Faroeste Caboclo: diferenças entre revisões
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"'''Faroeste Caboclo'''" é uma [[canção]] composta por [[Renato Russo]] em [[1979]] e lançada por seu grupo,Latino, no [[álbum]] ''[[Que País É Este 1978/1987]]'', de [[1987]].<ref name=uol>{{citar web|URL=http://musica.uol.com.br/noticias/redacao/2013/05/29/longa-com-palavroes-e-criticas-politicas-faroeste-caboclo-deu-trabalho-quando-chegou-as-radios.htm|título=Longa, com palavrões e críticas políticas, -Faroeste Caboclo- deu trabalho quando chegou às rádios|autor=MEDEIROS, Estefani|data=29 maio 2013|publicado=[[UOL]]|acessodata=28 jan. 2014}}</ref>. Ganhou bastante atenção quando do lançamento do álbum e, por isso, foi lançada como o terceiro ''[[single]]'' promocional em [[1988]]. Por motivo de [[censura]], houve a necessidade de editar a canção para a aprovação pela [[censura no Brasil|censura federal]]. |
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Revisão das 22h49min de 10 de maio de 2014
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"Faroeste Caboclo" | |||||||
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Single de Legião Urbana do álbum Que País É Este 1978/1987 | |||||||
Lançamento | julho de 1988[1] | ||||||
Formato(s) | 12" | ||||||
Gravação | agosto de 1987 | ||||||
Gênero(s) | Folk Rock, Rock Alternativo | ||||||
Duração | 9:03 | ||||||
Gravadora(s) | EMI | ||||||
Composição | Renato Russo | ||||||
Produção | Mayrton Bahia | ||||||
Cronologia de singles de Legião Urbana | |||||||
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"Faroeste Caboclo" é uma canção composta por Renato Russo em 1979 e lançada por seu grupo,Latino, no álbum Que País É Este 1978/1987, de 1987.[2]. Ganhou bastante atenção quando do lançamento do álbum e, por isso, foi lançada como o terceiro single promocional em 1988. Por motivo de censura, houve a necessidade de editar a canção para a aprovação pela censura federal.
Em 2013, a canção ganhou uma adaptação cinematográfica, dirigida por René Sampaio e com roteiro de Victor Atherino.
Histórico e Composição
A canção foi composta em 1979, na chamada fase "Trovador Solitário" de Renato Russo.[2]
Em entrevista para Leoni, Renato Russo revela que escreveu a música em duas tardes e que o roteiro foi improvisado, escrevendo-se os versos seguintes tomando em consideração as rimas a serem feitas com os versos anteriores. O próprio compositor, porém, entende que o enredo tem falhas, como não explicar por que João aceita ir no lugar do boiadeiro para Brasília.[3]
Flávio Lemos, baixista da banda Capital Inicial e ex-colega de banda de Renato Russo no Aborto Elétrico, em entrevista concedida em 2004, diz que a música se refere a uma situação acontecida entre ele e Russo:
“ | Estava no Rio de Janeiro, na Ilha do Governador, na casa da tia do Renato. Ele gostava de uma prima dele, a Mariana, e eu sabia, mas não rolava nada entre os dois. Fomos viajar para Búzios, a turma toda, menos o Renato. E eu fiquei com a prima dele, transei com ela. Foi a minha primeira vez, eu era virgem. A menina voltou antes pra casa e contou a história pra todo mundo. Quando eu voltei pra Ilha ele já sabia, e considerou aquilo uma traição. Cheguei de madrugada, tinha viajado a noite toda, e ele me acordou bem cedinho, eu estava morrendo de sono. Renato tinha passado a noite inteira escrevendo a música. Ele me disse que eu era o Jeremias, o maconheiro, o sem vergonha. E ele era o Santo Cristo - olha o nome que ele deu a si mesmo! E a prima era a Maria Lúcia. Renato criou um épico com essa história. A gente continuou amigo depois. Pode aparecer alguém que conteste, mas é a mais pura verdade.[4] | ” |
Russo, porém, em entrevista de 1988, disse que a música é completamente fictícia, e explica seu enredo:
“ | Veja, um motorista de táxi me disse que era a história do irmão dele. Tem outros que dizem que eu conheci um certo marginal e fiz a música. E não é. A música é completamente fictícia. E é engraçado, porque o João de Santo Cristo é um garoto de classe média e as pessoas, parece, não percebem isso. Ele era filho de fazendeiro e o pai dele foi assassinado. Ele vai para o reformatório porque não tem ninguém para tomar conta dele. Mataram praticamente toda a sua família e, por isso, ele é revoltado.[5] | ” |
A inspiração para Russo, segundo o próprio autor, foi "Hurricane", canção de Bob Dylan presente no álbum Desire, de 1976, e que conta a história do boxeador Rubin Carter.[4] Ainda sobre suas inspirações, o compositor cita "Domingo no Parque" (1968), de Gilberto Gil, Raul Seixas e a tradição oral do povo brasileiro.[6]
Enredo e Estrutura
Narra a história de João de Santo Cristo, que, ao ver toda sua família morta, se rebela e vai para Salvador. Lá chegando, encontra um boiadeiro que vai para Brasília mas que pede para João ir no seu lugar. Ele vai e começa uma nova vida lá. Porém, diante de dificuldades econômicas, vira traficante, seguindo os passos de um peruano chamado Pablo. Posteriormente, ele tenta se redimir ao apaixonar-se por uma mulher chamada Maria Lúcia. Ao ver-se, porém, ameaçado por um homem rico e influente, decide trabalhar no contrabando de produtos bolivianos para se armar, se distanciando e Maria Lúcia e passando a morar em Planaltina. Ao voltar a ver sua amada, vê que um traficante rival, Jeremias, já casara e tivera filhos com ela; João, então, decide marcar um duelo com ele em Ceilândia, e acaba morrendo levando um tiro pelas costas. Ainda agonizando, ele recebe sua arma de Maria Lúcia e dá cinco tiros em Jeremias. Maria Lúcia, arrependida, se mata.
A canção tem 168 versos. Segundo o jornalista e historiador Marcelo Fróes, no manuscrito original com a letra de "Faroeste Caboclo" havia uma anotação de Renato dizendo que imaginava a música como um baião cantado por Luiz Gonzaga.[4]
Com 9'03", a canção tem uma duração incomum, porém, outras duas composições de Renato são ainda mais extensas: "Metal Contra as Nuvens" (11'22") e "Clarisse" (10'32"). Em sua gravação original, a canção tem andamento moderado, com tempo de 180 bpm e é executada na tonalidade dó maior.[7]
Lançamento e Recepção
A canção foi censurada, junto com "Conexão Amazônica", do mesmo disco. "Faroeste" pela presença de palavrões, enquanto "Conexão" por causa da temática, já que falava sobre o tráfico de drogas[carece de fontes]. Porém, em "Faroeste", foi feita uma edição onde se colocou um sinal sonoro sobre os palavrões. Com isso, a música foi liberada para radiodifusão. Outras rádios optaram por fazer edições, como a 89 FM, que fez uma edição de 8'49" para retirar os palavrões.[2] Apesar disto, a música foi um grande sucesso, tendo sido a 24ª mais tocada de 1988[8]
Legado
Ainda hoje, a canção é uma das mais bem lembradas da banda, estando em todas as coletâneas e álbuns ao vivo dela. Foi, ainda, regravada por Toni Platão no álbum Renato Russo - Uma Celebração, de 2006, e pela banda Tianastácia no álbum Tianastácia no País das Maravilhas de 2009.
Faixas
Todas as faixas escritas e compostas por R. Russo.
12" PROMO (EMI 9951 084)[1] | ||||||||||
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N.º | Título | Duração | ||||||||
1. | "Faroeste Caboclo (Versão Editada)" (33 RPM) | 9:05 | ||||||||
2. | "Faroeste Caboclo (Versão Editada)" (45 RPM) | 9:05 | ||||||||
Duração total: |
18:10 |
Ligações externas
Referências
- ↑ a b «Faroeste Caboclo by Legião Urbana : Reviews and Rating». Rate Your Music. Consultado em 05 ago. 2013 Verifique data em:
|acessodata=
(ajuda) - ↑ a b c MEDEIROS, Estefani (29 maio 2013). «Longa, com palavrões e críticas políticas, -Faroeste Caboclo- deu trabalho quando chegou às rádios». UOL. Consultado em 28 jan. 2014
- ↑ LEONI (04 out. 2012). «Letra, Música e Outras Conversas - Renato Russo 1». Leoni - Diário de Bordo. Consultado em 28 jan. 2014 Verifique data em:
|data=
(ajuda) - ↑ a b c SEELIG, Ricardo (06 jun. 2013). «Como surgiu a letra de "Faroeste Caboclo", clássico da Legião Urbana?». #CollectorsRoom. Consultado em 28 jan. 2014 Verifique data em:
|data=
(ajuda) - ↑ MAIA, Sônia; GIL, Marisa Adán (jul. 1988). «Faroeste Caboclo - O Estranho no Ninho do Sucesso» (jpeg). Ed. Azul. Bizz (36): p. 52. Consultado em 28 jan. 2014
- ↑ MARCELO, Carlos. «Renato Russo: O Filho da Revolução (e-book)». Consultado em 28 jan. 2014
- ↑ «Faroeste Caboclo guitar pro tab by Legiao Urbana». MusicNotesLib.Com. Consultado em 28 jan. 2014
- ↑ «Top Hits 1987». Mofolândia. Consultado em 28 jan. 2014