Shinzo Abe: diferenças entre revisões
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Revisão das 23h55min de 28 de agosto de 2020
Shinzō Abe 安倍 晋三 | |
---|---|
Primeiro-Ministro do Japão | |
Período | 26 de dezembro de 2012 a presente |
Monarca | Akihito (2012–2019) Naruhito (2019–presente) |
Antecessor(a) | Yoshihiko Noda |
Período | 26 de setembro de 2006 a 26 de setembro de 2007 |
Monarca | Akihito |
Antecessor(a) | Junichiro Koizumi |
Sucessor(a) | Yasuo Fukuda |
Secretário-geral do Gabinete | |
Período | 31 de outubro de 2005 a 26 de outubro de 2006 |
Primeiro-ministro | Junichiro Koizumi |
Antecessor(a) | Hiroyuki Hosoda |
Sucessor(a) | Yasuhisa Shiozaki |
Membro da Câmara dos Representantes pelo 4º Distrito de Yamaguchi | |
Período | 19 de julho de 1993 presente |
Dados pessoais | |
Nascimento | 21 de setembro de 1954 (69 anos) Tóquio, Japão |
Progenitores | Mãe: Yoko Kishi Pai: Shintaro Abe |
Alma mater | Universidade Seikei Universidade do Sul da Califórnia |
Esposa | Akie Matsuzaki (1987–presente) |
Partido | Liberal Democrata |
Religião | Xintoísmo |
Shinzō Abe (安倍 晋三 Abe Shinzō?, Tóquio, 21 de setembro de 1954) é um político japonês, que serviu como primeiro-ministro de seu país. Membro do grupo nacionalista Nippon Kaigi, Abe é considerado um político conservador e um populista.[1][2][3][4] Suas políticas, principalmente na área econômica, ficaram conhecidas como Abenomics (em japonês: アベノミクス Abenomikusu), apostando no livre mercado, nos pilares de flexibilização quantitativa, políticas de estímulo a produção e equilíbrio fiscal, além de ajuste estrutural, enquanto buscou manter e expandir o estado de bem-estar social japonês.[5]
Em 28 de agosto de 2020, Abe anunciou sua renúncia como primeiro-ministro, citando um ressurgimento de sua colite ulcerosa.[6][7]
Educação e carreira
Shinzō Abe estudou Ciência Política na Universidade de Seikei graduando-se em 1977. Ingressou na carreira política em 1982, seguindo os passos de seu pai Shintaro Abe e avô Kan Abe. Abe foi eleito pela província de Yamaguchi em 1993.
Porta-voz e ministro-chefe do gabinete de Junichiro Koizumi, Abe derrotou Sadakazu Tanigaki e Taro Aso na disputa pela presidência do Partido Liberal Democrata, em 20 de setembro de 2006, o que lhe garantiu a indicação para o cargo de primeiro-ministro ao fim do mandato de Koizumi.[8] Seis dias depois, Abe foi eleito premiê do Japão,[9] com 339 dos 446 votos na Câmara Baixa e 136 dos 240 na Câmara Alta, além de contar com um apoio popular de quase 70%, mas era considerado por analistas como um político inexperiente.[10][11] Aos 52 anos, ele seria o mais jovem ocupante do cargo desde a Segunda Guerra Mundial.[12]
Político de perfil conservador, Shinzō Abe tinha como principal objetivo conduzir uma reforma constitucional. Outro desafio do novo premiê no cargo era restabelecer relações com a República Popular da China e a Coreia do Sul, prejudicadas pelas visitas do antecessor Koizumi ao Santuário Yasukuni, em Tóquio, que homenageia mortos da Segunda Guerra Mundial.[13]
Primeiro mandato como primeiro-ministro (2006–2007)
Em outubro de 2006, Shinzō Abe visitou a China, sua primeira viagem ao exterior como primeiro-ministro e que foi considerada histórica para as relações entre os dois países, e a Coreia do Sul.[14]
Mas seu mandato foi marcado por uma série de escândalos de corrupção política e gafes de seus subordinados. Ainda em dezembro daquele ano, Genichiro Sata, vice-ministro de Reforma Administrativa, renunciou devido a envolvimento em um caso de fraude.[15]
Em janeiro de 2007, Abe teve de ouvir do seu ministro da Defesa, Fumio Kyuma, que o presidente dos Estados Unidos George W. Bush - principal aliado internacional de premiê japonês - tinha se equivocado na Guerra do Iraque.[16] No mesmo mês, o primeiro-ministro teve de repreender o seu ministro da Saúde, Hakuo Yanagisawa, que havia declarado que as mulheres são "máquinas de ter filhos".[17]
Ao completar seis meses no cargo, a popularidade de Abe caiu para 35%.[18]
Após a polêmica defesa ao exército japonês, acusado de recrutar mulheres estrangeiras como escravas sexuais durante a Segunda Guerra Mundial,[19] Abe teve de voltar atrás e pedir desculpas.[20] O pedido veio em tempo da visita ao Japão de Wen Jiabao, primeiro-ministro da China, em abril, que foi considerado um gesto de reaproximação entre os dois países.[21] No mesmo mês, Abe admitiu durante uma entrevista à revista "Newsweek" a responsabilidade do Japão no caso das escravas sexuais.
No fim de abril e início de maio, pela primeira vez como chefe de governo japonês, Abe visitou os Estados Unidos[22] e as tropas japonesas no Kuait.
Também em maio, Abe envolveu-se em uma nova controvérsia com a República Popular da China e a Coreia do Sul, ao despachar uma oferenda floral ao Templo de Yasukuni.[23] E no campo doméstico, Toshikatsu Matsuoka, ministro da Agricultura demissionário e acusado de envolvimento com a cobrança de comissões de empresas construtoras, cometeu suicídio.[24]
Outro ministro de Estado a renunciar ao cargo foi o ministro da Defesa Fumio Kyuma, devido a polêmica causada por suas declarações, nas quais considerou "inevitáveis" as bombas atômicas lançadas pelos norte-americanos em Hiroshima e Nagasaki no fim da Segunda Guerra Mundial.[25]
Esses casos culminaram com a derrota do PLD nas eleições para o Senado japonês, perdendo para a oposição a maioria na casa.[26] Políticos oposicionistas e alguns correligionários pediram a runúncia de Abe,[27] mas o primeiro-ministro recusou-se a entregar o cargo.[28] No final desse mês, a Câmara dos Representantes norte-americana aprovou uma resolução recomendando que o Japão pedisse oficialmente desculpas reconhecendo a prática de escravidão sexual durante a Segunda Guerra Mundial, o que causou irritação em Abe.[29]
Em agosto, o premiê japonês exonerou o ministro de Agricultura Norihiko Akagi, por envolvimento em escândalo de corrupção.[30] Em resposta à queda de popularidade do seu governo e à derrota eleitoral sofrida por seu partido no mês anterior, Abe fez uma reformulação no gabinete ministerial.[31]
Em setembro, uma semana após a reforma ministerial, o ministro da Agricultura Tokohiko Endo renunciou ao seu cargo, acusado de corrupção.[32] Enfraquecido, Abe anunciou que renunciaria caso não conseguisse prorrogar a Lei Especial de Medidas Antiterroristas, que expiraria em 1º de novembro de 2007, que entre outras coisas é responsável pela missão japonesa no Afeganistão.[33] Em 12 de setembro de 2007, Abe anunciou sua renuncia ao cargo, por não contar com apoio da população e não conseguir estender a Lei Antiterrorista.[34]
Segundo mandato como primeiro-ministro (2012–2014)
Após as eleições parlamentares em 16 de dezembro de 2012, o Partido Liberal Democrata conseguiu eleger a maioria da Câmara Baixa da Dieta, com o apoio de 328 dos 480 membros da Câmara dos Representantes. Assim, em 26 de dezembro, Abe foi reconduzido ao posto de primeiro-ministro.[35][36] Após sua vitória, Abe disse: "Com a força de todo o meu gabinete, implementarei uma política monetária ousada, uma política fiscal flexível e uma estratégia de crescimento que incentive o investimento privado e, com esses três pilares da política, alcançarei resultados".[37]
No seu segundo mandato, buscou equilíbrio fiscal e pacotes de estimulo a economia. No âmbito externo, manteve uma linha dura com a Coreia do Norte e a China, embora buscasse melhores relações com seus vizinhos. Em um ponto mais polêmico, buscou revogar o Artigo 9 da constituição pacifista do Japão para expandir as forças armadas e aumentar seu papel dentro do país, permitindo ao governo japonês mobilizar tropas, até para o exterior, em missões não pacifistas.[38]
Terceiro mandato como primeiro-ministro (2014–2017)
Em 24 de dezembro de 2014, Abe foi reeleito para o cargo de primeiro-ministro pela Câmara dos Representantes. A única mudança que ele fez ao apresentar seu terceiro gabinete foi substituir o ministro da Defesa Akinori Eto, que também estava envolvido em uma controvérsia de financiamento político, por Gen Nakatani.[39] Em seu discurso político de fevereiro, enquanto o Gabinete resistia a um escândalo na escola Moritomo Gakuen, Abe pediu que a nova Dieta promulgasse "as reformas mais drásticas desde o fim da Segunda Guerra Mundial" nas áreas da economia, agricultura, saúde e outros setores.[40][41]
Na eleição de 2016 para a Câmara dos Vereadores, a primeira que permitiu que cidadãos japoneses com 18 anos ou mais votassem, Abe liderou o pacto LDP-Komeito à vitória, com a coalizão possuindo a maioria na Câmara dos Vereadores, uma vez que foi ganhou em 242 lugares. Os resultados da eleição abriram o debate sobre a reforma constitucional, particularmente na emenda do Artigo 9 da constituição pacifista do Japão, com os partidos pró-revisionistas ganhando a maioria de dois terços necessária para a reforma, ao lado de uma maioria de dois terços na Câmara dos Representantes, o que em última análise, levou a um referendo nacional.[42] Abe permaneceu relativamente quieto sobre o assunto pelo resto do ano, mas em maio de 2017, anunciou que a reforma constitucional entraria em vigor em 2020.[43]
Quarto mandato como primeiro-ministro (2017–2020)
As eleições gerais de 2017 foram realizadas em 22 de outubro. O primeiro-ministro Abe convocou uma eleição antecipada em 25 de setembro, enquanto a crise da Coreia do Norte era proeminente nos meios de comunicação social.[44] Os oponentes políticos de Abe disseram que a eleição antecipada foi projetada para evitar questionamentos no parlamento sobre supostos escândalos.[45] Esperava-se que Abe retivesse a maioria dos assentos na Dieta. A coalizão de governo de Abe obteve quase a maioria dos votos e dois terços das cadeiras. A campanha e a votação de última hora ocorreram quando o Tufão Lan, o maior tufão de 2017, estava causando estragos no Japão.[46]
Renúncia
A colite ulcerosa de Abe piorou em junho de 2020 e resultou na deterioração de sua saúde durante o verão. Após várias visitas ao hospital, Abe anunciou em 28 de agosto de 2020 que pretendia renunciar ao cargo de primeiro-ministro, citando sua incapacidade de desempenhar as funções do cargo enquanto buscava tratamento para sua condição. Ele permanecerá no cargo até que um sucessor seja escolhido pelo Partido Liberal Democrata. Durante a coletiva de imprensa anunciando sua renúncia, Abe se recusou a endossar qualquer sucessor específico.[47][48]
Cultura popular
Na Cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, Shinzo Abe surpreendeu o mundo, ao fazer um cosplay do famoso personagem dos videogames Super Mario. Sua aparição surpresa fez parte da apresentação de Tóquio, sede das Olimpíadas de 2020.[49][50][51]
Referências
- ↑ Lucy Alexander (17 de dezembro de 2012). «Landslide victory for Shinzo Abe in Japan election». The Times
- ↑ «Japan election: Shinzo Abe set for record tenure». BBC News. 23 de outubro de 2017. Consultado em 13 de junho de 2019
- ↑ Ohi, Akai (20 de dezembro de 2018). «Two Kinds of Conservatives in Japanese Politics and Prime Minister Shinzo Abe's Tactics to Cope with Them». East-West Center. Consultado em 13 de junho de 2019
- ↑ Justin McCurry (28 de setembro de 2012). «Shinzo Abe, an outspoken nationalist, takes reins at Japan's LDP, risking tensions with China, South Korea». GlobalPost
- ↑ «Definition of Abenomics». Financial Times Lexicon. Consultado em 28 de janeiro de 2014
- ↑ «Japan PM Abe announces his resignation at press conference». Kyodo News (em inglês). 28 de agosto de 2020. Consultado em 28 de agosto de 2020
- ↑ «Shinzo Abe: Japan's PM resigns for health reasons» (em inglês). BBC. 28 de agosto de 2020. Consultado em 28 de agosto de 2020
- ↑ Partido do governo japonês indica sucessor de Koizumi - BBC Brasil, 20 de setembro de 2006
- ↑ Shinzo Abe é eleito primeiro-ministro do Japão - BBC Brasil, 26 de setembro de 2006
- ↑ Sucessor de Koizumi é líder popular, mas inexperiente - BBC Brasil, 20 de setembro de 2006
- ↑ Novo dirigente japonês é um samurai de ambigüidade - BBC Brasil, 20 de setembro de 2006
- ↑ Shinzo Abe é o mais jovem premiê do Japão desde 1945 - Folha Online, 26 de setembro de 2006
- ↑ Visita de Koizumi a santuário de guerra causa revolta - BBC Brasil, 15 de agosto de 2006
- ↑ Premiê japonês visita China e Coreia do Sul nos próximos dias - Folha Online, 06 de outubro de 2006
- ↑ Vice-ministro japonês apresenta renúncia por fraude contábil - Folha Online, 27 de dezembro de 2007
- ↑ Ministro da Defesa japonês diz que Bush errou ao iniciar guerra - UOL, 24 de janeiro de 2007
- ↑ Abe repreende ministro que chamou mulheres de ‘máquinas’ - O Estado de S. Paulo, 30 de janeiro
- ↑ Shinzo Abe completa seis meses no Governo japonês, com baixa popularidade - UOL, 26 de março de 2007
- ↑ Japão não pedirá desculpas por bordéis da Segunda Guerra' - BBC Brasil, 05 de março de 2007
- ↑ Premiê japonês pede desculpas por escravas sexuais na 2ª Guerra Folha Online, 26 de março de 2007
- ↑ Primeiro-ministro chinês defende "degelo" nas relações do país com o Japão - UOL, 12 de abril de 2007
- ↑ Shinzo Abe, primeiro-ministro do Japão, viaja pela primeira vez aos EUA - Folha Online, 26 de abril de 2007
- ↑ Shinzo Abe envia oferenda a santuário de criminosos de guerra
- ↑ Ministro acusado de corrupção 'se suicida' no Japão - BBC Brasil, 28 de maio de 2007
- ↑ Gafe leva ministro da Defesa do Japão a renunciar - BBC Brasil, 03 de julho de 2007
- ↑ Eleição para o Senado confirma derrota histórica do premier japonês Shinzo Abe - UOL, 29 de julho de 2007
- ↑ Membros do partido do premiê japonês pedem sua renúncia - Folha Online, 07 de agosto de 2007
- ↑ Após derrota, premiê japonês diz que fica no cargo - BBC Brasil, 30 de julho de 2007
- ↑ Premiê japonês se opõe à exigências de desculpas por escravidão sexual - IG, 01 de agosto de 2007
- ↑ BBC Brasil, 01 de agosto de 2007
- ↑ Após derrota, primeiro-ministro japonês remodela governo - Folha Online, 26 de agosto de 2007
- ↑ Ministro da Agricultura japonês renuncia uma semana após nomeação - Folha Online, 02 de setembro de 2007
- ↑ Shinzo Abe promete renunciar caso missão japonesa no Afeganistão não seja ampliada até novembro - O Estado de S. Paulo, 09 de setembro de 2007
- ↑ Primeiro-ministro japonês anuncia renúncia - BBC Brasil, 12 de setembro de 2007
- ↑ «Parlamento japonês nomeia Shinzo Abe como novo primeiro-ministro». Folha de S. Paulo
- ↑ «Parlamento do Japão nomeia Shinzo Abe como novo primeiro-ministro». Globo.com
- ↑ «BBC News – Japan's Shinzo Abe unveils cabinet after voted in as PM». BBC News. Consultado em 28 de agosto de 2020
- ↑ «Japan cabinet approves landmark military change». BBC News. 1 de julho de 2014. Consultado em 28 de dezembro de 2015
- ↑ «Shinzo Abe re-elected as Japan's prime minister». BBC News. 24 de dezembro de 2014. Consultado em 28 de agosto de 2020
- ↑ «Japanese PM Abe Urges Most Drastic Reforms Since WW2». The Diplomat. 18 de fevereiro de 2015. Consultado em 28 de agosto de 2020
- ↑ «Abe stands his ground as Moritomo Gakuen scandal drags on». The Japan Times. 13 de março de 2017. Consultado em 28 de agosto de 2020. Cópia arquivada em 17 de março de 2017
- ↑ «Abe camp gains supermajority needed to alter constitution». Nikkei Asian Review. 11 de julho de 2016. Consultado em 28 de agosto de 2020
- ↑ «Japan's Abe hopes for reform of pacifist charter by 2020». Reuters. 3 de maio de 2017. Consultado em 28 de agosto de 2020
- ↑ «Why the LDP keeps winning elections in Japan: pragmatism». The Economist. 12 de outubro de 2017
- ↑ Repeta, Lawrence (15 de outubro de 2017). «Backstory to Abe's Snap Election – the Secrets of Moritomo, Kake and the "Missing" Japan SDF Activity Logs». The Asia-Pacific Journal: Japan Focus. Consultado em 28 de agosto de 2020
- ↑ «Japan PM Abe's ruling bloc on track for big election win – exit polls». 22 de outubro de 2017 – via Reuters
- ↑ «Japan PM Abe announces his resignation at press conference». Kyodo News. 28 de agosto de 2020. Consultado em 28 de agosto de 2020
- ↑ 安倍首相 総理大臣辞任を正式表明 記者会見で (em japonês). Consultado em 28 de agosto de 2020
- ↑ «Premiê Abe de Super Mario na Rio-2016 deixa os japoneses de queixo caído». Consultado em 11 de setembro de 2016
- ↑ «'Super Abe': premiê do Japão vira Mario para apresentar Tóquio 2020». 22 de agosto de 2016. Consultado em 11 de setembro de 2016
- ↑ «'Super Mario Bros': premiê do Japão faz disparar busca por game na web». 22 de agosto de 2016. Consultado em 11 de setembro de 2016
Ligações externas
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