated the most brutal campaign of mass murder against civilian population that Southern Europe has ever witnessed... The campaign of mass murder and deportation against the Serb population was initially justified on racial scientific principles. ...|publicação=U of Nebraska Press}}</ref> O novo governo croata adotou leis raciais, semelhantes às da Alemanha nazista, e as apontou para judeus, ciganos e sérvios, que foram todos definidos como "estrangeiros fora da comunidade nacional"<ref name="DeCosteSchwartz2000">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=lLnBSq7YP0gC&pg=PA196|título=The Holocaust's Ghost: Writings on Art, Politics, Law and Education ; [includes Papers from the Conference, Held at the University of Alberta, Oct. 1997]|ultimo=Frederick C. DeCoste|ultimo2=Bernard Schwartz|ano=2000|isbn=978-0-88864-337-7|citação=The new Croatian government quickly adopted Nazi-type racial laws and genocidal tactics to deal with Roma, Serbs and Jews, whom these laws termed "aliens outside the national community".|publicação=University of Alberta}}</ref> e perseguidos durante a Segunda Guerra Mundial em todo o Estado Independente da Croácia (NDH).<ref>{{Citar web|url=https://www.amazon.com/Resistance-Persecution-Ethnic-Minorities-Croatia/dp/0773447458|titulo=Resistance to the Persecution of Ethnic Minorities in Croatia and Bosnia During World War II (9780773447455): Lisa M. Adeli: Books}}</ref> Entre 100.000<ref name="hic.hr">{{Citar jornal|primeiro3=C. Michael|titulo=Croatia: Myth and Reality|url=http://www.hic.hr/books/myth-reality/knjiga.pdf}}</ref> e 700.000<ref name="Žerjavić">{{Citar livro|título=Yugoslavia – Manipulations with the number of Second World War victims|ultimo=Žerjavić|primeiro=Vladimir|ano=1993|isbn=0-919817-32-7|publicação=Croatian Information Centre}}</ref> sérvios foram mortos na Croácia pelos Ustaše e seus aliados do Eixo. No geral, o número de sérvios que foram mortos na Iugoslávia durante a Segunda Guerra Mundial foi de cerca de 350.000, a maioria dos quais foram massacrados por vários fascistas.<ref>{{Citar jornal|titulo=The Serbs and Croats: So Much in Common, Including Hate, May 16, 1991|url=https://www.nytimes.com/1991/05/16/world/the-serbs-and-croats-so-much-in-common-including-hate.html|jornal=The New York Times}}</ref> Muitos historiadores e autores descrevem os assassinatos em massa dos sérvios pelo regime Ustaše como cumprindo a definição de genocídio, incluindo [[Raphael Lemkin]], conhecido por cunhar a palavra ''genocídio'' e iniciar a [[Convenção sobre Genocídio|Convenção do genocídio]] .<ref>{{Citar livro|título=Axis Rule in Occupied Europe|ultimo=Lemkin|primeiro=Raphael|ano=2008|localização=Clark, New Jersey|isbn=9781584779018|ref=harv|publicação=The Lawbook Exchange}}</ref><ref>{{Citar web|titulo=Genocide of the Serbs|url=http://combatgenocide.org/?page_id=86|publicação=The Combat Genocide Association}}</ref><ref>{{Citar web|titulo=Ustasa|url=https://www.yadvashem.org/odot_pdf/Microsoft%20Word%20-%205904.pdf|publicação=yadvashem.org}}</ref><ref>{{Citar web|titulo=The Last Bullet for the Last Serb”:The Ustaša Genocide against Serbs: 1941–1945|url=https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/00905990903239174?journalCode=cnap20}}</ref><ref>{{Citar livro|título=Balkan Holocausts?: Serbian and Croatian Victim Centered Propaganda and the War in Yugoslavia|ultimo=MacDonald|primeiro=David Bruce|ano=2002|localização=Manchester|isbn=978-0-7190-6467-8|publicação=Manchester University Press|edição=1.udg.}}</ref><ref>{{Citar livro|título=Serbian Orthodox Fundamentals: The Quest for an Eternal Identity|ultimo=Mylonas|primeiro=Christos|ano=2003|localização=Budapest|isbn=978-963-9241-61-9|publicação=Central European University Press}}</ref><ref>{{Citar livro|título=Crimes of State Past and Present: Government-Sponsored Atrocities and International Legal Responser|ultimo=Crowe|primeiro=David|ano=2011|páginas=45–46|publicação=Routledge}}</ref><ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=c-t7BAAAQBAJ|título=Croatia Under Ante Pavelić: America, the Ustaše and Croatian Genocide|ultimo=McCormick|primeiro=Robert B.|ano=2014|localização=London-New York|ref=harv|publicação=I.B. Tauris}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://public.mzos.hr/fgs.axd?id=10921|autor=Ivo Goldstein|autorlink=Ivo Goldstein|titulo=Uspon i pad NDH|publicação=[[Faculty of Humanities and Social Sciences, University of Zagreb]]}}</ref><ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=TtWycwryensC&pg=PA430|título=Century of genocide: critical essays and eyewitness accounts|ultimo=Samuel Totten, William S. Parsons|data=1997|isbn=0-203-89043-4}}</ref> [[Campo de concentração de crianças de Sisak|O campo de concentração de Sisak]] foi criado em 3 de agosto de 1942 pelos Ustaše após a [[Ofensiva Kozara|ofensiva de Kozara]] e foi especialmente formado para fuzilar recem-nascidos, crianças, e idosos.<ref name="JMCSisakCamp">{{Citar web|titulo=SISAK CAMP|url=http://www.jusp-jasenovac.hr/Default.aspx?sid=7375|obra=Jasenovac Memorial Cite}}</ref><ref>Marija Vuselica: Regionen Kroatien in Der Ort des Terrors: Arbeitserziehungslager, Ghettos, Jugendschutzlager, Polizeihaftlager, Sonderlager, Zigeunerlager, Zwangsarbeiterlager, Volume 9 of Der Ort des Terrors, Publisher C.H.Beck, 2009, {{ISBN|9783406572388}} pages 321-323</ref><ref>Anna Maria Grünfelder: Arbeitseinsatz für die Neuordnung Europas: Zivil- und ZwangsarbeiterInnen aus Jugoslawien in der "Ostmark" 1938/41-1945, Publisher Böhlau Verlag Wien, 2010 {{ISBN|9783205784531}} pages 101-106</ref>
[[Ficheiro:Serb_family_killed_in_their_home,_1941.jpg|miniaturadaimagem|200x200px| Uma família sérvia inteira é assassinada em sua casa após um ataque da milícia Ustase, 1941. ]]
[[Ficheiro:Serb_family_killed_in_their_home,_1941.jpg|miniaturadaimagem|200x200px| Uma família sérvia inteira é assassinada em sua casa após um ataque da milícia Ustase, 1941.]]
Alguns padres da Igreja Católica croata participaram desses massacres e na conversão em massa dos sérvios para o catolicismo. {{HarvRef|Ramet|2006|p=124}} Durante a guerra, cerca de 250.000 pessoas da fé ortodoxa que viviam no território do NDH foram forçadas ou coagidas a se converter ao catolicismo pela Ustase.<ref>[[Anti-Serbian sentiment#Tomasevich 2001|Tomasevich (2001)]], p. 542</ref> Uma das razões para a estreita cooperação de uma parte do clero católico foi sua posição antissérvia.
Alguns padres da Igreja Católica croata participaram desses massacres e na conversão em massa dos sérvios para o catolicismo. {{HarvRef|Ramet|2006|p=124}} Durante a guerra, cerca de 250.000 pessoas da fé ortodoxa que viviam no território do NDH foram forçadas ou coagidas a se converter ao catolicismo pela Ustase.<ref>[[Anti-Serbian sentiment#Tomasevich 2001|Tomasevich (2001)]], p. 542</ref> Uma das razões para a estreita cooperação de uma parte do clero católico foi sua posição antissérvia.
[[Ficheiro:Ustaše_militia_execute_prisoners_near_the_Jasenovac_concentration_camp.jpg|miniaturadaimagem| Os Ustaše executam [[sérvios]] e [[judeus]] em [[Campo de concentração de Jasenovac|Jasenovac]] como parte do [[Perseguição aos sérvios no Estado Independente da Croácia|genocídio sérvio]] ]]
[[Ficheiro:Ustaše_militia_execute_prisoners_near_the_Jasenovac_concentration_camp.jpg|miniaturadaimagem| Os Ustaše executam [[sérvios]] e [[judeus]] em [[Campo de concentração de Jasenovac|Jasenovac]] como parte do [[Genocídio dos sérvios no Estado Independente da Croácia|genocídio sérvio]] ]]


==== Albânia ====
==== Albânia ====
[[Xhafer Deva]] recrutou albaneses do Kosovo para se juntarem à ''[[Waffen-SS]]'' . {{HarvRef|Fischer|1999|p=215}} A [[21.ª Divisão de Montanha Waffen SS Skanderbeg (1.ª Albanesa)|21ª ''Divisão de'' Montanha Waffen SS ''Skanderbeg'' (1.ª albanêsa)]] foi formada em 1 de maio de 1944, {{HarvRef|Nafziger|1992|p=21}} composta por albanese, nomeados em homenagem ao herói nacional albanês [[Skanderbeg]] que lutou contra os otomanos no século XV. {{HarvRef|Judah|2002|p=28}} A divisão tinha uma força de 6.500 homens no momento de sua criação {{HarvRef|Cohen|1996|p=100}} e era mais conhecida por assassinar, estuprar e saquear áreas predominantemente sérvias do que por participar de operações de combate. {{HarvRef|Mojzes|2011|pp=94–95}} Com a iminente vitória dos [[Aliados da Segunda Guerra Mundial|aliados]] nos [[Bálcãs]], Deva e seus homens tentaram comprar armas da retirada de soldados alemães, a fim de organizar uma "[[solução final]]" da população eslava no Kosovo. Nada disso aconteceu porque os poderosos [[partisans iugoslavos]] impediram [[Limpeza étnica|a limpeza étnica]] em grande escala dos eslavos. {{HarvRef|Yeomans|2006|p=31}}
[[Xhafer Deva]] recrutou albaneses do Kosovo para se juntarem à ''[[Waffen-SS]]'' . {{HarvRef|Fischer|1999|p=215}} A [[21.ª Divisão de Montanha Waffen SS Skanderbeg (1.ª Albanesa)|21ª ''Divisão de'' Montanha Waffen SS ''Skanderbeg'' (1.ª albanêsa)]] foi formada em 1 de maio de 1944, {{HarvRef|Nafziger|1992|p=21}} composta por albanese, nomeados em homenagem ao herói nacional supostamente albanês [[Skanderbeg]] (que possui descendencia sérvia e grega e é [[Cristãos ortodoxos|cristão]], diferente da albania em si, da qual é [[Islão|islamica]]) que lutou contra os otomanos no século XV. {{HarvRef|Judah|2002|p=28}} A divisão tinha uma força de 6.500 homens no momento de sua criação {{HarvRef|Cohen|1996|p=100}} e era mais conhecida por assassinar, estuprar e saquear áreas predominantemente sérvias do que por participar de operações de combate. {{HarvRef|Mojzes|2011|pp=94–95}} Com a iminente vitória dos [[Aliados da Segunda Guerra Mundial|aliados]] nos [[Bálcãs]], Deva e seus homens tentaram comprar armas da retirada de soldados alemães, a fim de organizar uma "[[solução final]]" da população eslava no Kosovo. Nada disso aconteceu porque os poderosos [[partisans iugoslavos]] impediram [[Limpeza étnica|a limpeza étnica]] em grande escala dos eslavos. {{HarvRef|Yeomans|2006|p=31}}


=== Após a Segunda Guerra Mundial ===
=== Após a Segunda Guerra Mundial ===
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No verão de 1995, o [[Presidente da França|presidente francês]] [[Jacques Chirac]] . foi criticado porque, comentando a [[Guerra da Bósnia]], ele chamou os sérvios de "uma nação de ladrões e terroristas".<ref>{{Citar jornal|titulo='Rude' Chirac ruffles a few feathers|url=https://www.independent.co.uk/news/world/rude-chirac-ruffles-a-few-feathers-1588688.html|jornal=The Independent|língua=en-GB}}</ref><ref>{{Citar jornal|titulo=The Serb nation at the crossroads|url=https://pescanik.net/the-serb-nation-at-the-crossroads/|jornal=Peščanik|língua=en}}</ref> O sentimento antissérvio permaneceu amplamente presente no [[Reino Unido]] e em outros estados europeus por muitos anos após o término das guerras iugoslavas.<ref>{{Citar jornal|primeiro3=Neil|titulo=It's time to end Serb-bashing|url=https://www.theguardian.com/commentisfree/2008/jan/14/itstimetoendserbbashing|jornal=The Guardian|língua=en-GB|issn=0261-3077}}</ref>
No verão de 1995, o [[Presidente da França|presidente francês]] [[Jacques Chirac]] . foi criticado porque, comentando a [[Guerra da Bósnia]], ele chamou os sérvios de "uma nação de ladrões e terroristas".<ref>{{Citar jornal|titulo='Rude' Chirac ruffles a few feathers|url=https://www.independent.co.uk/news/world/rude-chirac-ruffles-a-few-feathers-1588688.html|jornal=The Independent|língua=en-GB}}</ref><ref>{{Citar jornal|titulo=The Serb nation at the crossroads|url=https://pescanik.net/the-serb-nation-at-the-crossroads/|jornal=Peščanik|língua=en}}</ref> O sentimento antissérvio permaneceu amplamente presente no [[Reino Unido]] e em outros estados europeus por muitos anos após o término das guerras iugoslavas.<ref>{{Citar jornal|primeiro3=Neil|titulo=It's time to end Serb-bashing|url=https://www.theguardian.com/commentisfree/2008/jan/14/itstimetoendserbbashing|jornal=The Guardian|língua=en-GB|issn=0261-3077}}</ref>


Fora dos Bálcãs, [[Noam Chomsky]] observou que não apenas o governo Sérvio, mas também o povo, foram insultados e ameaçados. Ele descreveu o [[jingoísmo]] como "um fenômeno que não vi na minha vida desde que a histeria surgiu sobre ' [[ Os Japs |os japas]] ' durante a Segunda Guerra Mundial".<ref name="mt2000">{{Citar jornal|titulo=The Lessons From Kosovo|url=http://www.themoscowtimes.com/news/article/the-lessons-from-kosovo/259832.html|publicação=The Moscow Times}}</ref>
Fora dos Bálcãs, [[Noam Chomsky]] observou que não apenas o governo Sérvio, mas também o povo, foram insultados e ameaçados. Ele descreveu o [[jingoísmo]] como "um fenômeno que não vi na minha vida desde que a histeria surgiu sobre ' [[Os Japs|os japas]] ' durante a Segunda Guerra Mundial".<ref name="mt2000">{{Citar jornal|titulo=The Lessons From Kosovo|url=http://www.themoscowtimes.com/news/article/the-lessons-from-kosovo/259832.html|publicação=The Moscow Times}}</ref>


Em uma assinatura de livro de 2012 em Praga, [[Madeleine Albright]], [[Secretário de Estado dos Estados Unidos|secretária de Estado dos Estados Unidos]] durante o [[Intervenção militar na Iugoslávia em 1999|bombardeio da OTAN na Iugoslávia]], recebeu reação de uma organização tcheca pró-sérvia cujos manifestantes levaram fotos de vítimas sérvias da [[Guerra do Kosovo]] . Ela foi filmada respondendo a eles dizendo "sérvios nojentos, saiam!"<ref>{{Citar web|titulo=There's a ‘Special Place in Hell’ for Madeleine Albright. Here's Why|publicação=U.S. Uncut|url=http://usuncut.com/politics/special-place-in-hell-madeleine-albright/|arquivourl=https://web.archive.org/web/20161020040646/http://usuncut.com/politics/special-place-in-hell-madeleine-albright/|arquivodata=20 de outubro de 2016}}</ref>
Em uma assinatura de livro de 2012 em Praga, [[Madeleine Albright]], [[Secretário de Estado dos Estados Unidos|secretária de Estado dos Estados Unidos]] durante o [[Intervenção militar na Iugoslávia em 1999|bombardeio da OTAN na Iugoslávia]], recebeu reação de uma organização [[Tchecos|tcheca]] pró-sérvia cujos manifestantes levaram fotos de vítimas sérvias da [[Guerra do Kosovo]] . Ela foi filmada respondendo a eles dizendo "sérvios nojentos, saiam!"<ref>{{Citar web|titulo=There's a ‘Special Place in Hell’ for Madeleine Albright. Here's Why|publicação=U.S. Uncut|url=http://usuncut.com/politics/special-place-in-hell-madeleine-albright/|arquivourl=https://web.archive.org/web/20161020040646/http://usuncut.com/politics/special-place-in-hell-madeleine-albright/|arquivodata=20 de outubro de 2016}}</ref>


== Questões contemporâneas e recentes ==
== Questões contemporâneas e recentes ==
Em um jogo de futebol entre o [[Seleção Kosovar de Futebol|Kosovo]] e a [[Seleção Croata de Futebol|Croácia]] disputado na [[Albânia]] em outubro de 2016, os fãs cantaram slogans assassinos contra os sérvios.<ref>{{Citar jornal|titulo=Kosovo-Croatia Match Marred by Anti-Serbian Chants|url=http://www.balkaninsight.com/en/article/kovoso-croatia-football-match-emerge-racial-slurs-10-07-2016|publicação=Balkan Insight}}</ref> Ambos os países enfrentam audiências da [[FIFA]] devido ao incidente.<ref>{{Citar jornal|titulo=Kosovo & Croatia face Fifa hearings over anti-Serbian chanting|url=https://www.bbc.com/sport/football/37695179|publicação=BBC}}</ref> Os torcedores croatas e ucranianos divulgaram mensagens de ódio contra sérvios e [[russos]] durante uma partida de suas seleções na eliminatória da Copa do Mundo de 2018.<ref>{{Citar web|titulo=Croat and Ukrainian fans' hate message to Serbs and Russians|publicação=B92|url=http://www.b92.net/eng/news/region.php?yyyy=2017&mm=03&dd=27&nav_id=100865}}</ref>
Em um jogo de futebol entre [[Seleção Kosovar de Futebol|Kosovo]] e a [[Seleção Croata de Futebol|Croácia]] disputado na [[Albânia]] em outubro de 2016, os fãs cantaram slogans assassinos contra os sérvios.<ref>{{Citar jornal|titulo=Kosovo-Croatia Match Marred by Anti-Serbian Chants|url=http://www.balkaninsight.com/en/article/kovoso-croatia-football-match-emerge-racial-slurs-10-07-2016|publicação=Balkan Insight}}</ref> Ambos os países enfrentam audiências da [[FIFA]] devido ao incidente.<ref>{{Citar jornal|titulo=Kosovo & Croatia face Fifa hearings over anti-Serbian chanting|url=https://www.bbc.com/sport/football/37695179|publicação=BBC}}</ref> Os torcedores croatas e ucranianos divulgaram mensagens de ódio contra sérvios e [[russos]] durante uma partida de suas seleções na eliminatória da Copa do Mundo de 2018.<ref>{{Citar web|titulo=Croat and Ukrainian fans' hate message to Serbs and Russians|publicação=B92|url=http://www.b92.net/eng/news/region.php?yyyy=2017&mm=03&dd=27&nav_id=100865}}</ref>


== Críticas e controvérsias ==
== Ver também ==
Alguma controvérsia com o termo supostamente corresponde à sua interação com o revisionismo histórico percebido praticado pelo governo de [[Slobodan Milošević]] na década de 90 e seus apologistas posteriores, e a afirmação de que os escritores sérvios construíram o "mito da sérvofobia" como "um [[antissemitismo]] a Sérvios, tornando-os vítimas ao longo da história. "<ref>
[[Anti-Serbian sentiment#MacDonald 2002|MacDonald (2002)]], p. 83</ref> De acordo com MacDonald, na década de 80, os sérvios começaram a se comparar cada vez mais aos judeus como vítimas da história mundial, que envolviam eventos históricos trágicos, desde a [[Batalha do Kosovo|Batalha de Kosovo]] em 1389 até a [[Constituição jugoslava de 1974|Constituição Iugoslava de 1974]], já que todos os aspectos da história eram vistos como mais um. exemplo de perseguição e vitimização de sérvios nas mãos de forças negativas externas.<ref>[[Anti-Serbian sentiment#MacDonald 2002|MacDonald (2002)]], p. 7.</ref> A associação com o sofrimento judaico provavelmente está ligada ao campo de extermínio croata [[Campo de concentração de Jasenovac|Jasenovac]], onde estima-se que entre 50.000 e 70.000 sérvios foram mortos em circunstâncias extremamente cruéis, junto com outros presos judeus e ciganos . Os fatos históricos disputados do campo são objeto de alegações de " [[Negacionismo do Holocausto|negação do holocausto]] " pelas autoridades croatas.<ref>{{Citar web|url=http://www.jasenovac.org/whatwasjasenovac.php|titulo=Archived copy}}</ref>
<br />


* [[Genocídio dos sérvios no Estado Independente da Croácia]]
== Veja também ==

* [[Perseguição aos sérvios no Estado Independente da Croácia|Perseguição de sérvios no Estado Independente da Croácia]]
* [[Motins antissérvios em Sarajevo]]
* [[Motins antissérvios em Sarajevo]]
* [[Sérvofilia]]
* [[Serbofilia|Sérvofilia]]


== Referências ==
== Referências ==
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[[Categoria:Preconceitos e discriminações]]
[[Categoria:Preconceitos e discriminações]]
[[Categoria:Preconceitos]]
[[Categoria:Preconceitos]]
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Revisão das 01h01min de 5 de dezembro de 2021

O sentimento antissérvio (em sérvio: антисрпска осећања / antisrpska osećanja) ou serviofobia (србофобија/ srbofobija) é uma visão negativa dos sérvios. Historicamente, tem sido utilizada como uma base genocida contra os sérvios, do mesmo campo do antisemitismo.

Uma forma distinta da serviofobia, que pode ser definida como uma visão geralmente negativa da Sérvia como um estado-nação para os sérvios, enquanto outra forma de antissérvio é uma visão geralmente negativa da República Sérvia, a entidade dos sérvios na Bósnia e Herzegovina .

O proponente histórico mais conhecido do sentimento antissérvio foi o Partido dos Direitos da Croácia nos séculos XIX e XX. Os elementos mais extremos desse partido criaram a Ustaše, na Iugoslávia, uma organização terrorista nazista croata que chegou ao poder do Estado Independente da Croácia durante a Segunda Guerra Mundial e instituiu leis raciais que perseguiam especificamente sérvios, judeus, ciganos e dissidentes. A perseguição aos sérvios no Estado Independente da Croácia incluiu genocídio e limpeza étnica em massa dos sérvios e de outras minorias que viviam na região.

História

Antes da Primeira Guerra Mundial

Século XIX e início do século XX na Croácia Austro-Húngara

Ante Starčević, conhecido como "pai da nação" na Croácia[1]

O sentimento antissérvio se formou na Croácia no século XIX, quando parte da intelligentsia croata planejou a criação de uma nação croata.[2] Na época, a Croácia é um estado vassalo do Reino da Hungria, parte integrante da monarquia dos Habsburgo, a Dalmácia e Ístria separavam as terras dos Habsburgo. Ante Starčević, líder do Partido dos Direitos entre 1851 e 1896, acreditava que os croatas deveriam enfrentar seus vizinhos, incluindo os sérvios . Ele escreveu, por exemplo, que os sérvios eram uma "raça impura" e, com o co-fundador do seu partido, Eugen Kvaternik, negou a existência de sérvios ou eslovenos na Croácia, vendo sua consciência política como uma ameaça.[3][4] Durante a década de 1850, Starčević criou o termo Eslavoservo (em latim: sclavus, servus) para descrever pessoas supostamente prontas para servir governantes estrangeiros, inicialmente usadas para se referir a alguns sérvios e oponentes croatas e depois aplicadas a todos os sérvios por seus seguidores. A ocupação austro-húngara da Bósnia e Herzegovina em 1878 provavelmente contribuiu para o desenvolvimento do sentimento antissérvio de Starčević, ele acreditava que aumentava as chances de criação de uma Grande Croácia . [5] David Bruce MacDonald, apresentou uma tese de que as teorias de Starčević só poderiam justificar o etnocídio, mas não o genocídio, porque Starčević pretendia assimilar os sérvios como "croatas ortodoxos" e não exterminá-los. [6]

Os idéais de Starčević formaram uma base para a política destrutiva de seu sucessor, Josip Frank, advogado e político judeu croata que se converteu ao catolicismo[7][8] que liderou numerosos incidentes antissérvios. [9] Josip Frank seguiu a ideologia de Starčević'. [10] Ele se opôs a qualquer cooperação entre croatas e sérvios, e Djilas o descreveu como "um importante demagogo antissérvio e o instigador da perseguição de sérvios na Croácia". [10] Seus seguidores, chamados Frankovci, se tornariam os membros mais ardentes da Ustase. [10] Sob a liderança de Frank, o Partido dos Direitos tornou-se obsessivamente antissérvio,[11][12] e esses sentimentos dominaram a vida política croata na década de 1880. [13] O historiador britânico C. A Macartney afirmou que, devido à "intolerância grosseira" aos sérvios que viviam na Eslavônia, eles tiveram que buscar proteção contra o conde Károly Khuen-Héderváry, a proibição da Croácia-eslavônia, em 1883. [14] No reinado de 1883 a 1903, a Hungria estimulou a divisão e o ódio entre os sérvios e os croatas para promover sua política de magiarização. [14] Carmichael escreve que a divisão étnica entre os croatas e os sérvios na virada do século XX foi alimentada por uma imprensa nacionalista e foi "incubada inteiramente na mente de extremistas e fanáticos religiosos, com poucas evidências de que as áreas nas quais os sérvios e os croatas viveram por muitos séculos nas proximidades, como Krajina, eram mais propensos à violência de inspiração étnica". [5] Em 1902, os principais distúrbios antissérvios na Croácia foram causados por um artigo escrito pelo escritor nacionalista sérvio Nikola Stojanović (1880-1964) intitulado Do istrage vaše ili naše (Até a destruição de você ou de nós) que previa o resultado de um "inevitável" conflito sérvio-croata, que foi publicado na revista Srbobran do Partido Independente Sérvio .[15]

Entre meados do século XIX e início do século XX, havia duas facções na Igreja Católica Croata : a facção progressista que preferia unir a Croácia à Sérvia em um país eslavo progressivo e a facção conservadora que se opunha a isso.[16] A facção conservadora tornou-se dominante no final do século XIX: o Primeiro Congresso Católico Croata, realizado em Zagreb em 1900, era sem reservas sérvofóbico e antiortodoxo.

Kosovo Vilayet

O sentimento antissérvio no Kosovo Vilayet cresceu como resultado dos conflitos sérvio-otomano e greco-turco durante o período de 1877-1897. Com a libertação de Vranje, em 1878, milhares de tropas albanesas otomanas e civis albaneses recuaram para a parte oriental da cidade otomana, no Kosovo Vilayet.[17] Essas pessoas deslocadas eram altamente hostis com os sérvios nas áreas em que se retiraram, devido ao fato de terem sido expulsos da área de Vranje devido ao clonfito sérvio-otomano.[18] Essa animosidade alimentou o sentimento antissérvio, que resultou em albaneses cometerem atrocidades generalizadas, incluindo assassinatos, saques e estupros contra civis sérvios em todo o território, incluindo partes de Pristina e Bujanovac . [19]

As atrocidades contra os sérvios na região atingiu o pico em 1901, depois que a região foi inundada com armas não devolvidas aos otomanos após a guerra greco-turca de 1897. [20] albaneses cometeram inúmeras atrocidades, incluindo: massacres, estupros, saques e expulsões de sérvios. na região de Pristina e norte do Kosovo.[21] Pouco sugere que as ações dos albaneses na época constituíam limpeza étnica, na tentativa de criar uma área homogênea livre de sérvios cristãos. [22]

Macedônia Otomana

A Sociedade Contra os Sérvios foi uma organização nacionalista búlgara, estabelecida em 1897 em Salonica, na epóca parte do Império Otomano . Os ativistas da organização eram "centralistas" e "vrhovnistas" dos comitês revolucionários búlgaros (a Organização Revolucionária da Macedônia Interna e o Comitê Supremo da Macedônia-Adrianópolis ) em 1902, haviam matado pelo menos 43 e ferido 52 donos de escolas sérvias, professores, o clero ortodoxo sérvio e outros sérvios notáveis no Império Otomano .[23] búlgaros também usaram o termo "sérvios" para um povo de origem não sérvia, mas com autodeterminação sérvia na Macedônia.

Primeira Guerra Mundial

Cartão postal com uma propaganda austro-húngara dizendo "Sérvios, vamos esmagá-lo em pedaços!"

Após as guerras balcânicas entre 1912 á1913, o sentimento antissérvio aumentou na administração austro-húngara da Bósnia.[24] Oskar Potiorek, governador da Bósnia e Herzegovina, fechou muitas sociedades sérvias e contribuiu significativamente para o clima antissérvio antes do início da Primeira Guerra Mundial .[25]

O assassinado do arquiduque Francisco Fernando e Sófia, duquesa de Hohenberg em 1914, levou aos motins antissérvios em Sarajevo, onde croatas e muçulmanos raivosos se envolveram em violência durante a noite de 28 de junho e grande parte do dia em 29 de junho. Isso levou a uma profunda divisão ao longo de linhas étnicas sem precedentes na história da cidade. Ivo Andrić refere-se a este evento como o "frenesi de ódio em Sarajevo".[26] As multidões dirigiram sua raiva principalmente às lojas sérvias, residências de sérvios, à Igreja Ortodoxa Sérvia, escolas, bancos, à sociedade cultural sérvia Prosvjeta e aos escritórios do jornal Srpska riječ . Dois sérvios foram mortos naquele dia.[27] Naquela noite, houve tumultos antissérvios em outras partes do Império Austro-Húngaro[28] como Zagreb e Dubrovnik .[29] No rescaldo do assassinato de Sarajevo, o sentimento antissérvio aumentou em todo o Império Habsburgo.[30] A Áustria-Hungria prendeu e extraditou cerca de 5.500 sérvios proeminentes, sentenciou 460 à morte e estabeleceu a milícia Schutzkorps, predominantemente muçulmana [31], que continuou a perseguir sérvios.[32]

O assassinato em Sarajevo se tornou o casus belli da Primeira Guerra Mundial. [33] Aproveitando-se de uma onda internacional de repulsa contra esse ato de "terrorismo nacionalista sérvio", a Áustria-Hungria deu à Sérvia um ultimato que levou à Primeira Guerra Mundial. Embora os sérvios da Áustria-Hungria eram cidadãos leais cuja maioria participou de suas forças durante a guerra, o sentimento antissérvio se espalhou sistematicamente e sérvios étnicos foram perseguidos em todo o país. [34] Áustria-Hungria logo ocupou o território do Reino da Sérvia, incluindo o Kosovo, aumentando o já intenso sentimento anti-sérvio entre os albaneses cujas unidades voluntárias foram estabelecidas para reduzir o número de sérvios no Kosovo. [35] Um exemplo cultural é o jingle "Alle Serben müssen sterben" ("Todos os sérvios devem morrer"), popular em Viena em 1914. (Também era conhecido como "Serbien muß sterbien").[36]

As ordens emitidas em 3 e 13 de outubro de 1914 proibiram o uso de cirílico sérvio no Reino da Croácia-Eslavônia, limitando-o ao uso em instruções religiosas. Em 3 de janeiro de 1915, foi aprovado um decreto que proibia completamente o cirílico sérvio em uso público. Uma ordem imperial em 25 de outubro de 1915 proibiu o uso de cirílico sérvio no condomínio da Bósnia e Herzegovina, exceto "no âmbito das autoridades da Igreja Ortodoxa da Sérvia".[37][38]

Período entre guerras

Itália fascista

Na década de 1920, os italianos fascistas acusaram os sérvios de terem "impulsos atávicos" . Uma alegação antissemita era a de que os sérvios faziam parte de uma "conspiração internacionalista judaica social-democrátic e maçonica ".[39]

Croatas no Reino da Iugoslávia

As relações entre croatas e sérvios foram enfatizadas no início da Iugoslávia. [40] Os opositores à unificação iugoslava da elite croata retratavam os sérvios negativamente, como hegemonistas e exploradores, introduzindo sérvofobias na sociedade croata. [40] Foi relatado que em Lika havia uma tensão séria entre croatas e sérvios. [41] No pós-guerra de Osijek, o chapéu Šajkača foi banido pela polícia, mas o boné austro-húngaro foi usado livremente e, no sistema escolar e judicial, os sérvios ortodoxos eram chamados de "gregos e orientais". [42] Houve segregação voluntária em Knin . [43]

Um estudo realizado 1993 nos Estados Unidos afirmou que as políticas supostamente centralistas de Belgrado para o Reino da Iugoslávia levaram a um aumento do sentimento antissérvio na Croácia.[44]

Segunda Guerra Mundial

Ante Pavelić, líder do estado genocida NDH, aliada da alemanha nazista e estabelecedor da doutrina terrorista Ustase, explicitamente antissérvia.

Alemanha nazista

Sérvios, assim como outros eslavos (principalmente polacos e russos), bem como povos não eslavos (como judeus e ciganos) não eram considerados arianos pela Alemanha nazista. Em vez disso, eram consideradas raças "sub-humanas", "inferiores" ( Untermenschen ) e estrangeiras e, como resultado, não eram consideradas parte da raça mestre ariana.[45][46][47][48] [49] [50][51][52][53][54][55][56][57][58] Sentimentos antissérvios cada vez mais infiltrou-se no nazismo alemão após a nomeação de Adolf Hitler como chanceler em 1933. As raízes desse sentimento podem ser encontradas em sua infância em Viena,[59] e quando ele foi informado sobre o golpe de estado na Igoslávia que foi conduzido por um grupo de oficiais sérvios pró-ocidentais em março de 1941, ele decidiu punir todos os sérvios como os principais inimigos de sua nova ordem nazista. [60] O ministério de propaganda de Joseph Goebbels, com o apoio da imprensa búlgara, italiana e húngara, recebeu a tarefa de estimular sentimentos antissérvios entre croatas, eslovenos e húngaros . [61] A propaganda das potências do Eixo acusou o grupo de perseguir minorias e estabelecer campos de concentração para alemães, a fim de justificar um ataque à Iugoslávia e à Alemanha nazista, retratando-se como uma força que salvaria o povo iugoslavo da ameaça do nacionalismo sérvio.[61] O Reino da Iugoslávia foi invadido e ocupado pelas potências do Eixo.

Estado independente da Croácia e os Ustase

Uma faca apelidada de " Srbosjek " ou "degoladora de sérvios", amarrada à mão, usada pela Milícia Ustaše para a rápida matança de crianças em Jasenovac.

A ocupação do Eixo á Sérvia permitiu que os Ustase, uma organização fascista e terrorista croata[62] implementasse sua ideologia antissérvia extrema no Estado Independente da Croácia . Seu sentimento antissérvio era racista e genocida .[63][64] O novo governo croata adotou leis raciais, semelhantes às da Alemanha nazista, e as apontou para judeus, ciganos e sérvios, que foram todos definidos como "estrangeiros fora da comunidade nacional"[65] e perseguidos durante a Segunda Guerra Mundial em todo o Estado Independente da Croácia (NDH).[66] Entre 100.000[67] e 700.000[68] sérvios foram mortos na Croácia pelos Ustaše e seus aliados do Eixo. No geral, o número de sérvios que foram mortos na Iugoslávia durante a Segunda Guerra Mundial foi de cerca de 350.000, a maioria dos quais foram massacrados por vários fascistas.[69] Muitos historiadores e autores descrevem os assassinatos em massa dos sérvios pelo regime Ustaše como cumprindo a definição de genocídio, incluindo Raphael Lemkin, conhecido por cunhar a palavra genocídio e iniciar a Convenção do genocídio .[70][71][72][73][74][75][76][77][78][79] O campo de concentração de Sisak foi criado em 3 de agosto de 1942 pelos Ustaše após a ofensiva de Kozara e foi especialmente formado para fuzilar recem-nascidos, crianças, e idosos.[80][81][82]

Uma família sérvia inteira é assassinada em sua casa após um ataque da milícia Ustase, 1941.

Alguns padres da Igreja Católica croata participaram desses massacres e na conversão em massa dos sérvios para o catolicismo. [83] Durante a guerra, cerca de 250.000 pessoas da fé ortodoxa que viviam no território do NDH foram forçadas ou coagidas a se converter ao catolicismo pela Ustase.[84] Uma das razões para a estreita cooperação de uma parte do clero católico foi sua posição antissérvia.

Os Ustaše executam sérvios e judeus em Jasenovac como parte do genocídio sérvio

Albânia

Xhafer Deva recrutou albaneses do Kosovo para se juntarem à Waffen-SS . [85] A 21ª Divisão de Montanha Waffen SS Skanderbeg (1.ª albanêsa) foi formada em 1 de maio de 1944, [86] composta por albanese, nomeados em homenagem ao herói nacional supostamente albanês Skanderbeg (que possui descendencia sérvia e grega e é cristão, diferente da albania em si, da qual é islamica) que lutou contra os otomanos no século XV. [87] A divisão tinha uma força de 6.500 homens no momento de sua criação [88] e era mais conhecida por assassinar, estuprar e saquear áreas predominantemente sérvias do que por participar de operações de combate. [89] Com a iminente vitória dos aliados nos Bálcãs, Deva e seus homens tentaram comprar armas da retirada de soldados alemães, a fim de organizar uma "solução final" da população eslava no Kosovo. Nada disso aconteceu porque os poderosos partisans iugoslavos impediram a limpeza étnica em grande escala dos eslavos. [90]

Após a Segunda Guerra Mundial

Quase quatro décadas depois, no rascunho de 1986 do Memorando da Academia Sérvia de Ciências e Artes, manifestou-se de preocupação de que a sérvofobia, juntamente com outras coisas, pudesse provocar a restauração do nacionalismo sérvio com consequências perigosas.[91] A crise econômica iugoslava de 1987, e diferentes opiniões dentro da Sérvia e outras repúblicas sobre quais eram as melhores maneiras de resolvê-la, exacerbaram o crescente sentimento antissérvio entre os não-sérvios, mas também aumentaram o apoio sérvio ao nacionalismo sérvio.[92]

Desintegração da Iugoslávia

Casa de sérvios destruída na Croácia. A maioria dos sérvios da krajina fugiram durante a Operação Tempestade

Durante as guerras iugoslavas nos anos 90, o sentimento antissérvio inundou a Croácia, Bósnia e Kosovo [93] e, devido à sua independência e associação histórica com a sérvofóbia, os Ustaše às vezes serviria de símbolo de mobilização para as pessoas que pretendiam proclamar aversão à Sérvia.[94] Também funcionou vice-versa. E embora o nacionalismo sérvio da época seja bem conhecido, o sentimento antissérvio estava presente entre todas as nações não sérvias da Iugoslávia durante seu rompimento.[95] O bookocide de obras escritas em sérvio ocorreu na Croácia, com 2,8 milhões de livros destruídos.[96]

Em 1997, a República Federal da Iugoslávia apresentou alegações ao Tribunal Internacional de Justiça de que a Bósnia e Herzegovina era responsável pelos atos de genocídio cometidos contra os sérvios na Bósnia e Herzegovina, incitados por sentimentos anti-sérvios comunicados por todas as formas do meios de comunicação. Por exemplo, o Novi Vox, um jornal para jovens muçulmanos, publicou um poema intitulado "Canção Patriótica" com os seguintes versos: " Querida mãe, vou plantar salgueiros; penduraremos sérvios deles; Querida mãe, eu ' vou afiar facas; em breve encheremos os buracos novamente. "[97] O jornal Zmaj od Bosne publicou um artigo com uma frase dizendo " Cada muçulmano deve nomear um sérvio e prestar juramento para matá-lo " . A estação de rádio Hajat transmitiu "pedidos públicos pela execução dos sérvios".

No verão de 1995, o presidente francês Jacques Chirac . foi criticado porque, comentando a Guerra da Bósnia, ele chamou os sérvios de "uma nação de ladrões e terroristas".[98][99] O sentimento antissérvio permaneceu amplamente presente no Reino Unido e em outros estados europeus por muitos anos após o término das guerras iugoslavas.[100]

Fora dos Bálcãs, Noam Chomsky observou que não apenas o governo Sérvio, mas também o povo, foram insultados e ameaçados. Ele descreveu o jingoísmo como "um fenômeno que não vi na minha vida desde que a histeria surgiu sobre ' os japas ' durante a Segunda Guerra Mundial".[101]

Em uma assinatura de livro de 2012 em Praga, Madeleine Albright, secretária de Estado dos Estados Unidos durante o bombardeio da OTAN na Iugoslávia, recebeu reação de uma organização tcheca pró-sérvia cujos manifestantes levaram fotos de vítimas sérvias da Guerra do Kosovo . Ela foi filmada respondendo a eles dizendo "sérvios nojentos, saiam!"[102]

Questões contemporâneas e recentes

Em um jogo de futebol entre Kosovo e a Croácia disputado na Albânia em outubro de 2016, os fãs cantaram slogans assassinos contra os sérvios.[103] Ambos os países enfrentam audiências da FIFA devido ao incidente.[104] Os torcedores croatas e ucranianos divulgaram mensagens de ódio contra sérvios e russos durante uma partida de suas seleções na eliminatória da Copa do Mundo de 2018.[105]

Ver também

Referências

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  91. ↑ «SANU». Web.archive.org. The present depressing condition of the Serbian nation, with chauvinism and Serbophobia being ever more violently expressed in certain circles, favor of a revival of Serbian nationalism, an increasingly drastic expression of Serbian national sensitivity, and reactions that can be volatile and even dangerous. 
  92. ↑ Robert Bideleux; Professor Richard Taylor (15 de abril de 2013). European Integration and Disintegration: East and West. Routledge. [S.l.: s.n.] ISBN 978-1-134-77522-4. By 1987 accelerating inflation and rapid depreciation of the dinar were strengthening Slovene and Croatian demands for sweping economic liberalization, but these were blocked by Serbia. This exacerbated the growing anti-Serbian sentiments among non-Serbs, but also enhanced Serbian support for Milošević's nationalism and his manipulation of the Kosovo issue, culminating in the abolition of the autonomy of that region. 
  93. ↑ Ramet 2006, p. 39.
  94. ↑ Ramet 2007, p. 3
    Because of its independence from Belgrade (though not from Berlin) and because of its association with anti-Serb and anti-Allied politics, the NDH would later serve as rallying symbol for those who wanting to declare their antipathy toward Serbia (during the War of Yugoslav secession)...
  95. ↑ Ramet 2006, p. 240
    Nationalist and Liberal Echoes in Other Republics Every republic and autonomous province was struck by nationalist outbursts in these years, and among all the non-Serbian nationalities, there were strong anti- Serbian feelings.
  96. ↑ «Lešaja: Devedesetih smo uništili 2,8 mil. 'nepoćudnih' knjiga - Jutarnji List». www.jutarnji.hr 
  97. ↑ International Court of Justice 17 December 1997 Case Concerning Application of the Convention on the Prevention and Punishmnent of the Crime of Genocide. Retrieved 26 August 2007.
  98. ↑ «'Rude' Chirac ruffles a few feathers». The Independent (em inglês) 
  99. ↑ «The Serb nation at the crossroads». Peščanik (em inglês) 
  100. ↑ «It's time to end Serb-bashing». The Guardian (em inglês). ISSN 0261-3077 
  101. ↑ «The Lessons From Kosovo». The Moscow Times 
  102. ↑ «There's a 'Special Place in Hell' for Madeleine Albright. Here's Why». U.S. Uncut. Cópia arquivada em 20 de outubro de 2016 
  103. ↑ «Kosovo-Croatia Match Marred by Anti-Serbian Chants». Balkan Insight 
  104. ↑ «Kosovo & Croatia face Fifa hearings over anti-Serbian chanting». BBC 
  105. ↑ «Croat and Ukrainian fans' hate message to Serbs and Russians». B92 
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