Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste: diferenças entre revisões
m Desfeita(s) uma ou mais edições de 2804:14c:da86:93e8:41fc:a12:8d6c:884, com Reversão e avisos |
|||
Linha 55: | Linha 55: | ||
Seu principal objetivo era encontrar soluções que permitissem a progressiva diminuição das desigualdades verificadas entre as regiões geoeconômicas do Brasil. Para tal fim, foram engendradas ações de grande impacto, tais como a colonização do [[Maranhão]], os projetos de irrigação em áreas secas, o cultivo de plantas resistentes às secas, entre outras. Absorvida pelas administrações que se seguiram, durante a [[Ditadura militar no Brasil (1964-1985)|Ditadura militar]] foi tendo cada vez mais seu uso desviado dos objetivos iniciais, sendo considerada uma entidade que, além de não realizar os fins a que se propunha, era um foco de corrupção. Por conta disso e após uma sucessão de escândalos, em 1999 a imprensa iniciou um debate sobre a existência do órgão, extinto finalmente em 2001 por [[Fernando Henrique Cardoso]]. |
Seu principal objetivo era encontrar soluções que permitissem a progressiva diminuição das desigualdades verificadas entre as regiões geoeconômicas do Brasil. Para tal fim, foram engendradas ações de grande impacto, tais como a colonização do [[Maranhão]], os projetos de irrigação em áreas secas, o cultivo de plantas resistentes às secas, entre outras. Absorvida pelas administrações que se seguiram, durante a [[Ditadura militar no Brasil (1964-1985)|Ditadura militar]] foi tendo cada vez mais seu uso desviado dos objetivos iniciais, sendo considerada uma entidade que, além de não realizar os fins a que se propunha, era um foco de corrupção. Por conta disso e após uma sucessão de escândalos, em 1999 a imprensa iniciou um debate sobre a existência do órgão, extinto finalmente em 2001 por [[Fernando Henrique Cardoso]]. |
||
A retomada das propostas de Juscelino e Furtado, porém, foi defendida pela administração [[governo Lula|Lula]]<ref>[http://www.fundaj.gov.br/observanordeste/obed001g.html Fundaj]</ref> |
A retomada das propostas de Juscelino e Furtado, porém, foi defendida pela administração [[governo Lula|Lula]],<ref>[http://www.fundaj.gov.br/observanordeste/obed001g.html Fundaj]</ref> e finalmente o órgão foi, em 2002, recriado, desta feita com o nome de Agência do Desenvolvimento do Nordeste e a sigla ADENE, ainda durante o governo [[Fernando Henrique Cardoso]]. |
||
A ADENE foi criada pela medida provisória número 2.146-1, de 4 de maio de 2001, alterada pela medida provisória número 2.156-5, de 24 de agosto de 2001 e instalada pelo decreto número 4.126, de 13 de fevereiro de 2002. Com a lei complementar 125/07<ref>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp125.htm</ref> |
A ADENE foi criada pela medida provisória número 2.146-1, de 4 de maio de 2001, alterada pela medida provisória número 2.156-5, de 24 de agosto de 2001 e instalada pelo decreto número 4.126, de 13 de fevereiro de 2002. Com a lei complementar 125/07,<ref>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp125.htm</ref> a Sudene foi reimplantada, sendo extinta a ADENE. |
||
A Sudene tem como finalidade promover o desenvolvimento includente e sustentável de sua área de atuação e a integração competitiva da base produtiva regional na economia nacional e internacional. |
A Sudene tem como finalidade promover o desenvolvimento includente e sustentável de sua área de atuação e a integração competitiva da base produtiva regional na economia nacional e internacional. |
Revisão das 00h23min de 7 de agosto de 2019
Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste | |
---|---|
Edifício sede da Sudene, localizado no Recife, Brasil | |
Resumo da agência | |
Formação | 1959 (65 anos) |
Órgãos precedentes | GTDN Codeno ADENE |
Jurisdição | Região Nordeste e a porção norte dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo |
Sede | Recife |
A Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste) é uma autarquia especial, administrativa e financeiramente autônoma, integrante do Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal, criada pela Lei Complementar nº 125, de 3 de janeiro de 2007, com sede e foro na cidade do Recife, estado de Pernambuco, e vinculada ao Ministério da Integração Nacional. A missão institucional da Sudene é de "promover o desenvolvimento includente e sustentável de sua área de atuação e a integração competitiva da base produtiva regional na economia nacional e internacional".[1]
Estão sob jurisdição da Sudene os estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Sergipe e, parcialmente, os estados de Minas Gerais e do Espírito Santo.
História
A primeira tentativa de criação de um órgão de fomento ao desenvolvimento do nordeste do Brasil se deu com o Grupo de Trabalho para o Desenvolvimento do Nordeste (GTDN). Em 1958 o GTDN foi transformado em Conselho de Desenvolvimento do Nordeste (Codeno).[2]
Criada originalmente pela Lei 3.692, de 1959, a Sudene veio substituir o modelo dos dois órgãos precedentes a ela (GTDN e Codeno). Foi idealizada no governo do presidente Juscelino Kubitschek, tendo à frente o economista Celso Furtado, como parte do programa desenvolvimentista então adotado.
Seu principal objetivo era encontrar soluções que permitissem a progressiva diminuição das desigualdades verificadas entre as regiões geoeconômicas do Brasil. Para tal fim, foram engendradas ações de grande impacto, tais como a colonização do Maranhão, os projetos de irrigação em áreas secas, o cultivo de plantas resistentes às secas, entre outras. Absorvida pelas administrações que se seguiram, durante a Ditadura militar foi tendo cada vez mais seu uso desviado dos objetivos iniciais, sendo considerada uma entidade que, além de não realizar os fins a que se propunha, era um foco de corrupção. Por conta disso e após uma sucessão de escândalos, em 1999 a imprensa iniciou um debate sobre a existência do órgão, extinto finalmente em 2001 por Fernando Henrique Cardoso.
A retomada das propostas de Juscelino e Furtado, porém, foi defendida pela administração Lula,[3] e finalmente o órgão foi, em 2002, recriado, desta feita com o nome de Agência do Desenvolvimento do Nordeste e a sigla ADENE, ainda durante o governo Fernando Henrique Cardoso.
A ADENE foi criada pela medida provisória número 2.146-1, de 4 de maio de 2001, alterada pela medida provisória número 2.156-5, de 24 de agosto de 2001 e instalada pelo decreto número 4.126, de 13 de fevereiro de 2002. Com a lei complementar 125/07,[4] a Sudene foi reimplantada, sendo extinta a ADENE.
A Sudene tem como finalidade promover o desenvolvimento includente e sustentável de sua área de atuação e a integração competitiva da base produtiva regional na economia nacional e internacional.
Até hoje a Sudene não obteve os resultados esperados. Criou-se a expressão "indústria da seca" para justificar a existência do órgão e da promoção de muitos políticos.
A área de atuação da Sudene é a totalidade de nove estados nordestinos e o extremo norte de Minas Gerais; mais tarde; em 1998, toda a porção mineira do Vale do Jequitinhonha e o norte do Espírito Santo foram incluídos na área da Sudene.
Referências
- ↑ Sudene. Página oficial.
- ↑ «Sudene 40 anos: a herança». Cadernos do Nordeste/UOL
- ↑ Fundaj
- ↑ http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp125.htm
- MAGNOLI, Demétrio; ARAÚJO, Regina - Geografia: a construção do mundo: Parte II. São Paulo: Editora Moderna, 2005.
Ver também
- Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM)
- Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (SUDECO)
- Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA)
- Superintendência do Desenvolvimento do Sul (SUDESUL)