Paços de Ferreira: diferenças entre revisões

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→‎História do território: Freamunde, município.
→‎História do território: o equívoco dos templários
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=== História do território ===
=== História do território ===
O território do atual concelho de Paços de Ferreira foi palco de intensos e prolongados conflitos. A Colina e a Chã de Ferreira foram zona de fronteiras religiosas, militares , políticas e administrativas. Território povoado desde o neolítico, teve o seu ponto alto na Idade do Ferro, no alto da colina, [[Citânia de Sanfins|Citânia]]. Esta "Villa Colina" e "Villa Cova" são referências fundamentais do Livro de [[Mumadona Dias]], quando a Condessa de Portugal no século X, elenca os seus bens e igrejas em Ferreira. No período da fundação da Nacionalidade, os Ferreira e a sua Quinta e Honra _Casa do Paço, na freguesia de Eiriz_ foram cavaleiros de grande importância no seu serviço ao [http://www.soveral.info/mas/Ferreira.htm Reino]. É à volta deste Termo de Ferreira que se afirmam as famílias nobiliárquicas dos Sousa e dos Ferreira. O cavaleiro [[Mem Viegas de Sousa]] foi senhor e cavaleiro de honrarias em [[Carvalhosa]], [[Eiriz]], [[Sanfins de Ferreira]], como se vê [[Gonçalo Mendes de Sousa]].
O território do atual é povoado desde o Neolítico. Desse período resta o Dólmen da Leira Longa, em [http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/72395 Lamoso]. Palco de intensos e prolongados conflitos, a Colina e a Chã de Ferreira foram zona de fronteiras religiosas, militares , políticas e administrativas. Da Idade do Ferro, partindo do alto da colina, [[Citânia de Sanfins|Citânia]], temos, para um lado e para o outro, um notável conjunto de outros castros. Do período [[Reino Suevo|suévico]] temos topónimos que persistem, como [[Freamunde]][[Eiriz|, Eiriz]]. O primeiro documento, em papel, sobre este território, refere-se a uma doação de bens ao Mosteiro de Santa Maria de Cacães (Eiriz)[https://digitarq.arquivos.pt/details?id=4381031] de Ferreira, datado de 0976. "Villa Colina" e "Villa Cova" são referências fundamentais do Livro de [[Mumadona Dias]], quando a Condessa de Portugal no século X, elenca os seus bens e igrejas em Ferreira. No período da fundação da Nacionalidade, os Ferreira e a sua Quinta e Honra _Casa do Paço, na freguesia de Eiriz_ foram cavaleiros de grande importância no seu serviço ao [http://www.soveral.info/mas/Ferreira.htm Reino]. É à volta deste Termo de Ferreira que se afirmam as famílias nobiliárquicas dos Sousa e dos Ferreira. O cavaleiro [[Mem Viegas de Sousa]] foi senhor e cavaleiro de honrarias em [[Carvalhosa]], [[Eiriz]], [[Sanfins de Ferreira]], como se vê [[Gonçalo Mendes de Sousa]].


==== Ferreira: os coutos, os mosteiros, as dioceses, os forais e as comendas ====
==== Ferreira: os coutos, os mosteiros, as dioceses, os forais e as comendas ====
[[Ficheiro:Em Ferreira, posses de Mumadona Dias, séc. X.jpg|alt=Posses e Igrejas constantes no livro de Mumadona, no território de Ferreira|esquerda|miniaturadaimagem|250x250px|Posses de Mumadona, séc. X, no território de Ferreira]]
[[Ficheiro:Em Ferreira, posses de Mumadona Dias, séc. X.jpg|alt=Posses e Igrejas constantes no livro de Mumadona, no território de Ferreira|esquerda|miniaturadaimagem|250x250px|Posses de Mumadona, séc. X, no território de Ferreira]]


No período da reconquista, foi restaurada a Diocese de Braga e a Chã de Ferreira ficou a pertencer-lhe. Há registos que afirmam que, no ano de 1111, o cavaleiro Soeiro Viegas é senhor do “Couto de Fins de Ferreira” e que aqui fundou um mosteiro. Inicia-se a construção do Mosteiro de Ferreira e logo se divide este território. A diocese do Porto pretende recuperar os antigos limites e entra em conflito pela posse do território de Ferreira. Os século XII e XIII foram de grandes conflitos religiosos; o que obrigou a intervenção papal. Na prática, a diocese Braga ficou com as paróquias do norte do atual concelho, com o seu Mosteiro de "Sam Fins de Ferreira[http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/1737/4/21893_ulfl061171_tm_corpo_documental.pdf " http://repositorio.ul.pt/] e igreja de S. Pedro Fins de Ferreira. A diocese do Porto ficou com as paróquias a sul do atual concelho, com o seu Mosteiro de "S. Pedro de Ferreira" e [[igreja de São Pedro de Ferreira]]. O título nobiliárquico de “senhor do Couto de Fins de Ferreira” é referido ainda ao longo do século XIII[http://www.decarne.com/gencar/dat216.htm .http://www.decarne.com/gencar/dat216.htm] e foi este esta Igreja/Mosteiro que foi transformada em Comenda, cujo primeiro comendatário foi D. [[Miguel da Silva (cardeal)]].
No período da reconquista, foi restaurada a Diocese de Braga e a Chã de Ferreira ficou a pertencer-lhe. Há registos que afirmam que, no ano de 1111, o cavaleiro Soeiro Viegas é senhor do “Couto de Fins de Ferreira” e que aqui fundou um mosteiro. Inicia-se a construção do Mosteiro de Ferreira e logo se divide este território. A diocese do Porto pretende recuperar os antigos limites e entra em conflito pela posse do território de Ferreira. Os século XII e XIII foram de grandes conflitos religiosos; o que obrigou a intervenção papal. Na prática, a diocese Braga ficou com as paróquias do norte do atual concelho, com o seu Mosteiro de "Sam Fins de [http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/1737/4/21893_ulfl061171_tm_corpo_documental.pdf Ferreira"] e igreja de S. Pedro Fins de Ferreira. A diocese do Porto ficou com as paróquias a sul do atual concelho, com o seu Mosteiro de "S. Pedro de Ferreira" e [[igreja de São Pedro de Ferreira]]. O título nobiliárquico de “senhor do Couto de Fins de Ferreira” é referido ainda ao longo do século XII[http://www.decarne.com/gencar/dat216.htm I] e foi este esta Igreja/Mosteiro que foi transformada em Comenda, cujo primeiro comendatário foi D. [[Miguel da Silva (cardeal)]].


A restauração das Dioceses provocou disputas entre Braga e Porto que se prolongaram até 1882, data em que a Diocese de Braga devolveu à Diocese do Porto as igrejas dos medieovos Termo de Ferreira e Terra de Ferreira.
A restauração das Dioceses provocou disputas entre Braga e Porto que se prolongaram até 1882, data em que a Diocese de Braga devolveu à Diocese do Porto as igrejas dos medieovos Termo de Ferreira e Terra de Ferreira.
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No Foral da [[Terra de Ferreira]] apenas as freguesias da Diocese de Braga e a norte do atual concelho de Paços de Ferreira são referidas: Raimonda, Codessos, Lamoso, Figueiró e Sanfins de Ferreira. Sanguinhedo, junto à nascente do [[Rio Ferreira]] mais distante da foz, já em Lustosa (no concelho de Lousada), são os terrenos centrais e com que se inicia o Foral da [[Terra de Ferreira]].
No Foral da [[Terra de Ferreira]] apenas as freguesias da Diocese de Braga e a norte do atual concelho de Paços de Ferreira são referidas: Raimonda, Codessos, Lamoso, Figueiró e Sanfins de Ferreira. Sanguinhedo, junto à nascente do [[Rio Ferreira]] mais distante da foz, já em Lustosa (no concelho de Lousada), são os terrenos centrais e com que se inicia o Foral da [[Terra de Ferreira]].


A Terra de Frazão https://www.jf-frazaoarreigada.pt/index.php/juntfreguesia/fraz%C3%A3o.html, Honra desde o século XIII, também recebeu Foral de D. Manuel, em 1514. A sede da Honra encontrava-se em Santa Maria Alta, hoje o S. Brás da Poupa. Com o Liberalismo obteve o estatuto de Concelho, sendo que a 20 de novembro de 1836, na Igreja Matriz de S. Martinho, se registou o último ato de vulto da autonomia administrativa, que se estendia pela Seroa e tinha marca histórica na Torre dos Alcoforados, na atual freguesia de [[Lordelo (Paredes)]]. Em 1742, no Catálogo dos bispos do Porto, a sede do atual concelho de Paços de Ferreira é referida como Santa Eulália de Paços; dando a perceber o tardio determinativo de [https://books.google.pt/books?id=PG1QAAAAcAAJ&pg=RA1-PA263&lpg=RA1-PA263&dq=meixomil+comenda&source=bl&ots=7nT670o53I&sig=gERGWv_76pC6M995kLJLtVWsu98&hl=pt-PT&sa=X&ved=2ahUKEwjjns2Xr6nfAhUP4YUKHcEbCuwQ6AEwDHoECAoQAQ#v=onepage&q=meixomil%20comenda&f=false Ferreira].
A Terra de [https://www.jf-frazaoarreigada.pt/index.php/juntfreguesia/fraz%C3%A3o.htm Frazão] , Honra desde o século XIII, também recebeu Foral de D. Manuel, em 1514. A sede da Honra encontrava-se em Santa Maria Alta, hoje o S. Brás da Poupa. Com o Liberalismo obteve o estatuto de Concelho, sendo que a 20 de novembro de 1836, na Igreja Matriz de S. Martinho, se registou o último ato de vulto da autonomia administrativa, que se estendia pela Seroa e tinha marca histórica na Torre dos Alcoforados, na atual freguesia de [[Lordelo (Paredes)]]. Em 1742, no Catálogo dos bispos do Porto, a sede do atual concelho de Paços de Ferreira é referida como Santa Eulália de Paços; dando a perceber o tardio determinativo de [https://books.google.pt/books?id=PG1QAAAAcAAJ&pg=RA1-PA263&lpg=RA1-PA263&dq=meixomil+comenda&source=bl&ots=7nT670o53I&sig=gERGWv_76pC6M995kLJLtVWsu98&hl=pt-PT&sa=X&ved=2ahUKEwjjns2Xr6nfAhUP4YUKHcEbCuwQ6AEwDHoECAoQAQ#v=onepage&q=meixomil%20comenda&f=false Ferreira].


===== Guerras Liberais e os alinhamentos =====
===== Guerras Liberais e os alinhamentos =====
Até ao liberalismo estes territórios do atual concelho de Paços de Ferreira, integravam a Honra de Sobrosa, o couto de S. Pedro de Ferreira, a Honra e a Comenda de Frazão; a Comenda de S. Pedro Fins de Ferreira, a Comenda de [http://pesquisa.adporto.pt/details?id=481847 Penamaior] , a Honra de Paços de Ferreira. Com a reforma administrativa de 1836, com a diferença de uma ou outra freguesia, o concelho de Paços de Ferreira sobrevive e afirma-se sobre todos os outros. A 06 de novembro de 1836, afirma-se a vitória dos liberais pacenses e dissolvem-se os poderes dos nobres conservadores (Sobrosa e Frazão) e da Igreja (Ferreira e Sanfins de Ferreira). Os conflitos deixaram as suas marcas e, neste contexto, [[Freamunde]], que pertencera à Honra (Sobrosa) e Couto (Ferreira), mesmo sendo a freguesia mais desenvolvida e com maior vitalidade desta região, foi preterida. O atual concelho de Paços de Ferreira corresponde à bacia hidrográfica das nascentes do rio Ferreira e integra os extintos concelhos de [[Frazão]] e de [[Ferreira (Paços de Ferreira)|Ferreira]], algumas freguesias do extinto concelho de [[Sabrosa|Sobrosa]] e uma freguesia (Penamaior) que, até 1855, pertencia ao extinto concelho de [[Negrelos]]. Paços de Ferreira deixou, por breves tempos, de ser concelho e os seus territórios chegaram a estar distribuídos por Paredes e por Barrosas.
Até ao liberalismo estes territórios do atual concelho de Paços de Ferreira, integravam a Honra de Sobrosa, o couto de S. Pedro de Ferreira, a Honra e a Comenda de Frazão; a Comenda de S. Pedro Fins de Ferreira, a Comenda de [http://pesquisa.adporto.pt/details?id=481847 Penamaior] , a Honra de Paços de Ferreira. Com a reforma administrativa de 1836, com a diferença de uma ou outra freguesia, o concelho de Paços de Ferreira sobrevive e afirma-se sobre todos os outros. A 06 de novembro de 1836, afirma-se a vitória dos liberais pacenses e dissolvem-se os poderes dos nobres conservadores (Sobrosa e Frazão) e da Igreja (Ferreira e Sanfins de Ferreira). Os conflitos deixaram as suas marcas e, neste contexto, [[Freamunde]], que pertencera à Honra (Sobrosa) e Couto (Ferreira), mesmo sendo a freguesia mais desenvolvida e com maior vitalidade desta região, foi preterida. O atual concelho de Paços de Ferreira corresponde à bacia hidrográfica das nascentes do rio Ferreira e integra os extintos concelhos de [[Frazão]] e de [[Ferreira (Paços de Ferreira)|Ferreira]], algumas freguesias do extinto concelho de [[Sabrosa|Sobrosa]] e uma freguesia (Penamaior) que, até 1855, pertencia ao extinto concelho de [[Negrelos]]. Paços de Ferreira deixou, por breves tempos, de ser concelho e os seus territórios chegaram a estar distribuídos por Paredes e por Barrosas.


==== O Brasão Municipal e o equivoco dos Templários ====
O Brasão do Concelho, tal como o temos, foi publicado em “Diário da Governo” em 25 de Agosto de 1932 (portaria n.º 7:406), durante o 8º governo da '''[[Ditadura Nacional|Ditadura portuguesa]]'''. O concelho de Paços de Ferreira foi criado sobre o verde dos campos mas a colocação central da Cruz do  Templo,  "''da cor própria vermelha (Alusão aos Templários que viveram nesta região"'' carece de fundamentação e foi geradora de equívocos. Na realidade, não temos referenciadas quaisquer provas de vivência dos Templários no território que hoje constitui o concelho de Paços de Ferreira e, segundo as Inquirições de 1220, nesta região não havia um único casal da Ordem do [https://books.google.pt/books/about/A_Igreja_de_S_Pedro_de_Ferreira.html?id=_J58AQAACAAJ&redir_esc=y Templo], mesmo que por “região” se pretendesse entender o Termo  de Ferreira e o Termo de Aguiar de Sousa juntos. Entretanto, o equívoco sobre a ausência da Ordem do Templo levou a que várias coletividades e Assembleias de Freguesias adotassem esta Cruz para suas bandeiras e brasões.

A prova material da existência da Cruz do Templo, que se reflecte nos nossos brasões, é o cruzeiro de Sanfins de Ferreira. Esta “bonita e imponente Cruz que muitos julgaram simbolizar a passagem dos Templários por estas bandas serve para desmitificar alguns “erros do passado e explicar a tradição agrícola do concelho”, disse o Professor Armando Coelho, ao Jornal Imediato, aquando a inauguração do Museu Municipal. A existência desta Cruz Templária, que até ao último quartel do século XX estava no largo Confraria, em Sanfins de Ferreira, também não é de fácil compreensão. As origens e a história do cruzeiro, objecto integrante de vivência de Fé dos cristãos daquela Igreja, são incertas.

====== As Cidades de Paços de Ferreira e de Freamunde ======
A sede concelhia, Paços de Ferreira, foi elevada ao estatuto de cidade em [[20 de Maio]] de [[1993]]. Freamunde foi elevada ao estatuto de cidade em 19 de abril de 2001.
A sede concelhia, Paços de Ferreira, foi elevada ao estatuto de cidade em [[20 de Maio]] de [[1993]]. Freamunde foi elevada ao estatuto de cidade em 19 de abril de 2001.


A unidade territorial deste concelho nunca foi pacífica. Em 1998, o desejo de [[Freamunde]] se assumir como sede de concelho, com as antigas freguesias da Terras de Ferreira, voltou a afirmar-se e apresentou proposta na Assembleia da República, com publicação, a 05 de março, no Diári[http://debates.parlamento.pt/catalogo/r3/dar/s2a/07/03/034/1998-03-05/792?pgs=792-796&org=PLC o]da República.
A unidade territorial deste concelho nunca foi pacífica. Em 1998, o desejo de [[Freamunde]] se assumir como sede de concelho, com as antigas freguesias da Terras de Ferreira (Raimonda, Figueiró, Lamoso, Sanfins de Ferreira) voltou a afirmar-se e apresentou proposta na Assembleia da República, com publicação, a 05 de março, no Diári[http://debates.parlamento.pt/catalogo/r3/dar/s2a/07/03/034/1998-03-05/792?pgs=792-796&org=PLC o]da República.


Paços de Ferreira é conhecido como «Capital do Móvel», por ser o mais proeminente centro de produção e venda de mobiliário em Portugal.
Paços de Ferreira é conhecido como «Capital do Móvel», por ser o mais proeminente centro de produção e venda de mobiliário em Portugal.

Revisão das 11h35min de 4 de janeiro de 2019

 Nota: Para o clube de futebol português, veja Futebol Clube Paços de Ferreira.

Concelho e Freguesia

Paços de Ferreira

Cruzeiro e Igreja Matriz

Brasão de Paços de Ferreira Bandeira de Paços de Ferreira

Localização de Paços de Ferreira

Gentílico Pacense
Área 70,99 km²
População 56 340 hab. (2011)
Densidade populacional 793,6  hab./km²
N.º de freguesias 12
Presidente da
câmara municipal
Humberto Brito (PS) (mandato 2017-2021)
Fundação do município
(ou foral)
06/11/1836
Região (NUTS II) Norte
Sub-região (NUTS III) Tâmega
Distrito Porto
Província Douro Litoral
Orago Santa Eulália
Feriado municipal 6 de Novembro
Código postal 4590 e 4595
Sítio oficial www.cm-pacosdeferreira.pt
Município de Portugal


Paços de Ferreira é um concelho, freguesia e cidade portuguesa no Distrito do Porto, região de Entre Douro e Minho e sub-região do Vale do Sousa e Baixo Tâmega, com 9 085 habitantes (2011).

O concelho, com 70,99 km² de área[1] e 56 340 habitantes (2011[2]), subdividido em 12 freguesias[3]. O município é limitado a leste pelo município de Lousada, a sul por Paredes, a sudoeste por Valongo e a oeste e norte por Santo Tirso.

História do território

O território do atual é povoado desde o Neolítico. Desse período resta o Dólmen da Leira Longa, em Lamoso. Palco de intensos e prolongados conflitos, a Colina e a Chã de Ferreira foram zona de fronteiras religiosas, militares , políticas e administrativas. Da Idade do Ferro, partindo do alto da colina, Citânia, temos, para um lado e para o outro, um notável conjunto de outros castros. Do período suévico temos topónimos que persistem, como Freamunde, Eiriz. O primeiro documento, em papel, sobre este território, refere-se a uma doação de bens ao Mosteiro de Santa Maria de Cacães (Eiriz)[1] de Ferreira, datado de 0976. "Villa Colina" e "Villa Cova" são referências fundamentais do Livro de Mumadona Dias, quando a Condessa de Portugal no século X, elenca os seus bens e igrejas em Ferreira. No período da fundação da Nacionalidade, os Ferreira e a sua Quinta e Honra _Casa do Paço, na freguesia de Eiriz_ foram cavaleiros de grande importância no seu serviço ao Reino. É à volta deste Termo de Ferreira que se afirmam as famílias nobiliárquicas dos Sousa e dos Ferreira. O cavaleiro Mem Viegas de Sousa foi senhor e cavaleiro de honrarias em Carvalhosa, Eiriz, Sanfins de Ferreira, como se vê Gonçalo Mendes de Sousa.

Ferreira: os coutos, os mosteiros, as dioceses, os forais e as comendas

Posses e Igrejas constantes no livro de Mumadona, no território de Ferreira
Posses de Mumadona, séc. X, no território de Ferreira

No período da reconquista, foi restaurada a Diocese de Braga e a Chã de Ferreira ficou a pertencer-lhe. Há registos que afirmam que, no ano de 1111, o cavaleiro Soeiro Viegas é senhor do “Couto de Fins de Ferreira” e que aqui fundou um mosteiro. Inicia-se a construção do Mosteiro de Ferreira e logo se divide este território. A diocese do Porto pretende recuperar os antigos limites e entra em conflito pela posse do território de Ferreira. Os século XII e XIII foram de grandes conflitos religiosos; o que obrigou a intervenção papal. Na prática, a diocese Braga ficou com as paróquias do norte do atual concelho, com o seu Mosteiro de "Sam Fins de Ferreira" e igreja de S. Pedro Fins de Ferreira. A diocese do Porto ficou com as paróquias a sul do atual concelho, com o seu Mosteiro de "S. Pedro de Ferreira" e igreja de São Pedro de Ferreira. O título nobiliárquico de “senhor do Couto de Fins de Ferreira” é referido ainda ao longo do século XIII e foi este esta Igreja/Mosteiro que foi transformada em Comenda, cujo primeiro comendatário foi D. Miguel da Silva (cardeal).

A restauração das Dioceses provocou disputas entre Braga e Porto que se prolongaram até 1882, data em que a Diocese de Braga devolveu à Diocese do Porto as igrejas dos medieovos Termo de Ferreira e Terra de Ferreira.

No Foral da Terra de Ferreira apenas as freguesias da Diocese de Braga e a norte do atual concelho de Paços de Ferreira são referidas: Raimonda, Codessos, Lamoso, Figueiró e Sanfins de Ferreira. Sanguinhedo, junto à nascente do Rio Ferreira mais distante da foz, já em Lustosa (no concelho de Lousada), são os terrenos centrais e com que se inicia o Foral da Terra de Ferreira.

A Terra de Frazão , Honra desde o século XIII, também recebeu Foral de D. Manuel, em 1514. A sede da Honra encontrava-se em Santa Maria Alta, hoje o S. Brás da Poupa. Com o Liberalismo obteve o estatuto de Concelho, sendo que a 20 de novembro de 1836, na Igreja Matriz de S. Martinho, se registou o último ato de vulto da autonomia administrativa, que se estendia pela Seroa e tinha marca histórica na Torre dos Alcoforados, na atual freguesia de Lordelo (Paredes). Em 1742, no Catálogo dos bispos do Porto, a sede do atual concelho de Paços de Ferreira é referida como Santa Eulália de Paços; dando a perceber o tardio determinativo de Ferreira.

Guerras Liberais e os alinhamentos

Até ao liberalismo estes territórios do atual concelho de Paços de Ferreira, integravam a Honra de Sobrosa, o couto de S. Pedro de Ferreira, a Honra e a Comenda de Frazão; a Comenda de S. Pedro Fins de Ferreira, a Comenda de Penamaior , a Honra de Paços de Ferreira. Com a reforma administrativa de 1836, com a diferença de uma ou outra freguesia, o concelho de Paços de Ferreira sobrevive e afirma-se sobre todos os outros. A 06 de novembro de 1836, afirma-se a vitória dos liberais pacenses e dissolvem-se os poderes dos nobres conservadores (Sobrosa e Frazão) e da Igreja (Ferreira e Sanfins de Ferreira). Os conflitos deixaram as suas marcas e, neste contexto, Freamunde, que pertencera à Honra (Sobrosa) e Couto (Ferreira), mesmo sendo a freguesia mais desenvolvida e com maior vitalidade desta região, foi preterida. O atual concelho de Paços de Ferreira corresponde à bacia hidrográfica das nascentes do rio Ferreira e integra os extintos concelhos de Frazão e de Ferreira, algumas freguesias do extinto concelho de Sobrosa e uma freguesia (Penamaior) que, até 1855, pertencia ao extinto concelho de Negrelos. Paços de Ferreira deixou, por breves tempos, de ser concelho e os seus territórios chegaram a estar distribuídos por Paredes e por Barrosas.

O Brasão Municipal e o equivoco dos Templários

O Brasão do Concelho, tal como o temos, foi publicado em “Diário da Governo” em 25 de Agosto de 1932 (portaria n.º 7:406), durante o 8º governo da Ditadura portuguesa. O concelho de Paços de Ferreira foi criado sobre o verde dos campos mas a colocação central da Cruz do  Templo,  "da cor própria vermelha (Alusão aos Templários que viveram nesta região" carece de fundamentação e foi geradora de equívocos. Na realidade, não temos referenciadas quaisquer provas de vivência dos Templários no território que hoje constitui o concelho de Paços de Ferreira e, segundo as Inquirições de 1220, nesta região não havia um único casal da Ordem do Templo, mesmo que por “região” se pretendesse entender o Termo  de Ferreira e o Termo de Aguiar de Sousa juntos. Entretanto, o equívoco sobre a ausência da Ordem do Templo levou a que várias coletividades e Assembleias de Freguesias adotassem esta Cruz para suas bandeiras e brasões.

A prova material da existência da Cruz do Templo, que se reflecte nos nossos brasões, é o cruzeiro de Sanfins de Ferreira. Esta “bonita e imponente Cruz que muitos julgaram simbolizar a passagem dos Templários por estas bandas serve para desmitificar alguns “erros do passado e explicar a tradição agrícola do concelho”, disse o Professor Armando Coelho, ao Jornal Imediato, aquando a inauguração do Museu Municipal. A existência desta Cruz Templária, que até ao último quartel do século XX estava no largo Confraria, em Sanfins de Ferreira, também não é de fácil compreensão. As origens e a história do cruzeiro, objecto integrante de vivência de Fé dos cristãos daquela Igreja, são incertas.

As Cidades de Paços de Ferreira e de Freamunde

A sede concelhia, Paços de Ferreira, foi elevada ao estatuto de cidade em 20 de Maio de 1993. Freamunde foi elevada ao estatuto de cidade em 19 de abril de 2001.

A unidade territorial deste concelho nunca foi pacífica. Em 1998, o desejo de Freamunde se assumir como sede de concelho, com as antigas freguesias da Terras de Ferreira (Raimonda, Figueiró, Lamoso, Sanfins de Ferreira) voltou a afirmar-se e apresentou proposta na Assembleia da República, com publicação, a 05 de março, no Diárioda República.

Paços de Ferreira é conhecido como «Capital do Móvel», por ser o mais proeminente centro de produção e venda de mobiliário em Portugal.

Freguesias

Freguesias do concelho de Paços de Ferreira.

O concelho de Paços de Ferreira é constituído por em 12 freguesias:

Quase todas as freguesias são bastante homogéneas em número de habitantes. Ainda assim, a população concentra-se predominantemente nas cidades de Paços de Ferreira e Freamunde, nas vilas de Frazão e Carvalhosa, e nas povoações de Ferreira e Seroa. As características de Aldeia mantêm-se nas terras de Arreigada, Codessos, Eiriz, Ferreira, Figueiró, Meixomil, Modelos, Lamoso, Penamaior, Raimonda, Sanfins de Ferreira e Seroa.

População

Número de habitantes [4]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
9 627 10 226 11 361 11 900 13 924 13 864 15 686 18 697 21 999 27 537 33 655 40 687 44 190 52 985 56 340

(Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste concelho à data em que os censos se realizaram.)

Número de habitantes por Grupo Etário [5]
1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
0-14 Anos 4 136 5 320 5 158 5 791 7 237 8 143 10 915 14 070 13 776 11 202 11 482 10 320
15-24 Anos 2 045 2 329 2 508 2 933 2 880 3 983 4 743 6 025 8 819 9 282 8 402 7 559
25-64 Anos 4 889 5 371 5 361 6 221 7 283 8 221 10 362 11 755 15 457 20 746 28 588 32 198
= ou > 65 Anos 671 817 749 878 1 077 1 293 1 517 1 805 2 635 2 960 4 513 6 263
> Id. desconh 35 7 11 0 26

(Obs: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no concelho à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente)

Apesar da sua pequena área, o concelho de Paços de Ferreira possui uma população bastante significativa, contando com 56 340 habitantes no ano de 2011. A densidade populacional é, deste modo, bastante elevada neste pequeno município. O povoamento do concelho é disperso, como é tradicional na região de Entre-Douro e Minho. Assim, quase todas as freguesias são homogéneas quanto ao número de habitantes, sendo o mapa de freguesias do concelho particularmente equilibrado. Ainda assim, os principais aglomerados populacionais são as cidades de Paços de Ferreira e Freamunde, as vilas de Frazão e Carvalhosa, e as povoações de Ferreira e Seroa. Paços de Ferreira é um dos concelhos mais jovens do país, sendo que a população tem vindo a aumentar bastante ao longo dos anos, em todas as freguesias. Aliás, entre 1991 e 2001, apenas a freguesia de Modelos não viu a sua população aumentar. Parte da população do concelho e, também dos concelhos em redor, vê o seu emprego nas imensas oficinas de carpintaria que o município possui, produzindo as mesmas mobiliário de grande qualidade que é conhecido em todo o país e, também internacionalmente.

Em Paços de Ferreira estão ainda localizados os estabelecimentos prisionais do Vale do Sousa e a Cadeia Central do Norte.

Evolução da população do concelho de Paços de Ferreira (1849 – 2011)

Política Municipal

O município de Paços de Ferreira é administrado por uma câmara municipal composta por 7 vereadores. Existe uma assembleia municipal, que é o órgão deliberativo do município, constituída por 33 deputados- aos 21 que são eleitos directamente juntam-se os 12 presidentes de Junta de Freguesia. O cargo de Presidente da Assembleia Municipal é actualmente ocupado pelo socialista Ricardo Pereira.

O cargo de Presidente da Câmara Municipal é actualmente ocupado por Humberto Brito, eleito nas eleições autárquicas de 2013 pelo Partido Socialista, e reeleito em 2017 conquistando a maioria absoluta de vereadores na câmara (5). Existem ainda dois vereadores eleitos pelo PSD, que em 2013 perdeu a Câmara Municipal pela primeira vez na história democrática do concelho, após 37 anos em que a câmara foi presidida sucessivamente pelos sociais-democratas Fernando Vasconcelos, Arménio Pereira e Pedro Pinto (este último derrotado nas urnas em 2013). O PS detém também a maioria absoluta na Assembleia Municipal, com 13 deputados directamente eleitos e 7 presidentes de Junta, face aos 13 deputados e 5 autarcas do PSD. Os restantes partidos não têm representação em nenhum dos órgãos.

Eleições de 2017
Órgão PS PSD
Câmara Municipal 5 2
Assembleia Municipal 20 13
dos quais: eleitos directamente 13 8

Imprensa

No concelho de Paços de Ferreira existem 3 jornais regionais, o "Imediato", a "Gazeta de Paços de Ferreira" e a "Tribuna Pacense".

Existe também uma emissora de rádio sediada no concelho, a Rádio Clube de Paços de Ferreira.

Geografia

Rio Ferreira no lugar de Pêgas

O concelho de Paços de Ferreira situa-se numa zona de planalto, denominada "Chã de Ferreira", outrora conhecida pela beleza natural das paisagens e pelo seu arranjo humanizado. Assim, o concelho é delimitado por várias elevações, sendo de destacar a Serra da Agrela e o Monte do Pilar (a oeste), que o separam do concelho de Santo Tirso, a serra de São Tiago (a sul), que marca a fronteira com o concelho de Paredes, e o monte da Senhora do Socorro (a norte), fronteiriço ao concelho de Santo Tirso.

Rio Carvalhosa na Ponte Nova, à entrada da cidade

O ponto mais elevado do concelho é o vértice geodésico da Citânia de Sanfins, na freguesia com o mesmo nome, que se eleva 570 m acima do nível do mar. Contudo, a maior parte do concelho situa-se sensivelmente na cota dos 300 m.

O concelho é atravessado por vários cursos de água, embora de pequeno caudal: o Rio Ferreira. Este rio, que jorra das múltiplas nascentes e percorre todo concelho, é afluente do Rio Sousa, e subafluente do Rio Douro. Os cursos de água do concelho formam um só rio: o Ferreira. Dos três mais significativos cursos deve destacar-se o que nasce mais distante da foz, em Lustosa (Lousada), dado que percorre as freguesias de Raimonda, Codessos, Lamoso, Figueiró e Carvalhosa, Meixomil; Paços de Ferreira, Frazão, Modelos e Arreigada. Este rio, que fertiliza os campos junto à Anta de Lomoso e definia, do século XII, os limites entre do Termo de Ferreira e Termo de Aguiar, Terras predominantemente dominadas pelos Sousa, família nobiliárquica originária, senhora de várias honras em Carvalhosa, Eiriz, Sanfins de Ferreira, cujo o expoente foi o cavaleiro Mem Viegas de Sousa.


Localização

Noroeste: Santo Tirso Monte Córdova Norte: Vila das Aves (Santo Tirso) Nordeste: Lustosa (Lousada)
Oeste: Agrela (Santo Tirso) Este: Lousada
Sudoeste: Sobrado (Valongo) Sul: Paredes, Lordelo e Vilela Sudeste: Sobrosa (Paredes)

Geologia

O planalto que compõe o concelho situa-se numa zona de transição entre os xistos da Serra de Valongo e os granitos do Minho. As rochas são mais abundantes nos limites do concelho, sendo que na vertente sul da Serra da Agrela, abundam os xistos, e nas restantes zonas serranas do concelho predomina o granito azul.

As rochas são alvo de exploração comercial, destacando-se o granito azul extraído das pedreiras das freguesias de Eiriz e Sanfins de Ferreira e os xistos explorados na zona de Seroa.

Clima

Paços de Ferreira com neve (9 de Janeiro de 2009)

Segundo a classificação climática de Köppen-Geiger, Paços de Ferreira tem um clima temperado com Inverno chuvoso e Verão seco e pouco quente (Csb).

A média de temperatura anual é de 13,0ºC (segundo as médias de 1955-1980 da estação agrária de Paços de Ferreira, entretanto extinta) e a pluviosidade ronda os 1700 a 1750 mm\ano.

Por se encontrar numa zona bastante peculiar como é o planalto da Chã de Ferreira, e se encontrar já a cerca de 30 km do oceano, frequentemente as condições meteorológicas em Paços de Ferreira são distintas das verificadas nas zonas costeiras.

Assim, os invernos em Paços de Ferreira são relativamente suaves, com temperaturas entre os 0°C e os 15°C, com precipitações bastante frequentes.

Em média as noites com geada no solo representam 59 dias por ano. A ocorrência de neve é relativamente rara, sendo que os nevões têm diminuído de frequência ao longo dos anos. O último nevão com intensidade no concelho registou-se a 9 de Janeiro de 2009.

No Inverno, é também frequente o transbordo dos pequenos rios Ferreira, Eiriz e Carvalhosa (estes dois afluentes do primeiro), que chegam a tornar intransitáveis algumas pontes do concelho. Esta época do ano é também caracterizada por uma elevada humidade.

Já os verões são normalmente quentes e secos, com temperaturas entre os 20°C e os 30°C. Ainda assim, é muito rara a ocorrência de fenómenos extremos de calor e seca.

Fauna e flora

A diversidade faunística do concelho é, infelizmente, cada vez menor, devido à destruição dos ecossistemas naturais, e da crescente humanização da paisagem e das zonas anteriormente rurais e baldias.

A flora de Paços de Ferreira é também cada vez menos rica, já que as zonas florestais do concelho estão constantemente ameaçadas por vários factores. Em primeiro lugar, os incêndios ocorridos nos últimos anos provocaram grandes estragos nas áreas florestais do concelho, nomeadamente o Monte de São Domingos, próximo do centro da cidade, o Monte do Pilar, em Penamaior, e a Serra da Agrela, na Seroa. Após estes incêndios, não se tem procedido a uma reflorestação, pelo contrário, as zonas queimadas são alvo da especulação imobiliária, sendo rapidamente entregues à construção. Outro problema é a alienação dos baldios por parte de algumas Juntas de Freguesia, sendo que estes são rapidamente alvo de especulação imobiliária. Por fim, a construção de novas estruturas, públicas e privadas, nomeadamente as novas estradas (A42 e variante oeste) e as zonas industriais (Seroa, Frazão e complexo IKEA), têm ocupado antigas áreas florestais e até zonas de reserva nacional.

Nas zonas arborizadas existentes, as espécies mais abundantes são o pinheiro-bravo e, particularmente, o eucalipto, que substituiram, ao longo dos séculos XIX e XX, as manchas de espécies autóctones, como o carvalho. Até há bem pouco tempo, existia ainda uma mancha considerável de sobreiros, caso raro na região, tendo porém sido abatida grande parte dos exemplares para a construção do complexo IKEA.

Indústria

O concelho de Paços de Ferreira exporta cerca de 400 milhões de euros/ano (Fonte INE), destacando-se no panorama nacional, graças à pujante industria de mobiliário e têxtil.

Com cinco mil empresas, num raio de cinco quilómetros, Paços de Ferreira dispõe de uma área de exposição de mobiliário de cerca de 1 milhão de metros quadrados, 1,5 milhões de metros quadrados de área de produção, faturando um bilião de euros anuais, sendo assim o maior centro de exposição e produção de mobiliário da Europa. A sua feira de mobiliário, realizada anualmente sob o slogan "Capital do Móvel", é a mais importante do sector em Portugal. O sector exporta 80% da produção, com um valor médio de 25 milhões de euros por mês. [6]

A indústria têxtil é a segunda mais forte do concelho, contando com 168 empresas que produzem 1,8% do vestuário nacional.[7] Destaca-se o fabrico, numa fábrica da freguesia pacense de Carvalhosa, dos fatos de banho com a tecnologia LZR Racer, que permitiram a quebra de dezenas de recordes mundiais na natação, principalmente durante os Jogos Olímpicos de 2008, nos quais foram utilizados por Michael Phelps. As confecções pacenses fornecem também várias marcas de renome mundial.[8]

Agricultura

Cultivo de milho no Parque Urbano de P.Ferreira

Os solos do concelho são bastante férteis, nomeadamente nos vales formados pelos rios Ferreira, Carvalhosa e Eiriz. Assim, a agricultura foi sempre intensivamente praticada no concelho, com particular destaque para o cultivo de milho, batata, cenoura, alho e couve. A vinha ocupa grande parte da área agrícola do concelho, na sua tradicional versão em ramada. Também há lugar à produção de fruta, principalmente maçãs, dióspiros e kiwis. Até há bem pouco tempo, a cidade de Paços de Ferreira era nada mais que um conjunto de quintas rurais que se dedicavam à agricultura, destacando-se as quintas da Torre, das Uveiras e do Moinho Moleiro. Outra evidência da importância da agricultura no concelho é a existência, até 2008, de uma zona agrária com 195 000 m², correspondentes a 4% da área total da freguesia, da responsabilidade do Ministério da Agricultura.

Quinta das Uveiras

Na "Agrária", como é conhecido este espaço, cultivaram-se durante décadas os cereais, a vinha e a fruta, foi criado gado bovino e suíno, produziu-se leite e queijo, em pleno coração da cidade. Actualmente, este espaço constitui o Parque Urbano de Paços de Ferreira, e a sua actividade agrícola resume-se a uma pequena produção de milho. A própria feira anual de mobiliário "Capital do Móvel", que é hoje um dos eventos que mais pessoas atrai ao concelho, começou, na década de 1980, como "Feira Agrícola e Industrial de Paços de Ferreira".

A importância da agricultura em Paços de Ferreira tem, contudo, vindo a decair. Esta actividade atingiu o seu auge no concelho por volta de 1970, altura em que neste sector trabalhavam 14 151 pessoas por todo o concelho, ou seja, 42,1% da população. Hoje em dia, a agricultura ocupa apenas 2471 pessoas, sendo que apenas 642 fazem desta a sua actividade principal (2,3% da população activa do concelho).

Património classificado

Mosteiro de Ferreira
Monumentos Nacionais
Imóveis de Interesse Público
Património em Vias de Classificação

Turismo

Paços de Ferreira possui vários pontos de interesse turístico que merecem uma visita a quem passa por este planalto. Para quem se dirige do Porto, a rota mais recomendada para um passeio consiste em seguir pela EN 105 (em direcção a Santo Tirso) até Água Longa, e aí tomar a EN 207 até Paços de Ferreira. Deste modo, poderá apreciar as belezas naturais da Serra da Agrela que, apesar de ter sido afectada por algumas aberrações urbanísticas, nomeadamente a construção de alguns armazéns no seu topo, continua a ser o pulmão do concelho pacense.

No final da subida, entra-se em Seroa, a porta de entrada por excelência da "Capital do Móvel". Esta freguesia é uma das maiores montras de mobiliário do concelho, dada a quantidade de indústrias e exposições de mobiliário existentes. Na Seroa, destaca-se a Igreja Matriz, obra recente, de arquitectura arrojada, que se avista da estrada nacional.

Oito quilómetros mais à frente, entramos na cidade de Paços de Ferreira, que já acima foi descrita. Em termos turísticos, é recomendável sair da cidade seguindo as indicações para o Mosteiro de Ferreira/Rota do Românico. Esta igreja é um dos mais importantes monumentos do concelho, tendo influenciado decisivamente a sua história. É um dos 21 monumentos que integram a Rota do Românico do Vale do Sousa. Templo de estilo românico, datado do século XII, é um dos melhores exemplares deste estilo arquitectónico no Entre-Douro e Minho, misturando três correntes estilísticas, com origem no Porto, em Zamora e em Unhão. Serviu, durante séculos, de casa aos monges da Colegiada de São Pedro de Ferreira, que administrava todas as terras em seu redor, o Couto de Ferreira. Ainda na mesma freguesia, pode ser visitada a Serra de São Tiago e respectiva capela, um local muito aprazível, de onde se pode desfrutar de uma vista panorâmica sobre o sul do Vale do Sousa.

De Ferreira, é recomendável seguir até Freamunde pequena cidade em cujo centro se podem apreciar várias capelas, com destaque para a Capela de São Francisco, e a parte antiga do núcleo urbano, apesar de, tal como em Paços de Ferreira, esta estar ameaçada pela especulação imobiliária. Em Freamunde, pode tomar-se a estrada para Raimonda, e gozar a vista sobre o concelho de Lousada.

Aqui começa a visita à parte norte do concelho, mais rural e bucólica, mas também com mais pontos de interesse. No entroncamento, pode seguir-se as indicações para o Dólmen de Lamoso, um monumento fúnebre megalítico (mamoa) de grandes dimensões, provavelmente datado de 3000 a.C. É constituído por uma câmara poligonal, coberta por uma laje quebrada apoiada em nove esteios, tudo em granito azul característico da região. Na freguesia vizinha de Codessos, situa-se o Alto da Sr.ª do Socorro, de onde se pode vislumbrar todo o Vale do Ave, nomeadamente o concelho de Vizela.

Citânia de Sanfins (Núcleo familiar reconstituído)
Citânia de Sanfins (Balneário Castrejo)

Segue-se o monumento mais importante do concelho de Paços de Ferreira. A Citânia de Sanfins, localizada nas freguesias de Eiriz e Sanfins de Ferreira, é o vestígio de um povoado fortificado, defendido por três linhas de muralhas e reforçado por uma muralha exterior. As ruínas, descobertas na década de 1950 e alvo de uma escavação cuidadosa, liderada, entre outros, pelo arqúeólogo Martins Sarmento, mostram-nos hoje o que era um povoado castrejo do século II a.C. Merecem natural destaque o núcleo castrejo reconstituído, que, para além das ruínas, é uma reprodução fiel de um conjunto de habitações castrejas, e o balneário castrejo, onde se encontra a Pedra Formosa da Citânia. Pode ainda observar-se uma réplica da primitiva Estátua do Guerreiro, símbolo da Citânia, e cujo original foi incompreensivelmente levado para Lisboa.

A visita à Citânia só ficará completa com uma passagem pelo Museu Arqueológico, de entrada gratuita. O museu encontra-se instalado no Solar dos Brandões, uma antiga casa senhorial. A exposição permanente do Museu mostra achados arqueológicos em todo o concelho, nomeadamente peças de olaria e moedas de ouro, prata e bronze de várias épocas da história pré-cristã, desde a ocupação castreja até à romanização.

Seguindo novamente em direcção a Paços de Ferreira, merece uma visita a Igreja Matriz de Carvalhosa, dedicada a São Tiago, que possui uma arquitectura de tal maneira rara, que é caso único em Portugal.

Igreja Matriz de Carvalhosa (Fachada Principal)

A mesma possui tal raridade devido, entre os demais, ao facto do seu interior estar dividido em duas amplas naves exactamente iguais. É de realçar, porém, a sua fachada muito simples, mas onde se pode encontrar um nicho central com a bela imagem gótica do padroeiro, em calcário, que conjuntamente com duas imagens de Raimonda e Ferreira, constituem um importante conjunto imaginário medieval do concelho. Ainda de referir que, no interior da mesma igreja, poder-se-à observar um altar com a representação da Árvore de Jessé, um importante trabalho do século XVIII, com grande significado iconográfico, por ser uma das três existentes em Portugal. No adro da pitoresca igreja, é possível observar uma escultura da autoria de José Carlos Coelho, residente na vila.

De Carvalhosa, pode seguir-se pela EN 209 em direcção ao Porto. Nesta via, poder-se-à observar, à face da estrada, situada a cerca de 150 metros da Casa da Botica, a ponte Joanina, sobre o rio de Carvalhosa, que terá sido construída no reinado de D. João V, na referida freguesia. É construída em pedra e em estilo românico.

Em Meixomil, deve virar-se à direita na rotunda em direcção ao local onde esta visita ao concelho deve terminar, o seu ponto mais elevado, o Monte do Pilar, localizado a cerca de 530 m de altitude, na fronteira entre os concelhos de Paços de Ferreira e Santo Tirso. Aqui está instalada a Estação de Radar Nº2 da Força Aérea Portuguesa (antiga Esquadra de Detecção e Conduta da Intercepção nº 12). Do parque fazem parte uma zona de merendas, um bar e uma pequena capela. Porém, a atracção maior da zona do Pilar é a estátua do Cristo-Rei, edificada em 1961 para substituir uma anterior, destruída por um violento temporal, um ano após ter sido edificada, em 1960. Da zona envolvente à estátua, é possível avistar, em dias de sol, toda a Área Metropolitana do Porto, distinguindo-se principalmente pontos como as cidades do Porto, Vila Nova de Gaia (Monte da Virgem), Maia (Câmara Municipal), Matosinhos (praias e refinaria da Petrogal), Vila do Conde e Póvoa do Varzim, entre outros. Outro pólo de interesse é o conjunto de sobreiros de grande porte, que permite o usufruto de sombra na primavera e verão para as tradicionais merendas que aí se fazem. No dia 15 de agosto festeja-se aí a romaria a Nossa Senhora do Pilar, marcado pelos fartos merendeiros, concertos de bandas de música e pela majestosa procissão ao redor do complexo.

Daqui é possível sair rapidamente do concelho, quer em direcção a Santo Tirso, Famalicão e Braga pela EN 319, ou rumo ao Porto, a Trás-os-Montes ou ao sul pela A42, a partir do nó de Seroa.

Ranchos folclóricos

  • Rancho Folclórico da Citânia de Sanfins
  • Rancho Folclórico de Santa Maria de Lamoso
  • Grupo Folclórico Danças e Cantares S. Martinho de Frazão
  • Rancho Folclórico de S. Pedro da Raimonda
  • Associação Cultural "As Croceiras" de Carvalhosa
  • Rancho Folclórico das Lavradeiras do Centro Social de Penamaior
  • Grupo Folclórico da Cidade de Freamunde
  • Rancho Folclórico de S. Mamede da Seroa
  • Associação Folclórica Independente de Sanfins de Ferreira

Hino

O Hino do concelho de Paços de Ferreira foi composto por Armando Leça (música) e pelo Padre Armando Pereira (letra).

CORO

Paços de Ferreira avante

A cantar e a trabalhar!

Cada seara ondulante

É um poema a vibrar.

(bis)

I

O povo lavra cantando

A terra escuta as cantigas

E repete-as no seu brando

Poema de oiro das espigas

II

Teu brasão é a cruz do Templo

Que Portugal pequenino

Trouxe ao peito- nobre exemplo!

Para lhe marcar o destino...

III

Nas pedras do teu Mosteiro

Perpassam vozes d'outrora

É Portugal cavaleiro

Falando ao povo de agora!

Transportes

A42- nó de Seroa

A cidade é servida pela A42, uma autoestrada que se interliga, no território do concelho pacense, com a restante rede viária nos seguintes nós:

  • Seroa: serve a zona oeste do concelho
  • Frazão: serve a cidade de Paços de Ferreira e a zona norte do concelho
  • Ferreira/P.Ferreira: serve Paços de Ferreira e a zona sul do concelho
  • Ferreira/Freamunde: serve a zona leste do concelho

O concelho é também servido por uma rede considerável de estradas nacionais:

Em resumo, as distâncias-tempo entre Paços de Ferreira e as localidades mais próximas:

EN207- av. Central de Seroa
Dist.

Tempo Dist.  EN  Tempo  EN  Percurso  EN 
Porto 28 km 20 min 26 km 45 min  N207  +   N105 
Lousada 16 km 12 min 11 km 20 min  N207 
Santo Tirso 38 km 30 min 16 km 25 min  N319 
Alfena 20 km 22 min 18 km 29 min  N207  +   N105 
Paredes --- --- 13 km 20 min  N319 
Penafiel 20 km 24 min 20 km 30 min  N207  +  N106 
Guimarães 40 km 34 min 27 km 40 min  N209  +  N106 
Distância e tempo a outros pontos importantes do país

Os transportes públicos de passageiros no concelho são assegurados pela Auto Viação Pacense, empresa local que efectua serviços diários entre a sede do concelho e as várias freguesias. São também efectuados serviços diários para os concelhos mais próximos (Porto, Paredes, Lousada, Santo Tirso, Penafiel e Valongo). Esta empresa é também responsável pela grande maioria dos transportes escolares. Na zona norte do concelho, opera também a Transcovizela, que assegura ligações regulares a Vizela e Guimarães, a partir da central de Figueiró.


História da Cidade de Paços de Ferreira

Monumento ao Marceneiro
Jardim Municipal
"Carvalha" tricentenária

Foi elevada a sede de concelho em 6 de Novembro de 1836 e à categoria de Cidade em 20 de Maio de 1993. Esta pequena cidade encontra-se organizada em torno de dois centros principais. O primeiro núcleo central, mais antigo, é formado pela Praças Dr. Luís e 25 de Abril e pela Praceta de Santa Eulália. Nesta última, está situada a Igreja Matriz, situada numa peculiar colina. De origem incerta, este templo é o local de devoção por excelência dos pacenses. De notar que, da referida colina, podemos desfrutar de uma bela vista panorâmica, já que, a partir daí, se consegue observar grande parte do concelho, nomeadamente a parte mais ocidental (Seroa e Serra da Agrela, Meixomil, Penamaior, Sanfins de Ferreira e Eiriz). Na parte central da Praça Dr. Luís, pode observar-se o Jardim Municipal, datado de 1892, onde merece particular destaque o tricentenário carvalho alvarinho, o ex-libris da cidade pacense. No jardim é ainda possível observar a estátua do Dr. Leão de Meireles, uma das personalidades mais importantes da implantação da República e da afirmação da freguesia de Paços de Ferreira como sede do concelho. Mais abaixo, a Praça 25 de Abril é dominada pelo edifício dos antigos Paços do Concelho, inaugurado em 1918, onde funciona actualmente o Museu Municipal e o Posto de Turismo. Defronte da escadaria principal deste edifício, aparece, embora discretamente, o Pelourinho de Paços de Ferreira, único monumento da cidade com a categoria de Património Nacional. Na parte central da praça, marca presença a estátua de Dona Sílvia Cardoso, famosa benemérita pacense que abdicou de grande parte da sua riqueza para se dedicar à ajuda dos mais necessitados.

Paços do Concelho
Palácio da Justiça de Paços de Ferreira

Já o segundo núcleo central compreende a Praça da República, conhecida popularmente como a "Rotunda", onde se situam os principais serviços do concelho. Na Rotunda, é possível observar o Palácio da Justiça e a escultura em bronze que decora a sua fachada principal. Porém, o destaque da Praça da República vai por inteiro para o seu centro, onde se encontra o Monumento ao Marceneiro, escultura da autoria do Mestre José Rodrigues, que homenageia os marceneiros do concelho, que possibilitaram a enorme evolução registada pelo concelho no século XX, que tornaram Paços de Ferreira na "Capital do Móvel", marco de referência no panorama industrial português. Mesmo ao lado, está o actual edifício dos Paços do Concelho, da autoria do arquitecto pacense Paulo Bettencourt, onde está sediada, para além da Câmara Municipal de Paços de Ferreira, a Junta de Freguesia pacense. Tanto o Monumento ao Marceneiro como o edifício dos Paços do Concelho foram inaugurados aquando do 5º aniversário da cidade, a 20 de Maio de 1997.

Paços de Ferreira possuía até há bem pouco tempo uma estação agrária, unidade do Ministério da Agricultura onde era efectuada criação de gado, produção de leite, cereais e forragens, e onde existia uma oficina e posto de venda, onde se podia adquirir o "Queijo Paços", produzido na estação agrária. Porém, a partir de 2005, a estação agrária transformou-se no Parque Urbano de Paços de Ferreira, o local de lazer por excelência, em pleno centroda cidade pacense. Nos terrenos do Parque, delimitados pelo Rio Ferreira, localizam-se as Piscinas Municipais.

Deste modo,a cidade de Paços de Ferreira é jovem e em transformação. Assim, nos últimos anos, a outrora vila rural, formada por lugares e quintas, e casas graníticas, tem-se transformado numa cidade moderna. Os vestígios dessa vila rural são já poucos, pois têm sido apagados ao longo dos tempos, tais como as antigas Escolas Primárias (no local da actual Câmara Municipal), o antigo posto da GNR e o antigo Posto dos Correios, demolidos para dar lugar a construções mais recentes. Porém, por enquanto, é ainda possível observar algumas casas antigas na cidade, tais como a Quinta das Uveiras (do século XIX), a Casa da Torre[9]. A este Ferreira, proveniente de Eiriz (Quintã Velha de Ferreira) se deve a atribuição do nome Ferreira a Santa Eulália de Paços, nunca antes do século XVI.(quinta da família Pinto Brandão vendida em finais do séc. XIX a Manuel Umbelino Ferreira da Silva, pai de Sílvia Cardoso Ferreira da Silva, que aí fundou uma creche, e de D. Maria Haydée Cardoso da Silva, casada com D. José Maria de Queirós e Lencastre, que depois aí viveu e foi presidente da Câmara de Paços de Ferreira), e a Casa de Coquêda (casa de brasileiro do início do século XX) que, embora já sem o esplendor de outros tempos, continuam a testemunhar o passado rural de Paços de Ferreira.

Lugares

A freguesia de Paços de Ferreira, numa alusão clara ao seu passado rural, encontra-se dividida em vários lugares, sendo que a população pacense ainda hoje se identifica mais com estes topónimos do que com os nomes das actuais ruas. Os lugares da freguesia de Paços de Ferreira são os seguintes:

zona urbana
  • Pinheiro
  • Rotunda
  • Cavada
  • Sistelo
  • Monte de São Domingos
  • Bairro do Outeiro
  • Uveiras
  • Picafrio
zona rural
  • Quintãs
  • Jesus Maria José
  • Pêgas
  • Sistos
  • Ponte Real
  • Rebolo
  • Coquêda
  • Barreiro
  • Carral
  • Boavista
  • Tebilha



Referências

  1. Instituto Geográfico Português, Carta Administrativa Oficial de Portugal (CAOP), versão 2013 (ficheiro Excel zipado). Acedido a 28/11/2013.
  2. INE (2012) – "Censos 2011 (Dados Definitivos)", "Quadros de apuramento por freguesia" (tabelas anexas ao documento: separador "Q101_NORTE"). Acedido a 27/07/2013.
  3. Diário da República, Reorganização administrativa do território das freguesias, Lei n.º 11-A/2013, de 28 de janeiro, Anexo I. Acedido a 19/07/2013.
  4. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
  5. INE - http://censos.ine.pt/xportal/xmain?xpid=CENSOS&xpgid=censos_quadros
  6. «Paços de Ferreira procura costureiras para o mobiliário». Jornal Expresso 
  7. «Marca Única em Paços de Ferreira – CopModa 1836». givachoice.com. Consultado em 8 de fevereiro de 2018 
  8. «Petratex: Tecidos que ajudam a subir ao pódio». Jornal visao 
  9. Vide “Ferreira Pinto Brandão, de Paços de Ferreira, Cête e Mouriz - uma família de militares e padres”, 2012, de Manuel Abranches de Soveral


Predefinição:ConcelhosPorto


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